Minhas Duas Metades #2

Um conto erótico de Ju
Categoria: Lésbicas
Contém 2238 palavras
Data: 26/08/2023 12:49:19
Última revisão: 02/11/2023 01:10:50

Cheguei na porta da faculdade e fui até a entrada, o porteiro estava conversado com duas alunas, eu fui entrando e ele não falou nada, acho que nem me viu, dei um sorriso pra mim mesma e fui entrando pelos corredores, tinha bastante movimento de pessoas ali, acho que algumas aulas tinha terminado mais cedo então provavelmente muitos estavam ali esperando os amigos ou namorados para ir embora

Eu fui para a cantina, tinha uma mesa logo no início que eu e meus amigos ficava conversando quando estávamos de bobeira na época que eu ainda estudava ali, se algum deles tivesse de bobeira com certeza estaria ali, inclusive Marcia, quando me aproximei fui caminhando bem devagar, ouvi algumas vozes e risadas, com certeza tinha alguém ali e um deles era Rogério meu amigo de infância

Antes de olhar escuto meu nome sair da boca de Mariana, uma amiga nossa que estudava na mesma sala de Márcia, então comecei a prestar atenção no assunto

Mariana : Tem notícias da Ju Rô?

Rogério: falei com ela ontem por mensagem, ela está bem

Mariana: faz tempo que não falo com ela, sinceramente fico sem jeito de conversar com ela, Ju é uma boa garota, sempre foi um amor comigo, não merece o que Márcia faz com ela não

Quando ouvi aquilo meu coração disparou, como assim!?!

O que Márcia faz comigo?

Fiquei ali ouvindo o resto da conversa

Rogério: Eu tenho pena dela, gosto muito dela, até pensei em contar pra ela mas seila eu fico com medo de me meter

Nessa hora ouvi uma risada, era kadu, um dos amigos de Rogério

Kadu: Você não teve pena dela quando comeu a Márcia com ela dormindo no quarto ao lado, você não conta porque sabe que o seu está na reta

Mariana: Poxa Rô até você, cara como você pode fazer isso? Está certo que Márcia não vale nada e já traiu a Ju várias vezes mas você é amigo dela

Nessa hora eu já sentia uma tristesa e uma raiva tomar conta do meu peito

Rogério: Eu sei que errei, nunca devia ter feito isso, até porque amo minha namorada e a Ju é minha melhor amiga mas eu estava meio bêbado e a Marcia me ofereu a bunda, desculpe mas aí fica difícil de resistir

Kadu: se você tivesse se arrependido não teria ficado outras vezes com ela mano, e fala verdade, você só não está comendo ela agora em algum escurinho por aí porque ela saiu com a ruivinha novata lá pros fundos

Rogério: ah eu me arrependi mas o mal já estava feito, só aproveitei

Mariana: Nossa você é nojendo Rô, tomara que a Ju não fique sabendo disso, além se ter uma namorada vagabunda ainda tem um amigo que não vale nada

Nessa hora eu sai de trás da parede, não falei nada com os meninos, só olhei pare Mariana que ia se levantando e disse

Ju: Tarde demais, eu agora já sei de tudo

Todos se assustaram ao me ver, Rogério tentou falar alguma coisa mas sinceramente nem ouvi, eu estava cega de raiva e fui em direção ao fundos da faculdade

Eu queria pegar ela no fraga, eu sabia quem era a ruivinha, ela entrou no início só ano, seu nome era Rebeca, veio transferida do Rio de Janeiro, eu até tinha falado algumas vezes com ela, ela era lésbica, ela mesno me contou, e era muito bonita, no início ela até ficava de papo comigo mais a Márcia mas não durou muito e ela se afastou de nós, agora eu sabia o porque

Quando fui chegando comecei a procurar as duas, estava meio escuro e tinha algumas árvores que fazia sombra o que deixava ali mais escuro ainda, vi alguns casais se pegando mas nada das duas, quando estava quase desistindo vi duas garotas se beijando bem no cantinho do muro, reconheci elas por causa do cabelo vermelho de Rebeca que refletia com algumas raios de luz que vinha da rua

Já cheguei e puxei Marcia pelo cabelo, ela deu um grito e eu soltei, quando ela me viu fez uma cara se espanto, ela foi falar alguma coisa mas eu dei um tapa na sua cara que o barulho chamou a atenção de todos que estava ali perto

Ela caiu e colocou a mão no rosto e eu falei

Ju: você cala a boca e só escuta ou vou te quebrar todinha aqui

Eu fiz tudo por você, me assumi, fui expulsa de casa, passei e estou passando o maior perengue, por sua causa tive que parar de estudar, fiz isso tudo porque eu te amava e queria ficar com você, em troca você me traiu com vários aqui, me traiu até com meu melhor amigo, você não vale nada, é uma vagabunda que foi capaz de dar a bunda pro Rogério com eu dormindo no quarto ao lado

Eu falava e as lágrimas escória no meu rosto mas minha voz era firme, eu estava com muita raiva naquele momento

Ju: Você nunca mais chega perto de mim ou te juro que vou te machucar e muito você me entendeu?

Ela só balançou a cabeça, eu virei as costas pra sair, nem tinha percebido mas nessa hora já tinha algumas pessoas ali ao redor, respirei fundo e quando fui sair olhei pra frente e vi Rebeca que ainda estava ali, deu vontade falar umas coisas pra ela mas ela não tinha feito nada de errado comigo, quem me devia fidelidade era a Márcia, ela nem minha amiga era

Então só caminhei pro lado dela e entreguei a caixinha com o anel e disse

Ju: acho que agora você é a namorada dela, boa sorte com essa daí, você vai precisar

Ela pegou a caixinha meio que no susto eu acho e ainda disse

Rebeca: eu não sabia que vocês ainda estava juntas

Nem respondi, virei as costas e saí, quando estou quase chegando na saída escuto Rogério me chamar, nem olho pro lado de onde veio o grito, de repente sinto uma mão segurar meu ombro, eu me viro e era ele

Rogério: olha a gente precisa conversar, eu sinto muito Ju

Ju: achei que éramos amigos, eu confiava em você, mas se você dá mais valor a uma bunda de uma vagabunda que na nossa amizade não temos mais nada para conversar e me faz um favor, nunca mais coloca essas mãos sujas em mim ok

Virei as costas e segui em direção a saída, atravessei a rua e fui em direção a uma praça que tinha logo a frente, me sentei em um dos bancos e a raiva deu lugar a tristeza, a decepção, eu comecei a chorar, nossa eu chorei muito, a dor que eu sentia parece que ia arrebentar meu peito

Depois de alguns minutos fui tentando me acalmar, limpei o rosto, respirei fundo mas não resolveu muito, ainda estava doendo demais e pelo jeito ia doer por muito tempo, eu precisava ir embora, mas tinha que tentar me acalmar antes, acho que uma garota chorando andando na rua aquela hora da noite ia chamar muita a atenção, o pior que nem dinheiro pro taxi eu tinha

Quando passou mais uns minutos escuto alguém me chamar, levantei a cabeça e não acreditei no que vi, Rebeca estava ali na minha frente

Ju: o que você quer garota?

Se veio rir de mim é melhor voltar porque sinceramente estou sem paciência no momento

Rebeca: Não, eu só queria conversar

Acho que te devo uma explicação e um pedido de desculpas

Ju: você não me deve nada, e não quero ouvir nem suas explicações nem suas desculpas

Agora vai embora

Rebeca: tudo bem, não vou falar nada mas não vou embora

Ju: como é? Está de brincadeira comigo?

Rebeca: não vou te deixar aqui sozinha, olha seu estado, você está sem condições de ir pra casa, já é muito tarde e aqui é perigoso

Ju: Ah pronto, eu não preciso da sua ajuda não, é você já fez o suficiente por hoje

Rebeca: Eu não sabia Ju, eu juro que não sabia que vocês ainda estavam juntas

Ju: não quero saber, já disse, não me importo

Rebeca: mas pra mim importa sim, eu nunca faria uma sacanagem dessa com uma das poucas pessoas que me trataram bem ali quando cheguei

Ju: por favor, só vai embora

Eu não tinha mais forças pra discutir e comecei a chorar de novo, Rebeca se ajoelhou na minha frente e segurou minhas mãos e disse, eu sinto muito Ju, sinto muito mesmo

Quando olhei nos olhos dela eu vi sinceridade neles, e não sei o porque mas eu estava tão desesperada que simplesmente a abracei

Ela me abraçou de volta e ficou ali comigo sem falar nada, eu não sei porque mas o abraço dela foi me acalmando, aos poucos meu choro foi diminuindo, ela estava fazendo carinho no meu cabelo, achei até fofo mas ela estava beijando minha namorada a pouco tempo atrás, quando lembrei disso me afastei

Rebeca: está melhor?

Ju: um pouco eu acho

Rebeca: então vamos pra casa?

Ju: pode ir, daqui a pouco eu vou

Rebeca: nada disso, eu vou te levar

Ju: não precisa

Rebeca: deixa de ser teimosa, olha a hora que é, acho que fosse pra você ir de taxi você já teria ido, eu estou com o carro logo ali, eu te levo e se amanhã você quiser continuar me odiando tudo bem mas não vou te deixar aqui

Ju: eu não te odeio

Rebeca: então vem comigo, por favor

Eu não tinha muita opção então resolvi aceitar a carona

Me levantei e fui com ela até seu carro, ela entrou, destravou a porta e abriu para mim de dentro mesmo, o carro dela era bem legal, tinha um cheiro bom, ela ligou o som baixinho, me perguntou em qual direção seguir e eu falei, a gente ficou em silêncio durante o trajeto, eu só falava onde ela ir até chegarmos na porta da lanchonete que ainda estava aberta, era umas 23 horas já, o movimento já estava fraco e logo fecharia

Rebeca: você mora aqui?

Ju: sim, eu moro nos fundos da lanchonete e trabalho aí

Rebeca: olha que legal

Vou vir aqui comer um lanche qualquer hora, se você não se importar claro

Eu nunca tinha reparado direito em Rebeca, que era bonita eu sabia, não precisava reparar direito pra notar isso, ela era ruiva, provavelmente natural, tinha olhos azuis lindos, vi que tinha algumas sardas entre os seios e umas pintinhas pretas no rosto, tinha um sorriso lindo e um corpo muito bonito

Tinha a fala mansa e uma carinha de anjo, vi que tinha uma tatuagem no anti braço esquerdo mas não deu pra ver direito o que era, depois de dar uma olhada nela de cima embaixo eu falei que tudo bem, ela poderia vir sim

Sabe quando você quer sair de um lugar mas parece que algo te prende? Então foi o que senti naquele momento, eu não queria sair de perto dela, não sei porque mas sua presença me fez bem, principalmente seu sorriso

Ju: olha talvez eu tenha sido meio injusta com você, então se quiser ainda se explicar eu queria ouvir

Rebeca: olha porque a gente não desce e eu te conto tudo enquanto como um lanche, estou morrendo de fome

Ju: a ideia é boa mas se eu entrar meu tio é as meninas vão ficar me chamando toda hora, vai ser meio difícil de conversar

Rebeca: você pode chegar tarde em casa?

Ju: não muito tarde porque trabalho amanhã mas posso

Rebeca: tenho uma ideia melhor então

Ela falou aquilo, ligou o carro e saiu

Ju: Ei onde a gente está indo

Rebeca: pro meu apartamento, estou sozinha, esquento algo pra gente comer no micro-ondas e a gente conversa em paz e te trago de volta, eu não moro longe

Não sei porque mas não disse não e ela continuou em direção pra sua casa

Eu fui calada mas as vezes olhava pra ela de rabo de olho, principalmente pro seu decote com aquelas sardas, era bem bonitos aquelas manchinhas entre aqueles seios branquinhos

Rebeca: para com isso kkkk

Ju: com o que? Não fiz nada

Rebeca: você está olhando pro meu decote e mordendo os lábios

Ju: desculpe não percebi, foi mal não queria te deixar desconfortável

Rebeca: não está me deixando desconfortável, está me deixando excitada mordendo essa boca assim

Ju: Nossa você é bem direta em

Rebeca: sou sim mas fica tranquila que não é uma cantada, só falei a verdade, pode ficar tranquila kkkk

Ju: tudo bem, eu estou tranquila

Eu não estava nada tranquila, ela viu eu viajando no decote dela, nem percebi que estava mordendo os lábios e ouvir ela ser direta assim me deixou com muita vergonha na verdade, achei melhor ficar com meus olhos quietos pra outro lado só pra garantir

Logo chegamos, ela foi para o estacionamento, era um prédio muito chique, subimos de escada mesmo, seu apartamento era no terceiro andar, ela abriu a porta e entramos, não era grande mas muito lindo

Ela falou para eu sentar e foi até a cozinha, voltou e falou que tinha colocado uma lasanha pra assar, que ia só vestir outra roupa e já voltava

Quando ela voltou do quarto que eu olhei pra ela pensei na hora, essa conversa com ela vestida assim não vai prestar

Continua....

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Comentários

Foto de perfil de Paulo Taxista MG

E puts ser traída pela namorada foi foda, mais ser traída pelo melhor amigo, aí tenso demais os dois não vale nada.

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