Nosso bebê já veio com 20 anos

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Gay
Contém 14725 palavras
Data: 21/07/2023 11:06:45

Nosso bebê já veio com vinte anos

Como assim, hão de me perguntar alguns leitores curiosos? E, lá vai a explicação, seguida da nossa história de vida.

Eu, Troy Elliot Ewans, me casei há alguns anos, com a brasileira Mariana Cristina Baroni, que logo passei a chamar de Anne para facilitar as coisas. Nos conhecemos quando ela veio aos Estados Unidos, por meio de um intercâmbio, para cursar a faculdade de moda e design. Na época eu havia recém ingressado num escritório de advocacia que cuidava majoritariamente de assuntos empresariais em âmbito internacional, como fusões, aquisições, vendas e afiliações entre empresas de diversos ramos de atividade. Namoramos praticamente durante todo o tempo em que ela cursava a universidade e nos casamos cerca de um ano antes de ela se formar. Tão logo obteve seu diploma, ela que já vinha se dedicando amadoristicamente ao design de moda, criando modelos para as amigas e até para uma meia dúzia de butiques, passou a investir em sua própria marca de roupas, criando uma pequena empresa que começou a funcionar no escritório de nossa casa recém adquirida.

Com ambos iniciando suas carreiras, a questão dos filhos não se mostrou prioritária. O primeiro a querer adiar esse plano fui eu, quando um dos sócios do escritório se mudou para outro Estado deixando uma vaga livre para os advogados mais novos. Eu estava tão empenhado em conquistar essa vaga, pois ela significava um tremendo incremento na minha carreira e nos meus ganhos, que nada mais importava. A princípio, a Anne ficou um pouco decepcionada, mas concordou comigo que o melhor a se fazer era adiar a questão dos filhos.

Obtive a vaga e me tornei sócio do escritório, o mais jovem deles, depois de uma bem-sucedida fusão entre duas grandes multinacionais integralmente gerenciada por mim. Em pouco mais de dois anos, quitamos a hipoteca da nossa casa, e já pensávamos numa maior e melhor localizada num bairro mais sofisticado, o que também não demorou para se tornar realidade.

Ao mesmo tempo, a empresa da Anne crescia num ritmo bem mais acelerado do que ela esperava. A mudança para uma sede fora da nossa casa e a contratação de algumas pessoas para formar uma equipe que transformasse suas criações em peças de vestuário colocadas nas lojas, demandava muita dedicação e horas de trabalho por parte dela; o que a fez se recusar a ter filhos naquela época para não atrapalhar sua carreira. Foi então, a minha vez de aceitar a recusa dela.

Vivíamos um estilo de vida frenético, tínhamos muitos compromissos sociais, viajávamos pelo menos duas vezes ao ano por três e às vezes até quatro semanas em férias para algum destino mundo afora para relaxar e repor as energias. Isso aliado às viagens que éramos obrigados a fazer por conta dos negócios. Com isso, os anos foram passando e a questão dos filhos que não tinha sido uma prioridade no início do casamento, deixou de ter relevância com a estabilidade do casamento. Pode-se dizer até, que a negligenciamos em prol da comodidade de não termos que passar pelos aborrecimentos que muitos dos nossos conhecidos estavam passando com os filhos, ou pequenos, ou entrando na adolescência. Aos poucos, também o sexo foi se tornando algo parecido com uma necessidade fisiológica, praticado quase mecanicamente apenas quando tudo estava favorável para ambos. Sem o perceber, nosso casamento se transformou numa amizade profunda entre a Anne e eu. Não que não houvesse amor, havia, e bastante, contudo esse amor foi perdendo suas características carnais e se acomodando aos espirituais, sem perder sua solidez.

Veio então um pedido especial da irmã da Anne que mora no Brasil, sondando se estaríamos dispostos a receber seu filho Theo em nossa casa, pois ele pretendia cursar a faculdade nos Estados Unidos.

- Você deve se lembrar dele, Troy, quando fomos ao aniversário de dez anos dele, naquela vez em que passamos parte do verão em férias no Brasil. – disse a Anne quando recebeu a ligação da irmã. – É aquele garotinho que simpatizou muito com você, lembra, e do qual sou madrinha?

- Claro! Lembro sim! Aliás, pelo que lembro, foi um dos poucos da sua família que simpatizou comigo, nas três ou quatro vezes em que estivemos no Brasil. Por falar nisso, o pai dele, seu cunhado, foi um dos sujeitos mais intragáveis que já conheci. Nossos santos, com certeza, não bateram. Ele e seu irmão, não sei porque, não foram com a minha cara, embora seu irmão disfarçasse mais a falta de empatia para comigo. – retruquei.

- Concordo com você, meu cunhado é duro de engolir, eu mesma me pergunto o que foi que minha irmã viu naquele sujeito. Fico feliz que não tenhamos que conviver com ele. – devolveu ela.

- Bem, e o que você acha? Quer que seu sobrinho venha morar conosco enquanto cursa a universidade, ou acha que será difícil nos adaptarmos com mais alguém dentro de casa? Estivemos tantos anos só nós dois. – argumentei

- O Theo já é um rapaz a essa altura, eu gosto dele, sempre me senti ligado a ele de alguma forma, talvez pelo fato da minha irmã ter me escolhido como madrinha dele. Se você não se opuser, acho que seria legal tê-lo conosco por um tempo, o que me diz?

- Por mim tudo bem! Também gostei bastante dele. Lembra que ele me chamava de Tio Troy, assim mesmo, em português, sem usar o adjetivo “uncle” Troy como seus outros sobrinhos mais velhos, filhos do seu irmão? – perguntei, pois o jeitinho como aquele moleque esperto me encarava quando mencionava meu nome era algo que me remetia a vontade de ter um filho.

- E você se derretia todo pelo garoto! Não escondia sua predileção em relação aos demais e o cobriu de presentes naquele aniversário, deixando o garoto eufórico. – mencionou ela.

Depois que a Anne respondeu à irmã que o sobrinho poderia vir, que seria muito bem-vindo e que cuidaríamos dele como se fosse nosso filho, eu me empenhei pessoalmente em transformar aquele outro quarto dos mais ociosos entre os quatro da casa num lugar onde o Theo se sentisse confortável e bem acomodado. Era uma suíte ligeiramente menor do que a que a Anne e eu ocupávamos, e nunca fora utilizada para nada, a não ser, para acomodar algumas tralhas. Os outros dois quartos eram usados eventualmente quando os meus pais ou os dela vinham se hospedar conosco pela época do Natal ou nas férias deles, bem como de outros hóspedes que não residiam na cidade e estavam nos visitando.

Confesso que fiquei tão ansioso por deixar aquele ambiente com a cara e o gosto de um rapaz que, por semanas antes da vinda dele, não foquei noutra coisa. Fizemos uma reforma total, pois nunca havíamos mexido naquele quarto que estava defasado em relação a toda decoração do restante da casa. Não havia nada nele, sem mobília nem a modernidade que reinava nos demais ambientes. A Anne palpitou um pouco no começo da reforma, depois precisou fazer uma viagem e deixou tudo por minha conta.

- Você deve conhecer o gosto de um rapaz melhor do que eu! Faça o que julgar necessário, confio no seu bom gosto! – disse ela, ao abdicar da tarefa, o que me fez redobrar o cuidado na escolha de cada item.

Cheguei a consultar um amigo arquiteto para me dar alguns palpites, pois nunca tinha pensado em montar um quarto para um filho, muito menos um que já vinha pronto, com vinte anos. Também fui pessoalmente escolher nas melhores lojas de decoração da cidade tudo o que fizesse do quarto de um jovem o cômodo que suprisse todas suas necessidades e lhe proporcionasse o máximo de prazer ao usufrui-lo. Me senti como um pai de primeira viagem, que sem noção alguma, se vê diante da necessidade de comprar fraldas, berço, e toda parafernália que os pais enfrentam com a chegada do primeiro filho. Era tola, até estúpida a comparação, mas era assim que eu estava me sentindo em relação à chegada do Theo em nossa casa.

- Não pira, Troy! Você está se consumindo nesse projeto. Ele é apenas um rapaz, nem deve se ligar muito nessas coisas de decoração. Os quartos dos jovens costumam ser um verdadeiro caos, o lugar mais deplorável dentro de uma casa, onde a maioria dos pais nem tem coragem de pisar. – argumentou a Anne, quando notou que eu achava que as coisas não estavam ficando a altura das minhas expectativas. – Está tudo lindo e perfeito, Troy! Você realizou um excelente trabalho, parabéns! Estou encantada com o resultado, para ser bem sincera. Não esperava isso de você! – completou ela.

Fomos os dois recebê-lo no aeroporto, quase dez anos depois de o ter visto pela última vez. Havia uma inquietação no meu peito que não me deixou dormir na noite anterior, a Anne parecia ter passado pelo mesmo, pois levantou-se duas vezes durante a noite e foi à cozinha, agoniada com alguma coisa. Quando a chegada do voo da United Airlines foi anunciado, e o acompanhamos pousar através das enormes vidraças do setor de desembarque, minhas mãos estavam suadas. Elas nunca estiveram assim durante nenhum dos meus negócios, por mais dinheiro e importância que estivesse envolvido neles.

Com 193cm de altura, eu podia ver sobre a cabeça das pessoas que se aglomeravam junto a saída do corredor de desembarque esperando por aquele rosto que a Anne me mostrou em seu celular, quando o Theo lhe enviou sua fotografia mais recente. Eu a havia examinado com cuidado, o rosto harmonioso e lindo transbordava jovialidade, ficava difícil atribuir-lhe 20 anos, pois sua aparência inocente e até certo ponto angelical, o fazia parecer um adolescente imberbe. Seus cabelos tinham o tom loiro-acastanhado, eram ligeiramente compridos e emolduravam sua face clara, onde um par de olhos de um azul incrivelmente profundo se destacava abaixo das sobrancelhas bem delineadas. O queixo fino suavizava seus traços e dava aos seus lábios carnudos e vermelhos uma graça que se irradiava a cada sorriso. A imagem da fotografia estava há dias na minha mente e eu a reconheceria mesmo que estivesse entre milhares de pessoas.

- Lá vem ele! – exclamei quase num grito quando o identifiquei.

- Onde?

- Ali, de jeans, camiseta polo em tom cereja, com um pulôver sobre os ombros! – fui citando para que a Anne o encontrasse.

- Nossa! É um garotão lindo! Olha só o tamanho dele, que físico! As filhas dos nossos amigos vão ensandecer ao serem apresentadas a ele! – exclamou ela, quando ergueu os braços e começou a acenar na direção dele, no qual imediatamente se abriu um sorriso largo e sedutor.

Concordei com ela, aquele Adonis que se aproximava de nós em nada lembrava o garoto expansivo e alegre comemorando seus dez anos de idade cercado de amigos e colegas da escola, era um rapaz que não passava despercebido onde quer que fosse. A prova estava ali mesmo, quando algumas garotas e até mulheres por quem havia passado continuaram a segui-lo com o olhar. A Anne não perdeu tempo, alguns passos antes de ele chegar a nós, ela disparou ao encontro dele e o abraçou emocionada e efusivamente, acariciando-o por onde suas mãos o tocavam, o que o deixou um pouco inibido.

- Oi tia Mariana! Estava com saudades suas, faz tempo que não nos falamos! – disse ele, para conter a tia assanhada.

- Oi Theo! Você está lindo, meu afilhado, lindo! Sou uma madrinha sortuda e coruja! Ele não é fofinho, Troy? - indagou, aumentando a inibição do garotão, para onde convergiam os olhares das pessoas próximas a nós.

Deixei-a paparicando o sobrinho, conferindo cada detalhe daquele corpo esguio e bem distribuído, tocando o rosto dele com afagos de mãe saudosa, e esperei a minha vez de cumprimentá-lo. Quando a Anne finalmente o soltou, ele veio a mim e eu, por pouco, não repito a cena da Anne de tão entusiasmado. Mas, me contive, como cabe a um homem, controlando suas emoções e escondendo outras tantas. Porém, quando o tive em meus braços, fui tomado de um sentimento confuso. Não era o de um pai abraçando o filho depois de uma longa ausência, não era o de um tio que o vira poucas vezes e morava distante, era o de um homem que deveria se envergonhar de estar sentindo aquele puta tesão por ter aquele corpão perfumado e quente em seus braços, despertando instintos primitivos que foram todos se concentrar na minha virilha, atiçando meu cacete.

Voltei a sentir as mesmas sensações de um bocado de anos atrás, de quando ficava de pau duro assim que apertava uma garota contra meu peito e sentia o roçar dos seios firmes dela, de quando não podia ver uma bunda redondinha e empinada, fosse a de uma garota ou a de um carinha com uma constituição física menos provida de músculos que a minha. A verdade é que eu era um tarado sacana que não perdia tempo e metia meu dote calibroso na primeira fenda dando mole. Minha altura e meu porte másculo despertavam o tesão da mulherada que via em mim um excelente reprodutor para sua prole, e nos gays o sonho de um macho sedento por sexo. Durante toda a fase da High School e da universidade, fiz sucesso em todos os lugares, flertava aberta e descaradamente, tinha sempre uns três a quatro casos simultaneamente, e fazia minha pica trabalhar sem descanso.

Creio que estava apertando demais o Theo com essas lembranças se reavivando em meu cérebro, pois ele subitamente ficou rijo como uma estátua, sem saber como agir e ligeiramente corado. Lindamente corado, diga-se de passagem, pois a timidez o deixava ainda mais bonito e encantador. Soltei-o rapidamente quando notei que minha rola estava ficando apertada dentro da calça.

- Oi tio Troy! – cumprimentou ele, num fio de voz acanhado. O que me deixou ainda mais excitado, pois aquela palavra “tio” pronunciada num idioma estrangeiro que eu mal falava, embora soubesse o que significava, tornava nossa relação especial, única e deliciosamente íntima, pois só ele se referia a mim dessa maneira.

- Oi Theo! Como você cresceu, meu rapaz! Está quase da minha altura! – exclamei, tentando distrair os pensamentos para ver se meu cacete desistia de endurecer. – Fez boa viagem? Como foi o voo?

- Foi tudo legal! Obrigado por me receberem! Prometo fazer de tudo para não atrapalhar a vida de vocês! – sentenciou, se mostrando reservado.

- Não diga isso, Theo! Você não faz ideia de como estamos felizes por você vir morar conosco! – respondeu enfática a Anne, fazendo minhas as palavras dela.

- Espero que goste de morar conosco e se sinta completamente à vontade, como se fosse sua própria casa! – acrescentei, para que ele pudesse avaliar a nossa alegria de tê-lo conosco. Ele voltou a me sorrir com aquela timidez sedutora. Não seria tão já que meu cacete ia arrefecer.

Mostrei-lhe com orgulho a reforma que empreendi no quarto dele, que ele examinou passando um olhar demorado por tudo. A Anne ainda reforçou meu empenho.

- O Troy passou as últimas cinco semanas ajeitando todo esse espaço que estava ocioso, só pensando se você ia aprovar as escolhas dele. – afirmou ela, o que me deixou um pouco desconcertado. – É um quarto bem masculino, eu não teria conseguido chegar a um resultado semelhante!

- Está maravilhoso, tia! Troy! Muito obrigado, não precisavam ter esse trabalhão todo. Só de me acolherem já estou super feliz! – devolveu ele. O garoto era mesmo especial, ou estaria eu me apaixonando por ele a cada minuto que passava, a cada palavra gentil e educada que ele pronunciava num tom de voz de deixar qualquer macho excitado.

Certamente era a minha libertinagem, a minha safadeza de macho dominante que enxergava as coisas por esse prisma. O rapaz deveria estar apenas sendo educado e agradecido, todo o resto devia estar só na minha imaginação pervertida.

- Se você não gostar de alguma coisa, podemos trocar ou modificar, é só me dizer, ok? – verbalizei, pois queria que ele se sentisse especial naquele espaço.

- Imagine, está tudo perfeito! Lindo e maravilhoso até demais! Eu adorei! – exclamou ele, e eu entendi isso como sendo dirigido apenas a mim, e mais parecia um bobalhão de tão contente pela aprovação dele.

A Anne seguiu para o trabalho pouco depois de tomarmos o café da manhã juntos, pois era um dia útil do meio da semana. Eu havia tirado o dia para ficar com ele, fazendo companhia e me dispondo a levá-lo a algum lugar se ele precisasse. Conversamos tão relaxadamente como se já o fizéssemos milhares de vezes, com naturalidade e companheirismo. Acho que era assim que rolavam as conversas entre pai e filho, espontâneas, sobre assuntos variados; ao menos era assim que eu as encarava. O Theo tinha um inglês perfeito, mal se notavam algumas poucas escorregadelas no acento de algumas palavras, o que acabava acrescentando um charme extra ao seu jeito ponderado e tímido de falar. Levei-o para almoçar em meu restaurante preferido, pois não queria perder tempo preparando eu mesmo a refeição e, com isso, poder lhe mostrar um pouco da cidade, uma vez que tínhamos a tarde toda para isso.

Houve momentos em que me encontrava sorrindo sozinho enquanto dirigia passando por alguns marcos da cidade para que ele pudesse se localizar, pois vê-lo sentado ali ao lado no banco do carona, me lembrou das vezes em que meu pai me levava para algum passeio, só nós dois, tipo conversa de homem para homem. Eu tinha finalmente um filho, ele ria do que eu dizia, me fazia perguntas sobre aquilo que passava pelas janelas do carro, me contava de sua vida no Brasil e fazia meu peito quase explodir de tanta felicidade. Eu devia ter tido meu próprio filho, pensei naquele momento, foi besteira adiar essa questão em prol de outras, foi besteira ter desperdiçado zilhões de espermatozoides despejados dentro das camisinhas quando eles podiam ter me contemplado com uma criatura tão especial quanto o Theo.

Já na primeira semana, o Theo se mostrou tão ambientado que participava ativamente no preparo do café da manhã comigo e com a Anne, como se já o fizesse desde a infância. Também nos surpreendeu ao chegarmos em casa no final do dia e encontrar a janta pronta, preparada por ele que pareceu adivinhar o gosto de cada um. A Anne e eu nos entreolhávamos, piscando um para o outro, exultantes com tamanha demonstração de carinho.

- Você não precisa preparar as refeições, nem se sentir obrigado a fazer tarefa alguma, Theo, queremos que aproveite o tempo antes das aulas na universidade começarem para passear por aí, conhecer a cidade, fazer, enfim, o que tiver vontade de fazer. – disse a Anne.

- Eu gosto de ajudar, se não se incomodarem, prefiro continuar fazendo a nossa janta enquanto der. Não me custa nada e faço com gosto. Vocês já passam tanto tempo fora, não precisam ter mais esse trabalho. – respondia ele. Era o momento onde me dava uma vontade insana e pervertida de beijar aqueles lábios tão vermelhos e úmidos que se moviam num sincronismo sedutor enquanto ele falava.

Eu mesmo estava me desconhecendo, nunca fui santo, sabia que era um verdadeiro tarado; porém a chegada do Theo estava causando um rebuliço em mim, me fazendo desejar aquele garotão como nunca havia desejado alguém com tanto arroubo.

Estávamos no final do verão, a Anne e eu promovemos alguns churrascos em nosso quintal nos finais de semana para os amigos e para apresentar o Theo a eles. Como já esperávamos, ele fez um tremendo sucesso com as filhas desses amigos, especialmente quando contemplavam seu corpo que ainda guardava o bronzeado de seu último verão no Brasil, metido numa sunga que valorizava o tamanho de suas coxas e, particularmente, as nádegas roliças e carnudas. Confesso que engoli em seco da primeira vez que ele desceu para a piscina dentro de uma sunga azul marinho, cujas cavas nas pernas não cobriam a dobra entre as coxas e as nádegas, e me deixava com uma comichão agonizante na virilha, tendo que constantemente ajeitar a minha pica dentro do short. Só me falta dar um vexame na frente de todo mundo, com esse cacete teimando em ficar duro, o que seria bem difícil de esconder caso ele resolvesse meter a cabeça para fora do short.

- Está acontecendo alguma coisa, amor? Reparei que você não para de mexer no seu pinto! Tem alguma coisa errada com ele, não quer ir vestir uma bermuda mais longa e folgada, sei que você não gosta de aprisionar seu amiguinho aí de debaixo? – questionou a Anne, notando minha aflição em manter o cacete sob controle.

- Acordei com uma ardência estranha nele esta manhã. Será que pode ser o tecido daquelas cuecas novas que comprei recentemente? – devolvi, para que ela não fizesse mau juízo de mim, embora conhecesse perfeitamente meus arroubos de macho. – Acho que vou seguir seu conselho, vou vestir uma bermuda. – completei. Ao menos dentro dela o bichão não estará tão confinado e mesmo que fique à meia-bomba, não será um atentado ao pudor, pensei com meus botões.

Obviamente a Anne não foi a única a notar que meu cacete não estava sendo nem um pouco comportado. Embora não o mencionassem, algumas esposas dos nossos amigos que tinham uma queda indisfarçável pelo meu corpão, também o notaram, e estavam se divertindo à custa do meu sofrimento. Contudo, foi ao perceber que o Theo também estava me olhando de modo estranho pelo canto do olho e, parecendo extremamente interessado no que estava vendo, que me deixou mais intrigado. Não, não podia ser, era mais um dos meus delírios, era aquele tesão reprimido por ele que estava me levando a ficar com os miolos fervendo.

Fazia 40 dias que o Theo estava conosco, o aniversário dele seria dali a uma semana, e coincidia com o meu, por isso nunca me esqueci de lhe enviar um presente todos os anos. A Anne sugeriu que fizéssemos uma grande festa para comemorar o duplo aniversário, e começou a se empenhar na realização dela. Seria no clube onde éramos sócios, um lugar bastante espaçoso às margens do lago que era circundado por diversos bairros da cidade, durante o entardecer até a noite, o que, segundo ela, daria mais glamour à festa. Eu concordei e a incentivei, nem tanto por mim, que já não via com bons olhos o acréscimo de mais um número na minha idade, mas pelo Theo que seria a atração do evento.

Foi ali que notei pela primeira vez que o Theo tinha perdido um pouco da espontaneidade que o caracterizou na comemoração dos seus dez anos, ele estava mais reservado, mais retraído, havia momentos até em ficava encabulado com os elogios. Perguntei-me o que teria acontecido ao longo dessa década que o fez mudar, e não encontrava uma explicação plausível. A idade, especialmente essa, quando estava no auge da juventude, deveria ter lhe acrescentado confiança, feito dele um homem mais ciente do que queria, mostrar-se para as garotas como uma opção interessante a ser conquistada e disputada. Porém, não era isso que estava acontecendo, ele parecia estar escondendo alguma parte de sua personalidade, que queria manter em segredo.

- Na próxima semana começam as aulas do Theo na faculdade, sabe o que me ocorreu há alguns dias, que poderíamos presenteá-lo com um carro, o que você acha? Assim ele teria mais comodidade para se deslocar e ainda teria seu próprio carro quando quisesse fazer algum programa com os amigos e garotas que, com certeza, não faltarão tão logo ele se entrose na universidade. É muita loucura minha, ou você acha que seria uma boa? – perguntou-me a Anne, numa noite quando estávamos nos deitando.

- Acho fenomenal! Excelente ideia! Nem havia me passado pela cabeça que ele estava totalmente depende de nós para se deslocar. Vamos fazer isso, vamos dar um carro a ele. Pensou em algum? Ele mencionou alguma preferência por algum modelo? – perguntei.

- Não. Pensei num modelo que os jovens gostam, não precisa ser nenhum daqueles esportivos chamativos, acho que não fazem o estilo dele. Talvez algo mais discreto como ele, mas que reflita um espírito jovem. – respondeu ela.

- Vou dar uma pesquisada! Talvez possamos deixá-lo decidir. – ponderei.

- Eu queria que fosse uma surpresa, o que acha? Se deixarmos para ele decidir, creio que vai optar pelo modelo mais simples e barato. Você já percebeu que ele não gosta de ostentar ou ser mimado com coisas caras. – argumentou ela.

- De acordo! Amanhã mesmo trato desse assunto, e no dia do aniversário dele esse será o nosso presente.

Fiz uma rápida pesquisa entre os colegas do escritório e visitei algumas concessionárias acabando por optar por um BMW X1. Levei a Anne no dia da aquisição para que ela também pudesse dar seu veredito e fizemos a compra, combinando com o vendedor de entregá-lo na manhã do dia do aniversário do Theo. Novamente, fui eu a ser o mais ansioso para lhe entregar o presente e ver sua reação.

- Até parece que o adolescente ganhando seu primeiro carro é você, Troy! Estou chegando à conclusão que você não passa de um garotão crescido! – observou a Anne, caçoando da minha ansiedade.

O Theo fora convidado pelos filhos de um casal de amigos para uma balada na noite anterior e chegou em casa quase ao amanhecer. Eu perdia o sono, ou tinha-o tão leve quando ele estava fora que o ouvi chegando tão de mansinho quanto um gato para não nos acordar. Essa foi uma característica que aflorou na minha personalidade após a chegada dele ao nosso convívio, a preocupação de pai quando o filho está distante e não sabemos o que anda fazendo. Contudo, dessa vez esse retorno, às portas do alvorecer, se mostrou providencial, uma vez que ele ia acordar bem mais tarde na manhã de sábado, dando tempo para que entregassem o carro antes disso.

Ele desceu por volta das 10:00 hs; a Anne e eu também havíamos ido nos deitar bastante tarde, ambos estavam ansiosos pela volta dele quando o sono nos obrigou a seguir para o quarto, e estávamos na cozinha terminando o café da manhã. Ele tinha um pacote nas mãos e, junto com o “bom dia” me cumprimentou pelo aniversário me abraçando com força. A Anne o encarou surpresa, não havia comentado nada que também era o meu aniversário. Quando o interpelamos, ele disse que se lembrava do meu aniversário porque era o mesmo dia do dele, quando o revelamos há dez anos atrás. Precisei segurar a emoção, aquele garoto se sentia mais ligado a mim do que eu podia imaginar.

- Parabéns, tio Troy! – cumprimentou com aquele seu sorriso doce e gentil que arrebentava qualquer coração, ao me entregar o pacote onde havia uma carteira de couro que havíamos visto no shopping alguns dias antes quando comentei da necessidade de trocar a minha velha.

- Parabéns para você também, Theo! – devolvi, comprimindo-o contra o peito. – Feliz aniversário, meu garoto! E obrigado por ter entrado em nossas vidas!

- Parabéns, querido! É tão bom poder te abraçar pessoalmente no seu aniversário, espero que possamos fazer isso sempre de agora em diante. – disse a Anne também comovida por tê-lo conosco. Ele a abraçou e beijou com a mesma candura, fazendo surgir lágrimas nos cantos dos olhos dela. Ao que parece aquele desejo interrompido de ser mãe também estava presente nela.

A Anne havia colocado a chave do carro debaixo da xícara emborcada dele, e ambos estávamos na expectativa do momento em que ele a viraria para se servir do café.

- O que é isso? – perguntou ele, com o olhar arregalado e começando a sorrir.

- Nosso presente para você, meu querido! – disse a Anne, explodindo de alegria

- Um carro? Uma BMW? Não posso aceitar, é demais! Vocês são malucos, é muito caro! É para mim? Não acredito! – dizia ele, entre feliz e estarrecido.

- É todo seu, para você ir à universidade e fazer seus passeios com os amigos! – confirmei. Ele se pendurou no meu pescoço, me abraçou com tanto amor e afeto e na efusividade do momento, beijou meu rosto pela primeira vez. Quase explodi de tanta felicidade.

- Gostou? Vamos até a garagem, ele está esperando por você! – disse a Anne, a quem ele envolveu em seus braços com a mesma ternura.

Enquanto ele ia descobrindo tudo que havia no painel diante dele, a Anne e eu o observávamos abraçados e com o coração disparado. Ele era o nosso garoto, veio crescido, mas era nosso, isso ninguém podia negar.

- Amo vocês! Amo muito, tio Troy, tia Mariana! – exclamou ele, quando veio se juntar a nós num abraço coletivo.

O Theo havia terminado o primeiro ano da faculdade, tinha feito menos amigos do que a Anne e eu tínhamos pensado, pois só raramente ele trazia alguém para casa ou saía com alguma colega ou colega. A amizade dele para com os filhos e filhas de nossos amigos também não passava de algo superficial sem ele se prender mais a fundo com ninguém. A Anne e eu chegamos a pensar que talvez ele não estivesse tão feliz nos Estados Unidos como havíamos pensado, mas ele jurou que estava sendo a melhor fase da vida dele. O que podia estar errado então?

Eu o levava para todos os cantos comigo, íamos aos jogos mais importantes da liga de futebol americano, meu esporte preferido, que ele a princípio achou difícil de entender, mas pelo qual fez um enorme esforço para compreender só para me deixar contente. Levava-o nas pescarias de truta no Rio Connecticut e seus inúmeros lagos, que fazia com alguns colegas do escritório em finais de semana mais prolongados e, embora ele no começo fosse um pouco desajeitado com as tralhas da pesca, logo tratou de aprender como manuseá-las, tornando-se um dos que mais pescava da turma, o que me deixava cheio de orgulho. Outro programa que apenas eu e ele fazíamos juntos era acampar no Devil’s Hopyard State Park, outra atividade da qual eu gostava bastante e me via privado de boa companhia. Demorei a perceber que ele me acompanhava mais para me deixar feliz do que por interesse próprio, muito embora ele nunca demonstrasse enfado ou falta de disposição para me acompanhar. E fui ainda menos sensível para perceber que, na verdade, em todas essas ocasiões, o que ele mais curtia era estar comigo, se sentir próximo a mim.

Comentei minhas suspeitas quanto ao fato de ele não fazer tantos amigos com a Anne e ela, por ser um pouco mais desligada, achou que eu estava me preocupando demais, que os jovens deviam ser mesmo assim, inconstantes e não quererem trazer os amigos para casa, para não serem julgados por suas escolhas. Não era isso, e eu continuei tentando descobrir o que havia por detrás daquela introversão do Theo. Um comentário de um de nossos amigos, com os quais estávamos sempre em contato ou em nossa casa ou na deles, e que tinha duas filhas que não escondiam seu interesse pelo Theo, me fez abrir os olhos.

- A Tyna e a Lis me disseram que o Theo não vai além da amizade, embora elas já tenham dado dicas de estarem interessadas nele, e que ele faz isso com todas as garotas que se mostram afim dele. A Silvie e eu ficaríamos honrados se ele namorasse uma de nossas filhas, você sabe se ele deixou alguma garota no Brasil e, por isso, evita se envolver com alguma por aqui? Talvez ele esteja pensando em regressar para o Brasil quando terminar a faculdade. – aquilo me mortificou, particularmente sua última frase. Eu não concebia ideia de ele nos deixar, não agora que eu o amava tanto.

- Pode ser! – argumentou a Anne quando lhe falei da conversa. – Não somos os verdadeiros pais dele, Troy! Não podemos intervir no futuro dele. – ela parecia ter a cabeça mais centrada do que a minha. Quando se tratava do Theo era meu coração que falava mais alto, não minha razão.

Tanto a Anne quanto eu, e mais um tanto dos nossos amigos, continuamos a nos empenhar em fazer o Theo conhecer uma garota para que, quem sabe, se apaixonar por ela e resolver ficar em definitivo nos Estados Unidos. Porém, isso o estava deixando aborrecido. A insistência, a forçação de barra, as inúmeras apresentações a que o sujeitávamos estavam deixando ele encurralado e profundamente entristecido.

A Anne estava em mais uma de suas viagens, tinha ido à Paris e Milão, pesquisar novas tendências para o design de suas criações. Eu estava assoberbado de trabalho no escritório lidando com um novo estagiário e com a venda de uma importante Trademark que uma empresa estava transferindo para outra, envolvendo uma pequena fortuna. Chegava em casa bem mais tarde que o normal, mas o Theo estava invariavelmente à minha espera com o jantar pronto e uma receptividade tão afetuosa que não me passava despercebida. Pela primeira vez percebi que a Anne era um estorvo na minha relação com ele, sem que ela tivesse feito qualquer coisa nesse sentido, cheguei a me sentir egoísta. Quando estávamos só ele e eu, ele se mostrava mais carinhoso, mais ligado a mim, eu diria até, mais apaixonado por mim. Um cara normal não teria um pensamento desses, seu cafajeste, dizia minha consciência, é a sua tara pelo moleque que está te fazendo perder a noção de safadeza.

Aproveitei a viagem dela para levar o Theo ao Centro de Paraquedismo, pois achava que com isso ele passaria a ousar mais, a não se manter tão retraído, uma vez que a Anne não gostava que eu saltasse de paraquedas, algo que fiz durante todo o tempo em que estive servindo na Força Aérea. Ele estava bastante apreensivo, como naturalmente seria esperado, mas se dispôs a vestir o equipamento e embarcar no avião. Quando a porta de salto foi aberta e os primeiros paraquedistas começaram a saltar, ele refugou.

- Não consigo, tio Troy! Não tenho coragem! Desculpe decepcioná-lo, mas estou morrendo de medo. – alegou, quando já estava na borda da porta atado ao meu corpo para um salto duplo.

É agora ou nunca, pensei e, dando um passo à frente, lancei-me com ele pela porta. Ele gritava alucinado, estava se debatendo tanto que por uns segundos nos colocou numa posição vertical acelerando velozmente a queda. Consegui nos posicionar corrigindo o ângulo de queda e, agarrando ambos braços dele os abri para estabilizar a queda. De repente, ele parou de gritar, com o corpo todo sendo comprimido contra o meu devido à pressão da queda e pairando entre as correntes de ar, ele pode observar e sentir o quanto estava livre, tal qual um pássaro que flana solto sobre a paisagem lá em baixo. Quando abri o paraquedas e a queda desacelerou, notei que ele estava maravilhado. Ele ainda segurava com firmeza nas minhas mãos praticamente as esmagando, porém estava se deleitando com a experiência. O pouso, numa praia quase deserta, foi perfeito, ele havia assimilando com perfeição as instruções rápidas que lhe dei antes do salto.

- Pensei que ia morrer, tio Troy! Mas foi a melhor sensação que já tive, foi maravilhoso! Eu amei! – dizia ele, ainda sob efeito da descarga de adrenalina que percorria suas veias, e me abraçando com todo entusiasmo. Chegou mesmo a me dar um beijo, como havia feito no dia em que o presenteamos com o carro, só que desta vez eu não esquivei tanto o rosto e sua boca, seca pelo impacto da experiência, tocou a minha e eu abocanhei aqueles lábios com furor e tesão.

No caminho para casa, sugeri que usasse a experiência para se libertar de tudo que o afligia, que toda vez em que se visse em dúvida do que decidir, se lançasse de corpo e alma como havia feito no salto, pois só assim ele viveria as experiências que fariam dele uma pessoa cada vez melhor, mesmo que nem todas fossem positivas ou agradáveis. Ele me ouviu calado, a princípio pensei que não estava nem prestando atenção, porém, depois de um silêncio ele se abriu como nunca fizera até então.

- Eu sou gay, tio Troy! – quase não ouvi o que ele disse, tão baixa e tímida foi sua voz. – Eu vou entender se você e a tia Mariana não me quiserem mais em sua casa, mas eu precisava te contar. – emendou, com os olhos marejados.

Estacionei o carro na primeira folga junto a calçada que encontrei e me virei em sua direção.

- Nós te amamos, Theo! Seja você gay ou não, isso não nos importa, não me importa, eu te amo do jeitinho que você é, Theo! A nossa casa é sua, não quero que você nos deixe nunca. Seu lugar agora é conosco, é comigo! – retruquei, tomando-o em meus braços e o puxando contra mim.

- Por favor, não revele isso a tia Mariana, ela vai contar para a minha mãe e logo todos vão ficar sabendo. Meus pais vão me odiar! Todos vão me odiar! Ninguém quer um gay na família, eu estaria perdido se meu pai soubesse. – exclamou agoniado.

- Acalme-se, Theo! Ei, ei, me ouça! Não é nenhum crime ser gay! As pessoas são como são, ninguém pode mudar isso, ninguém pode exigir que alguém seja aquilo que ela não é, só porque isso as incomoda. Você é a criatura mais doce e carinhosa que eu já conheci, quem seria estúpido a ponto de não gostar de você, de não te amar exatamente como você é? – devolvi, afagando seu rosto e secando os cantos úmidos de seus olhos. – Se eu puder te dar um conselho, não se esconda das pessoas que te amam, das que estão próximas de você, deixe-as saber quem você é. Um dia, quando se sentir suficientemente seguro, conte a Anne que você é gay, ela não vai te julgar tenho certeza, nem vai deixar de te amar por isso. Depois, com o tempo, faça o mesmo com seus pais, amigos e seja lá quem mais for, conte quem você realmente é, isso vai te dar coragem de enfrentar muitas outras questões difíceis que surgirão ao longo de sua vida. - sugeri

- Eu te amo, tio Troy! – balbuciou tímido

- Eu também te amo, Theo! Amo muito, meu garotão! – eu não queria soltá-lo, queria senti-lo como estava, com o coração pulsando forte contra o meu.

Eu estava nas nuvens, ele tinha me escolhido para ser o primeiro a saber de sua sexualidade, não podia haver maior prova de confiança, de conexão do que essa. Ao mesmo tempo, agora a cada vez que olhava para ele, para seu rosto carregado de pureza e sinceridade, para seu corpo escultural, sentia o tesão redobrado. Passei a desejá-lo de forma carnal, queria me apossar dele, de todo seu corpo, de sua inocência virginal. Estava travando uma luta comigo mesmo entre o homem dominador sexual e o homem que deveria servir de exemplo.

Estávamos lavando a louça do jantar naquele mesmo dia, nossa conversa ainda girava em torno do tema da sexualidade, suas inúmeras facetas, as questões morais atreladas a ela, as formas como cada um expressa a sua e aí por diante, quando resolvi também lhe revelar algo que trazia dentro de mim há muitos anos.

- Vou te contar um segredo, Theo! Algo de que voltei a me lembrar hoje, depois de muitos anos, depois que você se abriu comigo. Durante todos os anos da High School eu tive, nem sei bem como definir, um caso, um relacionamento, algo assim, com um colega de turma. Joe Dexter Thompson, era o nome dele. Um cara lindo feito você, também um pouco retraído, que tinha dificuldade de se expor, mas de quem quase todos gostavam. Ele não era propriamente meu amigo, não fazia parte da minha turma do time de futebol de americano, onde só dava marmanjões parrudos e que eram cobiçados pelas garotas mais bonitas do colégio. O Joe era discreto ninguém nunca desconfiou que podia ser gay. Tinha até uma garota que estava sempre com ele, e que todos achavam que era a namorada dele. Ele e eu não tínhamos ligação alguma dadas todas as nossas diferenças. Por fazer parte do time de futebol e ter esse corpo atlético, eu fazia muito sucesso entre as garotas, particularmente aquelas mais bonitas, as mais cobiçadas da turma. Para fazer jus à fama de garanhão, eu andava oficialmente com uma tal Maggie, a menina mais tesuda do colégio, embora não me privasse de encontros e transas com qualquer uma que estivesse a fim de sentir a minha pica. Não sentíamos nada um pelo outro, ambos estavam apenas querendo provar que podiam ter a melhor garota no meu caso e o cara mais machão no caso dela. O que nos unia era a facilidade com a qual ela abria as pernas para sentir meu cacete, nada mais. Um belo dia, tivemos que fazer um trabalho sobre expansão dos gases para a disciplina de física, e o professor, ao nomear as duplas, me colocou junto com o Joe. Até então, não havíamos trocado mais do que meia dúzia de frases. Como tivemos que nos encontrar diversas vezes para concluir o trabalho, ora eu ia a casa dele ora ele vinha na minha. Foi durante esses encontros que passamos a nos curtir, ele tinha um jeito todo particular, me fazia rir, me fez reparar do quanto era bonito e sensual, tal como você, passou a me chamar carinhosamente de Ewie devido ao meu sobrenome, algo que só fazia quando estávamos a sós. Até o dia em que ficamos tão entediados com o trabalho que passamos a conversar sobre outros assuntos, quando dei por mim, eu o tinha em meus braços completamente nu, se entregando ao tesão que estava me consumindo. Quando entrei nele e senti como ele me recebia dentro dele descobri o que era uma transa de verdade, descobri um sentimento que nunca tinha sentido antes com nenhuma das garotas com quem tinha trepado. O Joe foi todo meu, aconchegou minha rola, me aconchegou, fez daquela transa a melhor coisa que já tinha vivido. Depois disso, mesmo findo o trabalho, nos encontramos muitas outras vezes para transar ou simplesmente conversar sobre coisas que eu não falava com ninguém mais. Nunca namoramos, no colégio mantínhamos a mesma discrição que antes, ele nunca cobrou nada de mim, nem eu dele. Nós apenas vivemos aquela situação com toda a intensidade durante os três anos do colégio. Depois, cada um seguiu seu rumo, quando entramos na universidade. Eu conheci a Anne e fomos nos envolvendo até nos casarmos, nunca mais me relacionei com outro homem. Sempre soube que era heterossexual que queria ter uma mulher como parceira, e aquilo que vivi com o Joe foi uma exceção, uma experiência única. Nunca mais nos falamos, nunca mais nos encontramos. Foi engraçado eu me lembrar dele hoje, gostaria de saber o que é feito dele, que carreira seguiu, se encontrou alguém em sua vida. – revelei, enquanto ele me ouvia atento, sem fazer nenhum comentário. Por outro lado, eu estava feliz por poder lhe contar isso, nunca o tinha feito com ninguém.

Pouco antes de me deitar naquela noite, resolvi passar pelo quarto do Theo para ver como ele estava depois daquele dia tão agitado, do salto de paraquedas, da revelação que me fez, da história que lhe contei. Já tinha me despido e estava só cueca quando bati na porta dele e enfiei a cara para dentro.

- Tudo bem, Theo? Como você está? – perguntei, enquanto meu olhar se fixava sobre o corpo quase nu dele, não fosse a cueca que tinha sido parcialmente mastigada pelas nádegas avantajadas dele e se achava enfiada dentro do rego, expondo quase um glúteo inteiro. Senti o pinote que minha caceta deu e me arrependi de não ter vestido a calça do pijama.

- Está tudo bem, tio Troy! Obrigado por esse dia, foi o dia mais maravilhoso da minha vida! – respondeu ele, com um sorriso afetuoso que só aumentou meu tesão.

- Boa noite, então! Durma bem! – desejei, ao mesmo tempo em que disfarçadamente ajeitava a pica enrijecida.

- Boa noite, tio Troy! Você também! – respondeu. Aquele “tio Troy” passando pelos lábios vermelhos e úmidos dele estava me deixando cada vez mais alucinado. Eu já estava fechando a porta quando ele me chamou. – Tio Troy! Você poderia dormir aqui comigo essa noite? – quase surtei, ele estava mesmo me pedindo isso, ou seria imaginação minha?

- É claro, Theo! – voltei a entrar no quarto e caminhei até ele, sem disfarçar a pica que já formava uma tenda debaixo da cueca, para a qual ele lançou seu olhar cobiçoso.

Eu me ajeitei ao lado dele na cama, meu coração parecia querer sair pela boca, meu pau estava duro como aço e, por alguns instantes, eu não soube como agir. Ele se aconchegou a mim, pousou levemente uma mão sobre meu peito e fez deslizar os dedos longos e finos entre os pelos, acelerando minha respiração.

- Eu te amo, tio Troy! – creio que foi a terceira ou quarta vez que ele repetiu essa afirmação naquele dia, mas agora eu tinha a exata dimensão do sentido dela, e me inclinei sobre ele.

Fiquei olhando para o rosto meigo dele, toquei-o de leve, contornei-o com a ponta dos dedos, toquei seus lábios fazendo o mesmo com o contorno da boca, depois a cobri suavemente com a minha. Ele se deixou abrir sem resistência enquanto eu enfiava a língua em sua boca quente e receptiva. Uma sucessão de beijos cada vez mais acalorados foi atiçando nosso tesão, nós nos lambíamos, abocanhávamos nossos lábios, juntávamos nossas línguas numa dança libidinosa, sentíamos nossos sabores. Sentei-me na cama e o puxei para o meu colo ao mesmo tempo em que minha mão descia a cueca dele e amassava suas nádegas fazendo-o soltar os primeiros gemidinhos. Ele se agarrou aos meus ombros, deixava-se bolinar na bunda e retribuía meus beijos lascivos. Fiz com que sentisse minha ereção, roçando-a em suas nádegas. Ele gemia, erguia as ancas que estavam completamente em minhas mãos e me ofertava seus mamilos com os biquinhos enrijecidos e salientes. Lambi e chupei vorazmente um deles, intensificando seus gemidinhos. Mordi as tetinhas salientes dele com sofreguidão. Ele afagava meu rosto e me entregava os peitinhos bem formados, onde cravei dentadas ávidas de desejo, deixando-os marcados. Abri vagarosamente o reguinho dele e fiz um dedo sondar o cuzinho, ele se contraía em espasmos, era tão diminuto que meu dedo grosso não passava pelas preguinhas, seria preciso forçá-lo para vencer a pouca elasticidade delas. Feito um garanhão ensandecido pelo tesão, eu o introduzi no cuzinho e o Theo gemeu junto ao meu ouvido. Eu só pensava em deflorar aquela rosquinha virgem, no mais libertino e depravado sentimento que um macho pode ter. Tornei a deitá-lo de costas, terminei de tirar a cueca dele e desci a minha, fazendo a pica melada saltar para fora bem diante do rosto dele. Algumas gotas do pré-gozo que fluía da uretra caíram sobre o rosto dele, fazendo-o sentir seu aroma almiscarado. Pincelei a caceta babada sobre os lábios dele, que iam se abrindo lentamente até envolverem toda a glande úmida. Esfreguei-a por toda a face lambuzando-a com o fluido da minha excitação. Quando tirei a mão da rola, ele a pegou timidamente e a acariciou ao longo de todas as suas dez polegadas. Quase explodi de tanto prazer ao sentir a maciez daquela mão tateando sobre a minha pica, não sabendo bem o que fazer com ela.

- Me chupa, Theo! – exclamei para orientá-lo

Com esforço, ele abocanhou a cabeçorra, envolveu-a suavemente e começou a sugar; pensei que aquele seria o meu fim. A pica pulsava na mão dele, enquanto sua boca percorria toda extensão dela descendo em direção ao saco e voltando até a ponta da cabeçorra onde se detinha para sorver mais um pouco do fluido abundante que eu liberava. Seus dedos massageavam minhas bolas que pareciam querer estourar de tão cheias. Em dado momento ele colocou uma delas na boca, com aquele monte de pentelhos e tudo, e chupou massageando-a com a língua. Eu o agarrava pelos cabelos e enfiava o rosto dele na virilha entalando a rola na garganta dele até ele começar a se debater com a falta de ar. Eu queria que ele experimentasse meu leite e não o precavi de que estava prestes a gozar. Mesmo mal conseguindo parar de me contorcer, eu mantinha o rosto dele afundado nos meus pentelhos. A mão dele estava espalmada sobre meu ventre, acariciando e tateando sobre os pelos. Voltei a cobrir a mão dele com a minha para garantir que não tirasse a pica da boca e, urrando, despejei os jatos de porra na boca dele. O Theo os engolia com o olhar deleitado fixado no meu.

- É todo seu, Theo! Toma seu leitinho! – grunhi em meio ao tesão infindável. Ele lambeu meu cacete até a derradeira gota.

Todos esses meses com aquele tesão refreado, em que não sabia se o cuzinho do Theo ia ser meu algum dia, veio todo à tona. Eu o girei de bruços, me lancei em cima dele, e encaixei a bundinha carnuda, querendo levar rola, na virilha; o pau duro preso e deslizando dentro do reguinho apertado, ele gemendo baixinho para deixar todo tesão que estava sentindo escapulir aos poucos. Beijei e chupei a nuca dele, as orelhas aproveitando para sussurrar sacanagens nelas.

- Empina o rabinho Theo, para o tio Troy foder esse cuzinho virgem, empina! – ele obedecia com a respiração arfando de desejo.

Lentamente fui descendo pelas costas dele, beijando, lambendo, apertando-o com as mãos para que sentisse o quanto o queria. Ajoelhado aos pés da cama, abri as pernas e as nádegas dele, e comecei a linguar a fendinha rosada, arrancando suspiros libertinos do safadinho que já tinha notado que havia me deixado numa tara descontrolada.

- Tio Troy! – balbuciou, sabendo o quanto isso me excitava.

Quanto mais obstinado eu lambia o cuzinho, mais ele empinava a bundinha se oferecendo, ora só gemendo, ora rindo agitado quando minha barba por fazer pinicava suas nádegas fazendo cócegas. Minha rola estava quase estourando de tão dura, apontei-a sobre o anelzinho e meti para dentro do cuzinho, deixando-a entrar fundo. O Theo soltou um ganido pungente como o de uma presa apanhada pelo predador, capitulando, enquanto as dez polegadas do meu caralho grosso rasgavam o cuzinho virgem dele. Enfiei à seco, nem me lembrei de lubrificar o pau e o cuzinho dele, até porque nem tínhamos mais lubrificante em casa; tal qual as camisinhas, já não faziam mais parte do sexo que eu fazia com a Anne. Grunhi o nome dele à medida que socava a rola para dentro dele e ia sentindo seus esfíncteres me encapando.

- Machucou? Doeu muito? – perguntei, mesmo sabendo a resposta, mesmo vendo o esforço que ele fazia para aguentar minha rola rasgando suas preguinhas. Ele negou com um aceno de cabeça, comprimindo os lábios para conter os gemidos.

O molecão nasceu para isso, saciar as necessidades de um macho, dando-lhe prazer enquanto ele próprio estava imerso no prazer. Bombei algumas vezes e o fiz gemer. Depois de um tempo, saquei o caralho de uma só vez do rabinho ferido dele, girei-o novamente para que ficássemos de frente um para o outro, coloquei suas pernas sobre meus ombros e contemplando o cuzinho agora todo aberto e vermelho, soquei novamente a pica dentro dele, empurrando-o até o talo na carne macia e quente dele. Ele só gania, gemia e se agarrava ao meu tronco cravando os dedos nos meus flancos. Inclinei-me sobre ele e o beijei para compensar a dor que estava lhe causando, embora ele não reclamasse nem me impedisse de prosseguir, deixando-se foder pela minha sanha libertina. As mãos dele percorriam minhas costas e, quando de uma estocada mais funda e dolorosa, ele as arranhava procurando segurança que sentia em mim, a mesma que sentiu durante o salto de paraquedas. Eu o tinha todo em meus braços, estocava o cuzinho e chupava seus peitinhos prendendo e tracionando os biquinhos duros até ele gemer. Empalado pelo meu cacete grosso arrebentando suas preguinhas, ele me cobria de afagos e beijos, fazendo de mim o homem mais feliz desse mundo. Por uns instantes tornei a voltar no tempo, pois o Theo me recompensava com aquela mesma ternura e desvelo que o Joe me dedicava no ensino médio. Era algo que as mulheres, por mais apaixonadas que estivessem, não conseguiam proporcionar naquela mesma intensidade e entrega, e que fazia com que a gente se sentisse o melhor dos machos, o mais fecundo, o mais potente. Ao mesmo tempo em que os gemidinhos do Theo ficavam mais agudos, mais excitados, eu sentia o corpo todo dele tremendo em meus braços. Eu mesmo estremecia por inteiro, todo tesão rumava para a minha virilha, a musculatura ia se contraindo com mais força. Quando não consegui mais me controlar retendo o gozo o quanto pude, ele enfiou as pontas dos dedos nas minhas costas, ergueu as ancas e gemendo começou a gozar junto comigo, que grunhindo feito um touro, me despejei todo em seu cuzinho, encharcando-o até vazar. Estávamos nos encarando, sorrindo um para o outro e gozando liberando aquela onda de prazer que nos envolvia. Quando meu cacete começou a murchar, deitei-me de costas e o puxei sobre meu peito acariciando sua cabeleira, enquanto ele acariciava minha região pudenda como se quisesse me devolver todo prazer que meu falo havia lhe proporcionado. Adormeci embalado pelas batidas compassadas do coração dele, e por sua respiração quase tão leve quanto a de um passarinho. Aquele sentimento de posse não tinha preço, era único; o Theo era todo meu.

Quando acordei na manhã seguinte ele já não estava na cama, pensei que tinha ido à universidade e, conferindo as horas me enfiei debaixo da ducha. Desci coberto por um roupão e o encontrei preparando o café da manhã. Ele fazia as mais saborosas panquecas que eu já provei, e havia três delas empilhadas e cobertas de melaço de bordo sobre o prato me esperando.

- Bom dia, tio Troy! – exclamou, assim que o abracei por trás e o encoxei mostrando que ainda não estava completamente saciado.

- Bom dia, Theo! Meu doce e carinhoso Theo! – respondi, beijando a boca que ele virou na minha direção. – Por que não me esperou na cama? Tem aula agora no primeiro horário? – perguntei, pois eu tinha uma dificuldade tremenda de guardar os horários dele.

- Não, só às 10:30 hs, hoje é sexta-feira, lembra?- acenei com a cabeça que sim, mas realmente não me lembrava, e o fato de ele também estar com o roupão que saiu do banho, me levou a enfiar a mão no meio das pernas lisinhas dele até ela se encaixar no meio do rego. Ele estava nu debaixo do roupão e minha rola se deixou levar pelo tesão.

Assim que percebeu que eu estava excitado, com a cabeça da pica querendo sair pela abertura do roupão, ele largou tudo que estava fazendo, espalmou ambas mãos sobre meu peito e soltou o cinto que o mantinha fechado. Foi se ajoelhando aos meus pés à medida em que as mãos deslizavam sobre o meu ventre e pegou carinhosamente no meu cacete e saco, e começou a me chupar. Lancei minha cabeça para trás, agarrei-o pelos cabelos e deixei-o mamar, afinal minha pica agora era dele.

- Ah, Theo nunca me chuparam tão gostoso como você! – exclamei sincero, afastando ligeiramente as pernas onde ele se segurava enquanto sorvia o néctar da minha excitação. Minutos depois, esporrei na boca dele e deixei-o se deliciar com meu sêmen cremoso, que ele devorava feito um bezerrinho faminto.

Tomamos nosso desjejum e eu me perdi no tempo. Puxei-o da cadeira para os meus braços e o beijei sofregamente. Ele retribuía e deixava minhas mãos deslizarem pelo seu corpo.

- Vamos para a cama, Theo, quero você, preciso de você! – ronronei no ouvido dele

- Você vai perder a hora, tio Troy! Tem menos de meia hora para estar no escritório. – salientou ele.

- Vou mais tarde, agora estou precisando do seu carinho, e desse cuzinho apertado agasalhando minha pica! – devolvi, entrando novamente com ele completamente pelado na cama.

Ao abrir a bundinha, constatei o arregaço que minha rola tinha imposto às preguinhas dele, estavam intercaladas por fissuras feridas e vermelhas e deviam estar bastante sensíveis. Não sei em que tipo de homem me transformei, pois aquilo me deu ainda mais tesão, eu queria entrar naquele rabo e deixar minha presença gravada nele. Pensando só em mim, soquei a piroca grossa no cuzinho dele até o talo, fazendo-o ganir e gemer de dor antes de começar a sentir prazer comigo latejando em suas entranhas. Os olhinhos úmidos dele brilhavam como duas estrelas quando afagou meu rosto, enquanto se entregava à minha tara predadora. Fazia tempo que eu não esporrava tanto, que não me sentia tão saciado, e ele parecia compreender minha necessidade e se entregava com um brilho apaixonado fulgurando daqueles olhos azuis.

Começamos a manter relações sexuais frequentes, driblando horários, a presença da Anne, compromissos e tudo mais que pudesse atrapalhar aqueles momentos de profunda e intensa intimidade que eram só nossos. O Theo foi desenvolvendo uma habilidade única de se satisfazer com um macho e, ao mesmo tempo, lhe proporcionar os prazeres sexuais mais sobejos. Ele era criativo nas abordagens quando queria me dar o cuzinho, assim como durante o ato sexual parecendo saber exatamente aquilo que me excitava, que me dava mais prazer, que me fazia gozar com mais satisfação.

O Theo levou quase um ano para revelar à Anne que era gay. Ela, como eu já esperava, o acolheu com o mesmo carinho que eu havia feito. O meio no qual trabalhava era povoado de gays, ela lidava com eles o tempo todo, e o fato do Theo se assumir apenas demonstrava a confiança que sentia nela.

- Não vou comentar nada com sua mãe, fique tranquilo! Esse é um assunto que você deve resolver com seus pais, ninguém mais e, no seu tempo, quando achar que está preparado. Sei que não vai ser fácil, especialmente conhecendo seu pai como conheço, mas eu e o Troy estaremos ao seu lado para o que der e vier, não se esqueça disso, querido! Até presencialmente se for o caso, não é Troy? – indagou, dirigindo-se a mim que prontamente concordei.

- Meu pai e os irmãos dele vão ser o grande problema, eu bem sei. Acho que só vou contar depois de me formar, pois é capaz do meu pai não financiar mais meus estudos e minha estadia aqui nos Estados Unidos. – alegou preocupado

- Essa deve ser a menor das suas preocupações, meu querido! Se seu pai deixar de te custear isso não vai fazer a menor diferença. Eu e o Troy faremos isso com o maior prazer, você é a nossa prioridade, a sua felicidade é a nossa prioridade, tê-lo conosco é mais importante do que tudo. – asseverou a Anne, sabendo que eu partilhava a mesma opinião.

- Eu amo vocês! – devolveu ele, nos juntando num abraço carinhoso.

Eu fazia questão de estar presente no momento em que o Theo se assumisse perante o pai, um sujeitinho que eu abominava pela maneira debochada e pérfida com que sempre me tratou, sem nenhum motivo para isso; talvez por xenofobia ou algo parecido, pois nunca me preocupei em analisar as razões dele para ser tão antipático. Eu queria ver a cara dele ao saber que o filho era gay quando ele posava de machão, e já me via desfrutando da maravilhosa sensação de saber que eu tinha descabaçado o garoto dele, e que estava fodendo o cuzinho dele. Seria um prazer impagável.

Haviam se completado três anos que o Theo estava conosco. Aquele salto de paraquedas acabou se mostrando um divisor de águas, ele adquiriu mais confiança em si, fez crescer seu círculo de amizades tanto na universidade quanto fora dela, saía com frequência com os amigos sem nunca se esquecer de mim que continuava sendo sua companhia preferida, não só para o sexo como para tudo o mais. Chegamos até a fazer outros saltos, embora não tenha superado o pavor e que, como em tantas outras participações esportivas, ele mais fazia para estar junto a mim.

- O que acontece com você Troy? Não está me deixando dormir se agitando tanto na cama! – costumava repetir a Anne toda vez que eu era tomado da mesma aflição quando o Theo ainda não havia voltado para casa já bastante tarde da noite.

- O Theo ainda não voltou, sabia? São 04:00hs da manhã e o garoto está sabe-se lá onde! – resmungava eu

- Ele te ligou avisando que tinham ido a uma balada depois da festa de aniversário da colega de faculdade dele, não sei porque você faz tanto drama, ele te informa de cada passo. Ademais, ele não é mais nenhum garoto, ele tem 22 anos, sabe se cuidar. Deixe-o aproveitar a juventude, tenho certeza que ele não está fazendo nada de errado. Sossega homem! – era geralmente o discurso dela em resposta às minhas aflições, mas que não me acalmavam em nada.

Minha vontade era gritar com ela dizendo que podiam estar roubando ele de mim, que machos tarados pela beleza e carisma dele podiam estar rondando feito gaviões ao redor dele querendo aquele cuzinho, querendo os beijos amorosos dele, querendo enfiar suas picas naquela fendinha que era só minha. Eu nunca senti tanto ciúmes por alguém, e estava me tornando um sujeito irascível. No fundo eu sabia que ele continuava só meu, que ninguém mais estava tocando nele como eu fazia, pois a índole dele jamais trairia minha confiança. No dia em que ele se sentisse atraído por outro homem e tivesse vontade de se entregar a ele, ele me contaria sem meias palavras, sem omitir nada. Eu também sabia que esse dia ia chegar, mais cedo ou mais tarde, mas não estava preparado para ele, não queria estar preparado para ele. Era justamente o fato do Theo ser tão querido por todos que alimentava esse meu ciúme exagerado, com o qual algumas vezes cheguei a abordá-lo mais severamente e sem motivo. O que ele me devolveu foi mais carinho, mais amor, mais confiança.

Para que consigam avaliar quem é o Theo, apesar de poderem achar que o que vou narrar seja apenas um discurso de pai coruja e não uma opinião generalizada, eis duas situações que bem o definem.

A primeira aconteceu com a Anne, mais especificamente na empresa e no trabalho dela. Com um desfile agendado para mostrar sua nova coleção primavera-verão e, na véspera do evento, um modelo masculino fraturou a perna num acidente de motocicleta ficando impossibilitado de desfilar. A agência que fornecia os modelos estava sem ninguém disponível e a Anne chegou em casa arrasada, uma vez que todas as peças com as quais o modelo ia desfilar faziam conjunto com os da modelo feminina, ficando pois, todos eles impedidos de serem exibidos.

- Eu vou tia Mariana! Afinal de contas, esse corpitcho deve servir para alguma coisa! – prontificou-se o Theo.

- É claro! Você toparia, querido? Não é fácil, serão um bocado de horas. Mas, sabe de uma coisa, eu já havia pensado nisso outras vezes, você tem um corpo lindo, Theo, lindo e perfeito. Que modelo melhor alguém poderia querer. – retrucou a Anne contente da vida, por ver que seu trabalho não seria desperdiçado.

- Vai todo mundo ficar olhando para ele, Anne! – a frase me escapou antes de eu refletir sobre ela.

- É óbvio que vão! A intensão é exatamente essa! – retrucou, sem que eu pudesse dizer que aquele corpo era meu e que eu não estava disposto de compartilhá-lo com ninguém. O Theo foi tão sagaz que notou minha preocupação e tão logo a Anne fez uma ligação para sua gerente avisando que não seria mais necessário cancelar aquelas peças, ele se aproximou de mim, acariciou meu rosto e meu deu um beijo delicado na boca, afirmando num sussurro que ele continuava sendo apenas e tão somente meu.

Raramente eu comparecia a esses eventos e, quando o fazia era mais para prestigiar o trabalho criativo da Anne. Contudo, naquele fiz questão de ir, afinal alguém tinha que ficar vigiando o Theo para evitar oportunistas de plantão. Ele se saiu muito bem na passarela, roubou a cena, valorizou cada uma das peças com sua bundinha que se destacava ao caminhar resoluto como se já tivesse feito isso inúmeras vezes. Senti tanto orgulho da Anne e dele naquele dia, pois eu tinha a melhor família desse mundo.

A segunda situação aconteceu comigo, ou melhor, no escritório. O fundador do escritório estava envolvido na fusão de dois conglomerados e precisava das assinaturas de alguns diretores de um dos grupos que estava sediado em Chicago, pois havíamos descoberto que não contávamos com mais de 48 horas para enviar toda a documentação para um órgão público federal que analisaria toda a papelada. Não era uma tarefa para um estagiário nem para um dos office-boys, e nenhum outro advogado estava em condições de assumir a tarefa. Externei a minha preocupação durante o café da manhã, quando a Anne me perguntou do porquê do meu silêncio e daquela testa franzida. Quando expus o problema o Theo se prontificou a viajar até Chicago e obter as tais assinaturas. Liguei para o fundador do escritório e disse que tinha alguém para realizar a tarefa, ele suspirou aliviado e, duas horas depois, o Theo voava para Chicago.

- E as tuas aulas na faculdade, como ficam! – perguntei, quando ele se dispôs a me ajudar.

- Não tenho nada de importante! Recupero depois! – respondeu solícito.

Ao chegar a sede da empresa, ele foi avisado que os diretores que deveriam assinar a papelada estavam almoçando com um cliente num hotel da cidade, e o Theo, sem hesitar, foi até lá determinado a concluir sua tarefa. Ao analisarem a documentação após terem sido gentilmente interrompidos pelo Theo, surgiu uma dúvida referente a uma das cláusulas. O Theo ligou diretamente para o fundador do escritório, obteve a resposta para a dúvida e conseguiu as assinaturas, embarcando de regresso no início da madrugada no único voo disponível e entregando toda a papelada na mesa do fundador na manhã seguinte. Eu nem tinha saído para o trabalho quando ele chegou em casa depois de toda uma noite em claro.

Ao chegar no escritório, o fundador veio ter comigo, dizendo que os diretores tinham ficado encantados com a gentileza e pró-atividade do Theo em resolver a questão, parabenizando-o por ter um pessoal tão competente. Quase explodi de tanto orgulho, esse era meu garoto, esse era meu Theo amado. Só uma semana depois, eu e a Anne descobrimos que ele havia perdido a prova de uma disciplina para poder viajar até Chicago, e isso acabou lhe custando um final de semana inteiro sem desgrudar da frente do notebook para entregar um trabalho que o professor lhe havia dado em substituição à prova que perdeu. Eu o censurei, mas tomado de um amor incondicional quando o abracei, a Anne o cobriu de elogios. Nenhum dos dois concebia mais a ideia de viver sem o Theo, ele era nosso filho sem tirar nem pôr, era nosso.

Algumas vezes, depois de termos feito amor, com ele ainda nos meus braços fazendo cafuné na minha pica, ele expressava sua preocupação com o que estávamos fazendo.

- Sinto como se estivesse traindo a tia Mariana quando fazemos amor, será que não estamos sendo pessoas péssimas?

- Você não deveria se sentir assim, se alguém tem alguma culpa, essa pessoa sou eu que sou casado com ela. E, para ser bem sincero, eu não me sinto culpado de nada. Eu continuo amando a Anne como sempre amei durante todos esses anos. Porém, a nossa vida sexual deixou de ser prioridade há muito tempo. Fazemos sexo sim, mas esporadicamente, como uma necessidade fisiológica qualquer. O sexo que tenho com você é diferente, é o sexo do qual todo homem precisa, é o sexo que me faz bem, que sacia todas as minhas necessidades, é o sexo que me permite dar prazer a você, te mostrando o quanto você é importante na minha vida. É o sexo com amor, Theo. – respondia eu.

- Eu não queria me sentir assim, tio Troy, mas não consigo evitar. Amo a tia Mariana, e não quero a infelicidade dela.

- Ela talvez seria infeliz se soubesse que eu procuro sexo fora de casa, mas com você é diferente. – para dizer a verdade eu não saberia dizer qual seria a reação dela se descobrisse que eu estava enrabando o sobrinho predileto dela, e não queria pensar sobre isso.

No verão brasileiro desse mesmo ano, fomos para o Brasil em férias. A Anne queria rever os pais que já não podiam mais nos visitar e rever outros membros da família e amigos com os quais fazia tempo só se comunicava através do Whatsapp. Poucos dias antes do voo, o Theo nos comunicou que iria abrir o jogo com os pais, ia revelar sua sexualidade. Tanto eu quanto a Anne percebemos a preocupação dele, pois andava um pouco mais calado e retraído que de costume.

- Vai dar tudo certo, meu querido! Eu vou estar ao seu lado quando falar com seus pais, ok? Isso te tranquiliza? – indagou a Anne

- Sim, obrigado tia Mariana! Acho melhor você estar por perto. – respondeu ele.

Não nos surpreendeu a reação violenta deles, especialmente do pai que, não fosse a Anne intervir, teria agredido fisicamente o Theo. Por sorte eu não estava por perto, pois se ele tivesse relado a mão no meu garoto eu não sei o que seria capaz de fazer com aquele filho da puta! O Theo ficou tão assustado que veio procurar refúgio em meus braços, embora durante todo o tempo em que enfrentou os pais tivesse se mostrado firme e corajoso, como nunca o tinha visto antes. A mãe dele, mais passional, fez um show à parte, porém, alguns dias depois deixou que seu amor de mãe prevalecesse e apoiou o Theo. Menos mal, ao menos alguém naquela família de silvícolas tinha um pouco de discernimento. Contudo, com o pai não teve conversa. Além de logo espalhar a notícia para os irmãos tão obtusos e machistas quanto ele, ameaçou o garoto de tudo que foi possível. Até os avós foram mais compreensivos e, a despeito da moral antiquada que traziam, deixaram seus sentimentos prevalecer sobre essa moral. Passamos três semanas na casa de praia dos pais da Anne, o que para mim foi um verdadeiro suplício, uma vez que os homens brasileiros eram bem mais atrevidos que os americanos, e não disfarçavam o tesão que sentiam pela bundinha rechonchuda do Theo metido nas sungas.

- Precisa usar essas sungas curtas, não pode ir à praia com bermudas? – questionei, depois que vi um taradão fazendo menção à delicinha de bunda dele. Ele me abraçou e riu.

- É sério, tio Troy? Bermuda? – devolveu ele. Como estávamos longe das vistas de todos, agarrei-o e soquei o caralho no cuzinho dele relembrando-o que era seu macho. Gozei feito um garanhão quando a resposta dele foi um demorado e lascivo beijo.

Quando fomos à casa dos pais dele para que ele pudesse se despedir antes de voltarmos para os Estados Unidos, ainda pairava aquele clima belicoso em relação a ele. O pai o ofendeu o quanto pode, a mãe não o tinha conseguido convencer a aceitar o filho enquanto ela própria fazia seu drama particular, que a Anne criminou sem dó nem piedade. Dessa vez eu estava presente e não demorei a perder a paciência. Quando as ofensas fizeram o Theo chorar e eu infelizmente já tinha tomado algumas cervejas a mais do que devia, não resisti.

- Olha aqui, seu filho da puta! Você não faz ideia de como a vida te agraciou com um filho tão especial e amoroso como o Theo. Você nunca esteve à altura dele, seu cretino! E só para você, faço questão de contar, seu garoto tem o cuzinho mais gostoso que um macho pode desejar! Ele me proporciona as melhores e mais fecundas gozadas que tive! – o filho da puta não teve nem coragem de reagir, pois notou que eu estava sedento de vontade de dar uns socos naquela cara.

- O que você disse para o meu cunhado, ele estava possesso quando me despedi dele? – perguntou a Anne

- Nada! Coisa de homem! Vamos esquecer esse miserável! A partir de hoje, vamos custear todos os gastos do Theo, mesmo que continuem lhe enviando dinheiro, vamos propor que ele faça dele uma poupança para o futuro. Você e eu somos os pais dele, ninguém mais! – falei com tanta emoção que ela me abraçou e concordou com tudo.

- Nós somos os pais dele! – repetiu, chorando de emoção.

Pareceu-me de início, que o destino estava me castigando por ter jogado na cara do pai do Theo que o estava enrabando. Como já contei, o Theo trazia mais amiúde diversos amigos e amigas para reuniões em nossa casa ora para um churrasco a beira da piscina no verão, ora para uma sessão de cineminha e vinho nas noites geladas de inverno. Apesar de sempre vigilante, avaliando cada um daqueles amigos que ele trazia, demorei a notar uma presença quase constante, que atendia pelo nome de Brooks Nicholas Parker e que, ao estilo Theo, logo virou apenas Nick. Era justamente aí que morava o perigo e eu o farejei assim que nenhuma das conversas que o Theo tinha comigo ou com a Anne o apelido carinhoso dele não fosse citado uma meia dúzia de vezes. Estavam tentando roubá-lo de mim!

Nem preciso mencionar que a partir dessa constatação, não fui mais com a cara do sujeitinho. Reconheci aqueles olhares que só eu sabia decifrar quando o cafajeste olhava para o Theo, pois os reconheci quase como sendo meus. Isso sem citar a maneira como ele próprio vigiava o Theo afastando qualquer garanhão mal-intencionado, ou como era zeloso e protetor com ele, ou como enfurnava aquele peitoral enorme só para impressioná-lo com sua virilidade. Eu tinha um rival. Um puta de um rival que era mais jovem do que eu, que tinha um abdômen bem mais trincado que o meu que, apesar de ainda sarado, tinha umas gordurinhas que não sumiam a despeito da quantidade absurda de abdominais que fazia; um rival que usava aqueles jeans mais ajustados só para exibir o tamanho da rola que carregava entre as coxas musculosas; aliás, não eram só elas que eram musculosas, o sujeitinho todo naqueles mais de 190cm era um verdadeiro trator com músculos sobrando para todo lado, algo que o Theo adorava. Quando se reuniam na beira da piscina, a virilidade dos pelos em seu tronco, pernas e braços não deixavam os olhinhos do Theo se desviarem daquela miragem. Impliquei com ele, tratei-o mal, dava indiretas a todo momento desfazendo dele, cortava o assunto quando ele estava contando alguma coisa para o Theo e, só não o esmurrei porque o desgraçado cuidava do Theo tão ou melhor do que eu. O Nick persistia obstinado, aceitava todo meu desprezo sem se mostrar irritado, sem desistir do Theo, sem me criticar. Esses são os mais perigosos, pois estão tão determinados que nada que se interponha em seu caminho os faz desistir.

- Tio Troy, preciso te contar uma coisa! – começou o Theo na volta de uma pescaria de percas, durante três dias, que fizemos no Lago Candlewood, para a qual o Nick também havia se prontificado a participar. Senti um frio na barriga, pois já suspeitava que um dia teríamos essa conversa. – Sabe o Nick, meu melhor amigo da faculdade? – continuou ele fazendo um rodeio para encontrar a maneira menos dolorida de me contar o que eu já imaginava, e como se eu não soubesse bem quem era o meu maior rival. – Então, eu estou gostando muito dele, sabe. Assim, gostando de verdade. – ele gotejava as palavras para me poupar.

- Vocês transaram? – perguntei de imediato.

- Não tio Troy! O Nick nunca tocou em mim! Mas, eu sei que ele quer, eu sinto que ele quer! – só você? Pensei com meus botões, dá para ver na cara dele que ele não pensa noutra coisa.

- E você? – indaguei, sem coragem de ouvir a resposta

- Eu acho que estou me apaixonando por ele, tio Troy! E, sinto a mesma vontade dele me tocar que sinto quando você me toca. – eu não podia esperar outra coisa daquele garoto cujo caráter impoluto não permitiria fazer nada sem me contar o que estava sentindo. Estava perdendo meu garoto. Precisei ficar em silêncio, sem responder nada, pois uma enorme vontade de chorar estava entalada na minha garganta. – Tio Troy!

- Você não o conhece direito, talvez não seja o cara certo, talvez ele só esteja atrás do seu .... , bem você sabe melhor do que eu atrás do que esses safados estão com você. – sentenciei quando me senti mais estabilizado, tentando uma última cartada para desmoralizar aquele pilantra que foi se infiltrando devagar em nossa casa e no coração do meu meninão.

- Não vou mentir, tio Troy, ele mesmo já me confessou que me quer por inteiro, e isso você bem sabe o que quer dizer. Mas, ele é um cara legal, honesto, eu sinto que ele gosta de mim não só para transar, mas para me assumir, como ele vive repetindo quando quer me dar uns amassos. – revelou o Theo, sem saber que estava me apunhalando fundo na alma.

- Vocês nem terminaram a faculdade, não acha que é cedo demais para se envolver com alguém? – eu continuava fazendo meu papel de pai, e o de macho apaixonado por consequência.

- Não estamos querendo precipitar as coisas, já conversamos a respeito. Mas, queríamos ficar mais tempo juntos, queríamos ... – ele desviou o rosto sem coragem de me encarar.

- Vocês querem transar, é isso? E querem que a Anne e eu estejamos de acordo, é isso? – perguntei objetivamente.

- É! – mal ouvi a resposta dele, ele estava vermelho feito um pimentão.

Que dúvidas mais eu podia ter de que ele estava amando aquele brutamontes cheio de testosterona, músculos e, provavelmente, com um cacete do tamanho do meu, ou até maior; porque não sei que raios de alimentação estão dando para essa molecada que dia-a-dia está ficando maior. Como é que eu vou concorrer com meus 44 anos com um sujeito desses, esbanjando virilidade com pouco mais da metade da minha idade. Porra, isso é injusto! Dei um soco no volante.

- Está zangado comigo, tio Troy?

- Não, Theo, não estou zangado com você! Como poderia, você é o que mais amo nessa vida. – respondi.

- Eu também te amo, tio Troy! Sempre, sempre vou te amar! – eu não tinha dúvidas quanto a isso, só estava triste porque estavam tirando meu garoto de mim.

A Anne vibrou com a notícia.

- Que bom que encontrou alguém digno do seu amor, meu querido! O Nick é tão doce com você, eu desconfiava que estava gostando de você. Ele é um garoto muito ajuizado, gosto dele, estou feliz que ele entre para a família. – que esposa era essa, que não tinha um nadinha de nada para criticar o sujeito? Pior, ainda fica levantando a moral do safado!

- Ele é sim, tia Mariana! Ele é demais! E lindão! – retrucou o Theo, contente com a aceitação da tia.

- Muito lindão! Vocês formam um belo casal, se merecem! Vamos fazer um jantar aqui em casa! Os pais dele aprovam o namoro de vocês? Convide-os também! – despejava a Anne com entusiasmo demais para o eu gosto.

- Epa, epa, epa! Não é melhor ir mais devagar? Um jantar até tudo bem, afinal ele já vive aboletado aqui dentro de casa, mas convidar os pais dele é o mesmo que atirar o Theo nos braços daquele ... do Nick! – protestei. A Anne e o Theo riram na minha cara.

Naquele fim de semana, como uma data marcada para o tal jantar, fiz amor com o Theo sem saber que seria a última vez. Penetrei-o tanto, tão fundo, deixei tanto sêmen no cuzinho lanhado dele que me senti até culpado quando na segunda-feira, ele mal conseguia dar uns passos de tanto que lhe doía o cuzinho.

- Se vou ficar com o Nick, não quero enganá-lo, não quero ser inescrupuloso, não quero trair o amor que ele sente por mim e eu por ele. Acho que não devemos mais transar de agora em diante, não acha tio Troy? – aquele foi o golpe final, eu voltava a ser aquele macho solitário no sexo, ou ao menos aquele que não o vivenciava em todas suas facetas.

- Claro que sim, Theo! Claro que sim, você está coberto de razão! Eu não esperava outra coisa de sua parte, meu amor! – foram as palavras mais difíceis que proferi na vida.

Eu estava em cima do corpão quente, firme e macio dele sentindo-me completamente envolvido e dentro dele gozando do prazer único que ele me oferecia. Ele estava fazendo aqueles movimentos que também eram uma característica única dele, contraindo os esfíncteres anais vigorosamente, como se estivesse ordenhando minha pica enquanto eu liberava, em pleno êxtase, meu néctar viril em jatos contínuos dentro de seu casulo. Ele me sorria com sua doçura me encarando, afagando meu rosto com suavidade.

- Troy! Troy, amor!

- Hã!

- O que ainda está fazendo deitado nesse sofá? Depois se queixa de ter dado um mau jeito nas costas! – era a voz da Anne me tirando daquele devaneio sublime e prazeroso.

- Que horas são?

- Uma e meia da manhã! Venha, vá se deitar na cama.

- Ele já chegou?

- Claro que não, Troy! Faz pouco mais de duas horas e meia que eles saíram. Devem estar no auge da noitada.

- Ele já devia estar em casa! – exclamei, pois ainda não tinha perdido a mania de ficar acordado à espera do retorno dele toda vez que saía com os amigos.

- Deixe-o respirar, Troy! Às vezes tenho a impressão que você o sufoca. Além do que, o Nick está com ele, isso deveria bastar para te tranquilizar. – afirmou ela. – Pode me explicar o motivo de estar com esse pinto completamente duro dentro da calça? É plena madrugada Troy, tenha santa paciência!

- É justamente aí que mora o perigo, nesse sujeitinho safado!

- O que você está resmungando aí? Venha para a cama, anda!

- Nada! Não estou resmungando nada! – balbuciei. – Vá subindo, eu já vou, só vou beber um pouco de água na cozinha e já subo!

- Aproveite e traga um copo para mim, por favor! Não demore, Troy!

O domingo amanhecera ensolarado, já era tarde, por volta das 10:00 hs, quando conferi o horário no relógio da cabeceira, enquanto me espreguiçava sentindo o corpo todo moído. A Anne não estava mais cama, através da porta aberta do quarto escutei o tilintar de louças na cozinha, onde ela devia estar preparando o café da manhã. Tomei uma ducha, durante a qual uma necessidade premente me induziu à masturbação. Pela quantidade de esperma que ejaculei pude ter uma noção da secura em que me encontrava.

Antes de descer, passei pelo quarto do Theo. A porta estava fechada, e deveria continuar assim, não fosse aquela súbita necessidade de verificar se ele estava em casa e bem. Quando a abri, encontrei-o nu, com o corpo enroscado ao do Nick, também nu, deitado de costas e com as pernas bem abertas entre as quais aquela aberração grossa de mais de dez polegadas emergia parcialmente rija. A cabeça do Theo pousada em seu peito, e um dos braços do Nick envolvendo sua cintura, onde a mão espalmada descansava sobre aquelas nádegas lisinhas. O devaneio da noite anterior virou um pesadelo, aquilo devia ter sido um aviso de que o que eu via naquelas imagens sedutoras estava realmente acontecendo, mas não comigo, e sim com esse cafajeste que agora já estava até dormindo aqui em casa.

- A que horas ele chegou em casa? Você sabia que o sujeitinho está lá em cima, na cama dele, sem uma única peça de roupa cobrindo sua sem-vergonhice? – questionei, ao me deparar com a Anne.

- Eles chegaram até cedo, deviam ser umas três ou três e meia da madrugada. – respondeu ela. – Não me diga que você foi xeretar no quarto dele. Você não toma jeito, Troy! Deixe o garoto em paz! – ralhou ela, acabando com meu bom-humor.

- Não fui xeretar! Só fui conferir se ele estava em casa e se estava coberto, fez frio essa noite! – justifiquei. Ela apenas me encarou, balançou a cabeça de riu.

Eles desceram pouco depois, a Anne e eu nem havíamos terminado de tomar café. Ambos traziam os cabelos ainda úmidos, e o vigor da juventude resplandecia em seus rostos. O Theo veio direto a mim, me abraçou e me deu – Bom dia! – colando um selinho sobre os meus lábios. Como o sujeitinho acompanhava a cena feito um cão de guarda, abracei o Theo com força, puxei-o contra mim e quase lhe esmago as costelas, como quem assinala que ele me pertencia. A Anne acariciou o rosto dele e perguntou se tinham dormido bem. Tive vontade de responder que não dormiram, que o safado passou a noite toda se esbaldando no cuzinho dadivoso do nosso menino, mas precisei me conter.

- Bom dia, tio Troy! – exclamou o tarado, senti meu punho se fechar instintivamente.

- Bom dia! Sr. Ewans, para você meu rapaz! Tio Troy é um privilégio exclusivo do Theo! – rosnei em resposta. A Anne disfarçou o risinho irônico, o Theo voltou a me abraçar.

- You will always be my beloved daddy! Ever! Ever! – sussurrou ele em meu ouvido, ciente do ciúme que estava a me mortificar.

Quando o Theo foi se sentar ao lado dele no balcão da cozinha para tomarem o café, fiquei a observá-los, os pensamentos flutuando em minha mente, analisando as imagens que os olhos viam. O sujeitinho o amava, tenho que ser sincero e admitir. Tudo nele estava voltado para o meu garotão, seus gestos de afeto, seus cuidados, sua maneira gentil de lhe dirigir as frases, a maneira protetora na qual o envolvia e, mesmo o que mais me afligia, até o jeito como ele devia enfiar aquela aberração descomunal no cuzinho do meu garotão devia ser cheia de cuidados e amor. Por isso, esse sorriso lindo que o Theo trazia em seu rosto essa manhã, um sorriso que brilhava como o sol lá fora. Talvez a Anne estivesse certa, eu não precisava mais me preocupar tanto, o safado estava fazendo isso com a mesma competência e diligência que eu. Talvez eu devesse deixá-lo se aproximar um pouco mais. Pouco, é certo, que eu não era aquele tipo de sujeito que permite que lhe roubem o que tem de mais valioso sem se indignar. E, nem que se sinta tão à vontade que comece a folgar, uma vez que isso ele já estava fazendo ao praticamente não sair mais da nossa casa.

Andei nostálgico por alguns dias, sem um motivo aparente. Voltei no tempo, aos anos do ensino médio na Kingswood Oxford Highschool, àquelas tardes em que minha testosterona circulava à mil nas minhas veias e me fazia meter o cacete sempre insaciado no cuzinho generoso do Joe, aquele cara tão carinhoso comigo como o Theo. Não sei porque estava me lembrando tanto dele ultimamente, passados já tantos anos.

Eu estava atrasado para o trabalho, a Anne e eu ficamos até bem tarde assistindo a um filme na televisão. O Theo idem, mas por ter ficado longas horas ao telefone com o Nick ouvindo suas cantadas baratas enquanto este lhe devolvia juras de amor; certamente ouvindo-as ao mesmo tempo que manipulava aquele cacete cavalar. Eu não me conformava com aquele cacete depois que os vi deitados juntos naquela manhã, era tão grande e grosso quanto o meu, senão até maior, aquilo devia machucar muito meu garoto; por que então o Theo sempre tinha aquela felicidade estampada em sua carinha doce?

- Ewie? – questionou a voz quando atendi a chamada de um número desconhecido no meu celular. – Ewie? – repetiu a voz, fazendo um calafrio percorrer toda minha coluna.

- Joe? É você Joe? – minha voz não queria sair. Sem uma resposta, a ligação foi interrompida.

Fiquei uns instantes sem chão, parecia que meus pés estavam apoiados numa balsa boiando sobre as águas. O Theo e a Anne me encaravam.

- Quem era, querido? – perguntou ela. Não consegui responder, pois nem eu mesmo acreditava que aquela voz podia pertencer ao meu passado.

O Theo caminhou até mim e me abraçou, creio que ele sentiu como meu corpo tremia, mas ele não disse nada, apenas manteve seus braços me apertando. Nesse exato momento eu compreendi que aquela viagem repentina de um final de semana que fizera com o Nick até Providence, em Road Island, não fora a convite de um suposto amigo dele. O Theo estava por trás daquela ligação, sem nenhuma sombra de dúvida. Como não amar um garoto desses, como não se sentir o homem mais privilegiado desse mundo por esse menino ter entrado na minha vida? Só meus olhos úmidos tinham essa resposta.

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Comentários

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Contos narrados pelo ativo são sempre os melhores. Pode escrever quantos quiser nesse formato. Parabéns e obrigado, Kherr!

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Grato pelo comentário Dani Sá! Às vezes me aventuro como narrador ativo, embora não seja a minha praia. Mas, meu parceiro acabava virando meu conselheiro nesses horas, pois ele entende muito do assunto! 😈😈😋😋😍😍

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Que venha a continuação me simpatizei com o Téo quero saber mais dele. Rsrs Kherr parabéns meu querido li de novo e não me arrependo.

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Olá Zezinhodiv1! O Theo é realmente encantador e fácil de se apaixonar. Obrigado pelo comentário, meu querido! Super abraço!

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Kherr seu danadinho! Nos presenteou com mais um Theo apaixonante. Gostei disso, de ter personagens diferentes com o mesmo nome. Eu fiz isso algumas vezes e fiquei meio inseguro, mas agora vendo seu exemplo fico mais tranquilo.

Adorei o conto, aliás é impossível não se apaixonar pelos seus personagens e enredos. Obrigado por mais uns minutos de muito prazer na leitura. Adorei! Mil estrelas desse seu fã de longa data. Abraços

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Obrigado Tito! São estórias diferentes, não há porque temer usar nomes semelhantes para personagens diferentes. Na vida real temos Antonios, Joaquins, Josés, Felipes e por aí vai, cada um com a sua história. Super abraço, meu querido!

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Muito bom. Obrigado por esta história!

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Eu que agradeço OLeitor!! Super abraço!!

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Muito bom! E as novas histórias?

Você anda sumido

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Obrigado Gus_J! Fico feliz que tenha curtido!! Abração!

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Kheer, caríssimo, maus uma narrativa em que o amor é o protagonista absoluto da trama. E esse final inesperado foi a cereja 🍒 do bolo. Avante...

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olá Lebrunn! Não poderia deixar de ser, afinal é ele quem nos move, não é? beijão!

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Amo esse tipo de ligação de um quase pai apaixonado pelo o seu menino

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É um tema excitante, deixa a imaginação voar livre!! Abraço!

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parabéns Kherr. Conto maravilhoso.

Mas agora voce terá que volta no tempo e contar a história do Joe e Troy. E uma segunda contando a continuação depois dessa ligação. Obrigado mais vez pela boa leitura

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Oi nego@! Acho que respondi suas dúvidas na resposta que dei ao Roberto! Deixemos a questão em aberto! Super abraço, meu querido!

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Toda vez que acabo de ler um conto seu fico sempre com aquele gostinho de quero mais. Como sempre impecável, nunca vou cansar de elogiar. Show. Quanto ao romance já previa que não seria eterno mas foi divino enquanto durou. Quanto a esposa acho que nem foi traição uma vez que sexualmente pouco conviviam e acredito que no mundo profissional em que ela vive também deva ter suas aventuras. Tudo dentro do normal. Só não gostei quando Troy falou ao pai do Theo que comia ele, achei desnecessário e um pouco exibicionista. Adorei o namorado novo que parece apaixonado e ambos merecem um relacionamento de verdade o que jamais teria com o tio. Mas ai veio o que ficou a desejar, e Joe? O que vai acontecer? A ligação caiu ou ele desligou? Bem poderia rolar um reencontro. Nisso você pecou mas não diminuiu o brilho de mais uma obra de arte com que você sempre nos presenteia. Forte abraco e ótimo final de semana.

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A questão do Joe foi intencional, eu já previa que iam me perguntar o que aconteceu depois da ligação e, é aí que cada leitor pode imaginar um desfecho. Eu, particularmente, acredito que ele ligou apenas por mera curiosidade, pois após mais de 20 anos tudo mudou, ele e o Troy mudaram o que talvez inviabilizaria uma continuidade daquilo que tiveram no passado. Como também não acredito que o Troy, apesar do saudosismo, estivesse a fim de retomar essa história. Enfim, cada um pode imaginar um desfecho, só deixei o suspense no ar. Abração e muito obrigado, mais uma vez, pelo comentário. Abraço carinhoso!

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Meu querido Kherr, creio que já disse muitas vezes sobre o quanto que admiro suas histórias, e como aguardo ansiosamente cada uma delas. Seu nível de escrita é impecável, e você sempre nos entrega personagens cativantes que nos fazem torcer por eles, pelo bem estar, e pelo final feliz, mas dessa vez eu não consegui me conectar aos protagonistas.

Traição pra mim é um ato indigno de perdão, a não ser que a vida do outro esteja em perigo, pra mim não há razão no mundo que justifique. E por mais que seu talento tenha desenvolvido o Troy e o Theo de maneira impecável, não consegui deixar de pensar que ambos estavam sendo verdadeiros canalhas com a Mariana, se ela ao menos fosse uma bruxa, menos mal, mas a personagem é muito boa, não merecia isso. Sei que o casamento pode esfriar e o desejo sexual acabar, acontece! Mas para esses casos a solução mais bonita é digna é o divórcio, que pode sim ser de uma maneira amigável. Achei o comportamento de ambos horrível, principalmente o final com o Theo indo atrás de outro para assumir seu posto de amante quando ele já se acertou com o Nick. Não se mente para quem se ama, não se engana quem se ama.

Enfim, nas mesmo que minha forma de enxergar as coisas possa soar retrograda, não quero que pense que não tenha gostado do conto,viu! Adoro tudo que você escreve, mesmo quando não concordo com as ações do protagonista.

Grande abraço!

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Oi Gilberto! É perfeitamente lógico que nem sempre nos identifiquemos com os personagens a partir dos valores que trazemos conosco. Eu já disse algumas vezes nas respostas dos comentários que as pessoas são como são e devemos ter cuidado ao julgá-las. E pessoas existem de diversos tipos, só nos cabe decidir com quais nos sentimos confortáveis em conviver. Abração, meu querido!

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Caramba, Kherr!!!! Obra-prima essa. Destaque no kherrverso, sem dúvida. Sei que ainda faltam muitos para ler, mas esse é o primeiro que vejo o personagem ativo narrar a história. Gostei demais!! Senti a dor no peito que o Troy sentiu quando teve a certeza de ter perdido o Theo. 😢😢😢😢

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Quem não adora um leitor atento desse hein?? Eu fico aqui babando 🤤

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É impressão minha ou o Jota e o Indo_por_aí estão tendo um caso através dos comentários postados nos meus contos? Será que virei cupido e não sei? 😂😂😘😘

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Hahaha não só nos comentários dos seus contos kherr, esse aí me provoca em todo lugar

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PS se você olhar os meus então, virou praticamente um chat sexual heeheh

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Obrigado Indo_por_aí! Tenho outros contos onde quem narra a estória é o ativo!! Confira!! Abração!

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Kherr, que delícia de história!! Fiquei excitado demais imaginando um Theo desse na minha vida hehehe

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Com um tio Troy assim eu não iria querer ninguém mais... Ou quase... Talvez só mais um...😈😈😈😈😈😈

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Ahh se o tio Troy recebesse dois novinhos de uma vez viu 😈😈😈

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Hummmm!!!! Já ficou aí pensando o que faria, é???

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um Nick da vida quem sabe, né? 😇😇😈😈

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Eheheheheh....Você e mais um bando de marmanjões tarados!! 🤣🤣😂😂 Super abraço, meu querido!!

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E a tia Mariana, q se ferre.

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Talvez não Atheno, ao que parece ela é daquelas mulheres que se casam, mas não fazem questão de um homem sempre presente na cama. O mundo está cheio delas!!

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Nossa, esse foi um dos seus melhores, Kherr, na minha humilde opinião hehe

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Obrigado! É sempre uma satisfação quando uma história agrada os leitores. Super abração!

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