Não resisti ao meu filho gostoso e o cavalguei com vontade | De Gabi para Veronica Keylane, Andarilho, Old Ted, Morfeus Negro e todo mundo que eu esqueci de mencionar.

Um conto erótico de Gabi
Categoria: Heterossexual
Contém 3556 palavras
Data: 05/07/2023 03:29:56
Última revisão: 04/12/2023 23:53:03

Como sempre, após a aula, fui como meus alunos na pizzaria. Sempre tem alguém para ficar surpreso — “Achei que crente não bebia” — mas, diferente dos mais ortodoxos, o nosso entendimento é de que o conselho divino é para que não nos embriaguemos e não para que não bebamos. Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. Ademais, somos seguidores de Cristo e não de Paulo. Entendedores, entenderão.

A melhor parte do meu trabalho é estar entre aqueles jovens. Não, na verdade não. A melhor parte é reunir meu coven no nosso santuário secreto e celebrar o evangelho da Mãe. Não dá nem pra dizer que é apócrifo. Digamos, secreto mesmo. Quem desconhece a verdadeira bruxaria, acha que adoramos Satanás. Especialmente no seio das igrejas neo-pentecostais, onde as teorias da conspiração imperam. Bem, eu falo disso mais tarde. A segunda melhor parte do meu trabalho é estar entre os jovens. Posso não estar passando o conhecimento mais verdadeiro, mais puro, mas algumas gotas de verdade podem ser transmitidas mesmo sob os auspícios do patriarcado. No entanto, por mais gostoso que seja, estar atrás do púlpito semeando a Palavra, é na pizzaria, nos momentos de descontração que eu posso preparar a terra para receber a verdadeira semente.

Mesmo sob o manto da religiosidade eu posso ver os olhares deles sobre o meu corpinho. As garotas da atualidade pensam que a sensualidade é vestir uma calça atolada na raba, exibir as tetas com decotes extravagantes e pagar de empoderada. Não, não é nada disso. A verdadeira sensualidade não está no que você mostra, mas naquilo que você esconde. Esses jovens me desejavam e a culpa que advinha desse desejo proibido só potencializava o tesão que sentiam.

Eu estimulo esse desejo capturando todos os sentidos.

Meu perfume sequestra o seu olfato, os levando para os mistérios do oriente através das suas especiarias ao mesmo tempo em que fala do calor, com tons terrosos e picantes, evocando uma elegância potente e atemporal. Sei que produzo o efeito desejado quando vejo os meninos entrecerrando os olhos, uma oscilação irresistível, para que seus quimiorreceptores melhor desfrutem das moléculas odoríferas presentes no ar.

O segundo sentido que eu procuro impactar é a audição. Existem dois tons de voz que garotas pós-modernas usam para seduzir um homem. A voz confiante, demonstrando segurança, autoestima, poder e liderança. E a voz sensual, caracterizada por tons mais profundos, lentos e cheios de charme. Já eu, alterno entre a voz brincalhona, nas interações sociais mais informais, como na pizzaria, por exemplo, que cria um clima descontraído e leve, diminuindo a distância entre o aluno e a professora, entre o acólito e a pastora, demonstrando senso de humor e espontaneidade, envolvendo meus meninos de forma divertida. Senso de humor é muito importante. Não agir com vitimismo diante de um humor mais ácido, devolver na mesma moeda, trazendo um clima de camaradagem que, normalmente, meninos só sentem com outros meninos. Não é segredo para ninguém que certas piadas só são contadas quando as meninas estão distantes. Eu gosto de penetrar nesse círculo secreto, demonstrar que mesmo eu sendo uma pastora, ninguém precisa ficar com pudores de contar uma piada suja na minha presença. “Você é diferente das outras mulheres, professora” — é o que eu ouço quando essa estratégia funciona. Isso é tolice, claro, nenhuma mulher nasce igual à outra, assim como os homens não são todos iguais. No entanto, posso usar essa preconceito a meu favor.

O tato eu conquisto com todos aqueles pequenos toques que os deixam arrepiados. Especialmente na nuca, mas funciona em vários pontos da anatomia masculina. Meninas pós-contemporâneas também não sabem disso. Acham que os meninos só se excitam quando tocados no falo. Na verdade, os próprios meninos tendem a acreditar nessa mentira, mas o toque reconfortante feminino no braço, unhas compridas e bem cuidadas, resvalando na pele podem ter um efeito poderoso.

E, por último, somente por último: a visão. Ser loira e ter olhos azuis já foi um mérito. Hoje, está entre o lugar comum e a infâmia absoluta. Símbolo da opressão das européias e escandinavas sobre a africanidade, etc, etc, etc. E, mesmo sendo pastora de um ministério que divulga a teologia da prosperidade, eu procuro manter meu visual moderado. Na maior parte do tempo, pelo menos. Meu rosto é de uma beleza clássica, de contornos definidos, maxilar angular, nariz refinado, levemente arrebitado, maçãs do rosto marcadas, dando ao rosto uma aparência esculpida e angular, queixo vagamente aguçado, sobrancelhas delineadas, formando um arco elegante e grandes olhos azuis completando o quadro. E, bem, quando se tem um rosto assim, pouca coisa é preciso fazer para que ele se destaque. No entanto, é preciso ter em mente que as pessoas se acostumam com a beleza. Na verdade, as pessoas se acostumam com quase tudo. Eu sou bonita o bastante para não precisar me produzir muito. E eu não me produzo. Deixo para fazer isso quando realmente quero impressionar alguém. Apresentar-se majestosamente irá diluir o impacto quando você realmente precisar.

Quando eu estou em sala de aula, todos os olhares naturalmente voltados para mim, eu gosto de caminhar entre as carteiras. Deixar com o meu perfume um rastro de bem estar. Sei que a minha posição de poder, como pastora, professora e mulher mais velha, tende a intimidar os meus meninos, então eu quebro essa barreira com humor. Também gosto de flagrá-los em pequenos pecados, não para o castigo, mas para o perdão. Como uma cúmplice, eu os advirto dos males, por exemplo, do cigarro, mas não os impeço de fumar. Reforço neles o décimo primeiro mandamento — “Não serás descoberto” — fazendo com que eles me vejam menos como uma autoridade castradora, mas como uma parceira, com a qual eles estão mancomunados em pequenas peraltices. Não raro, eles me procuram quando aprontam pecados mais graves, em busca de conselho, sabendo que eu não irei pesar a minha mão. Claro, como educadora e em sala de aula, eu posso ser tão firme quanto se espera de mim. Eu não considero pessoas perversas como as minhas crianças. Muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

Segundas, quartas e sextas são aulas no seminário; terças cultos de adoração; quintas reuniões de células; domingo pela manhã escola dominical e de noite, o culto principal.

A Jade e a Angel cuidam das meninas. E eu só sou acionada quando surge alguma crise. De modo que eu posso me dedicar ao meu chamado.

No sábado, portanto, nosso pequeno coven se reúne para estudar sobre o feminino dentro das crenças abraâmicas. Um estudo que certamente nos levaria à fogueira na época da Inquisição. Dona Beatrice é a nossa anciã, a mais antiga entre nós, versada nas veredas ancestrais e a mais sábia. Eu sou considerada a mãe, a guardiã dos oráculos, portadora de um certo repertório. A Cris é a donzela, mesmo não sendo mais virgem, certamente é a mais pura entre nós.

Após quatro longos anos vagando pelo deserto, chegamos à nossa Terra Prometida.

Dri se juntou a nós na pizzaria. Ela tem um rosto de beleza clássica, esculpido e definido. Suas maçãs do rosto são delicadamente arredondadas. O que mais se destaca em seu rosto são os grandes olhos verdes, o delineador delicadamente aplicado realça a forma dos olhos, os cílios são alongados, proporcionando um olhar sedutor, encimadas por sobrancelhas delineadas e levemente arqueadas, que formam um enquadramento algo selvagem e misterioso. O esmeralda de seus olhos contrasta com sua vasta cabeleira, composta por fios negros como a noite, sedosos e levemente ondulados. A boca da Dri fala de negritude. Não aquele estereótipo patriarcal, mas aquela sensualidade tipicamente latina. Uma boca carnuda, voluptuosa, quase um antepasto do que seria sua xoxota. Ela tem um nariz de moleca, descendo dos olhos em uma linha suave e simétrica, arrebitado em peraltice, como uma piveta metida a besta. Lembro-me da primeira vez. Eu punhetando a rola do velho mestre, enquanto o pezinho dela se esgueirava por baixo da mesa até me bolinar a buceta. Eu lambendo meus dedinhos, melados de esperma, para o seu espanto. Se ela estava na cidade, então começara o recesso parlamentar. Meu corninho e nosso primogênito estavam de volta ao nosso lar.

— Como está a nossa ruivinha? — ela quis saber. Sim, Cris está ruiva agora.

— Está bem. Ela tem aprendido a brincar com o hate.

— Eu diria que bem demais até — ela rebateu — foi parar na CNN.

— Ela se empolgou, eu sei. Mas no final, o experimento foi bem sucedido.

— Sem dúvida. A personagem está bem estabelecida. Qual é a próxima etapa?

— Vingança, é claro.

Deixamos esses assuntos mais indigestos para depois.

Voltei com ela para casa, como nos velhos tempos.

— Como estão as coisas em Brasília?

— Bem, já dominamos o BBB — ela falou, se referindo às bancadas da bala, do boi e da bíblia — e conseguimos um acordo com a Manu para dominarmos também os canhotinhas.

— Precisamos de alguém com os togados.

— Estamos cuidando disso, Gabi, pode ficar tranquila. Temos alguém em mente para o 47.

— Não se preocupem com os cabeças, Dri. Preocupe-se com os dedos. Não pense como Aiub, pense como Nicolau. Não precisamos nos focar em quem dá as ordens. Dá muito trabalho e gera poucos resultados. Devemos nos focar em quem as executa. É assim que temos operado, no baixo clero.

Eu gostaria de não ter que me preocupar tanto com a política, mas quem não se interessa por política, acaba sendo governada por quem se interessa.

Com ímpetos autoritários emergindo de todos os lados, devemos nos resguardar.

Assim como nosso ex-presidente aprendeu com seus opositores, também o presidente de turno aprendeu com seu antecessor. Tudo o que não presta, devo dizer. Cortina de fumaça, radicalização da sua base, recrudescimento da polarização.

Devo admitir que o César fica muito bem de terno, mas não gosto do fato dele andar armado. Para mim, se você chega ao ponto de sacar uma arma, você já perdeu. Assim como perdemos, quando aqueles bandidos vieram atrás da Cris. O César queria retaliar, reagir. E, é quando estamos reagindo que jogamos segundo as regras do inimigo. A Cris tem sido muito mais esperta. Criou o espantalho, vazou as informações que lhe eram convenientes. Agora, os ratinhos correm no nosso labirinto. A vingança é um prato que se come frio. Espero que um dia o César aprenda isso. Claro, eu deixo ele gastar a sua energia perseguindo fantasmas, mesmo sendo um esforço inútil.

Sábado de manhã, meu primogênito tirou o terno e vestiu aquela sunga minúscula, lembrando-me da primeira vez que eu olhei para aquele corpo escultural com desejo.

— Já passou protetor? — eu perguntei, rememorando aquela conversa.

— Você sabe que não, mãe — ele disse com um sorriso safado.

— Não responda a sua mãe. Anda, vira que a mãe vai passar protetor em você.

— Tá bom, mãe.

Como daquela vez, eu aproveitei para me esfregar em cada centímetro daquele corpão sarado dele.

— Agora na frente, anda.

E, dessa vez, ele não se fingiu de contrariado, nem tentou esconder a ereção.

Diferente daquela vez, onde eu tive que inventar toda uma desculpa para montá-lo, agora eu tirei sua pica para fora da sunga, puxei o biquini de lado e sua rola entrou deliciosamente na minha bucetinha, me preenchendo completamente. Aquela pica gostosa me invadia com força, fazendo-me delirar de tesão. A foda foi peganndo velocidade, coforme eu me apoiava no seu peitoral e quicava com força no seu caralho teso.

— Delícia de rola você tem filho. Fode a mamãe assim, vai. Aproveita que o corno do seu pai não está e me fode com vontade assim, anda. Você adora foder a mamãe, não adora? Adora meter essa sua rola gostosa bem forte na xoxota dela não é, bebezinho? Que pica gostosa a sua, filho. A mamãe poderia passar o dia quicando nesse caralho tesudo que você tem, sabia?

Trocamos de posição e meu filho passou a me comer por trás, me puxando os cabelos e socando aquela pica com vontade na minha buceta faminta. Ele adora me puxar pelo cabelo enquanto me fode de quatro, até me levantar, eu ainda com a bundinha toda empinada na sua direção. Então o cachorro me pega com força, uma mão na garganta, outra apertando forte a minha teta, enquanto soca com força sua rola descomunal me arregaçando toda. Nossos quadris se chocando ruidosamente.

— Caralho, mãe. Você é foda. Eu vou gozar.

Logo me posicionei para beber todo o leitinho quente do meu garotão que jorrou farto e denso na minha carinha de cadelinha despudorada.

— Quem disse que eu não estou aqui? — meu corninho perguntou, acompanhado da Angel, que já esfregava seu sexo na minha carinha de puta melada de porra.

Diferente da Dri, típica femme fatale latina, a Angel parece uma bonequinha de porcelana. Toda bebezinha, com seus cabelos de boneca, os cachos espiralados formam um degradê que começa com o vermelho intenso e termina com um amarelo brilhante, passando por vários tons de laranja, parecendo incendiar-se. Como a Dri, ela tem olhos verdes, mas enquanto na morena eles lembram uma fera na selva, na Angel, eles são meigos, quase suplicantes. Quando ela chupa uma rola e olha seus amantes com aqueles olhos de bebezinha, eles mal conseguem resistir ao seu encanto. Se o nariz da Dri, é desconcertante pela pueril peraltice, o da Angel é de adorável fofura, dá vontade de morder. Ela não tem lábios carnudos como a Dri, nem seu rosto é esculpido e angular. Pelo contrário, é suave como de uma princesinha.

— Desculpa, amor, não tinha te visto — eu falei, enquanto chupava a Angel — como estão as coisas?

— Bom, o governo está bem mais fraco do que projetávamos. E o presidente da Câmara tá pressionando bastante.

— Mesmo com o 47?

— Ah! Na minha opinião o maior perigo não é o mais aparente, mas o outro sabe? O amigo do amigo.

— Eu concordo cem porcento, meu amor. Mas as meninas disseram que estão cuidando disso para a gente.

Assim como o César, a ruiva me puxava pelos cabelos, enquanto gemia de prazer com a minha boquinha estimulando-lhe o sexo com volúpia.

— Todos os políticos relacionados ao antigo governo estão caindo.

— Estamos na alça de mira?

— Sempre, né? Mas aquelas providências que tomamos garantem a nossa segurança. E quanto ao seu amigo da Ucrânia?

— Nem me fale. O sujeito não sabe quando ficar de boca fechada.

Enquanto minha boca trabalhava no sexo de Angel, meus dedinhos marotos lhe bolinavam o cuzinho. “Você é muito safada, Gabi. Enfia no meu cuzinho, assim, anda” — ela falava, entre gemidos.

— Bom, alguém vazou aquelas conversas.

— E deu certo, implodiram a candidatura do juiz.

Foi nessa hora que a Angel gozou na minha boquinha. Meu corninho, já com a pica de fora, acenou para a nossa namorada que foi correndo cair de boca nele.

— O que você acha que o grupo vai fazer?

Enquanto a Angel chupava a varinha do meu corninho, ele passou a dar leves gemidos que vez por outra interrompiam a sua fala.

— Bom, eles tomaram um choque de realidade, né? O que eu imagino é que vão radicalizar o discurso, a ala moderada tendo que se retrair ante o avanço dos radicais. Especialmente agora que o quadro está bem mais enxuto.

O César ainda não simpatizava com a Angel, mas desde o ataque à Cris, ele também tomara um choque de realidade e não permitia mais que seus preconceitos ditassem seus passos. Meu primogênito amadurecera quarenta anos em quatro e agora tinha uma visão totalmente pragmática sobre as coisas. O inimigo do meu inimigo é meu amigo, mesmo que eu tenha pruridos morais a respeito dele. E a Angel, apesar dos pesares, era tão combatente dos publicitários woke quanto ele.

Assim como o seu homônimo Bórgia, ele não pretendia entrar para o clero. E eu não vou cair na tolice de Rodrigo em forçar meu primogênito num caminho contra o qual ele irá se rebelar assim que surgir a oportunidade. Também pretendo usar seu amor pela Cris de maneira muito mais eficiente do que Rodrigo utilizara o amor de seu filho por Lucrécia.

— Como está a sua irmã, bebezinho? — eu perguntei à ele.

— Está se divertindo — César falou com um sorriso algo tristonho — Não achei que isso fosse mais possível, mas ela tá se divertindo vendo os ratinhos no labirinto.

— Isso é bom, filho. Nunca quis que nenhum de vocês passasse por esse sofrimento, mas certas batalhas são inevitáveis.

— Ainda mais quando a gente se enfia nelas, né mãe?

— É você quem está falando isso, bebê.

— Eu não tenho problemas em admitir a minha própria burrice. Nem a Cris, à propósito.

— Toda casa, dividida contra si mesma, há de cair, meu filho. Felizmente, quando a tempestade veio, vocês souberam rever suas prioridades e focar no que é mais importante.

— Ela tá com saudades de você, mãe.

— E eu dela, filho, mas você sabe que ainda estamos sob vigilância.

— Por que só vocês? Eu vou e volto livremente.

— Você é o neto preferido do seu avô, César. Eles são inteligentes de não mexerem com o meu sogro.

— Nunca pensei que iria ver você elogiando a inteligentalha.

— A gente tem que conhecer o nosso inimigo, bebezinho. Entender com o que estamos lidando aqui.

— A mim parece um bando de bebês chorões.

— Isso é a raiva dentro de você falando, César. Um bando de bebês chorões não conseguiria nos atacar como eles fizeram, nem teriam a prudência de fazer um ataque tão cirúrgico no nosso elo mais fraco, se afastando depois. Eles esperavam ou a nossa retaliação ou nossa subserviência.

— Espera, você acha que o meu pai pode estar por trás disso? — meu corninho se manifestou.

— Acho conveniente que a Cris tenha sido atacada e o César poupado, a despeito do quanto ele os provocou. Nosso filho desejava ir para o Valhalla e você sabe disso.

— Eu ainda quero, mãe — César falou, com um sorrisão no rosto — é melhor morrer em pé do que viver de joelhos.

Esse ímpeto viking espartano do meu primogênito jamais irá arrefecer. Ele sempre foi adepto do enfrentamento, cuspindo verdades inconvenientes para todos os lados, colecionando inimigos. Como Don Vito dizia sobre Luca Brasi, um homem pedindo para morrer, mas tão extraordinário que ninguém conseguia assassiná-lo. Por isso a arma, por isso os seguranças, por isso meu garotão estar se tornando tão chegado dos deputados da Bancada Armamentista.

Felizmente a Cris seguiu por outro caminho. Enquanto meu primogênito bradava como Thor, a minha caçula parecia determinada a conduzir-se através das pegadas de Loki.

Tampouco Angel gosta do César. Ele representa o macho escroto, fascista, neandertal, homofóbico, transfóbico, machista, racista, branco, hétero, sisgênero, etc. No entanto, na sua profissão, ela aprendeu a engolir suas opiniões pessoais junto com esperma. Nossa Angel é uma profissional, capaz de ser encantadora mesmo na presença de alguém por quem ela nutra profundo rancor. Tanto que eu não tenho como saber quanto rancor essa menina sente por mim. Ela, como sempre, é um doce e parece me amar profundamente. No entanto, todo o seu arcabouço filosófico faz de mim sua inimiga ou, ao menos, a amiga de seus inimigos, o que dá na mesma. Então, não é impossível que ela esteja me instrumentalizando para chegar a algum objetivo. E ela é inteligente, sabe como me agradar, as palavras que confirmam a percepção que ela deseja que eu tenha sobre sua índole e seu amor. Tudo isso, porém, pode facilmente ser um engodo. Sei quão boa atriz nossa Angel pode ser. No momento, nossos objetivos parecem convergir, no futuro, isso pode mudar. Por via das dúvidas, não permito que ninguém se aproxime de mim o suficiente para me apunhalar pelas costas.

Penso se a Cris ficou ruiva por influência da Angel. Ela agora é uma versão dela de cabelo curto. Até poderia cogitar a Laine, mas a Cris tem muito mais contato com a Angel do que com a Laine. Não. Provavelmente tenha sido influência da Giselle. Quando ocorreu o ataque, a Cris acabou refugiada na casa da prima Mari e, posteriormente, se mudou para a casa da Giselle, onde se tornou amante dela e de seu marido Wagner. O filho deles, Guto, frequenta o mesmo clube de tiro de César, o que seria o motivo pelo qual supostamente meu primogênito frequenta a sua casa. Claro, tudo um engodo para ludibriar nossos inimigos. Ele está cuidando da irmã que se esconde lá com um pseudônimo. Três, na verdade. A minha caçula hoje tem várias identidades, vários heterônimos. A comparação com Loki, o deus de mil faces, não é fortuita. Fico me perguntando quanto disso ela não aprendeu com a própria Giselle.

Quando meninas, eu e Mari a chamávamos de “a bruxa”. Giselle sempre teve um pendor para o fantástico e o mitológico. Ela possui um profundo conhecimento da Palavra, mesmo se declarando agnóstica.

— Mas você não acredita mesmo em Deus? — lembro que perguntávamos à ela.

— Não disse isso. Se eu descartasse a existência do divino, eu seria atéia. Não é o caso — ela nos explicava — Eu não sei se o divino existe. Ele é, para mim, uma possibilidade. Não uma inviabilidade, nem uma certeza.

Essa nossa estranha amiga, capaz de pregar o evangelho como se nele cresse e, no entanto, declarando-se desprovida de fé.

Com um urro, meu corninho gozou fartamente na boquinha de boneca da Angel, equanto a ruivinha o encarava com aqueles olhos suplicantes.

— Bem, meninos, agora que já tomamos leitinho, vocês vão querer o café da manhã? — eu perguntei.

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Foto de perfil de Gabriela à PrioriGabriela à PrioriContos: 2Seguidores: 45Seguindo: 2Mensagem Mamãe, evangélica, putinha e agora, pastora. Gente, eu não vou censurar comentários e vou sempre procurar responder todos, mas por outro lado, não vou alimentar trolls, tá bem? Quem quiser saber sobre histórias antigas, segue o link encurtado https://curtlink.com/2cWG

Comentários

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Bom te ver de volta Gabi.

Basta apenas o primeiro parágrafo desta introdução para perceber que você está em outro patamar. Na mais alta divisória da prateleira dos iluminados.

E, a propósito, um adendo com relação ao consumo de bebidas: quem foi que transformou a água em vinho?

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Excelente retorno à Casa! Qualquer que tenha sido o motivo da sua retirada anterior, é muito bom ter a volta do seu texto inteligente, histórias muito bem contadas e claro, muito sensuais e cheios de tesão! Muitas estrelas merecidas, e vou te escrever para ver os textos anteriores...

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Comer gostoso deve sempre comer ainda manda foto danieloliveirabarcelos@gmail.com

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Oi olha desculpa fiquei perdido nesse conto, já que eu sou novato aqui no site. Por um acaso esse conto desse link é de sua autoria ? https://kupivbg.ru/hotpornpics/texto/202106528

Se for vou acompanhar por lá.

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Excelente. Continue escrevendo.

♪♪Para nossa alegria...♪

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Nossa... que maravilha..

De que igreja você é? Adoraria ir a um culto.

Sou evangélico também

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Gabi estava com muita saudade do seus contos ,você escreve maravilhosamente bem,por favor volta logo

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Exuberante e excitante!!! Esse conto é simplesmente fabuloso. É dificil de elogiar um texto que reúne tantos méritos, mas vou citar que amei profundamente como vc circula entre religião, política e sacanagem... e quando o assunto é erotismo, parabéns... vc dá aula minha cara.

Agurado ansioso pelos próximos contos... e que vc tenha um ótimo retorno!!!!

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Que saudades minha deusa.

Ansioso pra saber tudo o que está acontecendo, e principalmente se houve contato sexual entre Cris e Cezar.

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Você voltou Gabi.

A minha querida e preferida escritora, depois de uma ausência longa demais. Você deixou órfãos seus muitos leitores, seguidores e fãs como eu, fãs da mamãe incestuosa mais sedutora, manipuladora e depravada da CCE.

Que seu retorno seja definitivo, com essa nova temporada, narrando as histórias da sua família, na igreja, nos bastidores da politica, e nas suas orgias deliciosamente sem limites, minha blasfema incorrigivel, agora pastora devotada ao ensinamento da Palavra do Senhor, e bucetinha devotada ao Tinhoso. Um paradoxo, uma mulher com várias facetas, uma ninfomaníaca voraz.

São tantos os acontecimentos que você vai falando no decorrer ds história que me deixou muito curioso e meio perdido, nesse ponto da sua narrativa já se passaou todo o mandato do morador anterior do Palácio da Alvorada, seu corninho se elegeu deputado, seu filho César parece estar sob sua total influência agora. A Cris. O que aconteceu com ela? Perseguição? De quem? Por quê teve que sair de casa? Você, sua casa foi atacada? Atacada por quem? Parece que você tem um grupo agindo em Brasília nos bastidores do poder. Imagino como você alicia seus alvos, daquela maneira que lhe é bem peculiar, transformar seus anantes em escravocetas. kkkk

Você cita por alto que passou por maus bocados, isso tem haver com política, e o seu ministério Pastora Gabi, como você chegou ao topo de sua congregação? Tem novas pupilas?

São muitas perguntas não é? A culpa é sua, e não reclame, você mesma causou essa avalanche de pontos de interrogação com seu sumiço.

Aguardando ansiosamente seu contato e próximo capítulo nessa volta que me surpreendeu e me deixou excitado

Beijos!!!!!

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História deliciosa e uma escrita impecável!!!! Excelente.. bjs e leia os meus tb

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Amei o seu conto e gostaria de saber mais sobre vc e as suas transas. E queria receber fotos sua. Meu e-mail é adriano_sp_pv8@hotmail.com

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Ah! Quanto tempo não tinha notícias suas! Estava com saudades! Estou trabalhando no momento mas asssim que possível irei ler o conto! E falando em conto! O que aconteceu com o outro perfil?

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