Tórridos momentos (01)

Um conto erótico de O Bem Amado
Categoria: Gay
Contém 2481 palavras
Data: 23/06/2023 16:47:30

Como já é de conhecimento comum, sou um homem que já ultrapassou a barreira dos sessenta anos descobrindo-se bissexual aberto às oportunidades que a vida me oferece considerando que no estágio atual o tempo é meu principal inimigo; assim é que não desperdiço uma oportunidade, mesmo que ela pareça uma ameaça potencial ou uma perda desnecessária, e nesse cenário é que acontecem alguns fatos muito relevantes. Faz algum tempo minha esposa me presenteou com um par de anéis do tipo “saturno”, cuja parte giratória de um deles possuía temas hindus e o outro temas egípcios; gostei tanto do presente que sempre que possível costumo usá-los em público.

Certa feita, eu estava saboreando um delicioso café em um shopping próximo de minha casa quando um homem me abordou fazendo comentários elogiosos sobre meus anéis e exibindo um idêntico ao tema egípcio em seu anelar direito; perguntou se poderia sentar-se comigo para conversarmos um pouco, pedido com o qual aquiesci de pronto, enquanto o observava; devia ter entre trinta e cinco e quarenta anos, moreno de estatura mediana, corpo em dia, rosto jovial sem barba ou bigode, um sorriso afável e olhar inquietante; disse chamar-se Fabrício, proprietário de uma empresa nacional do ramo de investimentos, e naquele dia estava fazendo visitas a possíveis investidores, razão pela qual vestia-se com comedida elegância.

-Achei muito incomum, dois homens com o mesmo tipo de anel - comentou ele assim que a garçonete trouxe uma outra rodada de café - e creio que você goste de usá-los, não é mesmo.

-Gosto muito, sim! Foi um presente da minha esposa - respondi com certo entusiasmo - e você? Também ganhou o seu?

-Sim, ganhei, mas não da esposa - ele respondeu com franqueza e olhar insinuante - foi presente do meu esposo ..., mas, infelizmente não estamos mais juntos.

-Fico triste em saber - devolvi com tom comedido - pelo jeito que você falou ele deve ter te magoado, estou certo? Se não quiser falar sobre isso eu compreendo.

-Não, tudo bem! Já magoou e agora não dói mais - respondeu Fabrício com um sorriso sincero - ele é mais jovem que eu e por conta disso não era capaz de controlar seus hormônios ..., fomos para a Grécia em um cruzeiro numa espécie de lua de mel e não demorou para eu descobrir sua traição com um membro da tripulação do navio ..., e mesmo depois que eu relevei, ele me traiu mais uma vez com europeu que conhecemos em Atenas.

Assim que ele terminou seu depoimento que mais parecia um desabafo permanecemos em silêncio por alguns minutos, pois eu imaginava a dor que ele ainda sentia naquele momento. “Espero que você não tenha se sentido incomodado com o que eu disse”, comentou ele quebrando o silêncio; olhei para o rosto de Fabrício e vi nele uma expressão de quem perdera o amor e a fé nas pessoas.

-Não me incomodou nem um pouco, pode ter certeza disso - respondi com franqueza - me descobri bissexual há pouco tempo e também estou explorando as possibilidades que sujem, mas sem que me magoe ou magoe alguém.

-E sua esposa? Ela sabe dessa sua descoberta? - perguntou Fabrício sem esconder sua curiosidade.

-Não, ela não sabe e creio que é melhor assim - respondi sem titubear - é como diz o ditado: “O que os olhos não veem o coração não sente”.

Continuamos conversando e eu percebia uma certa inquietação em Fabrício depois de minha revelação, adotando uma expressão corporal bastante insinuante. Confesso que caso ele me fizesse qualquer tipo de proposta com cunho luxurioso e casual eu certamente aceitaria, mas não desejava incitá-lo a isso preferindo deixar a situação desenrolar-se naturalmente; acabamos pedindo mais uma dose de cafeína conversando sobre outros assuntos.

-Olhe, gostei muito de conversar com você! - disse Fabrício preparando-se para ir embora não sem antes me estender seu cartão de visitas - se estiver a fim de conversar mais, aqui estão os meus números ..., se puder me adiciona no whatsapp!

Respondi que seria um prazer adicioná-lo e nos despedimos com sóbrios apertos de mão; não demorei a adicionar Fabrício na minha lista de contatos enviando uns memes de apresentação; ele mostrou-se feliz com minha atitude e passamos a trocar conversas sempre que possível. Tudo parecia meio morno, até o dia em que ele me enviou uma mensagem bastante peculiar. "É assim que eu fico quando penso em você!", dizia a legenda da foto que ele me enviara na qual exibia sua piroca rija apertada com uma das mãos. Não nego que a imagem foi impactante o suficiente para me deixar atraído por ele, muito embora eu adorasse um joguinho de sedução o que me levou a descobrir se ele também apreciava ou preferia ser mais objetivo; por isso mesmo enviei uma resposta perguntando se eu poderia ligar para ele. “O casado é você! De minha parte, fique à vontade!”, foi a resposta dele seguida por vários emojis de diabinhos sapecas.

-Olá! Quer dizer que eu fui capaz de te deixar excitado? – perguntei assim que ele atendeu minha ligação – o que você viu num velhote como eu?

-Oi, querido! Primeiro, você não é velho! – respondeu ele com tom macio – depois, sim, você me deixou com um tesão enorme!

-Tem fetiche com homens mais velhos? – tornei a questionar com tom maroto – acha que não vai levar chifres?

-Na verdade tenho fetiche por homens casados – respondeu ele prontamente – e nesse momento da minha vida não procuro nada mais sério …, apenas casual …, e nunca estive com um homem casado.

-Entendi. E o que você quer fazer? – inquiri com curiosidade.

-Tenho um amigo que é dono de um apartamento perto de onde nos encontramos – explicou ele com tom pausado – ele está em reformas, mas no momento desocupado …, poderíamos nos encontrar lá …, o que você acha da ideia?

Não perdi mais tempo aceitando o encontro que ficou marcado para a manhã do dia seguinte; Fabrício me passou o endereço emendando que eu poderia deixar meu carro numa das vagas de visitante. Passei o resto do dia ansioso por esse encontro já que minha abstinência havia atingido um limite quase insuportável; logo pela manhã cuidei de alguns assuntos domésticos e depois de levar a esposa até seu trabalho me dirigi para o encontro com Fabrício. Era um edifício dotado de certa sofisticação localizado em uma região valorizada próxima de onde eu residia e logo depois de me identificar na portaria eletrônica deixei meu carro numa das vagas do primeiro subsolo, tomando o elevador logo chegando ao andar desejado.

“Oi! Pode entrar! A porta está aberta!”, gritou Fabrício assim que toquei a campainha; ao entrar dou com ele saindo do quarto com uma toalha enrolada na cintura exibindo seu peitoral coberto por uma camada rala de pelos com os mamilos intumescidos; o cabelo molhado indicava que ele acabara de tomar banho; depois de um sorriso, ele caminhou em minha direção e sem cerimônia me abraçou com seus lábios indo ao encontro dos meus; experimentamos um longo beijo de língua tomados por um frenesi alucinado com as mãos deles explorando minhas formas gesto esse que eu retribuía acariciando suas costas e descendo até ser tomado por uma impaciência quase juvenil que me fez puxar a toalha deixando-o nu para que eu pudesse apalpar suas nádegas roliças e de deliciosa firmeza.

No momento seguinte, com gestos alvoroçados Fabrício incumbiu-se de me despir para que pudéssemos nos apreciar mutuamente; o sujeito tinha uma piroca de tamanho mediano com diâmetro mais grossinho dotado de uma glande larga que parecia a cabeça de um cogumelo pulsando no ritmo das contrações esfincterianas dele; é claro que não esperei por um pedido para pôr-me de joelhos diante dele cuidando da abocanhar o pinguelo concedendo-lhe uma mamada dedicada e esmerada que iniciei com longas lambidas no membro deliciando-me em prender a glande entre os lábios apertando-a suavemente e ouvindo Fabrício soltar lamúrias roucas entremeadas de suspiros arfantes e prosseguindo fazendo-o desaparecer dentro de minha boca gulosa.

Nas poucas vezes em que ele tentou segurar minha cabeça com a intenção de dar algumas socadas com a ferramenta eu o contive mostrando quem estava no comando, gesto que o deixava com mais tesão; depois de me esbaldar saboreando aquela suculência cessei a bocada e empurrei-o contra a parede passando a lamber e chupar seus mamilos observando sua reação impetuosa tomado pela sensação provocada em seu corpo; por mais de uma vez ele tentou tomar conta da situação, mas fui capaz de impedi-lo culminando em pressionar meu corpo contra o dele enquanto tornava a deflorar sua boca com a minha em tórridos e demorado beijos.

-Argh! Ahnnn! Não aguento mais – murmurou ele em meu ouvido com tom rouco – quero te fuder bem gostoso! Ahhh! Vem! Te quero!

Acabei cedendo aos seus apelos e em poucos minutos estávamos sobre a cama com Fabrício me pondo de quatro e separando minhas nádegas dando um banho língua no meu rego que ele deixara a mostra, detendo-se no cuzinho provocando centenas de arrepios que varriam meu corpo de cima a baixo; logo depois pude sentir ele pincelar a piroca no rego enquanto salivava sobre ela deixando tudo mais úmido e escorregadio; mesmo temendo a possível sensação dolorosa, visto que há algum tempo eu não recebia pica no rabo, relaxei o máximo que pude cadenciando a respiração enquanto meu parceiro dava cutucões usando sua verga rija como um aríete atacando minhas pregas que logo foram rompidas quando ele finalmente logrou êxito em me currar; de saída a penetração causou-me certo grau de dor, mas mesmo assim respirei com mais profundidade no mesmo ritmo em que Fabrício metia sua pistola dentro do meu brioco laceado tentando contornar o incômodo aproveitando o momento.

Era uma experiência sensorial que valia cada minuto sentindo o peso dele sobre mim, sua respiração quente em meu pescoço e sua boca maliciosa mordiscando o lóbulo da minha orelha, de tal modo que soltei um grito rouco quando pude experimentar o preenchimento de meu cuzinho com a verga rija em seu interior; Fabrício conteve-se naquela posição com sua vara bem fundo dentro de mim sussurrando palavras provocadoras em meu ouvido causando uma excitação indescritível que me arrepiava da cabeça aos pés desejando que o momento se eternizasse para sempre.

E quando ele deu início a uma sucessão de movimentos pélvicos contundentes apoiando mãos e pés sobre a cama e golpeando como um bate-estacas eu pude usufruir da sensação da dor dando lugar ao prazer que me completava e me fazia pleno deixando que o macho conduzisse a sessão como ele bem entendesse e como bem quisesse me usando como seu objeto de prazer. No transcorrer do tempo me surpreendi com o desempenho de Fabrício que mostrava-se um safado insaciável fodendo meu brioco sem dar sinais de arrefecimento e provocando em mim uma ereção tão veemente que eu pensei que minha piroca fosse explodir, o que aconteceu simultaneamente ao ápice do meu parceiro culminando em um delirante gozo mútuo que nos fez gemer e gritar em uníssono; contraí levemente meu esfíncter enquanto sentia meu cuzinho encher-se de sêmen quente esguichado em golfadas.

No final da foda estávamos deitados e abraçados trocando mais beijos e carícias; não posso negar que Fabrício era um homem sedutor, mas, ao mesmo tempo, percebia nele um traço aventureiro, como ansiando viver freneticamente tudo que a vida pudesse lhe oferecer; após muita pegação a ainda pelados fomos até a cozinha onde ele preparou um café ao modo tradicional já que não havia muita coisa na dispensa; saboreamos a bebida em canecas de porcelana e eu me dispus a lavar a louça para não deixar o local emporcalhado. Enquanto executava a tarefa encostado na pia senti o sujeito colando a mim por trás levando suas mãos até meus peitos apalpando-os além de brincar com meus mamilos durinhos.

Toda aquela provocação culminou com Fabrício roçando sua pistola em franco processo de renascimento nas minhas nádegas provocando arrepios em meu corpo e fazendo com que minha piroca também acordasse; o safado já esfregava a chapeleta no meu rego mordiscando meu pescoço tencionando algo mais; quando me voltei para ele, Fabrício segurou nossas pirocas juntas em uma de suas mãos aplicando uma punheta suave enquanto nos beijávamos avidamente; em certo momento levei minha boca até seus mamilos dando fortíssimas chupadas que o faziam gemer de tesão; já em outro foi ele que abocanhou meus bicos dando demorados chupões.

Quando dei por mim estava novamente de costas com os cotovelos apoiados sobre a pia sentindo o tarado afastando minhas nádegas já cutucando o brioco até conseguir furá-lo mais uma vez. Desta vez foi uma penetração cadenciada com mais prazer que dor e meu parceiro não perdeu tempo em projetar sua pélvis para frente e para trás gerando fortes e profundas estocadas aproveitando ainda para estapear minhas nádegas até deixá-las avermelhadas; mais uma vez impressionei-me com o desempenho de Fabrício que não media esforços para me foder com força sem perder a ternura.

Minha excitação também estava tão intensa que pedi a ele para que me masturbasse um pouquinho, pedido esse que foi atendido somando-se à estocadas contundentes que ele desferia contra meu cuzinho que já ardia um pouco sem que Fabrício indicasse esmorecimento algo que me deixava com mais tesão por ele; algum tempo mais e pude sentir uma poucas gotas de suor prorromperem em meus poros ouvindo a respiração arfante de Fabrício que acelerou seus movimentos culminando em outro gozo quente e profuso irrigando minhas entranhas com sua manipulação em mim gerando o mesmo resultado com jatos de sêmen despencando sobre o piso próximo dos meus pés.

Ele ainda insistiu em permanecer engatado dentro de mim dando socadas leves a fim de expulsar o resquício de esperma de sua pistola; aos poucos ele foi sacando sua ferramenta mantendo minhas nádegas separadas para que pudesse apreciar o espetáculo do filete esbranquiçado escorrer para fora do meu brioco chegando a gotejar no chão. Trocamos mais alguns beijos e carícias até eu lhe perguntar se havia como tomar um banho naquele local. "Até tem sim, mas prefiro que você volte pra sua casa com o rabinho cheio de porra!", respondeu ele com tom maroto; pensei em reclamar, mas sabia que não havia escolha.

-Não vou, não - respondeu ele quando eu quis saber se sairíamos juntos do apê - preciso esperar pelo pedreiro ..., a não ser que você queira ficar e experimentar a piroca dele também!

Fabrício ficou sem graça quando percebeu que eu não gostara do seu gracejo inoportuno e assim nos despedimos até com uma certa frieza. Nos dias que se seguiram ele enviou vários mensagens pedindo desculpas pelo seu comentário deselegante e eu as respondi sempre afirmando que já havia me esquecido do fato; em outras oportunidades ele chegou a me convidar para mais um encontro, mas tudo cessou quando dias depois eu o encontrei em público onde ele desfilava com um novinho a tiracolo; ao me ver Fabrício mostrou-se envergonhado sem coragem para me encarar fingindo indiferença. O que ficou foi uma tórrida experiência que valera a pena.

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Comentários

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Show. Vou repetir o que já te disse outras vezes; seus contos héteros ou gays são simplesmente sensacionais, você consegue traduzir em palavras meus sentimentos e desejos e mesmo sessentão como você ao lê-los me levam a loucura de tanto tesão. obrigado. Esse por exemplo chegou a despertar uma grande inveja, talvez em virtude da minha indesejada abstinência. Forte abraço desse seu fã.

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Eu que fico grato pelo seu comentário sempre elogioso e motivador. Grande abraço meu querido

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Meu caro és o melhor contador de estórias deste site, tenho imensa pena de um oceano nos separar, teria imenso prazer em conhecer-te e ser teu amigo, um abraço luso com tempero angolano.

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Agradeço demais o comentário tão elogioso e também lamento a distância meu querido!

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