O Filho do pastor 5

Um conto erótico de R Valentim
Categoria: Gay
Contém 1548 palavras
Data: 10/06/2023 18:09:04
Assuntos: Amigo, Gay, Igreja, pastor

A escola que meu pai me matriculou era uma particular das mais caras da cidade, valia a pena oo valor pois a estrutura era ótima, o que me deixou feliz foi que com o suporte de pré vestibular que a escola ofertava eu passaria no Enem com certeza e me livraria do meu pai e da minha madrasta, poderia enfim ser livre, mesmo que tivesse que cursar o curso que ele escolheu — medicina — minha relação com Isaac estava estranha, existia uma tensão quando ficava perto dele, uma vontade gigante de pular em cima dele e provar sua boca de novo, mas não ficamos mais sozinhos desde a praia.

Ele me acompanhou e mostrou a escola para mim, na escola o senhor perfeito era ainda mais popular do que na igreja — embora tivesse muitos amigos da igreja na escola também — ele parecia conhecer todo mundo.

— Você tem fãs até aqui? — Fui irônico.

— O que posso fazer se sou querido? — Odiava o jeito arrogante dele.

— Você não tem jeito.

— Relaxa Jonas, estou só brincando com você, vamos descobrir sua sala.

Minha vó sempre me disse para tomar cuidado com o que você deseja, eu quis tanto não ficar na mesma sala que Isaac que aconteceu, só que agora eu realmente queria ficar na mesma sala, ele era a única pessoa que eu conhecia e falava, dei uma rápida olhada na sala e de fato não tinha ninguém nem da igreja, eu parecia um alienígena, quando entra no meio do ano todas as turmas estão formadas e você é o estranho.

Pelo menos sempre fui um bom aluno e consegui acompanhar as primeiras aulas, só que na aula antes do intervalo o professor nos mandou ficar em duplas, olhei para os lados e foi muito ruim ver todos indo para suas duplas e eu nem sabia para onde ir, me senti perdido, mas aí um cara sentou do meu lado, ele tinha a pela morena, cabelos curtos, um brinco na orelha esquerda e um sorriso de matar, o cara era tão bonito que fiquei sem jeito.

— Davi.

— Não, eu sou Jonas. — Falei só depois me dando conta que ele estava se apresentando e não supondo meu nome.

— Ótimo, prazer Jonas. — Disse ele estendendo a mão para mim.

— Desculpa. — Estava vermelho de vergonha.

— Relaxa, posso ser sua dupla?

— Não sei tenho que ver com meus outros amigo antes, para ver se ninguém se importa. — Brinquei para quebrar o clima.

— Justo, não quero atrapalhar suas amizades, só quero ajuda em química. — Respondeu entrando na brincadeira.

— E como você sabe que sou bom em química? — Perguntei.

— Seus amigos me contaram. — Rimos — Eu vi que você pareceu entender o que o professor falou.

— Vou fazer medicina, então química e biologia são minha religião. — Falei.

— Nerd.

— E você um badboy, somos oficialmente um clichê. — Davi me deixou tão à vontade que eu não parava de brincar.

— Não ou bad boy. — Disse ele tentando ficar sério, mas falhando.

— E esse brinco, se meu pai me vê de brinco, ah nem quero pensar.

— Seu pai parece adorável.

— Pastor.

— Tá explicado, então tattoo nem pensar? — Perguntou ele.

— Amigo, meu pai já puxou cadeia, eu é que não vou testar ele. — Disse rindo.

— Ué ele não é pastor? — Ele pareceu confuso.

— Longa historia.

Davi não era tão ruim, mas graças a mim conseguimos terminar a tempo a atividade do professor, ele era muito engraçado, não conseguia parar de rir, ele falava sobre bandas que ama e algumas música eu até conhecia, falei para ele da rotina de ser filho de pastor, no final da aula ele me chamou para ir a cantina com ele e topei, Isaac provavelmente estaria cercado dos seus fãs para me dar atenção.

— Como assim você não joga sinuca? — Disse ele incredulo.

— Meu pai nunca me ensinou. — Falei brincando.

— Um erro que pretendo corrigir, se não nem podemos ser amigos. — Disse ele rindo.

— Eu toco bateria.

— Graças a deus, uma qualidade aceitável, otimo vamos montar um banda e o nome vai ser os anticristos, o que acha?

— Acho que o pastor vai te adorar.

— Já que me apresentar para o seu pai. — Disse isso chegando perto, tive a sensação de um flerte, mas ignorei.

— Faz parte das obrigações do filho do pastor, só posso ser amigo de quem ele aprova.

— Por isso a maioria dos seus amigos é imaginário.

— Touché — Respondi e caímos na risada.

— Jonas! — Isaac apareceu do meu lado com uma cara que ainda não conhecia.

— Isaac. — Disse Davi, mas ele não respondeu e ficou de costas para Davi.

— Porque não me esperou na sala?

— Eu vim com o Davi, pensei que você estaria ocupado.

— Tá desculpa. — Ele falou se acalmando. — Vamos vou te mostrar onde a gente come.

— Davi pode vim com a gente.

— Não ele não pode. — Me respondeu de forma seca.

— A gente se vê na sala Jonas. — Disse Davi de forma bem compreensiva.

Estávamos nos afastando e não entendi a reação do Isaac, ele nunca ficava puto daquele jeito, alguma coisa parecia errado e obviamente ele odiava Davi, o que era novidade para mim, o senhor perfeito não tratava as pessoas mau, uma curiosidade me corroeu e tive que perguntar.

— Isaac qual o problema?

— Não tem problema nenhum.

— Porque você foi grosseiro com o Davi.

— Não fui. — Disse ele tentando desviar da conversa.

Achei melhor não insistir, outra coisa chamou minha atenção Raabe estava mais afastada e com uma cara fechada, Isaac parecia de boas, mas senti que algo estava acontecendo, odiei ficar no escuro, mas nada daquilo era da minha conta, então resolvi esperar que alguém me contasse o que estava acontecendo de livre e espontânea vontade, quando o intervalo acabou voltei para sala.

— Davi me desculpe pelo Isaac, não sei o que deu nele, ele é legal. — Tentei defender Isaac.

— Relaxa, eu tô acostumado. — Senti tristeza na voz dele.

— Ele sempre foi babaca com você. — Não me aguentei de curiosidade.

— Éramos amigos, mas aí umas coisas aconteceram e agora não nos falamos mais, só não esquenta com isso, então quando vamos marcar suas aulas de sinuca.

Uma coisa me bateu, foi difícil, porém consegui, a dúvida crescia dentro de mim, Davi não tinha cara de quem já tinha sido da igreja, e se ele e o Isaac tivessem tido uma história parecida com a que estávamos tendo, sabia que era viagem, mas minhas inseguranças gritaram, por conta dos meus pais eu sempre pensava no pior cenário primeiro, na volta para casa Isaac percebeu que eu estava estranho.

— O que foi Jonas.

— Isaac, sou o primeiro cara que você beijou? — Perguntei com medo da resposta.

— Claro que é, eu te disse lembra, isso tudo é novo para mim também.

— O que aconteceu com a Raabe. — Tentei mudar de assunto.

— O que, espera, não estou acompanhando.

— Ela parecia irritada e não estava grudada em você.

— Ela pensou que estávamos mais próximos por causa da casa de praia e tals, então achei melhor ser franco com ela sobre meus sentimentos, achei que as coisas estavam claras, mas parece que para ela não estavam e você tinha razão. — Respondeu ele sério.

Voltamos em silêncio, nos despedimos e entrei em casa, a noite depois do jantar fui para o meu quarto e vi uma mensagem no celular, Isaac estava me chamando para sair com ele escondido a noite, relutei, se meu pai descobrisse seria meu fim, mas eu queria muito poder ficar com ele de novo.

Respondi que sim, quando deu uns onze meu pai e minha madrasta foram para o quarto, me certifiquei de que estava seguro e pulei a janela do meu quarto, Isaac me esperava na esquina montado em uma moto.

— De quem é essa moto?

— De um amigo. — Disse ele. — Sobe ai.

Ele me deu um capacete e subi na moto com ele, Isaac me fez abraçar ele, seu perfume era doce e gostoso, assim como sentir seus músculos, estava ficando louco, paramos em frente um campinho que tinha no bairro, o local era discreto e meio escuro a noite quando não estava tendo jogo, fiquei meio com medo, mas ele me tranquilizou.

— E se a gente for assaltado. — Estava assustado.

— Não se preocupa, conheço a rapaziada daqui.

— Como, não venha dizer que é pela igreja. — Falei serio.

— Você confia em mim. — Ele parecia tranquilo.

— Isaac me fala que você não me trouxe pro seu matadoro. — Falei bravo.

— Matadora o que garoto, eu lá tenho essas coisas, as meninas da igreja nunca iriam querer vim aqui para isso. — Ele disse rindo.

— E as da escola?

— Jonas, eu não vinha aqui atrás de mulher. — Agora ele estava sério.

— E você vinha aqui para que?

— Você disse que sou perfeito e eu te falei que eu não sou. — Comecei a ficar com um pouco de medo.

— O que você fazia aqui Isaac. — Falei olhando nos olhos dele.

— Aquele ali era meu traficante. — Disse ele sem olhar para mim.

— Como assim seu traficante? Você usa drogas? — Falei incrédulo.

— Uso maconha só, mas estou parando, já tem uns dois meses que não fumo. — Disse ele sério ainda sem me olhar.

— Isaac, porque me trouxe aqui. — Segurei seu rosto para que ele olhasse para mim.

— Por que não foi só um beijo, quero você Jonas, mas quero que você me conheça, conheça o Isaac de verdade, o Isaac que está longe de ser perfeito.

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Comentários

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Tesão esse Isaac. Nada de senhor perfeito. Louco pra saber o que rolou entre Isaac e Davi.

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Soldado se apresentando para ficar do lado do davi, espero q o jonas corra do isaac. #FujirDaPerfeição

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Show. O povo está curioso com o Sr. Perfeito eu confesso que estou mais enteressado em Davi e saber o porque o outro não fala mais com ele já que foram amigos. Volte logo por favor.

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Agora sim a história fica boa com o Sr perfeito sendo quem é de verdade.

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Quem diria o Sr perfeito não é perfeito ansioso para a continuação

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Deixando de ser o "Sr. Perfeito" é que tudo fica melhor. 😁😁😁😁

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Meu que história o Sr perfeito tem os seus defeitos e segredos louco pelo próximo

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