O Filho do pastor 2

Um conto erótico de R Valentim
Categoria: Gay
Contém 2055 palavras
Data: 03/06/2023 23:48:35
Assuntos: Amigo, Gay, Igreja, pastor

Está de férias para o meu pai significava ter mais tempo livre para fazer coisas para ele, era o único cristão que trabalhava mais em Julho do que qualquer outro da minha escola, os pedreiros estavam fazendo umas reformas na igreja e o pastor obviamente mandou seu escravo pessoal para fiscalizar a obra e para servir como servente — assim ele poupava gasto — assim que cheguei o pedreiro já me mandou preparar a massa, minha sorte era que eu já havia trabalhado como servente outras vezes então sabia como fazer.

— Além de baterista também é pedreiro? — Tomei um susto com a aproximação silenciosa do senhor perfeição.

— Mais que, o que você está fazendo aqui? — Perguntei meio puto pelo susto e por está no mesmo ambiente que ele.

— Vim ajudar. — Ele me respondeu como se fosse obvio.

— Não preciso da sua ajuda. — Respondi.

— Não for oi o que o pastor disse quando me pediu para ajudar. — Disse isso já pegando o cimento.

— Você sabe fazer isso? — Perguntei.

— Não esquenta, ajudei a reformar a casa de alguns irmãos ano passado.

— Claro que o senhor perfeição sabe levantar uma parede. — balbuciei.

— O que? — Ele não me ouviu, mas percebeu que eu tinha falado algo.

— Nada, só vamos acabar logo com isso.

Procurei ficar o mais longe possível do Isaac para não ter que conversar com ele, mas o peste queria puxar papo sempre que podia.

— Você toca muito bem. — Disse enquanto estávamos pintando uma parede.

— Obrigado.

— Onde aprendeu? — Perguntou ele.

— Sozinho, mais não sou tão bom. — Realmente me considerava bem amador.

— Como assim, você aprendeu a tocar bateria sozinho e anda vem dizer que não é bom, Jonas você nos acompanhou no ensaio sem dificuldade. — Isso era verdade, mas para mim era apenas sorte de conhecer as músicas.

— E você onde aprendeu a tocar? — Mudei de assunto, pois não gosto de ser elogiado, fico sem jeito.

— Meu pai me ensinou quando eu era criança e depois fui aprendendo mais na igreja.

Isaac falava sobre a igreja e seus amigos, o cara era um tagarela e dava para entender porque todos o amavam, a vida do Isaac era a igreja, ele parecia mais filho do pastor do que eu, era igualmente cobrado pelo seus pais assim como eu e perceber isso me fez ter um pouco de empatia por ele, entretanto ele era hétero e tinha o amor dos seus pais, a igreja para mim era como uma prisão enquanto que para ele era uma casa.

Sendo justo eu gostava de algumas coisas, mas a maneira como meu pai queria que eu visse o mundo isso não conseguia fazer sentido na minha cabeça, fora o medo que tinha do meu pai descobrir meu segredo e me condenar, não tinha ninguém para me socorrer dele, já tinha visto sua ira uma vez e até hoje tinha pesadelos com aquele dia.

Quando o pedreiro nos liberou Isaac me lembrou que teríamos um último ensaio antes do Domingo, acenei que sim e fui embora, antes que ele quisesse voltar comigo, já que éramos vizinhos, pelo menos com a ajuda dele, não trabalhei tanto e Isaac ficou com a parte mais pesada já que seus braços fortes e musculosos dava conta, esse pensamento foi como uma armadilha para mim, pois por um breve momento eu quis ter os seus braços fortes em volta de mim, me deu um calafrio só de pensar que se um homem daquele tamanho me agarrasse eu ficaria completamente entregue.

Em casa minha madrasta mal esperou que eu chegasse e já me mandou tomar banho para jantar, e foi o que eu fiz, ainda fui com meu pai para uma pregação na casa de uma irmã deficiente que não podia se deslocar para a igreja, quando finalmente pude me deitar estava morto, deitei na minha cama, mas o calor estava insuportável, mesmo com o ventilador ligado parecia que meu quarto entraria em combustão a qualquer momento.

Não teve jeito, tive que ficar de cueca, deitado na minha cama olhando para o teto, aos poucos me veio uma visão que não gostaria de ter tido, um pensamento foi tomando conta de mim, “será que Isaac também está de cueca?” Esse pensamento foi minha perdição, pois abriu brechas para “como será que ele é de cueca, tipo ele tem braços fortes, será que seu peito é definido?” queria tirar esse pensamento da cabeça, mas já era tarde e fiquei de pau duro imaginando Isaac sem cueca, isso me deu uma raiva por que ele tinha que ser perfeito até na minha imaginação.

Desde do reencontro com meu pai, evitava me masturbar por conta do medo dele descobrir, só fazia isso quando estava no limite, o que era o caso, pelo menos pude usar a desculpa do calor para justificar um banho, assim que entrei no choveiro levei minha mão ao meu membro e comecei um vai e vem, com a outra mão fazia carícias no meu mamilo, imaginando a língua do senhor perfeição no meu peito, suas mãos grandes me segurando com força, sua boca no meu pescoço, fechei mesmo olhos e me deixei levar pela minha imaginação, ainda era virgem então algumas coisas ficaram só na imaginação mesmo.

Mau cheguei no climax e fui arrancado com a bruxa esposa do meu pai, batendo na porta do banheiro reclamando que estava gastando muita água, tenho certeza que se não fosse pela igreja ela certamente já teria me obrigado a arrumar um emprego, deitei na minha cama e fiquei tentando dormir, fiquei a até tarde me revirando na cama até finalmente conseguir dormir.

No sábado a tarde fui para ensaio, Isaac estava passando o som com sua namorada Raabe, os dois juntinhos me deu um ranço, mas guardei para mim, estávamos esperando Gabriel, quando descobriu que o senhor perfeição também tinha uma voz linda cantando com a Raabe.

— Não sabia que você também cantava. — Pensei alto.

— Cantava no coral, mas prefiro ficar só na guitarra e deixar a Raabe cantar. — Disse ele.

Gabriel chegou e começamos o ensaio e por incrível que pareça fluiu ainda melhor que o primeiro, segundo eles, tinha um dom na bateria e que sabia ditar o ritmo muito bem, quando acabamos eles me ajudaram a guardar a bateria e antes que pudesse fugir o senhor perfeição anunciou que voltaria comigo, no caminho ele foi puxando conversa como já era de costume entre a gente.

— Então você deixou alguma namorada na antiga cidade. — Quase engasguei com sua pergunta.

— Não, nunca namorei. — Respondi tímido. — E você e a Raabe estão juntos a muito tempo? — Não resisti à curiosidade.

— Na verdade não, bem não é que estejamos juntos, eu gosto dela e ela de mim, mas somos um pouco diferentes.

— Ela é perfeita para se tornar a senhora perfe…a sua esposa. — Me corrigi no meio, ele fingiu não notar.

— Sim, talvez a gente se case. — Disse isso rindo e continuou mudando de assunto. — Jonas depois da igreja nós costumamos sair para comer pizza, quer vim com a gente?

— O pastor não me deixa sair. — Menti, não queria ficar mais que o necessário com ele.

— Se quiser posso falar com ele. — Isaac se ofereceu.

— Não cara, se você for pedir, ele vai pensar que sou eu quem está pedindo para você fazer isso e vai piorar o meu lado. — Tentei ser o mais convincente possível.

No domingo pela manhã tinha escola dominical com os jovens onde eu ficava responsável, ensinava os jovens sobre a palavra e o estudo da bíblia, a tarde ajudava meu pai a preparar tudo para o culto a noite, minha responsabilidade era garantir que os equipamentos de som funcionasse com perfeição a noite, quando terminava de verificar o som deixar os microfones no ponto ainda tinha que ajudar a organizar as cadeiras ou limpar alguma coisa, mesmo que não fosse minha função meu pai dizia que o bom filho era o que estava disposto a se doar para igreja onde precisassem de mim.

Aprendi muita coisa com esses acúmulos de função, mas era muito exaustivo, a noite fomos para o culto, como estava na banda ficava lá no meu canto esperando os nossos momentos, quando meu pai subia no púlpito ele se transformava em outra pessoa, parecia um cara amoroso e preocupado com todos, era como se ele tivesse uma vida dupla, em um certo momento eu simplesmente me desligava de lá, parava de ouvir meu pai e viajava para longe dali, imaginava as coisas que poderia está fazendo se ainda morasse com minha vó ou que tipo de vida poderia está levando se meu pai tivesse sumido no mundo com minha mãe, apenas uma pequena parte de mim ficava ali na bateria esperando o momento de tocar e me acordar de meus devaneios.

Quando o pastor deu a deixa voltei em si e comecei a tocar, para mim aquilo tudo já era tão automático que sempre sabia o momento de tocar mesmo sem a deixa do pastor, quando voltei a mim percebi que Isaac estava olhando para mim, me perguntei se ele percebe meu devaneio ou se foi apenas uma coincidência de ele olhar para mim no momento em que olhei para ele.

Tocamos e tudo deu certo, quando meu pai encerrou a pregação começamos a guardar os instrumentos e se organizarem para sair, não tinha pressa até porque minha madrasta se recusaram a me dar uma cópia da chave de casa, como consequência deveria esperar por ela e meu pai ao final de cada culto, era péssimo porque significava mais trabalho, nesse dia em específico estava pior, tinha servido como servente no sábado e não estava cem por cento recuperado ainda.

Quando começo a me adiantar com as cadeiras que sei que meu pai iria me mandar guardar vejo Isaac me ajudar, ignoro sua presença e continuo meus afazeres, até que meu pai vem até onde estamos.

— Isaac, isso é trabalho do Jonas, você deve estar cansado de ontem. — Era inacreditável ele dizer isso esquecendo que eu também havia trabalhado.

— Não me importo em ajudar pastor. — Disse com seu tom de senhor perfeição, só que o maldito continuo. — Uma pena Jonas não poder ir comer pizza com a gente.

— Onde vocês vão? — Perguntou o pastor.

— Sempre comemos no Bom Sabor, aquela pizzaria pertinho de casa, vamos todos da banda e alguns dos meninos. — Respondeu Isaac prontamente.

— Tudo bem ele pode ir, mas nada de passar das 22:30 ouviu Jonas?

— Sim pai. — Respondi odiando Isaac por dentro.

Era por isso que ele veio ajudar, para poder falar com meu pai, o cara era cínico fomos para a pizzaria e eu não estava nem um pouco animado com esse rolê pós culto, Raabe colou no senhor perfeição, meu ranço deu um nó na garganta, que cena ridícula era ela toda se jogando para ele, a pizza era boa, o que não foi bom foi ouvir os amigos do Isaac falando o quanto eles queria ser filhos do pastor, porque deveria ser uma maravilha esta na casa daquele ser de luz, paz e amor, nossa era inacreditavel, esses moleques não conheciam o lado severo do meu pai, o pastor não me amava, e minha vida tinha tudo menos paz.

A mãe do Gabriel levou Raabe e os outros de carro, por ser perto de casa eu e Isaac fomos para casa andando, estava tão cansado que meu filtro não estava muito bom e acabei falando de mais.

— Acho que deveria dispensar a Raabe. — Me arrependi no momento em que falei.

— Já te falei, a gente é só amigo.

— Não é o que ela pensa, vocẽ está enganando ela. — Falei meio puto.

— Por que acha isso, você gosta dela. — Perguntou ele com certa confusão na voz.

— Não, nossa não, não gosto dela, mas você deveria ser sincero. — Falei acalmando meu tom de voz.

— Já conversamos e até tentamos namorar, mas não rolou muito não, somos melhores como amigos. — Disse ele serio.

— É mais ela continua falando para os outros que vocês estão juntos. — Disse me entregando que sabia sobre a vida dele.

— Vou falar com ela de novo pode deixar. — Disse ele sorrindo.

Quando estávamos na rua de casa ele tirou a gravata e abriu uns botões da camisa, puta que meu deus, como Isaac conseguia ser tão irresistível, parei de olhar para ele a acelerei o passo para chegar em casa, nem dei boa noite para ele.

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Comentários

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Estou adorando o conto. Gosto das preliminares, dos flertes, dos desejos proibidos, das sutilezas, antes da conjunção carnal, do incêndio, do êxtase, da gozada...

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Também acho, concordo com o Roberto. O conto é teu, mas se na próxima não se iniciar algo de sexo...estou fora.

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Meu amor, agora já chega de enrolação. Por enquanto não precisamos chegar aos finalmente mas uma mão amiga e uns beijinhos já podem rolar por que tá na cara que o Sr. perfeito nem é tanto assim e hetero com certeza não é, talvez virgem. Fez muita questão de dizer que não namora a menina e procura sempre estar perto de você.

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