melhor amigo XX

Um conto erótico de R Valentim
Categoria: Gay
Contém 2037 palavras
Data: 17/05/2023 14:57:40

Para minha sorte o Di se acalmou e não foi atrás do Zé, pouco a pouco as coisas foram se acalmando e com o passar dos dias Di e eu estávamos mais próximos, comecei a me deixar acreditar que nosso namoro realmente poderia dar certo, eu o amava mais até do que era capaz de entender, imaginar minha rotina sem ele era loucura e sentia que para ele o sentimento era o mesmo, Di era carinhoso e safado, amava esses lados dele, com passar de duas semanas tudo parecia bem até Zé mexer com a gente de novo, só que dessa vez ele tinha ido ainda mais longe, era uma sexta feira quando eu saia da escola e encontrei o Di me esperando, ele sempre me buscava, só que dessa vez ele estava com uma cara bem séria.

Eu: O que foi Di?

Di: Briguei com o José.

Eu: Amor, eu te pedi para não fazer isso, você está bem? (ele não tinha nenhum ferimento aparente.)

Di: Tô um pouco roxo, mas ele está pior, se não fosse o Lucas e o Ryan ele teria ficado pior.

Eu: O que aconteceu?

Di: Ele surtou no aniversário da Jaque, ela terminou com ele, até ai achei merecido, só que o merda saiu espalhando que tinha dormido com você e que você dava para vários caras incluindo eu.

Fiquei sem saber o que fazer ou o que dizer, tipo eu poderia tentar negar ele não tinha provas, fiquei desesperado, o Di ainda não se sentia pronto para confrontar seu pai e eu o entendia completamente, sabia o quanto seria difícil para ele, mas com o Zé espalhando esses boatos a situação do Di iria se complicar.

Eu: Di, vou negar, não se preocupe, a gente vai dar um jeito.

Di: Eu já dei um, um jeito na cara do Zé, acredito que ele vai pensar duas vezes agora, o cara ta sem namorada, sem amigos, que merda, ele mesmo causou isso e não entende, ainda quer ser a vitima, to muito puto com isso.

Eu: Mas e se o seu pai descobri Di?

Di: Eu vou contar para ele Fabim, é melhor assim, vai ser pior se o Zé contar a ele, não sabemos até onde esse prego é capaz de ir.

Eu: Eu vou está com você, não se preocupe.

Di: Não amor, melhor não, meu pai é um cara muito difícil.

Di me deixou em casa e disse que assim que terminasse a conversa com o pai dele ele me ligaria, fiquei muito apreensivo, numa ansiedade só, o pai dele estaria de folga e eles iriam ver um jogo em casa mesmo, Di disse que iria aproveitar esse momento e abrir o jogo com o pai dele, torci para que desse tudo certo, amaldiçoei o Zé por isso, as horas pareciam não passar, tentei ligar para o Di, mas o telefone deu desligado, isso aumentou ainda mais minha tensão, tentei ligar para o Lucas e ele não me atendeu, para piorar ainda mais as coisas começou a cair uma chuva torrencial dessas com trovões que fazem o chão tremer, parecia que a natureza queria me impedir de ir até a casa dele para saber se estava tudo certo, fui deitar perto da meia noite e a chuva lá fora parecia ainda pior, a casa estava fria assim como meu corpo, o celular do Di continuava desligado e comecei a me desesperar, já era muito tarde ele tinha ficado de ligar, o que eu iria fazer, a ansiedade tomou conta de mim de tal forma que resolvi que precisava de noticias a qualquer custo, vesti uma roupa e peguei um guarda chuva, não que ele fosse fazer muita diferença, mas precisava ver o Di, saber como ele estava, mas assim que abro a porta para sair meu coração se despedaça, o Di estava em frente minha casa, seu rosto com um hematoma no olho bem inchado e seu lábio inferior estava cortado, ele estava todo molhado com o olhar perdido, seus olhos vermelhos indicando que ele havia chorado, agarrei ele e o puxei para dentro, o levei até meu quarto sem desgrudar dele.

Di não dizia uma palavra, meu coração estava despedaçado, ver ele assim era a pior coisa do mundo, tirei sua camisa com cuidado e me assustei, tinham manchas roxas e bem avermelhadas nas suas costelas, Di reclamou de dor quando que levantar os braços para tirar a camisa, tirei sua bermuda e sua cueca, deixando nu, queria dar um banho nele, mas com aqueles machucados seria um tortura para ele, então peguei uma toalha e comecei a enxugar ele com muita calma, suas mãos estavam encadas e bem feridas, mas eram da briga com o Zé, Di reclamava de dor as vezes mais continuou em silencio, depois enxuga lo, vesti uma bermuda de futebol dele que estava no meu armário, deitei ele na minha cama o abracei com cuidado e nos cobrimos, assim que ele se sentiu confortável no meu colo ele chorou, um choro fraco, mas que durou a noite toda, ele só pegou no sono quase de manha, acredito que por está exausto.

Acordei com o som do meu celular tocando, atendi rápido para não acordar o Di.

Lucas: Fabim, me diz que o Di está com você por favor.

Eu: Sim, ele está aqui Lucas, chegou ontem a noite.

Lucas: Graças a Deus, cara o Tio está muito revoltado, ele pensou que o Di tinha vindo para cá depois da briga, quando ele chegou aqui e viu que ele não estava ficou puto, quase bateu em mim falando que eu sabia para onde ele tinha ido.

Eu: Foi ruim assim?

Lucas: Ele não te contou?

Eu: Ele não quis falar.

Lucas: Melhor esperar o tempo dele, Fabim cuida do meu primo ai por favor, minha mãe e eu estamos tentando acalmar o tio Romário aqui, o homem nem foi trabalhar.

Eu: Não se preocupe, e me avisa qualquer coisa, o Di não está com celular então liga para mim.

Quando desliguei vi que Di estava acordado e me olhando, ainda com um olhar bem perdido, porém parecia um pouco melhor.

Eu: Quer conversar?

Di: Ele me expulsou de casa Fabim.

Eu: Di, sinto muito, isso tudo é culpa minha.

Di: Não, amor não faça isso, eu sabia que ele iria fazer isso, sempre soube que seria difícil, pelo menos agora não preciso mais mentir ou me esconder, Fabim agora posso ser quem eu sou. (ele chorava mais com um meio sorriso)

Eu: Estou aqui por você, sempre vou está.

Di: Eu sei amor, te amo.

Eu: Também te amo.

Falei com minha mãe e ela concordou do Di ficar na minha casa, ele só me contou como tudo aconteceu umas duas semanas depois do ocorrido, Di disse ao pai que era bi sexual e que estava namorando um cara, o pai dele mandou ele negar, falou que o filho estava confuso ou doente, culpou os amigos e quando Di insistiu ele desferiu o primeiro de uma sequência de socos e chutes, Di falou que ele só parou de bater quando o filho estava encolhido no chão, depois disso o pai dele quebrou o telefone dele e o expulsou de casa, a tia do Di tentou ajudar, mas o pai dele nem a deixou entrar, só quando o Di conseguiu forçar foi que levantou do chão, por causa da chuva ninguém viu a hora em que o Di saiu, como o barulho tinha acabado a tia dele pensou que eles tinham “se acertado”.

Di estava arrasado, mau ia para a escola, não foi jogar e praticamente não saiu de casa, minha mãe e eu estávamos dando a ele todo suporte possível, Lucas tentou leva ele para a casa dele várias vezes, mas Di não queria por ser muito próximo do pai, a tia dele lhe deu outro celular e disse que tentaria falar com o seu Romário, só que pelo que o Lucas falou o homem ainda estava uma fúria, o que piorou quando ele descobriu que o Di estava lá em casa, para nossa sorte ele não sabia onde eu morava, mesmo assim não achava que ele viria até aqui, ele renegou o filho e seguiu com a vida, eu me revoltava por ver que Di estava desolado sem o pai enquanto o filho da puta ficava lá falando para a família que o filho dele tinha morrido para ele.

Meu namorado era bem forte e isso foi sua salvação, um mês depois do ocorrido Di estava melhor e nossas vidas seguiram bem, Zé virava a cara sempre que nos via na rua, e até parou de ir para o racha dos caras, alguns babacas param de falar com o Di, o que no fim foi bom, agora ele sabia que era amigo de verdade, Tânia tentou se aproximar, mas Di a afastou definitivamente, quando ele deu razão ao pai dele.

Agora que as coisas estavam voltando para seu lugar natural, no Sábado fui com o Di para o racha, coisa que agora eu fazia com frequência, mas como namorado e não como amigo, me sentia num clube novo quando ia vê lo jogar, ficava no círculo das namoradas dos caras, era muito engraçado como tudo parecia muito natural, claro que ainda tinha de ouvir algumas piadinhas, mas depois do que o Di fez com a cara do Zé, os caras tinham medo de ficar tirando sarro, era só o Di olhar estranho que as piadas acabavam na mesma hora, só que o Di também tirava sarro dos caras as vezes então a gente não podia reclamar sempre, eu também estava mais próximo da Su atual ficando do Ryan agora, e Ana que já era minha best quando ninguém sabia, Ryan também acabou se tornando um grande amigo, o Lucas já era meu primo também, juntos formávamos a melhor galera para se curtir um rolê, estávamos lá torcendo pelos nossos homens, quando ano chama minha atenção para Jaque que havia acadado de chegar com umas amigas, eu sabia que desde que ela tinha terminado com o Zé não tinha mais ficado com ninguém.

Jaque: Podemos conversar, Fábio.

Eu: Claro. (fiquei meio receoso, mas achava que a devia um pedido desculpas)

Jaque: Olha só que saiba que não te culpo, José foi um cara horrível com nós dois, ele mentiu para mim e não quis te deixar em paz quando você tentou se afastar.

Eu: Jaque me desculpa, eu nunca deveria ter ficado com ele.

Jaque: Fábio, relaxa eu sei como o José pode ser incrível e sexy quando ele quer, ele me contou tudo no dia em que terminamos, ele me disse que percebeu que você gostava dele e deu em cima de ti, aquele show que ele deu me deixou tão envergonhada e puta por não ter percebido todo o assédio que ele estava fazendo com você, minhas amigas tinham razão ele não me merecia.

Eu: Sinto muito Jaque.

Jaque: Só quero ficar numa boa com você, o que ele fez com vocês foi inaceitável. (disse se referindo ao Di e eu)

Eu: Estamos tentando superar, mas…

Jaque: Tio Romário é um homem difícil, eu sei.

Eu: Você conhece ele?

Jaque: Sim ele é padrinho do meu irmão, acho que o Zé queria nos manter tão longes que nunca nos conhecemos de fato né.

Eu: Verdade, mas agora podemos ser amigos se você quiser.

Jaque: Foi para isso que eu vim, agora me conta como foi que você teve coragem de transar com seu namorado na varanda do meu avô? (disse ela em tom de brincadeira.)

Caímos na risada, levei ela até os meninas estavam e pela primeira vez em muito tempo me senti em paz, parecia que nada poderia estragar aquele momentos, finalmente poderia voltar a respirar, o jogo acabou, Di me beijou e foi para o banho e eu fiquei esperando por ele iamos todos sair para comer e depois tomar umas na casa da Su, quando vejo Di saindo de vestiário lindo como sempre meu telefone toca no meu bolso, vejo e é um número que não conheço, mesmo assim atendo, quando Di esta de frente pra mim ele se assusta com a cara que eu estou fazendo.

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Comentários

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Eu não fiquei surpreso com a postura de Romário, pai do Diego. Fiquei surpreso com a chegada de mais uma aliada para o casal: Jaque.

Que bom ter uma mãe como a do Fábio. E amigos, ah como é bom tê-los. Amigos são nosso suporte em muito da nossa jornada.

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Minha gente que isso tá melhor que o BBB. Tô amando acompanhar isso tudo! Literalmente tá sendo meu antidepressivo. <3

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Ansioso para a continuação!!! Estou viciado nesse conto, fico vigiando meu e-mail esperando que já tenha postado continuação.

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Será que é o pai do Di querendo reatar com o filho??? Manda logo a continuação kkkkk

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