Se minha mãe estava em casa ela com toda certeza ouviu a gente, até porque meu quarta ficava perto da cozinha e a bicicleta do Di na sala não tinha como negar que era ele quem estava lá em casa, meu coração quase saiu pela boca, mas o meu medo era que agora o Di nunca mais iria querer me ver ou ficar comigo, meu corpo começou a tremer e quando Di viu meu estado ele veio e me abraçou, parecia que seu susto tinha passado e agora ele estava preocupado comigo, me abraçou forte e começou a rir.
Eu: Do que você está rindo. (minha voz saiu fraca e chorosa.)
Di: Não era assim que eu queria ter conhecido minha sogra. (ele fazia piada para me acalmar)
Eu: Seu besta, você conheceu ela no dia do seu aniversário.
Di: Mas ali eu não estava com o filho dela né.
Eu: Comendo o filho dela você quis dizer né.
Di se separou de mim me olhou nos olhos, mas antes que pudesse dizer algo, minha mãe me chamou, fui até ela esperando para ver sua reação, ela estava sentada na cozinha tomando seu café, e vendo algo em seu celular, só percebi que Di estava no meu lado porque minha mãe ofereceu café para ele e nos mandou sentar na mesa, ela fez um omelete para gente e serviu café para o Di, tudo em silêncio e a gente também estava bem calado,
Mãe: Quando você estiver na minha casa Diego gostaria que ficasse nu apenas no quarto do meu filho por favor.
Di: Desculpe senhora.
Mãe: Se você quiser continuar vendo meu filho pare de me chamar de senhora.
DI: Sim senhora, quer dizer tudo bem minha sogra.
Mãe: Sogra? E já estão assim?
Eu: É piada dele mãe não leva a sério, você não está brava comigo?
Mãe: Porque? Vou ter raiva do meu filho só porque o namorado dele é mais bonito que o meu. (Di gargalhou quando ela disse isso)
Eu: Ele não é meu namorado mãe. (pedi a Deus para ela parar, antes que isso espantasse ele.)
Mãe: Filho o mundo já é cruel demais e meu trabalho como sua mãe e torna lo mais fácil e lhe preparar para o mundo, se você nunca julgou meu estilo de vida ou minhas decisões eu não posso fazer isso com você, mas quero pedir que casa você continue com o que quer que isso seja, que tomem cuidado, venham para casa, aqui vão estar seguros.
Queria chorar, minha mãe não era perfeita, mas ela era a melhor para mim, meu pai deixou a gente muito cedo e eu nunca falava com ele mesmo sabendo onde ele morava e tendo o telefone dele, minha mãe era tudo para mim, foi um alívio gigante ela me aceitar, por um momento eu me permiti viver esse faz de conta em que tomo café com meu namorado e minha mãe, depois do café Di teve que ir, já que dormir lá em casa não estava nos planos ele não tinha nenhuma muda de roupa e nem escova, fora que tinha que arrumar a casa, já iria ouvir reclamações do pai, por chegar e a casa estava revirada da festa, normalmente ele arrumava tudo antes de dormir quando todos iam embora, como ele dormiu comigo e não se planejou a casa deveria está revirada, ele me deu um beijo rápido se despediu da minha mãe e foi embora.
Fiquei vendo Diego ir embora até ele dobrar na esquina, fiquei triste, parecia que tinha tido um sonho perfeito e agora estava acordado, agora estava de volta a realidade, e o que me puxou com força do meu momento sonho foi o José me mandando mensagem, pela mensagem dava para perceber que ele ainda estava muito puto comigo, mas disse que queria conversar, eu falei que não tinha nada para conversar e ele me ligou, desliguei a chamada e ele ligou de novo, resolvi desligar meu celular, não queria enfrentar o José, ele tinha estragado tudo, eu gostava muito dele, mas depois de transar com o Diego eu vi o quão problemático era meus momentos com o José, me senti mal, usado, não queria perder a amizade do José, mas sabia que meu desejo por ele ou tesão tinha acabado, eu merecia alguém que me desse prazer também e eu estava viciado no Di, agora entendia porque a Jéssica estava tão obstinada.
Pensar na Jéssica me trouxe outra questão, será que agora eu seria uma Jéssica, na casa do Di, insistindo para que ele me levasse para a cama e por tabela estaria empatando a foda de outra pessoa, jurei para mim mesmo que não faria isso, ele estava curioso e matei a curiosidade dele, agora ele iria voltar para suas garotas e eu teria sorte se ainda fossemos amigos, estava com tantos pensamentos na minha mente que não conseguia focar em nada, Di estava muito tranquilo até com minha mãe então pelo menos meu amigo ele não deixaria de ser, pelo menos era o mais racional a pensar, minha cabeça se sabotava o tempo todo, foi o dia inteiro assim, de o Di me quer e o Di não me quer, a confusão foi tanta que esqueci completamente que meu telefone estava desligado.
Assim que liguei o aparelho, tinha umas mensagens do Zé que em resumo estava me xingando e dizendo que eu ainda iria rastejar pedindo para ele me comer de novo, achei melhor nem ler tudo, entre as mensagens meu coração parou quando vi que Di tinha me mandado mensagem.
De (mensagem): A noite de ontem foi muito incrível, e ai posso te buscar hoje, ou sua mãe falou algo depois que eu saí?
Como não “respondi” ele mandou outra um tempo depois.
Di (mensagem): Fiz algo errado, eu sei que minha fama não é boa, mas eu curti pra caralho nossa noite, por favor me ligue ou me diga que tá tudo bem ou caso contrário eu vou surtar aqui, eu não sou de surtar, desculpa, em fim me liga, se quiser eu vou te buscar.
Eu estava rindo e ao mesmo tempo me amaldiçoando por não ter me lembrando de ligar o celular agora ele devia está achando que eu não tinha gostado ou que só estava brincando com ele, liguei para ele para tentar resolver, mas quem atendeu foi o Lucas.
Eu: Lucas, cadê o Di?
Lucas: Fábio, o que diabos aconteceu com seu celular, você quer matar meu primo de ansiedade?
Eu: Desculpa, eu fiquei sem celular o dia todo, cadê ele, preciso falar com ele.
Lucas: Cara ele começou a beber foi cedo agora ta aqui capotado, fazia tempo que ele não bebia tanto assim, até achei melhor dispensar a galera hoje, to tentando acordado ele pra dar um banho nele pelo menos.
Eu: Estou indo para ai, eu te ajudo com ele.
Lucas: Tem certeza Fábio?
Eu: Tenho sim Lucas.
Me arrumei rápido e fui para a casa dele, o mais rápido que pude, ainda cruzei com o Zé que vinha com a Jaqueline entrando na rua, comprimentei os dois e segui, Zé nem respondeu, mas não tinha com lidar com ele agora então segui para a casa do Di, depois de um tempo cheguei e Lucas veio abrir o portão para da vila para mim,
Eu: Como ele tá.
Lucas: Bêbado e falando merda.
Eu: Eu não sabia que ele ia mandar mensagem para mim.
Lucas: Fábio meu primo não é esse putão que as pessoas falam, muitas meninas ficam putas com ele por ele não querer namorar, mas não quer dizer que ele não trate bem as pessoas com quem ele dormi.
Não sabia o que responder, Lucas parecia meio chateado, mas não sabia o que tinha rolado, estava tão cansado das pessoas estressadas comigo que eu resolvi enfrentar o Lucas.
Eu: Você está puto comigo por eu ter dormido com seu primo?
Lucas: Claro que não, Di já queria ficar com você faz tempo, eu to puto porque você está mentindo para meu primo.
Eu: Eu não estou mentindo.
Lucas: Não tenho nada haver com sua vida irmão, agora se você quer foder com meu meu primo termine o que você tem com o José ou seja honesto com o Diego.
Fiquei branco, como assim o Lucas sabia, Ana deve ter sacado e disse a ele, eu estava em choque, sem saber o que pensar ou como agir, só que Lucas ainda sim me deixou entrar, talvez ele não tivesse nada contra mim, só estivesse achando que eu estava enganando o Di, mas nunca pensei que Di iria querer continuar ficando comigo, isso meu deu uma esperança pequena no peito então criei coragem puxei o Lucas para a área de serviço e contei tudo a ele, quando terminei de falar ele me olhou e perguntou,
Lucas: Então você e o Zé não estavam mais ficando quando você ficou o Di?
Eu: Não, por isso Zé estava tão puto ontem.
Lucas: Ele sabe de você e o Di?
Eu: Nunca, ele tem uma ideias erradas, mas até ontem nunca achei que Di e eu teríamos alguma coisa, e mesmo assim não posso expor ninguém.
Lucas: Tá, vou acreditar em você, mas não vacila Fábio.
Fomos para o quarto e eu o ajudei a pôr o Di no chuveiro, tive que fazer um esforço grande para não ficar excitado, Di de cueca branca no chuveiro com o pau meia bomba se Lucas não estivesse ali eu teria feito muitas loucuras, como eu já tinha visto ele nu, Lucas me deu uma cueca nova e eu vesti o Di, ele estava sentado na cama enquanto eu o vestia um calção folgado desse de jogar bola nele.
Di: Fabim? (disse ele abrindo os olhos.)
Eu: Oi Di, sou eu.
Di: Você sumiu, desculpa, me desculpa.
Eu: Di eu que peço desculpas, não queria te deixar sem resposta.
Di: Estamos bem?
Eu: Estamos bem.
Di me puxou para cima dele e me beijou, Lucas apareceu na porta do quarto e disse que já estava indo e que eu avisasse ele quando fosse embora que ele ira me deixar em casa, agradeci, e fiquei ali com o Di, ele dormia e acordava, me abraçou e não queria soltar mais, quando já era umas onze da noite ele já parecia melhor, fim um café para ele o que ajudou dando um pouco mais de lucidez para ele.
Di: Fabim, eu nunca fiquei com um cara antes, então se eu fizer algo errado me fala tão bom.
Eu: Você quer continuar ficando comigo?
Di: Quero e você quer ficar comigo de novo?
Eu: Claro que quero Diego, senão nem estaria aqui.
Di riu e me puxou para sentar em seu colo, ficamos nos beijando por mais um tempo só que deu minha hora, ele não queria me deixar ir, mas duvido que o pai dele fosse compreensivo como minha mãe então consegui convencer ele a me deixar ir, mas aí foi outra briga para convencer ele a deixar o Lucas ir me deixar, ele queria ir me deixar, mas não estava tão bom assim para isso, no fim coloquei ele na cama e Lucas foi me deixar.
