SITUAÇÃO EXTREMA – 2

Categoria: Grupal
Contém 5129 palavras
Data: 28/05/2023 16:08:04

Continuação. Parte 2

No dia seguinte eu não me sentia nada bem. O excesso de tensão vivenciada no episódio com a Guida, e a minha estranha reação de ficar excitado ao ver que a Guida acabara se entregando ao prazer daquela violação, e, principalmente por aquilo, por constatar que ela tinha muito rapidamente aceitado e colaborado com os agressores, abusadores, não me deixavam em paz, e toda hora aquilo me voltava à mente. Na noite de segunda-feira, eu nem liguei para ela, pois sabia que iria fazer com que ela recordasse o que havia passado. E fiquei horas repassando na memória as cenas do que havia acontecido. E acontecia sempre uma coisa muito estranha quando eu me lembrava. Voltava a ficar excitado, não pela violência do ocorrido, mas por constatar que a Guida havia desfrutado daquele sexo que começara forçado, mas logo parecia ter se tornado para ela algo prazeroso. A danada havia se entregado aos dois e gozou com aquilo. Assim, foi inevitável me lembrar também dela excitada falando do filme pornô, das atrizes e sua capacidade de fazer dupla penetração. Um fetiche dela. Poderia ser coincidência? Sim, poderia. Eu já havia lido sobre a lei da atração, onde dizem que quando a gente pensa muito em uma coisa aquilo acaba funcionando como um potencializador das condições para que aconteça. Sim, poderia ser apenas uma nefasta coincidência. Mas era notório que a Guida acabou se entregando diante da oportunidade. E era aquilo que me deixava excitado, de ter percebido que a safada estava gostando do que faziam com ela. Eu me recordava e ficava novamente excitado, e conforme o tempo foi passando, a sensação desagradável de ter vivido a tensão daquilo foi se diluindo, e ficando apenas aquele tesão de ver aminha namorada se entregar ao prazer com aqueles estranhos. Estava pensando em tudo quando me recordei a última fala do fortão, quando deu orientação para a Guida ficar quieta um tempo antes de se levantar e me libertar. Ele dissera o nome dela. Nossa! Lembrar daquilo mudou radicalmente a minha interpretação dos fatos. Minha cabeça parecia que ia explodir. Fiquei chapado. Como ele sabia o nome dela?

Bem, diante da tais fatores, nos dias que se seguiram, eu troquei apenas conversas curtas com a Gui, pelo telefone, não prolongávamos o papo, apenas nos cumprimentávamos, de modo carinhoso, mas havia de parte a parte, a nítida sensação de que era melhor não falar muito, para não voltar ao drama vivido. E minha cabeça dava voltas e mais voltas. Me lembrei também que havia enviado para ela o Mapa com a localização do sítio fazenda, e uma descrição de como chegar lá, para ela deixar com os pais. E tudo foi feito com uma certa antecedência.

Se fosse algo planejado, tinha tudo sido fácil para ser executado. Eu só não entendia como e nem por quê. E qual o objetivo daquilo?

No final de semana seguinte, ela alegou estar em provas, ocupada em terminar trabalhos da faculdade, e por isso não marcamos de nos encontrar. Em parte foi bom. Eu tentei me distrair, fui ao clube jogar futebol, e depois, sem mais conter a curiosidade, fui pesquisar na internet sobre aquele estranho comportamento de ficar excitado, diante de ver a minha namorada com outro ou com outros. Acabei encontrando um site de uma terapeuta sexual que fazia atendimentos pela internet e respondia por escrito, algumas dúvidas colocadas por seus pacientes ou interessados, mediante uma taxa de consulta. Um serviço prestado por especialista, de acordo com a Nova Resolução do Conselho Federal de Psicologia do Brasil. Fiz meu cadastro, com meu e-mail, e mandei umas perguntas. O que recebi já serviu para me esclarecer melhor. Minha primeira questão foi:

“Como explicar o fato de uma pessoa ficar excitada ao saber ou ver seu parceiro ou parceira manter relação sexual com outra pessoa?”

A resposta que veio foi:

“Esse fenômeno é conhecido como "cuckolding" e é considerada uma prática sexual fetichista. E é até bastante comum atualmente. Algumas teorias sugerem que a excitação pode estar relacionada ao fato de que a pessoa que está assistindo se sente poderosa por ter controle sobre a situação. Além disso, outras teorias sugerem que o "cuckolding" envolve aspectos psicológicos mais complexos, como voyeur, como a ideia de que a pessoa que assiste pode estar explorando suas inseguranças, medos e fantasias sexuais. É importante lembrar de que as práticas sexuais e fetiches são pessoais e individuais, cada um reage de um jeito, e que a aceitação ou não dessas práticas deve ser sempre consensual e jamais forçada.”

Depois disso a minha outra questão era:

“Qual seria a explicação para a atitude de uma mulher se predispor e se entregar a práticas sexuais muito mais intensas e devassas com um amante do que com seu próprio parceiro?’

Aqui a resposta foi:

“Existem várias razões pelas quais uma pessoa pode se sentir mais à vontade para explorar práticas sexuais novas com um amante do que com seu parceiro. Alguns possíveis fatores incluem:

- Novidade: a novidade e a excitação de estar com uma nova pessoa podem levar a pessoa a experimentar coisas novas e diferentes.

- Falta de compromisso emocional: alguns podem sentir que não têm a mesma expectativa de compromisso emocional com um amante, o que pode tornar mais fácil experimentar coisas novas sem se preocupar com a possibilidade de julgamento ou rejeição por parte do parceiro.

- Fantasias sexuais não realizadas: pode haver fantasias, desejos ou necessidades sexuais que a pessoa sinta que não pode explorar ou expressar com o parceiro atual.

- Comodidade: é possível que a pessoa se sinta mais confortável em se envolver em atividades sexuais intensas e devassas com um amante porque sabe que a relação é menos complicada e que pode simplesmente terminar a qualquer momento. Ou não se repetir.

Mas eu tinha uma dúvida específica:

“Como explicar a reação de um homem que assiste a sua parceira ser forçada a ter relações sexuais com outros homens e se excita com aquelas cenas?”

A resposta foi abrangente:

“A excitação sexual diante de situações de violência e coerção sexual é uma questão complexa e também muito específica. Pode ser o resultado de diferentes fatores psicológicos individuais, incluindo traumas anteriores, problemas de autoestima, distúrbios psicológicos ou simplesmente fruto de fantasias sexuais. Em alguns casos, quando o parceiro masculino assiste sua parceira feminina sendo forçada a ter relações sexuais com outros homens, pode haver uma sensação emocional de dominação e controle. Isso pode ser agravado por mecanismos de autopreservação que permitem que indivíduos produzam reações internas negativas às experiências negativas que testemunham. Em outras palavras, o homem pode estar reprimindo sentimentos negativos e produzindo uma resposta sexual para se defender contra suas emoções complexas de testemunhar a violência sexual a que sua parceira está sendo subjugada. Independentemente das razões, no entanto, é importante lembrar que a excitação sexual em tais contextos pode ser preocupante e não é, necessariamente, uma forma saudável de lidar com os sentimentos complexos que podem surgir. Situações de coerção sexual e violência são inaceitáveis e a segurança e o bem-estar da parceira devem sempre ser priorizados. A comunicação aberta e honesta com um profissional de saúde mental pode ajudar a identificar as causas dessas emoções e a trabalhar em estratégias para lidar com esses desejos e fantasias de maneira mais saudável.

Finalmente, eu questionei:

“O que leva a mulher a pensar que um homem com falo avantajado desperta mais desejo e provoca mais prazer na mulher?”

A resposta foi esclarecedora:

“A crença de que homens com um pênis maior tendem a despertar mais desejo e dar mais prazer às mulheres é frequentemente referida como o "mito do tamanho". Esta crença pode ser influenciada por muitos fatores culturais, incluindo a representação sistemática de genitais masculinos grandes em meios de comunicação como filmes, revistas, entre outros. O mito vai se espalhando pela cultura daquela sociedade e se torna algo estrutural. Alguns estudos científicos sugerem que a sensibilidade vaginal está localizada principalmente na parte inicial desde a entrada da vagina, e portanto, do ponto de vista físico, o tamanho do pênis não é um fator determinante no prazer feminino, a não ser por crença. Portanto, é um efeito mais psicológico do que físico. Além disso, para muitas mulheres, o prazer sexual é resultado de diversas outras condições que se somam, como a sua fantasia em relação ao sexo e a estimulação do clitóris e outras zonas erógenas. Isso significa que o tamanho do pênis não é o único fator a ser considerado no prazer sexual masculino e feminino. É importante lembrar de que cada pessoa é única, e que o prazer sexual deve ser resultado de um diálogo aberto e honesto com o parceiro, de respeitar os limites e preferências individuais, e não simplesmente baseado em estereótipos culturais.

De posse daquelas informações, eu estava mais esclarecido, mas ainda não sabia exatamente o que deveria fazer. Mas sabia que não poderia protelar um encontro com a Guida, e de ter com ela uma boa conversa, pois desejava resolver aquela coisa desagradável que estava incomodando aos dois. Precisávamos falar do que havia ocorrido.

Finalmente, passou mais uma semana e eu combinei de pegar a Guida na sexta-feira, e estava disposto a reatar com ela o nosso clima de intimidade de antes do ocorrido. Eu queria e precisava ficar com ela em algum lugar isolado e com privacidade.

No entanto, não sabia se ela iria querer ir a um Motel, então, fui buscá-la na Universidade e ver se despertava nela a vontade. Logo que ela entrou no carro, reparei que estava tensa, pois apertava as alças de sua mochila com as duas mãos. Tratei de beijá-la como sempre, e a abracei, dizendo:

— Nossa, que saudade. Nunca fiquei tanto tempo sem ver você. Quase duas semanas.

Ela sorriu, me pareceu descontrair, ficar mais tranquila, e concordou apenas com um “É verdade!” Estava mais lacônica.

Eu olhei para ela tentando ser o mais neutro possível e perguntei:

— O que você quer fazer? Quer ir a algum lugar?

Gui parecia meio aérea:

— Não sei direito. Mas estou com fome.

Aproveitei para convidar:

— Podemos ir jantar no Motel. Tem aquele filezinho de peixe empanado com molho tártaro, que você adora.

Estimulada pela fome, a Gui parou, pensando, depois concordou:

— Tudo bem. É mesmo, eu adoro.

Diante da aceitação dela, toquei direto para o motel que costumávamos ir de vez em quando. Não era longe, ficava numa das avenidas próximas à saída da cidade.

Quando chegamos, nos abraçamos como sempre, trocamos beijos e fomos nos despindo para tomar banho. Eu estava muito excitado e notei que ela estava também se soltando mais. Seguimos para dentro do banheiro. Quando retiramos nossa roupa toda, a Gui virou de costas para mim na hora de abaixar a tanguinha. Não liguei muito para aquele comportamento, achando que era alguma vergonha, ainda consequência da nossa nefasta aventura. Mas ela abaixou a tanguinha e se virou para mim. Foi quando vi em sua virilha, muito próxima da xoxotinha, uma tatuagem muito delicada, de uma borboletinha, de uns três centímetros, muito bonita e bem desenhada. Fiquei admirado, todo arrepiado olhando aquilo e ela disse:

— Surpresa! Gostou?

Eu não sabia o que dizer. Por um lado, achei de fato a tatuagem muito bonita e naquele lugar, ficava muito sexy. Mas automaticamente, me peguei imaginando ela sendo tatuada naquele lugar. Gaguejei:

— É....é... bonitinha. Quando foi que você fez?

Gui contou sem titubear:

— Foi no sábado.

— Assim, do nada? Resolveu e fez?

Gui explicou:

— Eu há mais de duas semanas, estava fazendo uma pesquisa para um trabalho da faculdade, sobre o uso do corpo como nossa identidade, e encontrei um site de tattoo, fiquei curiosa, tinha muitas fotos de pessoas tatuadas. Achei lindo. Aí, me lembrei que na academia onde eu trabalho tem uma moça com várias tattoos. Eu perguntei a ela na segunda-feira, e ela indicou o estúdio onde fez. Ela contou que cada tattoo dela comemora ou simboliza alguma coisa. Assim nunca se esquece. Gostei da ideia. Eu fui lá na quarta, depois que saí do trabalho, e depois de conversar com o tatuador, resolvi fazer. Foi feita em sua homenagem. Por isso foi surpresa. Gostou?

Eu já estava meio intrigado com tudo que ocorrera, e receber aquela surpresa me deixou ainda mais preocupado. Mas não queria estragar o clima daquela noite, então respondi:

— Nossa! Levei um susto. Não esperava. Mas ficou muito sexy. Estou admirado.

A Gui percebeu que eu não ficara tão animado e insistiu:

— Não gostou?

Num primeiro momento eu procurei pensar melhor no que deveria dizer. Estávamos já começando nosso banho. Eu estava de pau duro desde o começo quando nos despimos, e mesmo com a surpresa não havia perdido o embalo. A Gui notou e falou:

— Você não disse se gostou, mas o nosso amigo aí parece que está gostando.

Sorri, e tive que explicar:

— Gostei, achei muito sexy. Você já é deliciosa, sempre me deixa com tesão mesmo sem nada, agora tatuada mais ainda. Mas, fiquei pensando que você teve que deixar quem tatuou ver você assim, sem nada.

Ela concordou com um sorriso, sem nenhuma vergonha, e mostrando muito mais segurança do que já tinha antes, respondeu:

— E qual é o problema? Olhar, ver não faz mal. O meu massagista ou o ginecologista que me examina também olham e até já tocaram em mim.

Eu sentia que ela estava mais solta e sem timidez. Eu já conhecera a Guida bem safadinha, sempre foi liberal, aceitando tudo que eu propunha, e aquilo me excitava. Deixei a conversa sobre a tattoo para depois. Eu não queria perder o clima bom que estava ali entre nós. Eu falei:

— Não tem problema. Mas pensei que quem tatuou você ficou vendo e cobiçando a sua nudez, sua beleza, e viu a bocetinha da minha namorada. Que é muito linda.

Naquele momento a gente já estava se provocando no chuveiro, cada um dava banho no outro, fazíamos carícias, e a excitação ia ficando muito grande. A Gui acariciava meu pau duro, ensaboando, e me perguntou:

— Você fica excitado de saber que outro me deseja e me tocou, né?

Eu não esperava que ela perguntasse aquilo. Era verdade, já havíamos fantasiado um pouco assistindo vídeos eróticos, e ela sabia, mas depois do último episódio não pensava que ela voltasse ao assunto. Pensei que ela estava buscando abrir espaço para a gente falar sobre nossos fetiches e fantasias, em função do ocorrido. Dei um beijo nela e fui tratando de nos enxaguar. Queria dar fim naquele banho logo e partir para sexo. Disse:

— Você sabe que eu fico. Já falamos sobre isso. E você adora me deixar excitado. Está excitada de falar disso agora? Quer conversar sobre nossas fantasias e taras?

Guida me abraçou ainda com o corpo todo molhado e disse baixinho:

— Acho que está na hora da gente falar de uma vez o que temos adiado estes dias.

Novamente ela me surpreendia. Tomava a iniciativa de tocar no assunto. Aproveitei que estávamos para nos enxugar, e respondi:

— Vamos para a cama? Lá a gente pode conversar melhor.

Guida concordou e nos enxugamos com as toalhas macias do motel. Enquanto estávamos ainda ali no banheiro eu aproveitei para dizer:

— Você tem alguma coisa para me falar? Algo específico?

Guida já enxuta comentou:

— Nós passamos por uma situação muito brutal, violenta, de surpresa, que com certeza afetou a cada um. Eu precisava de um tempo para processar tudo. E achei que você também. Foi bom ficar uns dias distantes. Mas estou cheia de saudade, e creio que deve querer conversar sobre tudo isso.

Guida me surpreendia cada vez mais, pois mostrava uma maturidade enorme, apesar de novinha. E parecia ter bom controle emocional também. Eu peguei em sua mão e a conduzi para o quarto e para a cama. Fui dizendo:

— Gui, eu nem sei por onde começar. Minha cabeça andou muito confusa estes dias.

Ela me abraçou antes da gente se deitar. Me olhou nos olhos e pediu:

— Eu só quero ter essa conversa se você prometer duas coisas.

Olhei para ela tentando avaliar o que esperar, mas ela logo falou:

— Primeiro, que vamos ser totalmente sinceros, falar apenas a verdade.

Eu concordei de imediato pois não esperava menos:

— Garanto, e quero isso também.

— Segundo, quero que você me prometa que não vai tomar nenhuma atitude que possa levar a gente a uma ruptura. Não quero essa conversa para nos separar, mas para nos unir.

Pensei alguns segundos para responder:

— Usando já de toda a sinceridade, afirmo que não tenho nenhuma intenção de nos separar, mas dependerá do que vamos nos falar. Não posso prometer o que não sei o que terei que enfrentar.

Guida concordou:

— Está certo, prometa apenas que a intenção é superar quaisquer dificuldades, e não romper ou nos separar. Confiar no outro é fundamental.

— Tudo bem Guida. Estou de acordo.

Ao ouvir aquilo ela me deu um empurrão, sem avisar, e eu caí sobre a cama, de costas, e ela já se ajoelhou no colchão e depois se deitou ao lado apoiando parte do seu corpo sobre o meu peito, colocando as duas mãos no meu pescoço. Guida me deu um beijo e disse:

— Eu quero que você me diga o que pensa e o que sentiu sobre o que nos aconteceu. Fale a verdade.

Eu continuava sendo surpreendido pela atitude cada vez mais incisiva dela, sempre tomando iniciativas. Eu sabia que Guida era uma moça com opinião, nunca foi frágil, mas também sempre pareceu menos arrojada do que estava sendo. Dei uma busca rápida na mente para identificar o que usaria no começo da conversa.

— Eu pensei muito no que aconteceu. Não falei nada, com medo de tocar em uma coisa que foi muito violenta, não queria forçar você a se lembrar. Poderia ser doloroso para você. Mas foi bom que resolveu falar.

Guida, concordava com a cabeça, e perguntou:

— Me fale sobre você, o que sentiu, qual seu sentimento depois.

Fechei os olhos por alguns segundos, como se estivesse recordando melhor, mas na verdade eu pensava no que iria dizer: Por onde começar. Arrisquei:

— Senti medo, raiva, muita impotência, e temi mais por você.

Guida concordou acenando novamente com a cabeça, e falou:

— Pois é, eu também senti isso. Mas meu maior medo era de você tentar reagir e sofrer uma violência maior.

Eu hesitei bastante em tocar logo no que me incomodava, mas achei melhor começar a colocar minhas dúvidas:

— Você colaborou com eles foi por isso? Para evitar violência?

Guida me olhava fixamente nos olhos quando respondeu:

— No início, foi, estava com muito medo, mais até por você, do que por mim, pois vi quando o fortão o ameaçou com a faca.

Guida fez uma pausa, e eu não disse nada. Me recordava do que sentira no momento e temia também por ela. Guida prosseguiu:

— Depois de um tempo, fui percebendo que eu colaborando eles relaxavam mais. E acabei ficando excitada, e no fim estava sentindo prazer. Buguei com aquilo. Nunca podia imaginar isso.

Eu respirei mais aliviado quando ela confessou. Não sabia avaliar o trauma, ou se depois ficou a satisfação, e não sabia como perguntar. Fui sincero:

— Eu assisti a tudo, e percebi essa sua postura. Na hora eu não entendia o que estava acontecendo com a gente. Mas, agora, eu gostei que você foi sincera e assumiu isso.

Guida me olhava atenta, sua expressão revelava uma certa satisfação de me ouvir, e disse:

— Eu vi que você estava excitado. Evitei olhar muito para você porque eu estava tendo prazer, apesar do medo e da tensão, e não queria expor isso no início. Nunca imaginei nada parecido, no começo estava com vergonha de assumir, mas me lembrei daquela fase do ditado popular que diz: “Se o estupro é inevitável, relaxe e goze.” E foi o que eu fiz. Quando o gordinho meteu em mim, e conseguiu penetrar, o nervosismo dele me deu um tesão louco. Mas ele não aguentou e eu fiquei na vontade. Os outros dois acabaram me forçando um pouco, mas eu já estava com tesão. Então fui cedendo.

Eu ouvia a Gui confessar e assumir, e na hora me deu novamente um tesão louco, meu pau ficou duro e como ela estava meio deitada sobre mim, percebeu. Ela colocou a mão e sentiu meu pau duro. Segurou nele e perguntou:

— Você sente tesão de lembrar? Na hora sentiu tesão também?

Estávamos numa conversa séria, verdadeira, e eu gostando de que fosse daquele jeito. Expliquei:

— Gui, eu não sabia explicar. Ao mesmo tempo em que estava revoltado, e temendo que eles nos fizessem maldades e atrocidades, ao perceber que você estava colaborando, fiquei muito excitado, era involuntário e na hora me deu uma grande confusão. Eu tinha vergonha de estar daquele jeito. Tentava esconder.

Guida concordou com a cabeça e confirmou:

— Eu também estava confusa e com vergonha de fazer aquilo na sua frente, mas depois me lembrei que a gente já fantasiava com os vídeos, e você ficava com tesão, então ao ver que estava excitado, eu decidi colaborar de uma vez e tirar algum proveito. Acha que eu fiz mal?

Eu sentia a Gui acariciando o meu cacete, e estava muito excitado, principalmente pelo fato de estarmos ali conversando e nos confessando. Exclamei:

— Não, não acho que fez mal. Só que eu não sabia que você era tão safada. Percebi na hora, me deu tesão.

Guida deu uma risadinha, já maliciosa, e perguntou:

— Você está tarado! Gostou de me ver safada?

— Lembrei que você sempre teve curiosidade ou tesão de uma dupla penetração. E quando vi você colaborando com eles, sendo penetrada e tendo prazer, fiquei louco, gozei sem encostar no meu pau.

Guida me masturbava, lentamente, e me beijou, antes de dizer:

— Amor, eu fiquei tarada com aquilo, não consegui controlar o desejo. Tenho que confessar. Sua namorada foi uma putinha muito safada. Depois fiquei com muita vergonha do que eu tinha feito na sua frente.

Eu tentei aliviar para o lado dela:

— Mas você ia ter que aceitar, por bem ou por mal. Ali, foi até melhor colaborar e aproveitar, porque eles não usaram mais de muita violência, a não ser forçar a fazer sexo. Mas depois que eles perceberam que você estava se entregando, eles relaxaram mais. E você gozou muito!

Guida parecia muito mais relaxada ao ter me contado e assumido:

— Nossa, foi muito forte. Fiquei dolorida por três dias, mas naquele dia eu gozei como nunca tinha feito. Nunca pensei que fosse gozar tanto.

Ao ouvir aquela confissão dela, meu pau trincava de duro, e minha respiração estava muito ofegante. Guida também. Ela perguntou:

— Que tesão isso, seu pau está pulsando aqui. Eu tinha medo de ter traumatizado você com meu comportamento. Estou cheia de tesão agora que falamos abertamente sobre nossos sentimentos. Você gostou de me ver gozando com eles né amor?

Eu estava a ponto de gozar na mão dela. Me ergui um pouco e virei o corpo, para poder abraçar melhor a ela. Nos beijamos com volúpia e eu confessei:

— Pior que sempre que eu me lembro de você gozando eu fico muito tarado. Não entendia o que era isso, e tive que ir atrás, fui pesquisar sobre esse tipo de reação.

Guida me olhava com expressão excitada e falou:

— Eu também amor, fui pesquisar. Depois eu conto. O que você encontrou?

Contei a ela que eu havia feito uma consulta paga, online, com uma especialista e o que ela me disse. Guida sorriu e completou:

— Foi o que eu apurei também. O fetiche do cuckold. Conversei com uma terapeuta que a amiga tatuada indicou. Mas você já sabia que namorava uma safadinha não sabia? Você até prefere.

Guida subiu a cavalo sobre o meu ventre e ficou se esfregando, segurando meu pau duro encostado na sua xoxotinha. Naquele momento estávamos os dois tomados por uma volúpia enorme. Nossa espiração estava forte e o coração acelerado. Eu procurava manter a mente lúcida, para não me descontrolar e gozar logo. Falei:

— Eu sabia que você gostava de uma safadeza, mas nunca poderia imaginar você fazendo uma dupla penetração com os dois abusadores e gozando tanto. Aquilo me deixou maluco. E pior que me deu tesão.

— Você gostou de ver amor? Ficou cheio de tesão?

Respondi claramente:

— Eu estava tenso, nervoso, com algum medo, mas também gostei de ver, cheguei a gozar dentro do calção quando vi que você gozou.

A Guida fez que sim, sorriu e falou:

— Os dois bandidos perceberam isso também, o magrão e o fortão comentaram, e chamaram você de corninho. Não foi?

Meu pau estava sendo prensado pela xoxota dela que se esfregava em mim. Percebi que ela estava toda babada. Eu disse:

— Na hora aquilo me revoltou muito. Não sabia se eles queriam me humilhar. Não sou uma pessoa violenta, mas se estivesse armado teria atirado neles. Estava impossibilitado de reagir e eles abusaram de você e ainda escarneceram pelo fato de eu estar impotente. Me deu muito ódio.

Guida respondeu:

— O importante é que você pesquisou sobre isso, entendeu, não deixou que o ocorrido interfira nos nosso relacionamento. Eu adoro você, e estava morrendo de medo de que você não me quisesse mais. Temia que ficasse com nojo de mim.

— Aí, também não Gui, eu só estava poupando você de reviver tudo. Por isso me afastei uns dias. Precisava superar o trauma.

Gui então me fez outra surpresa, e falou:

— Sabe amor, eu não fiquei com trauma. Falei com a terapeuta que me esclareceu, e disse que sua reação de ficar excitado é muito normal naquelas condições. Ainda mais se você já tinha propensão a ter esse fetiche de ser corno. Meu único medo era ter afetado a nossa relação. Depois que eu decidi colaborar com eles e desfrutar, foi uma experiência muito louca, era como se eu estivesse fazendo um filme pornô, me via como atriz e eles como representando aquilo. Por isso desliguei da violência, e foi bom, me excitei muito e gozei com eles.

— Caralho Gui. Que história. Por essa eu não esperava.

Era involuntário meu pau dar novos pinotes e minha excitação permanecer intensa. Guida pegou meu pau e foi se abaixando, virando de lado e acabou chupando minha rola. Ela mesma se ajeitou e se ofereceu para fazer um 69 comigo. A xoxotinha dela estava ali bem na minha frente. Mergulhei o rosto no meio das coxas e passei a lamber a xoxotinha. Ela estava muito melada indicando sua grande excitação. Eu sentia a boca da Guida sugando meu caralho, e me lembrava dela fazendo 69 com o magrão sobre a esteira, no acampamento. Conforme ela sugava meu pau, eu me recordava dela fazendo aquilo e imaginei que o magrão estava sentindo as mesmas sensações que eu ali. Claro que lembrar aquilo me provocou ainda mais e fiquei com medo de gozar na boca da Guida. Então, pedi para ela mudar a posição e voltar a cavalgar. Ela mesma se acomodou a cavalo, pegou o meu pau e fui direcionando para a sua xoxotinha. Ela perguntou:

— Está muito tarado, amor? Quer meter na sua putinha?

— Demais, estou alucinado de tesão, e você também né?

Guida deu uma suspirada profunda e debruçando sobre meu peito, murmurou no meu ouvido antes de me beijar:

— Toda hora me lembro do que aconteceu, e do prazer que senti, e saber que você estava tarado ao ver, e fico muito tarada.

Ouvi-la confessar aquilo, me deixou ainda mais louco, meu pau deu um solavanco e com o beijo que a Gui me deu eu percebi que ia gozar. Exclamei:

— Ah, caralho, eu também lembro de você gozando e fico maluco! Vou gozar, assim eu vou gozar.

Guida se mexia esfregando a xoxotinha e o grelinho na minha base do pau e a xoxota apertava meu cacete com força em contrações incríveis. Ela gemeu:

— Goza, goza comigo, fica com tesão de corno né safado? Goza, que eu também estou gozando muito!

Aí, foi uma loucura, tivemos o orgasmo mais intenso da nossa relação até ali. Nunca tinha sentido tanto prazer. Eu gozava e jorrava muito, e ela não parava de me chupar o pescoço, gemer, e dizer baixinho perto do meu ouvido:

— Ah, que delícia, que tesão, eu não paro de gozar. Você é meu corninho mais querido!

Nosso prazer se prolongava e meu pau não amolecia. Nunca tinha acontecido antes. Eu continuava empurrando a pélvis para frente e ela se movimentava corcoveando alucinada de tesão. A boceta me ordenhava o caralho.

Guida perguntou:

— Deu tesão quando eu disse meu corninho?

— Caralho Gui, você vai me matar assim. Que loucura!

— Então, a terapeuta disse que isso o provocaria. Vem corninho, goza de novo comigo, que coisa mais gostosa!

Não demorou nem mais três minutos naquela foda maravilhosa, e voltamos a ter um orgasmo em simultâneo, intenso, delicioso. Depois ficamos abraçados e largados por mais um minuto. Lentamente, a nossa respiração foi se normalizando. Guida saiu de cima e se deitou ao meu lado. Quando nossa respiração serenou, eu achei que era hora de perguntar o que mais me incomodava.

— Cheguei a pensar que aquele assalto foi planejado. Alguém armou aquilo. Muitas evidências. E o fortão no final falou o seu nome. De onde ele sabia?

Para minha surpresa a Guida respondeu:

— Planejado pode até ser. Mas o meu nome foi você que disse. Logo que eles nos retiraram da barraca, no escuro ainda, você viu que eu estava agitada e disse: “Calma Guida.” – Não se lembra disso?

Eu não me lembrava mesmo de ter dito. Podia ter feito inconscientemente. Respondi:

— Juro que não me lembro. Mas por que você também acha que o ataque deles pode ter sido planejado?

Guida ficou em silêncio por um tempo, olhando para o teto. Pensando. Depois de uns vinte segundos, me olhou fixamente e falou:

— É uma longa história. Posso contar das minhas suspeitas, mas antes, terá que me prometer que não vai tomar nenhuma atitude nem tentar ir atrás dos possíveis envolvidos?

Olhei para ela ainda mais surpreso do que antes, uma simples desconfiança minha descobria um fio de meada, que eu não tinha a menor noção do que poderia trazer.

Não respondi de imediato. Tentei negociar.

— Por que você pede isso? Pode me explicar a razão disso, ao menos?

Guida fez que não mexendo a cabeça. Depois disse:

— Primeiro, me promete o que eu pedi. O que eu disser aqui, tem que ficar entre nós. Senão nem quero falar nada.

Meio relutante, mas curioso, concordei.

— OK. Está bem. Espero que faça sentido o que vai me contar.

Guida se ajeitou melhor ao meu lado, virou-se de bruços, na cama, e me olhando com expressão meio triste, tomou fôlego para começar….

Continua

Meu e-mail: leonmedrado@gmail.com

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Comentários

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Falta explicar que celebração ela quis com a tatoo na buceta

3⭐️

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Muito exitante! Leon tem mesmo o dom de melhorar os contos! Já li com outros autores, outros títulos, mas quando Leon Medrado pegou o conto reescreve-lo, sinceramente a coisa mudou, e pra melhor!⭐⭐⭐💯

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Gostei... ser corno é assim mesmo... dá ciúmes e tesão ao mesmo tempo... mas a transa a dois depois da experiência melhora muito...bem escrito... gostei da pesquisa psicológica... minha ex mulher sempre dizia... todo homem tem tesão em ser corno

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Guida deu uma guinada na cabeça do corninho... 😂😂😂😂😂

Muito bom.

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fiquei com algumas duvidas e voltei a ler o primeiro para esclarecer, caraca Leon, tenho certeza que como sempre virão muitas sopresas pela frente, vc realmente deixou várias pontas soltas, para nos fazer ler e prestar muito a atenção em todos os detalhes... muito legal... que venha o próximo, com certeza teremos muitas revelações

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Muito tesudo esse conto, aguardar a continuação.

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Será ela armou pra ele kkkkk isso não vai terminar bem quem sabe nota mil

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excelente vamos ver o que vem pela frente gostei muito da explanação da figura cuckolding e hotwife neste caso namorada

parabens

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Foto de perfil de Beto Liberal

PQP Leon, esclarece de um lado e cria um mistério do outro, ta de sacanagem né?

Pelo menos tenho o alente de imaginar que a continuação ja esta bem encaminhada, senão concluída.

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Foto de perfil de Leon

O chifre do outro incomoda tanto ou mais do que o seu próprio chifre. UM CORNO ENRUSTIDO QUE VIVE REVOLTADO DE SER CORNO. RELAXA E ASSUME SANTA. Lê conto de corno para sofrer? Não larga do osso.

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Foto de perfil de GTFreire

Uma aula com direito a graduação. pós, doutorado e mestrado de como manipular um homem apaixonado , cheio de fetiches e inseguranças em um corno manso.

A chantagem emocional de que seria verdadeira em troca da promessa de que não ia se separar dela foi uma tacada de mestre. Ela já sabia ou pelo menos já desconfiava dos fetiches do parceiro e foi manipulando aos poucos. Primeiro a recepção dentro carro. Ela viu que ele estava de boa. Depois a tatuagem e a confirmação de que o manso ficou excitado. Então foi só se abrindo e manipulando.

Com certeza o final já está alinhavado e bem entendido. Nasce mais um corno manso e submisso.

Um conto como esse, com essa riqueza de detalhes, só nos faz parabenizar ao autor.

Mesmo não sendo meu tipo de leitura, tenho que reconhecer que o enredo, o desenvolvimento e a riqueza estão sem duvidas entre os melhores do site.

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