No Limite

Um conto erótico de Al-Bukowski
Categoria: Heterossexual
Contém 500 palavras
Data: 06/04/2023 19:53:46
Última revisão: 06/05/2023 15:38:07

Meu consultório, tarde de quinta-feira. Li o nome da próxima paciente, Carla, na tela do computador e estranhei. Era sua primeira consulta comigo, mas eu conhecia aquele nome... Entrou conduzida por minha assistente, ante meu olhar espantado ao encará-la: era minha vizinha do 903, dois andares acima do nosso apartamento.

Morena, uns 40 anos, também casada e mãe de dois filhos, minha convivência com ela era apenas nos elevadores ou nas áreas comuns. Nunca fora atenciosa comigo, sendo reservada e pouco aberta a conversas; eu sentia até algum desprezo de sua parte. E lá estava ela, elegantemente sentada à minha frente, sendo até mesmo simpática.

Expôs suas dúvidas e desconfortos, além de um rápido histórico, antes de seguirmos para o exame clínico. A estranheza, contudo, persistia do meu lado. Afinal, ginecologia é algo bem íntimo, sendo inegável o constrangimento da situação por nossa proximidade como vizinhos.

Minha assistente a levou até o biombo para tirar sua roupa. Contudo, descuidada, não se escondeu apropriadamente atrás dele, fazendo-me engolir em seco quando a vi se desnudar lentamente de costas para mim. A roupa escorreu aos seus pés, levando junto a pequena calcinha de renda preta e revelando seu pequeno bumbum, redondo e firme. O mesmo que já atraíra inúmeras vezes meu olhar indiscreto na piscina do prédio.

Retomando o autocontrole, a esperei junto à cadeira de exames, onde já subiu apenas de avental. O médico era profissional, mas o vizinho sofria com a tentação. Que começou com seus pequenos seios, descobrindo os bicos grandes e escuros combinando perfeitamente com a pele acobreada daquela mulher. Meus toques ao redor os endurecendo, e levando-me à ereção e ao desconforto de tentar escondê-la.

Seus olhos castanhos, brilhantes e enigmáticos, se fixavam em mim, iniciando outra conversa que não a do exame que era acompanhada por minha assistente. O calor já me consumia quando tomei minha posição para examinar sua vagina, mas com meu lado "vizinho" admirando as coxas esguias de Carla se afastando para revelar uma boceta de pelinhos negros aparados, levemente entreaberta, e com os lábios aparentes, grandes e escuros.

Eu prosseguia com o exame, enquanto fotografava na mente sua intimidade. Meus dedos enluvados sentiam e traziam de dentro dela uma umidade exagerada. Seus quadris num suave rebolado, amplificado quando atingi seu grelinho, de cabecinha rosada e inchada. Carla respirava forte, como resposta aos meus toques clínicos e carinhos velados. Seus fluídos intensos, escorriam para se acumular onde eu não mais resistia a olhar, no reguinho que emoldurava um cuzinho de preguinhas expostas, piscando ao meu comando.

Suando frio, vi a Carla paciente se mesclando à vizinha, eu médico e amante, a tocando em sua boceta e cutucando seu anelzinho; ela gemendo e gozando discretamente, enquanto eu me cobria com o jaleco, escondendo a mancha da minha própria esporra.

Pouco depois, já refeitos, nossos olhares cúmplices se cruzaram ao final da consulta, encerrada com o agendamento para retorno no próximo mês. E assinada por ela com um sorriso provocante e uma piscadinha de olho.

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Foto de perfil de Al-BukowskiAl-BukowskiContos: 70Seguidores: 324Seguindo: 134Mensagem Al-Bukowski é minha pequena homenagem ao escritor maldito, Charles Bukowski. Meu e-mail para contato direto: al.bukowski.contos@gmail.com

Comentários

Foto de perfil de Coroa Casado

Ia reclamar que deixou uma sensação de quero mais, porém, entendi o contexto do desafio. Sob esse aspecto, concordo com a Maisa. Narrou de forma perfeita esse momento médico/paciente, vizinho/vizinha. A piscadela da Carla no final enseja promessas para a próxima consulta. Votadíssimo!

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Foto de perfil de Al-Bukowski

Obrigado pelo apoio, Coroa Casado. A Carla deixou mais que evidente o desejo dela, restando ao nosso amigo a missão de tomar uma iniciativa como vizinho ou seguir mais um tempo nesse joguinho nas consultas. Mas a mensagem pareceu mais do que clara!

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Foto de perfil de Maísa Ibida

Esse texto é mais um exemplo, escritor de texto longos, vc imaginou antes que poderia ser sair de forma tão espetacular em textos curtos sem deixar uma ponta 'solta'(faltando)? super votadssmo.

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Foto de perfil de Al-Bukowski

Obrigado Maísa! Gostei muito desse desafio, tanto é que estou planejando manter uma série de contos mais curtos como esse para contos com uma pegada diferente das séries e dos mais longos. Tipo sexo mesmo, “dando umas rapidinhas” que são muito gostosas quando no lugar certo! 😉

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Foto de perfil de Bayoux

O limite ético do e o limite da libido delineando a fronteira entre razão e tesão. Muito interessante a proposta! Sobre a escrita em si, brilhantemente narrado, congrats.

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Foto de perfil de Al-Bukowski

O título do conto foi exatamente com essa intenção, a de estar no limite para ultrapassar essa fronteira. Agradeço suas palavras e os comentários, são grande um incentivo para continuarmos.

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Foto de perfil de Loirinha gostosa

Fico imaginando o clima nesse tipo de consulta. Sempre consultei com ginecologista mulher. Este me fez pensar como seria com um médico do sexo masculino. A tentação e luta entre o desejo e a ética. Captou com maestria isso, Al. Parabéns!

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Foto de perfil de Al-Bukowski

Obrigado Loirinha. A ideia foi essa mesma, do ponto de vista do médico e com a situação “piorada” por serem eles vizinhos, mas com a assistente junto servindo de freio para qualquer demonstração mais explícita entre eles. Não consigo saber ao certo as sensações femininas num caso assim, mas não custa fantasiar que possam ser também interessantes, na linha quase de um fetiche, não é?

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Foto de perfil de Leon

Al-Buck, a Carla sabia exatamente o motivo de procurar consulta com o médico, seu vizinho. Um impulso talvez originário de sua boceta (e não buceta) e de seu cuzinho. Que ela seguiu feliz da vida, mas com esperança de que o vizinho médico se esqueça da clínica e se dedique ao cuidado ginecológico de forma muito mais intensa e prazerosa. Gostei sim, quem nunca imaginou isso quando o ginecologista se dedica a dedilhar a boceta de sua esposa? Como dizia um "gineco" amigo: Trabalhar onde os demais apenas se divertem. Excelente. Nunca tinha visto a forma feminina de "minha própria esporra". Lendo e aprendendo.

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Foto de perfil de Al-Bukowski

Obrigado Leon! Você soube captar com precisão a ideia que quis dar ao conto, que foi exatamente os aspectos de Carla nutrindo um interesse escondido pelo vizinho que ganhou o álibi por ser ginecologista, e o próprio percebendo tudo mas tendo a situação “limite” de ter que agir como profissional perante a assistente.

O complemento de um conhecido seu estar dedilhando a boceta da esposa fica por conta de nosso imaginário, pois não sabemos até onde o marido foi conivente ou mesmo incentivador ou não da ação dela. O que acaba sendo um tempero a mais que também procurei colocar no conto.

Obrigado pelo incentivo!

PS: e não é que essa “brincadeira” de contos de 500-palavras foi interessante? Escrita e revisão rápidas e saindo muita coisa boa de vários escritores por aqui.

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Foto de perfil de Al-Bukowski

Valeu Samas12. A questão foi a limitação do desafio, de se fazer um conto com 500 palavras. Ficamos então apenas na expectativa do interesse de Carla pelo vizinho médico, agora a seu ginecologista.

Obrigado pelo incentivo e comentário!

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