Se o Zóio não Vê o Cuzín não Sente (06)

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 1817 palavras
Data: 17/03/2023 19:53:20

Meu primeiro casamento com uma venezuelana andava mal, apesar das tentativas mútuas de reencontrar aquele sentimento original. Ciúmes, nunca lidei bem com isso.

Minha personalidade é livre, gosto de fazer minhas paradas, não cobro nada de ninguém e tenho verdadeiro horror de me sentir controlado. Pior ainda é lidar com alguém ciumento quando não há absolutamente motivos, ou pelo menos eu achava que não havia. Mas…

Será?

Em meio a esta crise, fomos a uma baita festa de casamento. Uma amiga das antigas se casava depois de anos namorando e a celebração não foi barata: Mansão na beira do lago, bufê para trocentas pessoas, whisky e espumante rolando sem restrições, banda de música e DJ muito bem escolhidos, todos com roupa de gala, uma noite para não ser esquecida.

Entre tantos amigos de tempos atrás, encontrei ali minha ex-melhor namorada.

Sim, aquela com quem eu larguei tudo pra ir morar na praia - e com quem tive um final trágico, quando sua melhor amiga foi morar conosco. Depois de voltar do exterior, era a primeira vez que nos encontrávamos.

Ela estava deslumbrante, feliz, e me deu gosto constatar isso. Sob condições normais de temperatura e pressão alcoólica, eu fui apenas cortês, passando na mesa para cumprimentar. Obviamente que, quando estavam todos dançando, coincidimos um par de vezes na pista, mas isso não significava nada.

Só que minha futura ex-esposa estava por ali, urubuservando a situação, só na marcação cerrada, esperando pra gritar “pênalti” e tirar o CARTÃO VERMELHO se eu derrubasse a ex namorada na área.

Horas depois, todos estavam bêbados. Alguém tinha aplicado truque de dar gorjeta pro garçom não deixar taças vazias, nem bem você terminava uma, ele já enchia o copo de novo.

Já era fim de festa, quando as mulheres estão descalças dançando funk até o chão e os homens com gravatas amarradas na testa fazem declarações de amor uns aos outros.

Deu vontade de mijar, fui ao banheiro e encontrei a ex-namorada na fila do corredor. “Pôrra meu, tú casou… Não devia ter feito isso… A gente nasceu pra ficar junto!” - foram suas palavras.

Chutei o balde, mandei tudo à merda e peguei a mina ali mesmo, puxando ela pela cintura e lascando um beijo daqueles com anos de vontade acumulada.

Quando o banheiro liberou, estávamos nos comendo, com as mãos explorando um ao outro, nem pensamos e fomos entrando aos agarrões. Ela abriu minha calça, puxou o bichão e, enquanto abocanhava, dava umas punhetadas dizendo que estava com saudades do “seu” caralho, que aquilo ali era “dela” e que iria fodê-lo como nunca.

Provavelmente vocês já disseram ou ouviram isso alguma vez - mas eu, até então, não.

Botei ela de pé, abaixei a calcinha e fui metendo como dava. Puxei uma perna da garota pra cima e o bichão acomodou melhor em seu sexo. Eu estocava devagar e fundo, ela jogou a cabeça pra trás e ficou dizendo: “Tá vendo, bichão safado, teu lugar é aí, bem dentro da minha bucetinha, de onde tú nunca deveria ter saído!”

Eu ia gozar, mas ela pediu para segurar, ficou de costas apoiada na bancada e pediu para eu meter “no outro lugarzinho”, fazendo cara de safada.

Voltei pro fight, agarrei pela cintura, coloquei o cacete na portinha do furico e, depois de certo trato para ir alargando com cuidado, comecei a bombar tudo de novo. Gozamos juntos e foi uma delícia voltar a comer aquele corpinho tão conhecido meu!

Por outro lado, quando saímos do banheiro havia uma fila de conhecidos e todo mundo se deu conta - inclusive minha futura ex-esposa.

Fui expulso de campo no dia seguinte com muita razão, sem dúvida, mas o fato é que nem amarguei a depressão por muito tempo. Ok, eu me esforcei bem para ser fiel mas havia falhado inúmeras vezes, então era melhor aceitar esse destino com a cabeça erguida - tanto a de cima como a de baixo, entenda-se.

Mas a separação tem lá os seus mistérios, passei razoável tempo me recompondo e agora eu andava na maior seca. Sim, eu já levava meses sem ver uma bucetinha e, pelo jeito, tinha perdido a manha.

Daí pintou outra viagem do trabalho, junto com aqueles dois caras escrotos que sempre queriam fazer putaria e aproveitar as noites longe de casa para cornear as esposas - e que basicamente me obrigaram a entrar na deles para seguir viajando e ganhando as diárias.

Eu sempre dava um jeito de dar a volta, cheguei mesmo a me permitir uns boquetes com algumas das putinhas que eles arrumavam, só para ficar bem na fita.

Ah, mas agora era diferente, eu estava livre e desimpedido! Sim, logo quando soube da tal viagem já comecei a fazer planos, ESSES CARAS SABIAM DAS COISAS, ia ser a maior fudelança e eu ia comer qualquer piranha que eles arranjassem!

Só que o mundo dá voltas e tudo na vida muda. Quando, já no hotel, inquiri os caras sobre qual seria a boa da noite, eles estavam murchinhos e ficaram sem jeito, olhando para o chão.

“Cara, nossa última viagem deu merda, as esposas ficaram sabendo que a gente aprontou, tipo assim, as minas sacanearam e deixaram calcinhas nas nossas malas. Assim que a gente tem que se comportar, ou senão é cartão vermelho” - me disse um deles.

Eu não sabia se ria ou se chorava. Por um lado, achei ótimo que os escrotos tivessem se ferrado, mas, por outro, isso era um balde de água fria nas minhas expectativas sexuais de divorciado. Não teve jeito, expliquei para eles minha situação mas nem assim rolava nada.

Chegada a noite, estou no flat de cueca e chinelão, vendo televisão e baixando tudo quanto era miniatura de birita que tinha no frigobar. Cheguei mesmo a pedir pizza para não ter que sair. Era definitivamente a mais chata das viagens que já fiz e, para piorar, a comida nunca chegava.

Quando por fim a campainha tocou, meu estômago já dava voltas de tanta fome.

Contudo, ao abrir a porta me deparo com duas mulatinhas na casa dos vinte anos, ambas de sainha, blusinha de lantejoulas e salto agulha, com maquiagens um tanto exageradas, ou seja, toda a pinta de profissionais. “Oi, tudo bem? A gente é da agência!”

Ah, esses caras sabiam mesmo das coisas, tinham encomendado uma surpresa para mim!

Naquela noite eu tirei o atraso com as tais garotas, chupei muita bucetinha e botei as duas para mamar na rola, eu estava impossível, fodi uma de pé no chuveiro, comi a outra de quatro no sofá, terminei alternando entre as duas na cama, enfim, me acabei.

Quando uma delas afastou as nádegas da outra expondo o furico eu duvidei, mas ela me olhou com cara de sacana e disse: “Pode vir, manda ver pau nesse cuzinho que o combinado foi pacote completo!”

Sabe o que é comer um furiquinho com a garota rebolando e dizendo que adora levar pica na raba, depois de oito anos de casamento? E sabe o que é comer dois furicos assim, um melhor que o outro?

Então, não tem preço! Falando em preço, ao final do programa fui pagar a foda e elas me disseram que já estava tudo acertado no cartão!

Caralho, de agora em diante só viajaria com esses caras!

No dia seguinte eu fui agradecer, mas eles estavam com cara de enterro. Perguntei o que havia acontecido, ao que um deles me respondeu: “Cara, a maior roubada, a gente não aguentou, agendamos com duas putinhas de uma agência, até pagamos adiantado, mas elas nunca apareceram! Só chegou lá uma pizza…”

Ok, eu voltaria a me divertir como antes, mas nesse ponto necessito fazer uma confissão: Tá certo, eu pisei na bola, cometi falta na área, dei porrada no goleiro e terminei sendo expulso do jogo com apito, cartão vermelho, suspensão da FIFA e tudo que tinha direito.

Não, isto não é um jogo de futebol, isso foi o fim do meu primeiro casamento.

Depois que fui expulso de campo, digo, expulso de casa, eu ainda liguei para a ex-namorada pra ver se rolava algo mais, afinal, eu estava desimpedido de novo e pronto pra começar uma nova partida.

Só que a garota riu e disse que nem se lembrava da tal festa de casamento, que havia bebido demais e me deu uma dispensada. Dá pra acreditar?

Pois bem, não dá. Saquei que ela só queria mesmo foder meu casamento, o que não deixava de ser justo, depois que eu comi sua melhor amiga quando a gente ainda morava junto.

Nossa, estou lendo esta história e me dou conta de que talvez eu seja um infiel patológico! Logo eu, que tinha uma imagem tão diferente de mim mesmo. Mas peraí, deixa eu terminar antes de me julgar, falou?

Tudo bem, a vida seguiu em frente e eu aturei um montão de gente que gostava da minha ex-esposa me falando da tal festa de casamento por um belo tempo.

A cidade é meio pequena, as pessoas costumam frequentar sempre os mesmo lugares, ou o mesmo tipo de lugar, de maneira que a probabilidade de encontrar algum conhecido quando eu saía era grande, e sempre que isso acontecia a história da ex-mulher e da ex-namorada vinha à tona.

Eu costumava dizer que tinha sido melhor assim, que eu fui um canalha, é certo, mas que o casamento já estava indo mal, que era UMA QUESTÃO DE TEMPO até dar alguma merda, e que eu achava que minha ex-esposa estava melhor sem mim.

Me dediquei a uma vida vadia, sem dona nem mulher fixa, só na esbórnia e bebedeira depois do trabalho, até que uns quatro anos eu surpreendi todo mundo e me casei uma segunda vez.

Sim, todos acharam inacreditável… Porque ninguém sabia que eu continuei vendo minha ex-namorada durante estes quatro anos!

Ninguém viu a gente nos bares obscuros e fora do circuito em que nos encontrávamos. Ninguém ia pro motel conosco, quando eu tirava sua roupa e ficava estarrecido com a beleza do seu corpo. Ninguém me viu possuí-la tantas vezes e de tantas formas diferentes. Ninguém escutou seus gritos gozando em desespero nas viagens escondidas que fizemos à praia, à cachoeira, à serra.

Enfim, ninguém se deu conta de que, quando eu desaparecia nos fins de semana, na verdade eu estava com ela, só porque a gente topou viver um lance escondido e sem compromisso durante esses quatro anos.

Por isso, os amigos nos viam com outras pessoas, outros caras e outras mulheres, mas nunca estávamos juntos no mesmo lugar, até a bendita história do fatídico primeiro casamento cair no esquecimento coletivo.

Bem eu fui fiel desta vez, acreditem. Fiquei casado por longos anos, até cometer outra infração, ganhar outro cartão vermelho e me divorciar pela segunda vez.

Mas isso já é uma outra partida, digo, uma outra história - a qual eu só vou contar bem mais adiante.

Nota: Confira os capìtulos ilustrados da saga Zóio em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Por conta da correria do dia a dia, faculdade, trabalho, uma moreninha que acabou me dando um fora, salafraia... tinha parado de seguir a historia, ate hoje... Muito legal essa nova fase, ansioso para o reencontro com a irmã do Atentado kkkk

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Eu leio suas histórias e fico rindo aqui e principalmente dos quartos trocados duas ninfetas por uma pizza kkk

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Duas ninfetas por uma pizza pode ser um negoção, dependendo do que se tenha fome, hahaha

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