O amor vence qualquer barreira - Parte 3

Um conto erótico de Regina
Categoria: Heterossexual
Contém 6403 palavras
Data: 30/03/2023 14:45:34

Já são 2h da manhã e eu não consigo dormir. Já virei de um lado pra outro. Já fui beber água e nada do sono chegar. Olhei pro lado da cama e Pedrinho dormia serenamente. Sim, eu estava dormindo de novo na cama do meu namorado, mas o Pedrinho me respeita e sempre espera a minha iniciativa. Eu acho isso muito fofo. Peguei o meu celular e fiquei vendo as fotos que eu tirei hoje. Foi um dia bem diferente e eu jamais poderia imaginar que iria acontecer tanta coisa.

As fotos com o Sr. Pedro tomando açaí ficaram legais. Essa dele dirigindo também ficou boa. Eu deveria ter tirado uma foto dele de cueca pra depois zoar ele, mas acho que a situação era delicada. Foi melhor não tirar. Essa selfie aqui ficou linda. Ficamos tão juntinhos, que parecemos até pai e filha. Essa aqui ficou tremida, melhor apagar. Acho melhor apagar essa também, porque olhando assim pode parecer outra coisa diferente de pai e filha. Essa foto aqui ficou muito boa também. Esses olhos são tão azuis! Melhor eu desligar o celular.

Levantei pra ir ao banheiro e quando terminei de fazer xixi, ouvi um barulho estranho e fui verificar o que era. Com toda essa história da minha mãe, eu acabei adquirindo um mau hábito. Eu adquiri um certo prazer estranho em tentar ouvir as coisas por trás da porta. Eu não suportava mais segredos e mentiras e encontrei uma certa paz fazendo isso.

E o que eu mais gostava de ouvir eram pessoas fazendo qualquer coisa sexual. Várias vezes ouvi meus pais, meu pai com a Andreia, Sara com Fael ou com Abel e agora eu estava indo ver que barulho era esse, torcendo pra ser alguma safadeza dos pais do Pedrinho.

Me aproximei do quarto deles e ouvi sons estranhos. Fiquei ali paradinha e atenta tentando ouvir algo. Até que escutei umas palavras em francês. Era a primeira vez que eu ouvia safadezas em francês kkkkkkk, mas de repente escuto um grito, que não parecia ser de prazer e sim de dor. Fiquei com medo.

Voz - Tu ne m'empoisonneras pas! Je vais vous tuer! Mourir! Mourir!

Voz - Aaaaaaaah! Pedroooooo!

Pedro - Você destruiu a minha vida! Mourir! Morra, maldita!

Nikke - Meu amooooorrr! Pedro, você está me sufoc…! Socorrooooo! Socoooooorro!

Meu Deus, eu tenho que fazer alguma coisa. Fui correndo até o quarto do Pedrinho e acordei ele.

Regina - Pedrinho, acorda! Seus pais estão brigando feio! Acorda!

Pedrinho - O que foi?

Regina - Seus pais!

Ele se levantou e eu peguei em sua mão, arrastando ele pelo corredor, tocando pra que o pior não tivesse acontecido. Ele abriu a porta e a cena que vimos era de arrepiar os pelinhos da minha nuca.

Mesmo no escuro, dava pra ver a mãe de Pedro deitada de barriga pra cima com as mãos na cara do Sr. Pedro e ele com as duas mãos na garganta dela, apertando com força.

Pedrinho - PAI, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

Regina - Solta ela, Sr. Pedro.

Com esse barulho todo, Joana acordou e entrou no quarto e ficou desesperada ao ver a cena.

Nikke - Me ajud… ele está me mat…

Joana acendeu a luz do quarto e deu um grito que deve ter acordado toda a vizinhança, ao mesmo tempo que Pedrinho avançou na direção do pai, que parecia estar sonâmbulo. Na hora que a Joana deu o grito, parece que o Sr. Pedro despertou e acordou, mas Pedrinho já estava voando em cima dele e o acertou no rosto caindo por cima dele e os dois caíram no chão.

Joana foi acudir a mãe e eu ali observando tudo sem saber o que fazer, fui na direção do Pedrinho, que se preparava pra talvez socar o pai, mas eu consegui detê-lo.

Regina - Pedrinho, eu acho que ele estava sonâmbulo.

Pedrinho - O que? Como assim, sonâmbulo?

Regina - Talvez ele achasse que estivesse sonhando.

Pedrinho - PAI! VOCÊ ENLOUQUECEU?

Joana - Quase matou a mamãe. Ela nem está conseguindo falar.

Pedrinho - Por quê você fez isso?

Pedro - O que eu fiz? Meu Deus, devo estar ficando louco.

Joana - A gente vai denunciar você. Se não quer mais a mamãe, se separa.

Pedro - Eu não lembro direito o que aconteceu.

Joana - Vive falando mal do Luís, mas ele nunca me agrediu. Vem, mãe! Vamos pro meu quarto!

Pedrinho começou a chorar e eu o abracei, fazendo carinho em seus cabelos.

Pedrinho - Pai, você sempre me ensinou a respeitar as mulheres. Nunca ofendê-las, nunca agredir verbalmente ou fisicamente e você tentou matar a minha mãe….

Pedro - Filho, eu não sei o que houve. Quando acordei, eu vi que as minhas mãos estavam no pescoço dela e tirei logo.

Pedrinho - Eu vou ver como ela está. Vergonha de você pai! Vergonha!

Assim que Pedrinho saiu do quarto, o Sr. Pedro começou a chorar. Ele estava no chão, encolhido e deitado. Seu desespero era real e o choro cheio de soluço denunciava isso. Fiquei ali olhando e não sabia se deixava ele ali e ficava com o Pedrinho e sua mãe, mas ele ficaria ali sozinho sem ninguém para lhe amparar.

Decidi me aproximar e sentei no chão perto dele. Quando encostei minha mão em seu ombro, ele tomou um susto e olhou pra mim. Na mesma hora, eu tive um mal estar e tive uma sensação tão ruim, uma espécie de repulsa e nojo que eu nunca senti antes na minha vida. Tive vontade de sair correndo dali, mas quando olhei pra ele, aquele olhar de sofrimento e pedido de ajuda me impediram de sair.

Em vez de sair dali, pelo contrário, eu o abracei e aí sim, aquele homem soltou todas as suas emoções contidas. O choro era um uivo misturado com grunhido, que era apavorante. Eu fiquei mais apavorada do que quando via os filmes de terror. Pedrinho, Joana e Dona Dominique voltaram ao quarto pra ver o que estava acontecendo e me viram abraçada a ele. Joana falou que agora não adianta chorar pelo leite derramado e saiu puxando a mãe. Pedrinho ficou olhando pra mim, seus olhos estavam com lágrimas e eu acabei chorando também.

Depois dessa explosão de choro, o Sr. Pedro se acalmou um pouco e eu comecei a me lembrar de tudo o que aconteceu nesse dia. Um dia que começou perfeito e terminou desse jeito. Me lembrei que o Sr. Pedro havia nos dado carona e durante o recreio, eu estava na escola olhando o céu.

O dia estava lindo! O Sol brilhava forte e o céu estava limpo. A minha vontade era matar aula e ir à praia.

Acho que posso inventar que eu estou passando mal, ou que estou com muita cólica. Será que se eu chamar o Pedrinho, ele foge pra matar aula comigo?

Ninguém vai se importar se eu matar um dia de aula. Ultimamente, ninguém parece se importar muito comigo. Meu pai está vivendo uma segunda lua de mel com a Andréia. Eu até gosto de passar um tempo com eles e a Andréia tem um ótimo astral, mas eu sinto que estou sobrando. Meu pai quer que eu vá morar com ele, mas acho meio injusto com minha mãe, agora que a Sara está vivendo no mundo que ela criou.

Acho que meu pai e Andréia fazem sexo todos os dias. Mesmo quando estou lá, eu escuto as safadezas deles, e Meu Deus, como a Andréia é safada! Não quero fazer julgamentos, mas ouvi dizer que ela era uma garota de programa. Deve ser por isso que ela é tão safada na cama. Espero que meu pai não sofra dessa vez, mas são tantas as diferenças entre eles…

Minha mãe quase todos os dias sai com a Kelly. São muitas consultas, muitos exames e novas abordagens de terapia. Ela está fazendo tudo o que pode pra se manter saudável. Trocou o boxe pela yoga e o crossfit pelo pilates. Às vezes eu faço meditação com ela, mas é muito chato e logo desisto.

Fico com pena dela. Ela ainda ama o papai, e até sonha com ele. Às vezes é constrangedor porque ela apelidou o vibrador dela de Armando, e quando usa, geralmente ela fica meio escandalosa. Eu nunca tive uma conexão forte com a minha mãe. Sempre gostei mais do meu pai, apesar dele passar muito tempo fora de casa trabalhando. Sempre percebi que a minha mãe e a Sara tinham uma conexão maior e mais forte. Às vezes eu me sentia como se não pertencesse àquela família, mas eu os amo. Todos eles.

Minha irmã é muito doida e até agora não acredito que ela está nesse lance de trisal. Eu nem gosto de ficar naquele apartamento porque o lugar todo fede a sexo. Devem fazer sexo o dia inteiro e em todos os lugares da casa. Quando vou lá, sempre olho bem onde eu vou encostar, porque fico com aquela paranoia de que vou encontrar alguma camisinha ou algo pior. A minha sorte, ou azar é que eles tem algumas regras e uma delas é que se eu estiver lá, não rola sexo de ninguém com ninguém.

Não consigo entender como ela consegue dizer que ama um cara e faz coisas com outro e vice-versa? Não consigo entender a minha mãe também. Elas duas são muito parecidas. Será que isso é genético e eu serei assim também? Não quero ser assim, mas a minha primeira experiência sexual foi com aqueles idiotas na praia. Não foi lá grande coisa, pois eu só segurei no pau deles e deixei que eles chupassem meus seios.

Eu antes culpava a bebida, mas a verdade é que eu tenho muitas dúvidas se foi realmente só a bebida. Ouvir meu pai transando com a Andréia, minha mãe com o vibrador e sentir o cheiro de sexo no apartamento da minha irmã está mexendo muito comigo. Se realmente eu tiver os genes de safadeza da minha mãe, acho que irei perder a virgindade em breve.

Será que eu sou muito nova pra isso? Algumas amigas do colégio já perderam, mas eu tenho tanto medo. Ao mesmo tempo que eu quero muito, às vezes penso em esperar por um grande amor. O Pedrinho é um garoto bacana, mas às vezes é tão imaturo. Tenho medo de me arrepender depois e não ser tão bom. Afinal dizem que sempre machuca e incomoda.

Quando estou assim, o que me dá um pouco de sossego, é ajudar a minha madrinha Nina a cuidar do Érico. Ele é tão fofinho! Adoro passar um tempo com eles. Tia Nina e tio Erick me deixam muito à vontade e me deixam fazer o que eu quero, então acabo passando bastante tempo lá com eles.

O outro lugar que eu acabo ficando bastante tempo é a casa do Pedrinho. Todos lá são muito amáveis comigo e me tratam muito bem. Desde a minha bebedeira na praia, o meu namoro com o Pedrinho tem ficado mais quente. Antes disso, eram só beijos de língua, mas agora as coisas estavam evoluindo rápido. Eu tinha muito medo de avançar e me tornar como minha mãe ou irmã.

O que ele vai pensar de mim? Na maioria das vezes, sou eu que avanço e fico querendo fazer coisas mais ousadas. Ele fica envergonhado com muita rapidez e esta ansiedade acaba atrapalhando nosso namoro.

Estou sem cabeça pra prestar atenção em PA e PG. Não estou entendendo nada. Já chega! Eu vou até a praia dar um mergulho. Estou precisando dar uma renovada nas energias e o mar sempre me acalma um pouco. Vou mandar mensagem pra algumas amigas e ver se alguém topa matar aula e ir, porque eu conheço o Pedrinho e ele é tão nerd que não vai querer matar aula pra ir à praia.

Mandei mensagem para três de minhas amigas. Isabela, Keila e Aline. Infelizmente nenhuma delas teve coragem pra matar aula. Se eu chamasse algum amigo, com certeza eu conseguiria companhia, mas o Pedrinho não iria gostar. Decidi ir sozinha mesmo. Fiz uma coisa que a Sara me ensinou quando matava aula. Mentir descaradamente. Inventei uma mentirinha e pedi pra Sara me acobertar. Peguei um uber e fui pra praia. O céu estava maravilhoso e eu aluguei uma cadeira de praia proximo a um quiosque. Tirei a minha roupa e fiquei de maiô. Eu tenho um pouco de vergonha do tamanho dos meus seios, e depois do que houve no dia da bebedeira, fiquei um pouco cismada porque meus seios chamam muita atenção.

O sol estava muito quente e pedi uma água de coco. Fiquei ali um tempão, sentada, bebendo e admirando o mar. De repente, vi uma pessoa que me parecia familiar. Ele estava de costas pra mim, olhando pro mar e estava imóvel como se fosse uma estátua.

Era o Sr. Pedro, pai do meu namorado Pedrinho. Não sei o que se passava com ele, mas ele era a única pessoa que estava na praia, sem estar vestido propriamente pra praia. Calça de brim, blusa polo e sapatos nas mãos. Algumas pessoas já estavam cochichando e debochando.

Levantei-me e fui até o Sr. Pedro que continuava imóvel olhando pro mar. Fiquei ao seu lado, mas ele não notou a minha presença. Ele não tirava os olhos do mar e parecia estar hipnotizado por essa imensidão de água.

Regina - Sr. Pedro! Tudo bem com o Senhor?

Não obtive resposta. Ele realmente estava em outra sintonia. Chamei seu nome novamente e continuei sem resposta. Somente quando eu o chamei pela terceira vez e lhe dei a minha mão, é que ele tomou um susto e lágrimas rolaram pelas suas bochechas.

Pedro - Regina, o que faz aqui?

Regina - A aula estava um saco e acabei matando pra vir um pouco na praia. E o que o Senhor está fazendo aqui?

Pedro - Eu fui ver a psicóloga pra resolver o meu problema com fobia de água. Eu saí de lá tão bem, que eu achei que estava curado. Estava passando pela orla, e quando olhei para o mar, não senti medo. Depois de ficar olhando durante um tempo, eu decidi que iria dar um mergulho.

Regina - Ia mergulhar de roupa e tudo?

Pedro - Na verdade eu iria tirar tudo.

Regina - Você seria preso kkkkkkk

Pedro - Eu ficaria de cuecas, mas eu daria várias noites na cadeia se a minha fobia acabasse.

Regina - Isso é sério?

Pedro - Muito sério. Infelizmente, no caminho pro mar, eu travei.

Regina - E se eu for contigo?

Pedro - Não sei. Melhor deixar pra outro dia. Estou sem roupa de banho, e agora que estou conversando contigo e verbalizei a hipótese de entrar de cueca…bem não sei se isso parece tão certo agora.

Regina - Deixe eu ver a sua cueca.

Ele olhou pra mim espantado, mas tirou o cinto e abaixou um pouco a lateral da calça. Era ula cueca preta de um tecido que parecia uma lycra.

Regina - Olha, você já está aqui e não está sozinho. Vamos comigo! A gente entra rapidinho, damos um mergulho e voltamos pra areia.

Pedro - Tudo bem.

Ele tirou as roupas e algumas pessoas olhavam admiradas e algumas outras estavam gravando tudo aquilo. Eu olhei de cara feia pra algumas pessoas com os celulares na mão e consegui com que algumas parassem.

Regina - Não se preocupe! Eu não vou soltar a sua mão por nada nesse mundo.

Ele olhou pra mim com aqueles olhos azuis de safira, que me deixaram com as pernas bambas. Eu desviei o olhar e devo ter ficado vermelha, mas não soltei a mão dele e começamos a andar na direção do mar. Ele estava meio vacilante, mas seguiu assim mesmo com aquele propósito. Senti sua mão apertar a minha com mais força e me segurei pra não gemer, em vez disso, tentei apertar a dele com força também, mas foi em vão pois a minha mão ficava minúscula dentro da dele.

Nossos pés tocaram a água e fomos entrando no mar. Ele travou de novo.

Regina - A água está gelada, né? Melhor ficarmos um pouco aqui. O que acha da gente passar a água nos nossos corpos, porque aí nós vamos nos acostumando com a temperatura da água.

Pedro - Pode ser…

Fui soltar a mão dele pra molhar o meu corpo, mas ele me olhou com aqueles olhos azuis fazendo a carinha do gato de botas, que me deu pena. Como um homem pode ficar assim dessa forma? Essas coisas de fobia devem ser realmente muito sérias.

Sem soltar as mãos nós nos molhamos e acabamos entrando um pouco mais. A água já batia na cintura e ficamos ali parados. De vez em quando eu olhava pra trás pra ver se a roupa dele ainda estava no mesmo lugar. Perguntei a ele se por hoje já estava bom, ou se ele queria continuar.

Pedro - Eu quero ir mais um pouco. Acho que consigo.

Regina - Então, vamos…

Demos mais alguns passos e agora eu já estava no meu limite. A água quase batia no meu pescoço. Nossas mãos estavam tão apertadas que pareciam que iriam se fundir. Eu olhei pra ele e disse que iria mergulhar, mas não soltaria a mão. Ele disse que faria o mesmo, junto comigo. Falei pra esperar a onda passar e assim fizemos.

Afundamos e quando nos reerguemos ele estava com um sorriso de orelha a orelha. Ele estava muito feliz, sorrindo e ofegante. A felicidade era tão grande, que ele me abraçou e eu senti o corpo dele quente, mesmo com a água fria em toda nossa volta. Acho que ele ficou um pouco constrangido alguns segundos depois, e desfez o abraço, me pedindo desculpas, caso tivesse apertado muito.

Regina - Está tudo bem. Foi um abraço bem apertado, mas estou bem.

Pedro - Obrigado, Regina. Acho que estou realmente curado. Vamos mergulhar de novo?

Regina - Vamos!

Mergulhamos novamente, e de novo, e de novo. Depois ousamos ficar até alguns segundos a mais embaixo d'água. Era muito legal ver aquele homem de meia idade feliz, por estar simplesmente mergulhando. Infelizmente, nada que é bom dura pra sempre, e no mergulho seguinte, ele teve uma espécie de convulsão e ficou se tremendo todo. Eu vi o desespero em seu olhar e o segurei como pude e ele tentava se segurar em mim e senti suas mãos pelo meu corpo. Elas passaram pelo meu peito e quase tive o biquíni arrancado, mas como o mar estava até relativamente calmo, eu mesma consegui tirá-lo de onde estávamos e fomos pra areia, sem precisar pedir ajuda pra alguém.

Não era bem uma convulsão, mas ele estava tremendo de medo e de olhos fechados. Começou a falar um monte de coisa em francês e eu não entendi muita coisa. Na verdade, só entendi duas palavras.

Mon Dieu, que significava meu Deus, e o resto não entendi. Fiquei chamando o nome dele e segurando a sua mão, falei que estava tudo bem. Sr. Pedro agora estava chorando e isso chamou a atenção de algumas pessoas, que queriam saber o que estava acontecendo. Elas ficavam perguntando se meu pai estava bem, se eu queria ajuda e eu dizendo que estava tudo sob controle.

Regina - Sr. Pedro, vamos embora? Consegue se levantar?

Pedro - Acho que sim.

Regina - Fiquei preocupada. Você estava tendo uma espécie de convulsão.

Fiquei fazendo carinho em suas costas e em seus braços. Também fiz um pouco de carinho em seu peito, e a respiração dele foi voltando ao normal.

Pedro - Eu senti como se estivesse me afogando, mas depois que ouvi a sua voz, eu me acalmei e fui melhorando.

Depois de alguns carinhos, eu acabei notando que seu pau começou a crescer um pouco e eu parei na mesma hora.

Regina - É melhor você se vestir porque tem muita gente aqui.

Pedro - Vamos embora! Eu te deixo em casa.

Regina - Eu não posso ir pra casa agora! Era pra eu estar na escola.

Ele foi se vestindo e ficou com a calça toda molhada e depois fomos até ao quiosque e pegamos a minha mochila. Entramos no carro e partimos.

Pedro - Onde você quer ir? Já sei! Primeiro, vamos até o meu restaurante, que eu quero trocar de roupa e depois podemos ir comer um açaí. O que acha?

Regina - Por mim, tudo bem. Depois eu queria ir em casa, trocar de roupa.

Pedro - Já que você vai em casa, eu gostaria de ir também e falar com o seu pai.

Regina - Posso dormir na sua casa de novo?

Pedro - Se o seu pai deixar, claro que pode. Quer que eu fale com ele?

Consenti com a cabeça. Chegamos ao restaurante Crepe Suzette, e Pedro pediu para eu aguardar no carro. Ele não demorou mais que dez minutos e já estava de volta todo arrumado e cheiroso.

Pedro - Vamos então tomar um açaí?

Regina - Podemos ir ao OakBerry. É caminho pro apê do meu pai. Já foi lá?

Pedro - Nunca fui.

Regina - Você vai adorar!

Durante o açaí, nós conversamos muito. Ele me contou a história de como conheceu a Dominique. Fiquei encantada com a história e a coragem que ele teve. Largar tudo pra trás e ser um mochileiro na Europa com o próprio dinheiro que juntou sem a ajuda dos pais.

Pedro - Eu acabei parando na França, e fiquei encantado. Eu tinha estudado no Colégio Pedro II e por isso eu sabia um pouco de francês, mas apanhei bastante pra não morrer de fome. Minha vontade era morar lá, mas o dinheiro não dava, então eu comecei a trabalhar num restaurante como auxiliar e falei com o Dono que meu sonho era cozinhar.

Regina - Mas o dinheiro dava pra você viver lá?

Pedro - Não muito, mas eu tinha um dinheiro guardado e eu sempre fui meio nerd de jogos. Tem um jogo chamado Magic the Gathering, que são cartas que também são colecionáveis. Algumas delas valem uma verdadeira fortuna se vendida pra pessoa certa.

Regina - Acho que já ouvi falar. O Pedrinho já tentou me ensinar a jogar isso. Então, quer dizer que aquelas cartinhas valem dinheiro?

Pedro - Sim. Algumas valem muito.

Regina - Tipo quanto? Uns 200 reais?

Pedro - Algumas sim. A maioria custa centavos, mas existe uma carta que vale uns 3 milhões…

Regina - Caralh… Desculpa! 3 milhões de reais numa única carta?

Pedro - Sim. E eu tinha algumas bem valiosas. Não tanto quanto essa, mas foi com elas que eu consegui sobreviver na França e ainda consegui entrar na escola Le Cordon Bleu e me tornei Chef.

Regina - E a Dona Dominique?

Pedro - Eu conheci a Nikke em Paris, durante os meus estudos na Cordon Bleu. Ela estava caminhando na avenida Champs-Élysées e eu estava na praça Charles de Gaulle. Quando eu a vi, eu senti algo que nunca tinha sentido em toda a minha vida. Eu fui até ela e tentei me comunicar, mas ela percebeu que eu era brasileiro e disse que também era brasileira. Nos conectamos ali, em meia hora de conversa. Na outra meia hora, estávamos aos beijos no Arco do Triunfo e ali começamos a nossa história. Dormimos juntos naquela mesma noite e eu sabia que ela seria a mulher da minha vida.

Regina - Que história linda! Pedrinho nunca me contou. Será que o Pedrinho é o grande amor da minha vida?

Pedro - Talvez. O que você sente por ele?

Aqueles olhos azuis me encarando novamente me traziam uma melancolia, uma certa nostalgia que eu não sabia explicar. Eu poderia ficar olhando por horas…

Pedro - Regina? Tudo bem?

Regina - Eu estava pensando no que responder. Eu sinto um grande carinho por ele. Adoro a companhia dele e os beijos dele são muito bons.

Pedro - Vocês já…já…

Regina - Sexo? Não, não, Sr. Pedro. Assim você me deixa sem graça…

Pedro - Desculpa! Meu filho é meio tímido, e com você eu sinto uma facilidade em falar sobre tudo.

Regina - Eu também sinto isso. Aliás, tem um negócio no seu nariz!

Pedro - O que?

Eu rapidamente passei meu dedo no açaí e esfreguei na ponta do nariz dele. Ele riu muito e pegou um guardanapo pra se limpar.

Pedro - Sua malandrinha! Isso não vai ficar assim! Vou aprontar contigo quando você menos esperar hahaha

Regina - Desculpa! Não resisti.

Continuamos a conversar e ele me disse que eu tive muita sorte ao conhecer a família dele, porque quando ele conheceu os pais da Dona Dominique foi uma das situações mais embaraçosas que ele já tinha passado.

Ele explicou que a mãe dela era brasileira e o pai francês, só que ela morou na França até os 15 anos e todos eles eram adeptos do naturismo. Em casa, viviam pelados e nas praias também. O primeiro encontro com os pais dela foi justamente numa praia de nudismo.

Pedro - Agora, você imagina, a primeira vez vendo meus futuros sogro e sogra, e eles pelados. Eu também e a Nikke também e várias outras pessoas. Eles moravam próximo à praia, e depois fomos pra casa deles, e era proibido usar roupa.

Regina - Ainda bem que quando eu fui conhecer vocês, o máximo que aconteceu de estranho foi ter que experimentar aquele caracol nojento e jogar jogos de tabuleiro que eu nunca ouvi falar.

Pedro - Já sei como vou aprontar contigo. Toda vez que meus sogros vem aqui, a gente faz um dia especial de naturismo. Nesse dia vamos convidar você hahahahaha

Regina - Nem morta! Se eu souber que os sogros do Senhor vem aqui, eu vou passar bem longe daqui kkkkkk

A hora foi passando e fomos embora. Liguei pro meu pai pra saber onde ele estava e expliquei que ia passar em casa e que o Sr. Pedro queria conversar com ele. Aproveitei pra dizer que também iria pra casa deles dormir lá pois iria estudar com o Pedrinho. Meu pai não estava gostando muito disso, mas ele confiava no meu namorado.

Chegamos no Apê do meu pai e ele já nos aguardava. Passei correndo pro banheiro e nem falei com meu pai direito, pra ele não ver as provas do crime, mas se eu falasse que tinha matado aula, acho que ele não encheria meu saco. Fui tomar banho e enquanto me ensaboava, pensei na história da praia de nudismo e senti que os biquinhos do meus seios ficaram durinhos e minha pepekinha também ficou úmida. Pensei em tocar umazinha, mas a primeira imagem que me veio à mente foi Sr. Pedro na praia de nudismo e depois a imagem dele de cueca com o pau começando a ficar duro.

Parei na hora. Desliguei a água quente e liguei a fria. Era muita maluquice isso. Terminei de tomar banho, e fui pro quarto me arrumar. Quando fiquei pronta, fui pra sala e tenho certeza que eu ouvi meu pai e o Sr. Pedro falando sobre o Luís.

Armando - Pedro, obrigado por me contar isso. Você não conhece a história da minha família, mas você viu o barraco lá na festa da Sara. Aquilo lá foi consequência de um grande plano feito à base de chantagens. Nunca mais quero isso pra minha família. Hoje eu percebo que fui meio passivo, deixando minha ex-mulher resolver as coisas e elas só pioraram cada vez mais.

Pedro - Caramba! Não sabia disso.

Armando - Vou te dar um exemplo. Lá na festa, esse Luís tentou chantagear a Andréia. Queria comer ela, se não iria espalhar que era prostituta. Ela não baixou a cabeça e enfrentou.

Pedro - Eu vi. Isso foi constrangedor. Você não sentiu vergonha?

Armando - Lógico que não! Eu já sabia do passado dela e a gente combinou que não iria mentir sobre isso. Não iríamos espalhar aos quatro ventos, mas no momento oportuno iríamos contar pras pessoas que importam. Se ela aceita a chantagem, sabe o que iria acontecer?

Pedro - Galhada.

Armando - Isso é óbvio, mas esses chantagistas são iguais aos gatos de rua. Se você alimentar uma vez, eles vão voltar pedindo mais e no final, a merda vai acabar sendo exposta do mesmo jeito.

Pedro - Nunca tinha pensado dessa forma.

Armando - Vamos foder esse cara. Sei que você me disse que ele e os playboyzinhos que andam com ele são filhos de advogado, juiz, ministro e tal, mas a gente não vai se intimidar com isso.

Pedro - Eu já andei pensando numas formas bem legais pra foder esses playboyzinhos de merda, mas se a gente tivesse ajuda do Rafael, seria melhor.

Armando - Sempre tive um pé atrás com esse moleque, mas ele sempre me pareceu gente boa. Se ele já está querendo abrir o bico, vai ser mais fácil.

Pedro - A gente podia fazer um videozinho com eles e pagar na mesma moeda. O que acha?

Armando - Vamos pensar melhor, mas eu gosto da ideia.

Achei melhor fazer um barulho pra não acharem que eu ouvi a conversa deles.

Armando - Disfarça, que a Regina está vindo…

Pedro - Então, parece que os dois vão estudar hoje. Ela pode dormir lá em casa.

Armando - Regina!

Regina - Oi, pai. Demorei no banho, porque o seu chuveiro é muito bom.

Armando - O Pedro me disse que você vai dormir na casa dele de novo.

Regina - Eu e o Pedrinho vamos estudar.

Armando - Só estudar? Tão estudando muito, hein… Olha lá, filha…

Regina - Não se preocupe, pai. E se tiver que rolar alguma coisa, você sabe que eu carrego sempre camisinha.

Armando - Pedro, você está vendo o que eu passo, né?

Pedro - Nem vem, Armando. Você é um sortudo por ter uma filha como a Regina. Joana é dez vezes pior.

Armando - Regina é meu tesouro mais precioso. Então, Pedro, já vou logo avisando que se o teu filho sacanear a minha filha, eu pego o bisturi e faço uma cirurgia de mudança de sexo no seu filho, entendeu?

Regina - Pai! Que absurdo!

Sr. Pedro e meu pai riram muito e eu fiquei com aquele sorriso amarelo.

Regina - Se você fizer isso, eu vou morar com o Sr. Pedro. Ele vai ser o meu novo paizinho.

Fui correndo e abracei o Sr. Pedro. Ele me abraçou meio sem jeito e senti sua mão esbarrar e apertar a minha bunda. Na mesma hora, ele tirou a mão. Hoje, era a segunda vez que eu sentia essas mãos no meu corpo e fiquei me sentindo um pouco estranha.

Armando - Ah, é! Eu estou precisando economizar mesmo, porque daqui a pouco a barriga da Andreia vai começar a aparecer…

Regina - Pai! Não acredito! A Andreia está grávida? É sério isso?

Armando - Não, filha. Ainda não…

Regina - Você quer me matar de susto?

Armando - Ela é a minha mulher agora, e provavelmente algum dia vai querer ter filhos. Qual o problema?

Regina - Sei lá… Não gostei disso não… Vamos embora, paizinho!

Pedro - Me tira fora dessa. Não quero complicação comigo.

Armando - Não ligo não, filha! Eu confio no Pedro. É um cara família e faço muito gosto se ele for o seu sogro um dia, mas vai com calma. Bebê na minha vida, por enquanto, só se for meu.

Regina - Eu sei disso e sou muito responsável. Tchau!

Saí de mão dada com o Sr. Pedro e ouvi meu pai perguntando se eu não estava esquecendo algo. Olhei pra trás e vi que ele estava com minha mochila. Voltei pra pegar e dei um beijinho nele.

Armando - Juízo, filha. Se tiver algum problema lá, só me ligar que eu vou te buscar. Te amo.

Regina - Também te amo.

Fomos embora e tudo transcorreu normalmente. Parecia que o Sr. Pedro já estava bem. Tão logo chegamos, fui conversar com o Pedrinho e expliquei que não estava muito bem e fui à praia relaxar um pouco. Ele foi compreensivo e me disse que às vezes também se sente assim, mas nunca mataria aula. Com isso esclarecido, fomos estudar, comer, estudar novamente e depois dormir.

Algo estava muito estranho e eu precisava conversar com minha psicóloga ou com alguém. Fiquei rolando na cama, até escutar um barulho e acontecer aquilo tudo.

Eu estava pensando em tudo o que aconteceu, quando Joana, Pedrinho e Dona Dominique voltaram.

Regina - Sr. Pedro, sua esposa e seus filhos estão aqui.

Pedro - Nikke, me perdoe! Eu não sei o que eu fiz! Eu estava sonhando um sonho muito ruim, mas agora não me lembro direito. Parece que tem uma nuvem na minha mente, me impedindo de lembrar.

Nikke - Você quase me matou, Pedro! Por quê? O que está acontecendo?

Pedro - Eu não sei. Eu estava sonhando.

Joana - Mãe, a gente tem que fazer um B.O. É assim que acontece o feminicídio. No início são só agressões verbais, mas isso vai aumentando se não denunciarmos.

Pedro - Joana, é sério isso? Você quer me levar pra polícia? Eu já disse que não sei o que aconteceu e já pedi desculpa.

Nikke - Não, ainda não pediu.

Pedro - Me desculpa, meu amor. Eu não sei o que houve, mas isso não vai acontecer de novo.

Pedrinho - Se foi realmente um sonho, não tem como prometer isso.

Sr. Pedro estava destruído e envergonhado pelo que aconteceu, no entanto, sua esposa apiedou-se dele e foi em nossa direção. Eu percebi que ela queria falar algo com ele e me afastei, indo na direção do Pedrinho.

Ela o abraçou e beijou-lhe o rosto. Eu puxei o Pedrinho pra sair do quarto, mas ele não quis sair. Joana também parecia pensar da mesma forma.

Nikke - Pedro, meu amor, você se lembra do que você estava me dizendo?

Pedro - Eu não lembro de nada.

Nikke - Tu ne m'empoisonneras pas!

Pedro - Você não vai me envenenar?

Nikke - Exatamente.

Pedro - Por que você iria me envenenar? Por quê eu diria isso?

Nikke - Je vais vous tuer! Mourir! Mourir!

Pedrinho - O que significa, mãe?

Regina - Eu vou te matar! Morra! Morra!

Pedrinho - Não sabia que você falava francês!

Regina - Eu não sei, mas eu entendi isso.

Pedro - Eu nem sei o que falar, meu amor, a não ser pedir perdão.

Nikke - Eu te perdoo, mas eu vou ficar com a Joana hoje. Amanhã nós resolvemos isso.

Fomos saindo do quarto e deixamos o Sr. Pedro lá. Olhei pra trás e vi aquele homem sozinho, no chão do quarto, com seus olhos azuis penetrantes me olhando e derramando uma lágrima. Voltamos aos nossos quartos, mas algo no fundo do corredor me chamou a atenção.

Assim que deitamos na cama, um silêncio aconteceu. Eu sentia que Pedrinho queria conversar comigo e eu também queria, mas nenhum dos dois queria iniciar. Acabei inventando uma desculpa pra sair do quarto, e fui até o banheiro. Fiquei me olhando no espelho e fazia muito tempo que eu não me olhava. Fiquei ali me namorando, até que escuto um barulho e reconheço a voz do Sr. Pedro. Ele estava falando com alguém pelo celular, mas não dava pra entender o que era.

Quando escutei ele se despedindo de alguém, fiquei de prontidão pra sair dali, mas vi pela fresta da porta que ele estava trocando de roupa. Voltei para o banheiro, quando percebi que ele estava saindo do quarto. Acompanhei seus movimentos e vi que ele pegou a chave do carro e foi embora. Voltei pro quarto do Pedrinho, mas novamente algo no fundo do corredor me chamou a atenção e a sensação era como se alguém estivesse me vigiando. Fui até o fim do corredor, mas quando cheguei lá não havia nada. Senti um mal estar tão grande e uma vontade de vomitar, que me fez perder os sentidos e antes de cair no chão, poderia jurar que ouvi uma gargalhada.

Não sei quanto tempo passou, mas senti alguém me pegando no colo e me carregando, até que eu parei de me mexer e fui colocada num lugar macio. Eu queria abrir os olhos, mas não tinha forças pra isso. Continuei de olhos fechados e senti um carinho nos meus cabelos. Senti uma mão nos meus ombros e um beijo na testa.

As carícias continuaram, e os beijos em outros lugares também. Eu queria abrir meus olhos, mas tinha medo de ver o que estava acontecendo. Os beijos chegaram na minha bochecha e depois foram até a minha boca. Meu corpo não se mexia, e mesmo que eu conseguisse me mexer, não sei se eu queria.

Dormi. Acho que perdi a noção de tempo e realidade. Não sei quanto tempo se passou, mas acordei com vários beijos. Abri meus olhos e era o Pedrinho me beijando. Que sensação gostosa ser acordada dessa forma. Além dos beijos, suas mãos bobas estavam tateando a minha bunda e as minhas coxas. Senti ele tentando tirar a minha blusa e depois o meu sutiã. Meus seios ficaram expostos e fiquei com medo de alguém aparecer. Pedi pra ele parar, mas sua boca estava com fome e queria chegar aos meus seios de qualquer jeito.

Tentei empurrar ele, pois eu não queria isso naquele momento. Ele então me olhou com raiva e fiquei com muito medo. Implorei pra ele parar, mas ele estava com um olhar macabro, e suas mãos, que antes passeavam pelo meu corpo, agora estavam indo na direção do meu pescoço e ficaram ali me apertando. Vi seus olhos se transformando num azul profundo e agora quem estava em cima de mim era o Sr. Pedro. Tentei gritar, mas a minha voz não saía.

Quando dei por mim, eu estava no chão da sala, e eu olhava pro teto e olhava também à minha volta e eu estava sozinha ali. Tentei me levantar, mas meu corpo não obedecia. Tentava falar algo, mas nenhum som era emitido. Me desesperei e tentava gritar, mas minha boca não me obedecia.

Fiquei com vontade de chorar e tive muito medo, principalmente porque eu ouvi novamente uma gargalhada sinistra e uma voz que disse:

Voz - Você acha que vai escapar de mim? Acha mesmo que eu vou deixar você? Eu vou te matar!

Tive um choque quando ouvi essas palavras e de repente senti que estava caindo e acordei com essa sensação de queda. Tudo parecia normal ao meu redor, a não ser por uma pequena poça de xixi que eu fiz no chão. Que vergonha! Foi tudo um sonho, mas por sorte ninguém me viu. Tratei logo de pegar um balde e um pano pra limpar o chão. Olhei pro relógio e era de madrugada ainda. Fui até o quarto do Pedrinho e ele estava dormindo.

Fui ao banheiro tirar a roupa, tomei um banho bem rápido e voltei pro quarto pra tentar dormir um pouco.

Regina - Que diabos está acontecendo!

Me sentia tão desprotegida, que abracei o Pedrinho e fiquei ouvindo a sua respiração. Tentei focar nisso e acabei usando como uma forma de relaxamento e finalmente dormi.

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Comentários

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Nossa que mistério Mister adorei nota mil parabéns

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Faz juz ao pseudônimo: Mestre Anderson! Está ótimo! ⭐⭐⭐💯

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Não vou me lembrar dos nomes mas parece que a Regina foi a esposa, o Pedro o alfaiate e marido e esse espírito vingativo era o irmão dele, ou tô só falando bobagem.

Episódio bem sinistro.

Parabéns John Wick, desculpa mister Anderson.

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Caraca Senhor Anderson! Tá colocando mais enigmas nessa sequência! Espetacular!

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É impressionante, realmente ninguém tolera ou respeita homem fraco, Pedro nunca teve histórico de agressão verbal e muito menos física, ao contrario, todos na casa já estão tão acostumados a humilha-lo e desrespeita-lo que não deram a mínima chance para ele se explicar, inclusive com a fdp da filha instigando a mãe a dar queixa na policia por estar com raiva e nitidamente culpar o pai por perder o traste do namorado, nessa família nem o Pedrinho escapa, seria muito mais saudável para o Pedro se separar e cortar a relação com todos eles.

Notem bem, não estou falando de passar pano para um babaca agressivo ou abusivo com a família, não é esse o caso, estamos falando de entender o que aconteceu pois o Pedro estava dormindo e além disso é um cara que procura ser um bom pai e marido que de tão frouxo sempre acaba cedendo para sua família e com isso vive sendo desrespeitado.

Quanto ao que Regina vem passando também, ela sim é bem mais centrada que as duas famílias juntas, mas que barra é essa que ela vai passar?! Sei que tempestade forte está na linha do horizonte mas gosto muito dessa menina e queria que ela terminasse muito bem.

Quanto aos pais armando contra o Luis e pegando o Rafael aguardo ansioso só que espero que Abel e Sara não saiam ilesos dessa pois eles também não são "tão" inocentes essa história.

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Eu acho complicado esse negócio da Joana, ela realmente esta brava com o pai por causa do namorado, mas querendo ou não ela viu o pai enforcando a mãe, fica complicado também. Mas ela deveria ter pelo menos ter dado a chance do pai explicar, já que ele nunca fez nada parecido, nem agressão verbal.

Mas de qualquer forma, a explicação dele é meio dificil de aceitar, parece só uma grande desculpa. Não sei, acho complexo...

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fer.pratti, a Joana deixou bem claro desde o inicio que ela está com raiva do pai pelo termino com o namorado lixo dela, desde o momento que ela abriu a boca quando viu a cena toda já veio falando que o namorado nunca bateu nela por pior que ele é, só demonstra desejo de vingança que ela tem contra o pai, não só ela mais as atitudes de todos naquela casa são de total desprezo e desrespeito ao pai, por mais difícil que seja a explicação eu acho que ele merecia o beneficio da duvida justamente ter um histórico completamente oposto e ser uma situação onde todos estavam dormindo, não deram nem a mínima chance dele se explicar ou ele mesmo tentar entender o quê aconteceu.

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Eu concordo com a falta de respeito que a familia tem por ele, acredito que isso que faça ele gostar tanto da Regina, pq ela é a unica ali que respeita ele. E também concordo que a Joana esta brava com ele por causa do namorado, só que ainda sim é uma situação complexa, ela viu o pai enforcando a mãe e iria mata-la se não fosse parado e a explicação é "eu tava sonhando", não ajuda muito o caso dele.

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Sim. É bem complicado no momento porque ele está também num momento de lidar com problemas de fobia. Alguns podem ate travar a vida de uma pessoa por meses. Obrigado pelo comentario.

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São muitas questões envolvidas e mágoas guardadas. A familia do Pedro vai dar oportunidade dele se explicar, mas resta saber se a explicação será satisfatória.

Regina terá seus problemas pra resolver, isso é claro e Talvez os problemas sejam muito maiores do que ela possa suportar. Afinal, onde está a família dela pra dar apoio?

Abel e Sara talvez saiam ilesos por hora, porque são muito coadjuvantes nessa historia, mas num futuro conto eles terão uma maior relevância.

Obrigado pelo comentário. Parou de viajar no tempo? Kkkkkk Abraços amigo

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Fala meu amigo MisterAnderson, esse capítulo não deu muito para divagar na futurologia. Kkkkkkkk

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Interessante essa interação entre o passado e o presente, pra embaralhar (trocadilho com o último conto) tudo ainda entra o tema reencarnação que sempre é polêmico e controverso. Três estrelas.

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E ainda vai rolar mais interação. Acho interessante fugir do trivial e oferecer outras possibilidades. Abraços Espartano SP

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Manoooo q tom de narrativa é essa? Desde o conto passado q sinto uma vibe macabra nesses novos contos MDS😳 muito sinistro tudo isso, se na saga anterior eu sentia uma vibe de Truque de Mestre, nessa me lembra mais um filme de terror kkkk Agora vamos ver o desenrolar de tudo isso e oq esses dois molengas vão armar pro psicopata adolescente lá kkkk e outra será q a Regina não vai lembra de tudo q aconteceu na praia?

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AnjoNegro, que bom que percebeu isso. Eu realmente tentei diversificar um pouco. Não consegui escrever durante o desafio de halloween, então estou fazendo um teste pra futuramente me aventurar nesse gênero. Obrigado pelo comentário.

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Como eu disse no conto anterior ele matou o irmão e a esposa e hoje com essa regressão fez tudo voltar a tona só que em sonho

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Será Grb73? Nos proximos capitulos, mas informações serão mostradas. Obrigado pelo comentário.

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não sei nem o que comentar...

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