Desejo que escorre

Um conto erótico de Eleanor Ventura
Categoria: Lésbicas
Contém 1496 palavras
Data: 31/01/2023 23:12:29

Eram dez horas da noite. Estávamos em uma viagem da faculdade para uma cidade histórica e eu, Cadu e Cris decidimos descer e ver se valia a pena ficar numa espécie de pequena boate do hotel. Os outros nos encontrariam lá. Sugiro que esperemos no bar tomando alguma coisa pra começar a esquentar, já que o lugar parecia bacana.

Dou um gole na cerveja que pedi e quando olho para a porta vejo Clara, Pedro e....Ela. Até esqueço seu nome porque fico perdida em suas curvas, tão marcadas devido ao vestido colado ao seu corpo. O que eu não daria para ser aquele vestido.

Laura usava um vestido vermelho curto com cortes abaixo dos seios, permitindo que todos tivessem um vislumbre a mais de sua pele morena e de seu busto, que parecia transbordar maciez. Eu já a desejava com seu visual cotidiano, nada provocante, mas esta era a primeira vez que a via tão sexy. Seus cachos curtos, volumosos e rebeldes lhe davam um aspecto livre e ousado. Eu estava hipnotizada. Seus olhos amendoados de feiticeira finalmente encontraram os meus no que pareceu uma eternidade vivida em segundos. Estava prestes a abrir o seu luminoso sorriso quando Cadu me tirou do torpor:

- Se está tentando esconder que quer foder Laura é melhor se esforçar mais para isso. – disse dando um sorriso provocativo e pondo a mão em meu ombro.

Faço uma expressão de desaprovação e me recomponho. Nossos amigos caminham em nossa direção e nos cumprimentamos com acenos e toques de mão.

- A noite mal começou e você já de garrafa na mão. Aproveita que tomou a iniciativa de começar a festinha e me pague uma também – diz Laura em um tom gozador enquanto me cumprimenta com um abraço. No ato, acabo encostando meu nariz em seu pescoço quente. Porra, que mulher cheirosa. Agradeço por não ter um pênis, caso contrário minha calça jeans já estaria até rasgada. Tento voltar a neutralidade e respondo:

- Parece que alguém está querendo entrar no clima. Essa é a única explicação para quem não é muito fã de bebidas alcoólicas pedir uma agora – lanço lhe um sorriso debochado.

- Hoje quero deixar rolar. – Sinto algo a mais em seu tom, mas não consigo desvendar o quê. Talvez seja só impressão minha. Ou a minha xota palpitante.

Sentamos em uma mesa e começamos a beber e conversar, à espera de que músicas melhores comecem a tocar. Aos poucos vamos nos soltando e ficando mais “altinhos”, o que só piora o meu desejo. É uma maldição querer tanto uma garota hétero, na moral. Canso de ficar remoendo minha situação quando avisto uma ruiva escultural na pista de dança.

-Se me dão licença, vou ali tentar garantir um aquecedor de orelhas pra essa noite: as coxas daquela ruivinha ali. – todos riem e Cadu me dá tapinhas nas costas enquanto me levanto.

A garota parece já estar de fogo e dança desavergonhada, apenas na companhia de uma bebida. Me aproximo e torço para que ela goste da mesma fruta que eu. Jogo meu papinho mole e não é difícil perceber que ela também tem interesse. Continuo a investida. Dançamos tentando conversar, falando uma no ouvido da outra e mais alto que a música até que tomo a iniciativa e beijo Júlia. Seus lábios são uma delícia e imagino que é outra pessoa que estou beijando. Ela cola seu corpo no meu e sinto seus seios contra meu peito enquanto a música que dancei com Laura em seu aniversário de 19 anos toca. Nos beijamos por um bom tempo até eu abrir meus olhos e ser trazida de volta a realidade. Percebo que isso não vai funcionar. Tanto tesão acumulado e só uma pessoa pode saciar essa sede, justo a que é impossível de me querer. Solto um riso de escárnio. Decido me despedir de Júlia e voltar para os meus amigos. Quando me aproximo noto que Laura não está com eles.

-Ué? O que aconteceu com o seu aquecedor de orelhas da noite? Ela parecia estar tão na sua. – caçoa Clara.

- Hoje vou passar frio, decidi encerrar a noite. Vou subir e dormir, galera. Vocês viram a Morena?

- Esse apelido é tão brega – diz Cadu bêbado e gozador – Ela tinha subido pro quarto com o Caio.

“Que porra é essa?” penso.

-Que porra é essa? o babaca do ex dela? – não espero resposta e saio furiosa em direção ao elevador. Quando chego em frente ao quarto que dividimos abro a porta com rispidez, mas o que vejo é apenas Laura de pé, cambaleante e de lingerie preta enquanto escova os dentes e assisti à TV. Ela me encara confusa.

-Caramba, o que foi isso?

-Ficou maluca? O Caio? Esqueceu de tudo que passou e que conver...

-Relaxa, não aconteceu nada – ela me interrompe.

Relaxo os ombros e assumo uma postura tranquila. Não vou perguntar o que houve, não quero falar desse merda.

Vou até minha mala procurando minha escova de dentes e ela vai até o banheiro, do lado oposto do quarto, terminar o que estava fazendo. Fico de frente para minha cama e de costas para ela quando a ouço se aproximar de onde dorme, também de costas para mim.

-E a ruiva? – pergunta sonolenta.

-Não passamos dos beijos. Eu não quis ir além – não com ela, pelo menos. Penso.

- Caralhoo, uma gata daquelas.

-Fazer o que.

Ficamos em silêncio por um tempo.

-E se fosse eu? Você me daria uma chance?

Me viro de frente e vejo que ela me encara. Deve estar bêbada o suficiente para não perceber que ainda está de calcinha e sutiã, sem pijamas. Volto a ficar excitada, mas sei que seu comentário não passa de uma brincadeira, então entro nessa.

-Se fosse você eu não perderia tempo e já teria te trazido pra cá horas atrás. Você sabe que é gata, Laura.

Paro de encará-la e vou em direção ao banheiro. Quando estou quase chegando ao banheiro Laura se joga em cima de mim e me beija. A experiência nem se compara com o beijo de Júlia. Nem se compara às melhores fantasias que já tive com essa garota. Ela passa a mão pela minha cabeça raspada, pelo meu pescoço e eu a puxo pela cintura, sentindo, finalmente, sua pele nua. Ela começa a tirar minha camisa quando a afasto.

-Opa! Alguém bebeu demais. Hora de dormir, Morena.

-O quê? Não, eu estou suficientemente sobrea.

-Se se esqueceu da sua sexualidade é porque não está – digo em tom de brincadeira.

-N-Não me esqueci de nadaa. Pra mim é tão claro quanto água. – diz, com a língua um tanto enrolada.

-Eu não vou transar com você bêbada, Laura. – digo séria. Seus olhos começam a se encher de lágrimas e é aí que confirmo o quão bêbada está a ponto de ficar tão sentimental. Ignoro a emoção momentânea e volto a ir para o banheiro. Quando termino de me preparar para dormir, ela já está deitada de costas para mim e parece ter caído no sono. Sei que amanhã não se lembrará do que aconteceu.

Apago as luzes e tento resistir ao desejo de me masturbar ao lado do fruto dos meus pensamentos lascivos. É mais forte do que eu e paro de resistir usando a desculpa de que ela não vai me ouvir. Puxo a camiseta do pijama para cima e começo a brincar com meus mamilos. Com a outra mão introduzo dois dedos na minha boceta e, nossa, como ela está encharcada. Fico pressionando eles dentro de mim enquanto lambo meu próprio mamilo, imaginando que é Laura quem me chupa, como se fosse um bebê sedento. Começo a rebolar meu quadril, ficando com cada vez mais tesão e me vejo colando o velcro com ela. Tiro os dedos de lá de dentro e espalho meu líquido por toda a vulva e o clitóris, que já está duro. Fico massageando-o e me vendo em cima de Laura, esfregando nossas bocetas molhadas devagar e com muito tesão, enquanto chupo seus peitos que mais cedo tive um vislumbre. Acelero o movimento dos dedos e imagino que me esfrego mais e mais rápido nela, como uma cadela no cio e seu ursinho favorito. Paro antes de chegar ao clímax e chupo meu mel que grudou em minha mão. Decido cavalgar meu travesseiro para deixar a fantasia mais real, mas antes olho em sua direção e ela continua na mesma posição que estava. Dou início a minha diversão e enquanto rebolo aperto meu peito até deixar marca. Sem querer, solto um gemido baixo. Paro o que estou fazendo e olho novamente para Laura. Dessa vez, vejo que por baixo de sua coberta há uma movimentação lenta que parece um vai e vem. Não paro de encarar para ter certeza de que meus olhos não estão me traindo...

Continua.

Considerações: Não revisei minuciosamente nem trabalhei arduamente no conto. Tive a fantasia e quis compartilhar. Espero que sirva para alguém se deleitar assim como vou fazer agora (só de escrever já fiquei excitada 🤭)

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