A policial e o traficante

Um conto erótico de JohnnyBGood
Categoria: Heterossexual
Contém 2210 palavras
Data: 27/01/2023 20:05:09

[Envolve tópicos pesados como estupro, humilhação, tortura e violência. Vai piorar nas próximas partes. Estão avisados: não leiam se esses temas não forem fantasias para vocês.]

Julia era uma mulher exemplar.

Fez sua carreira na Polícia Militar de São Paulo, superando todas as adversidades de um ambiente marcado pelo machismo e corporativismo. Agora, com apenas 40 anos, era chefe da divisão de narcóticos e respeitada por todos os colegas. Isso tudo sendo mãe solteira de dois filhos… Júlia era mesmo uma vencedora.

Era também uma mulher linda. Pele branca, olhos azuis, cabelos pretos cacheados e um corpo de morrer: cintura fina, abdômen sarado, bunda arrebitada e peitos siliconados. Diariamente, acordava e ia à academia malhar por 2 horas para manter a forma. Sabia que, no seu ramo de atuação, não era ostentação: o corpo era seu instrumento de trabalho e a certeza de poder se impor contra as adversidades.

Por volta das 19h, prestes a encerrar o expediente, recebeu uma ligação do amigo e investigador Major Correa, que trabalhava no setor de inteligência da corporação:

"Capitã Julia… localizamos o Roberto… o filho da puta está escondido num barraco na comunidade. E pelas nossas investigações, parece que está sozinho. Vai lá e traz esse traficante de merda… preso ou morto, sua escolha."

Julia dificilmente perdia a compostura. Dificilmente… mas não agora. Roberto era seu nêmesis. O traficante chefiava uma facção e estava na mira de Júlia há anos, mas sempre parecia escapar por entre os dedos… o filho da puta era escorregadio.

Fosse simplesmente mais um traficante sujando as ruas da capital com crack, cocaína e outros lixos químicos, Júlia não se importaria tanto. Pelo menos, não a ponto de perder o profissionalismo e levar para o lado pessoal. Mas Roberto era também o responsável pelo sequestro e desaparecimento da sua antiga parceira e melhor amiga, Amanda.

Flashes vieram à cabeça daquela noite. Apenas 6 meses tinham se passado, mas parecia uma eternidade… ela e Amanda em um bar, comemorando mais um dia de trabalho bem feito. Tinham preso um peixe grande da facção de Roberto. Bêbadas, saíram do bar às duas da manhã.

"Ei Amanda, quer uma carona para casa?" - perguntou Júlia, apontando para seu carro parado a poucos metros dali.

"Não precisa não, amiga. Meu ap. é logo ali, você sabe… e acho que estou precisando dar essa caminhada para liberar o álcool." - Amanda riu gostoso, fazendo Júlia abrir um sorriso de ponta a ponta.

Esta foi a última vez que viu a amiga. A última lembrança daquela policial determinada e promissora, cheia de sonhos. No dia seguinte, não a viu na corporação… nem na celebração oficial de promoção de Júlia… buscou contato, mas nada de resposta. Sabia que algo estava errado… passados alguns dias, todos já imaginavam exatamente o que tinha acontecido. Mas nunca encontraram nada… o corpo, provas, nem mesmo indícios.

Normalmente, Júlia chamaria sua equipe para acompanhá-la na operação. Mas o Major Correa informou que Roberto estava sozinho e já era tarde… todos já estavam em casa, com suas famílias. Júlia então decidiu ir atrás dele sozinha.

Entrou em seu carro particular - para não chamar atenção - e dirigiu apressadamente até o endereço. Era um antigo barracão industrial com aspecto de cenário de filme de terror. Janelas quebradas, outras cobertas com tábuas, paredes pichadas, metal enferrujado. Parecia abandonado há anos. Ficava no pé do morro historicamente controlado por Roberto. Ou seja, um bom lugar para um vagabundo se esconder sem abandonar seu negócio lucrativo.

Júlia empunhou sua pistola e pulou a grade que cercava o prédio. Sorrateiramente, como uma gata, foi adentrando o terreno, tentando permanecer nas sombras do edifício. A porta da frente estava trancada com um pesado cadeado, mas logo encontrou uma janela que estava mal tapada. Com alguma dificuldade, soltou o tapume e empurrou seu corpo esguio pelo buraco.

O interior do galpão era escuro e velho, com cheiro de bolor e ferrugem. Não se via quase nada, salvo pela luz natural da lua que entrava por frestas no telhado decrépito ou pelas janelas. Explorou o local cuidadosamente, buscando algum sinal de Roberto, mas nada… parecia completamente deserto.

Finalmente, quando estava prestes a desistir, viu um alçapão no chão. Abriu, revelando uma escada que descia para um túnel. Voila. Roberto certamente estaria escondido nessa passagem secreta.

Com o coração batendo acelerado, Júlia desceu pela escada e, sem a cautela de antes, correu pelo corredor estreito e sem iluminação, chegando finalmente em uma sala iluminada. Parou na porta. Esse era o primeiro sinal de luz artificial no local… aquela luz laranja e intensa, quente e abafada.

Escondida atrás da parede, abriu ligeiramente a porta e observou o interior da sala. Era uma masmorra quase medieval. Bem no centro, onde a luz atingia com maior intensidade, estava uma cadeira de metal com aspecto pesado, com algemas para prender as mãos e os pés. À distância, se via alguns armários e uma mesa de madeira maciça, sobre a qual estavam alguns objetos que Júlia não conseguiu identificar imediatamente.

Não viu sinal de Roberto, então decidiu entrar. Arma em punho, chutou a porta. Entrou firme, sabendo que tinha descoberto algo muito nefasto. Repentinamente, ouviu um zumbido e sentiu uma picada na região da lombar.

Teve apenas o tempo para ver uma seringa cheia de algum líquido verde penetrando sua carne. Os olhos começaram a fechar sozinhos. A vista ficou turva. O último flash foi de um homem alto e musculoso se aproximando e batendo a porta de metal atrás de si, empunhando uma arma que parecia feita para caçar elefantes.

"Merda" - pensou enquanto desmaiava em um sono profundo..

–//–

Horas se passaram até Júlia recobrar sua consciência. Aos poucos, abriu os olhos… a luz laranja invadiu suas pupilas, a deixando cega por alguns segundos. Finalmente, conseguiu enxergar. Estava naquela mesma sala… porém, estava presa na cadeira metálica que tinha visto antes. Seus pulsos e tornozelos seguros por algemas parecidas com braçadeiras, que não deixavam espaço para qualquer movimento.

Não demorou muito para Júlia ligar os pontos e entender o que tinha acontecido. Tinha sido dopada e agora estava à mercê de Roberto… ela só não conseguiu entender como… por quê tinha caído tão facilmente nas garras do canalha.

Escutou passos atrás de si, mas não conseguia virar o pescoço o suficiente para ver. Sentiu uma mão calejada tocando seu ombro, depois seu pescoço e sua bochecha. Finalmente, ouviu a voz de Roberto falando a poucos centímetros de distância, fazendo os pêlos da nuca eriçarem:

"Esperava mais de você, Capitã Júlia" - falou Roberto, com a voz fria, arrastada - "Depois de tantos anos brincando de gato e rato, achei que você seria mais cuidadosa ao entrar no meu esconderijo."

Júlia sentiu um frio na barriga. Aquela era a voz de um psicopata. Cruel, despida de qualquer humanidade. Estava resignada a não dar qualquer satisfação a Roberto, por isso ficou completamente calada.

"Olha só para você" - continuou Roberto - "O orgulho da Polícia Militar de São Paulo reduzido a isso… uma vadia qualquer amarrada em uma cadeira de um porão sujo. Vou ter que agradecer ao Major Correa quando tiver a chance."

Ao ouvir menção ao colega de trabalho, Júlia não conseguiu disfarçar sua reação. Dúvida tomou conta do seu rosto. "Fui traída…" - pensou - "Claro… isso explica tudo."

Roberto cortou as divagações da garota, como se conseguisse ler a mente dela:

"E antes que você pense mal do rapaz… ele não te traiu." - falou Roberto, visivelmente se divertindo jogo de poder - "A menos que ser um idiota completo seja traição. Afinal, quem recebe uma informação anônima sobre o paradeiro do traficante mais poderoso da cidade e não suspeita de nada?"

Roberto fez uma pausa dramática. Júlia, novamente, nada falou, apenas apurou os ouvidos para não perder nenhum detalhe.

"É isso mesmo… fui eu quem enviei a dica para o setor de inteligência. Aqueles vermes nunca descobririam sozinhos, nem em uma eternidade. E sabe por que eu fiz isso?" - perguntou Roberto, acariciando o pescoço de Júlia.

Mais uma vez, sua pergunta não foi respondida. Então, ele mesmo respondeu.

"Porque eu tinha certeza que você viria. Abandonaria toda a razão e correria em meu encalço. Não pelo trabalho… foda-se o trabalho. Nós dois sabemos o real motivo para você estar aqui… Não é mesmo?" - a voz de Roberto era provocante, cheia de malícia, pois sabia que estava prestes a fazer Júlia explodir.

Júlia tentou se mexer, soltar os pulsos de alguma forma. Queria acabar com aquele verme ali mesmo. Incapaz de fazer qualquer coisa, engoliu em seco.

"Parece que toquei em um ponto frágil…" - continuou Roberto, no mesmo tom displicente - "Pois é… você está aqui para vingar aquela puta safada chamada Amanda."

Tomada por fúria ao escutar o nome da amiga, Júlia novamente lutou contra as amarras, que começaram a deixar seus pulsos e tornozelos em carne viva. Finalmente, conseguiu coragem para falar:

"Cala a boca, seu traficante filho da puta… assassino… você não tem o direito de falar o nome da Amanda na minha frente…"

Roberto gargalhou com a resposta desafiadora de Júlia. Puxando ela pelo cabelo, fez seus olhos se cruzarem. A morena não desviou o olhar, encarando seu rival com um ódio queimando forte no peito.

"E se eu te disser que ela está viva?"

Júlia congelou. Essa possibilidade nunca tinha cruzado sua cabeça. "Meu Deus… será que era possível?". Logo pensou no que teriam sido esses três meses de cativeiro… "Pobre Amanda… mas eu vou te salvar?"

"O que você fez com ela, seu lixo?" - questionou Júlia.

"Acredite… você não vai querer saber…" - respondeu Roberto.

"Me fala, caralho… eu tenho o direito de saber… minha melhor amiga nas mãos de um verme como você… se eu descobrir que você tocou nela… que… que" - Júlia começou a chorar, incapaz de completar a frase.

Roberto caminhou lentamente até a frente da garota. Seu rosto estava a centímetros do dela, os lábios quase se tocando.

"Sabe, Júlia… mulheres realmente são seres incríveis." - disse Roberto, com sua voz inteligente e cristalina - "Elas resistem… lutam… brigam… eu admiro isso em vocês… mas todo mundo tem um ponto de ruptura."

Júlia estava com o coração acelerado. Um temor inenarrável tomava conta do seu peito. Uma parte dela não queria saber, mas outra, a policial competente, precisava tirar o máximo de informações de Roberto para preparar seu plano de ação.

"Eu não estou entendendo… Roberto, seu bosta… fala logo o que você fez com a minha amiga."

Roberto sorriu. Colocou a mão debaixo do queixo de Júlia, forçando-a a olhar para o seu rosto. O homem era sádico e esse era um momento que tinha esperado por muito tempo. Estava tomado por uma excitação juvenil.

"Júlia… tente não imaginar o que eu vou descrever agora… pode ser traumatizante." - brincou Roberto, sabendo que Júlia certamente iria imaginar cada palavra. A garota também sabia… e até fechou os olhos, pronta para o que estava por vir.

"Não é fácil para uma mulher manter a sanidade mental quando seu cú está sendo arrombado vinte e quatro horas por dia… quando não consegue respirar direito por ter um pau enfiado na boca… quando está coberta de porra, urina e merda… quando sua xana é eletrocutada… quando seus mamilos são duramente chicoteados." - falou Roberto friamente, como se estivesse lendo uma lista de compras do supermercado.

Júlia gritava enquanto ouvia - e imaginava - todos esses atos sendo praticados contra sua melhor amiga. Lágrimas escorriam dos seus olhos e as algemas comiam sua carne, arrancando sangue. Nenhuma palavra coerente saía da sua boca.

"Com sua última gota de sanidade, a Amanda me pediu… não… me implorou, de joelhos, para que eu tirasse sua vida." - continuou Roberto, ignorando o choro de Júlia - "Mas você sabe que eu não fiz isso… seria humano demais… não, Júlia… eu segui usando sua amiguinha como meu brinquedo sexual… usei, usei e usei."

Júlia olhou assustada para Roberto. Faltavam palavras para descrever essa pessoa. Sua maldade era profunda, poderosa… consumia tudo e todos à sua volta, retirando toda a esperança que pudessem ter.

"Seu…seu monstro… você não é humano… onde está a Amanda?"

"Agora… provavelmente no meu quarto esperando eu voltar… sabe o que ela vai fazer quando isso acontecer?" - perguntou Roberto, acariciando o rosto de Júlia como se fosse sua namorada- "Vai balançar aquela raba mulata para mim e vai falar: 'Senhor… eu imploro… usa meu cuzinho com sua rola grossa, enche ele com sua porra de macho… adoro seu pau de traficante me violando todinha…'"

Júlia balançou a cabeça negativamente.

"Mentira! É mentira… a Amanda jamais falaria uma coisa dessas…"

Roberto gargalhou novamente. Sua risada mais sádica que nunca, se deliciando com o sofrimento mental que Júlia estava passando.

"Você sabe que é verdade… mas não precisa acreditar na minha palavra. Vou trazer a Amanda aqui e você poderá ver por si mesma."

Júlia tremeu. Ao mesmo tempo em que isso era o que ela mais queria… rever a amiga e saber que ela realmente estava viva, tinha medo do que encontraria… se a pessoa que passou três meses nas mãos do monstro Roberto ainda seria a mesma de antes.

Roberto saiu momentaneamente, deixando Júlia amarrada na cadeira. Ela teria algum tempo para pensar sobre isso e relembrar todas as cenas cruéis que Roberto descreveu. E, quem sabe, pensar em alguma coisa que pudesse fazer para escapar desse cativeiro..

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