Manuel - A carta anônima

Um conto erótico de Manuel
Categoria: Heterossexual
Contém 796 palavras
Data: 25/01/2023 22:12:36

Uma carta em minha caixa de correio, endereçada para o “senhor grisalho”. Manoel pensou que só poderia ser para ele, pois era um senhor de 59 anos, com cabelos curtos, castanhos, já grisalhos, e morava sozinho naquele endereço, a cerca de um ano, desde que se divorciara. Não havia remetente. Ele pensou em jogar fora sem abrir, mas a curiosidade junto com a ociosidade, naquele momento, o fizeram mudar de idéia.

“Te vejo aí no seu portão lavando seu carro e sei que gosta de praticar ciclismo. Sei também que está sozinho, assim como eu, que sou divorciada. Fico me imaginando tomando um vinho com você em minha casa. Já te vi conversando com o vizinho e notei que tem umas boas idéias e que poderíamos ter uma boa conversa, pois estou precisando muito de alguém para conversar”.

Manuel ficou intrigado com aquela carta, tentando descobrir quem poderia ser aquela pessoa. Tomara que fosse agradável...e bonita, pensou ele, que realmente estava sozinho, precisando de uma companhia.

Vou lavar o carro lá na rua, quem sabe isso possa atrair a escritora.

Já era por volta das 15:00 horas quando ele começou a lavar o carro, na rua, em frente a sua garagem. Sua rua, em Uberlândia, tem pouco movimento, daí se passar alguma mulher ele poderia ver.

Algumas pessoas passaram á pé na rua, mas nenhuma lhe pareceu que fosse a misteriosa. Quando já se preparava para guardar o carro notou que vinha uma senhora, morena, com cerca de 55 anos, vestida de forma simples, mas de bom visual, que dirigia o olhar a ele.

Manuel não quis firmar o olhar, para não demonstrar sua curiosidade, mas resolveu olhar nos olhos dela, dar uma “boa tarde” e ver o resultado.

__Boa tarde, disse ele.

__Boa tarde...Já é quase boa noite, respondeu ela sem interromper a marcha.

__É mesmo. Hora de descansar e talvez fazer um “Happy hour”...

__É uma boa opção para quem pode, disse ela, moderando o passo.

Em sua cabeça Manuel buscava motivo para segurar a dama ali por um tempo pois agradou dela e desconfiou que poderia ser ela a escritora solitária. Ele viu uma sacola em suas mãos e, como a padaria era ali na próxima esquina para qual ela se dirigia, teve uma idéia.

__Desculpe minha ousadia, a senhora está indo na padaria?

__Sim respondeu ele, está precisando de alguma coisa.

__A senhora poderia comprar quatro pãezinhos para mim.

__Posso sim, mas não me chame de senhora, meu nome é Marta...e o seu é Manuel. Não é mesmo? Moro aqui nesta rua e conheço muitos moradores, mas o senhor eu ainda não conhecia.

Bingo, pensou Manuel. Só pode ser ela.

__Isso mesmo Marta, prazer em te conhecer. Me chamo Manuel mesmo. Aqui está o dinheiro. Compre um chocolate “prestígio” também, por gentileza.

__Ok Manuel. Tô indo.

Enquanto ela se dirigia para a Padaria ele percorreu o olhar pela silhueta da fêmea, altura por volta de 1,65 metros, corpo estilo violão, com curvas bem delineadas, cabelos negros e cacheados, na atura do ombro. Ele sentiu que ela sabia estar sendo observada e pode notar que ela estava caprichando no caminhar. Enquanto ela não voltava ele guardou o carro e ficou matutando, sobre as melhores maneiras de abordagem.

Vou entrar para dentro e fechar o portão, assim, quando ela chegar, será necessário tocar a campainha e aí eu a trago para dentro, pensou ele.

Trimmm...tocou a campainha.

__Desculpe, meu telefone tocou e eu precisei entrar para atendê-lo, disse ele ao chegar ao portão.

Ela entregou os pães e o chocolate.

__Os pães são para o café, que eu gostaria que você aceitasse tomar comigo em minha casa...e o chocolate é para você também, rsrsrs.

__Ôoo Manuel, que agradável convite e obrigado pelo chocolate, mas não posso entrar...acho que não seria de bom alvitre neste momento, mas podemos tomar esse café num outro dia.

__Desculpe-me, acho que fui precipitado, mas me empolguei com sua simpatia e boa vontade. Deixemos para outra ocasião mais propícia.

__Você gosta de vinho? Perguntou Manuel. Tenho muitos aqui, que ganhei no último Natal e preciso compartilhar, pois tomar vinho sozinho é muito sem graça. Ele lembrou-se da carta e jogou a isca.

__Gosto de vinho seco, disse ela, mas dos outros também sou apreciadora.

__Espere um pouco aqui que eu já volto, disse ele, entrando em casa e logo depois voltando com duas garrafas de vinho numa sacola, um tinto e outro seco.

__Taí, espero que aceite e aprecie.

__Manuel...não precisava, mas vou aceitar com muito gosto, mas desculpe, preciso ir, tenho um horário marcado com uma manicure e não posso me atrasar.

Ele pegou em sua mão e trocaram “três beijinhos” na face.

Ele ficou observando ela sair rebolosa.

Continua...

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