"Clair de Lune" - Capítulo 21 - De pai pra filho

Um conto erótico de Annemarye (Por Mark)
Categoria: Heterossexual
Contém 4594 palavras
Data: 03/12/2022 00:03:28

Num desses eventos inexplicáveis do destino, Liliandra apareceu e me reconheceu na mesa. Aliás, a mim e ao Rubens, vindo nos cumprimentar. Aproveitei a deixa e me levantei, ficando ao seu lado e segurando em seu braço. Ela, cobra criada, estranhou minha atitude, mas não recusou. Depois de uma breve conversa entre eles e deles terem tentado convencê-la a se sentar e a mim a permanecer, nos despedimos e saímos andando pelo shopping:

- Ai, Liliandra, obrigada. Eles não estavam querendo me deixar sair…

- E por que fariam isso?

- Não sei! Encanaram em mim, sei lá. Eu tive um relacionamento com o outro filho do Rubens, o Erick, e eu os conheci há alguns dias. Daí… sei lá… Ah, deixa pra lá.

- Tô te estranhando, “Jéssica”... Eu sei que o Rubens é o tipo canalha, que se deixarmos ele come todas as moças que passem na frente dele, acho até que ele já traçou a Tereza…

- A Tereza do escritório? - Perguntei, surpresa, interrompendo-a.

- Sim! Mas isso não interessa. A buceta é dela e ela enfia o que quiser dentro. Além disso, ele paga bem demais pelo nosso trabalho.

- É. Pode ser coisa da minha cabeça…

- Além disso, por que ele iria querer ficar com você, sendo uma ex do filho dele e se ele já namora aquela moça bonita lá? Regina, se não me engano.

- Aquela da mesa? A Renata?

- É. Isso. Renata... Ela mesma! Outro dia, inclusive, os dois foram juntos lá no escritório. Você ainda estava em Maceió…

Não ouvi mais nada do que ela dizia. Se eu já estranhava aquilo, agora tinha ainda mais motivos para desconfiar de que algo não cheirava bem.

[...]

Capítulo 21 - De pai pra filho

Enquanto dirigia até o hospital, minha consciência me martelava os princípios com os quais fui ensinado a ser um homem. Deveria o Marcos lutar por sua própria felicidade ou deveria ele relevar a sua própria e investir na do próprio filho, que por sinal era meu neto ou neta? Eu não tinha uma resposta pronta, nem achava o melhor argumento para entregar, mas sabia que teria que dizer alguma coisa assim que o encontrasse e isso não tardaria nada.

Aliás, não levei mais que quarenta minutos e cheguei ao hospital, onde me identifiquei e fui acompanhado até a sala da família. Apenas seu Jairo estava lá e ficou surpreso, mas feliz, ao me ver:

- Como ela está, Jairo? - Perguntei, ao abraçá-lo.

- Já está bem. Foi só um susto mesmo. Ela está acordada, consciente, conversando bastante. O Marcos está lá com ela agora. Se quiser entrar, eu peço para a Ana vir para cá, Balthazar.

- Não, de forma alguma. Deixe-a lá com a filha. - Falei e brinquei: - Então, fiquei sabendo que seremos avós?

- Pois é… Uma baita surpresa. A Ana já desconfiava porque a Márcia andou passando mal a uns dias atrás, mas eu pensava que fosse apenas um mal-estar. Daí hoje veio essa notícia.

- Neto é uma dádiva, homem! Vocês vão curtir muito. Eu já tenho dois, mas quanto mais, melhor, não é?

- Sim. Claro. Quem sabe agora eles não se animam e fazem mais alguns na sequência, não é?

- Quem sabe… - Precisei mudar a linha da conversa: - Deixa eu te pedir um favor? Será que você não poderia entrar e pedir para o Marcos sair um pouco? Preciso resolver umas questões da empresa com ele para então liberá-lo de vez para ficar aqui com a Márcia.

- Eu chamo ele sim, mas não precisa se preocupar. Ela vai sair amanhã e só terá que fazer repouso, em casa mesmo. Ela precisa apenas de descanso, melhorar a alimentação e começar o pré-natal o quanto antes.

- Ótimo, ótimo…

Seu Jairo entrou na área reservada dos quartos e, poucos minutos depois, o Marcos saía. Ele não ficou surpreso em me ver, mas ficou em não ver a mãe dele junto comigo. Fui claro do porquê eu estar ali sozinho:

- Precisamos ter uma conversa, de homem para homem.

- Ah, pai… Hoje!?

- Agora, Marcos! Vamos para a lanchonete.

Seguimos os dois, lado a lado até a lanchonete do hospital em que pedi dois cafés expressos bem fortes porque a conversa impunha o máximo de nossa atenção para a tomada de uma boa decisão. Ainda assim, quando vi seu abatimento, precisei moderar minhas palavras e começar devagar:

- Que situação, hein?

- Poxa, pai, parece que não é para ser…

- Está falando da Annemarye, da Márcia ou desse bebê?

- Tudo acaba estando relacionado. Se fico com a Anne, perco o dia a dia do meu filho. Se fico com a Márcia e meu filho, ou filha, né!? - Deu um sorriso amarelo, mas verdadeiro, da ansiedade própria de saber que seria pai: - Então… Daí, eu perco a Anne. Porra, que vida!

- Você também, né, Marcos, podia se divertir usando camisinha, cara!

- Pai, a gente já namorava há um tempão. Ela usava contraceptivo injetável. Como eu iria imaginar...

- Porra, Marcos, vocês tinham terminado! Um pouco de proteção da sua parte não teria sido nada mal…

- Eu sei, pai. Eu sei. Agora não adianta mais…

Ele estava abatido e decidi aliviar um pouco a pressão das minhas palavras:

- Você não ama a Márcia, não é?

- Acho que não, pai. Já conversei muito sobre isso com a mãe e ela me ajudou a ver que a Márcia não é a mulher que eu quero.

- E você ama a Annemarye?

- Acho que sim. Não sei…

- Que bosta de resposta é essa, Marcos!? Ama ou não ama, caralho? Estamos falando da tua vida, cara!

- Pai, eu nunca senti por alguém o que sinto por aquela caipira. Ela é diferente de todas as outras… Eu não sei explicar! Ela mexeu comigo de uma tal maneira que me deixou perdido. - Falou de uma forma acanhada, olhando para sua xícara de café: - E olha que a gente só trocou uns beijos até hoje.

- Tá… Bom, bem… Bem, bom… Bom não tá… Mas pode ficar bem! - Fiz um jogo de palavras que sempre me ajudava a pensar melhor, mas que eu esperava ajudar ele a pensar: - E o que você pensa em fazer?

- Eu não sei, pai, realmente eu estou meio perdido. - Falou, dando uma profunda suspirada e me encarou curioso: - O que o senhor faria?

Essa era a pergunta que eu não queria que ele me fizesse. Eu não tinha uma resposta, pois nunca passei por uma situação parecida. Além disso, eu tive a sorte de encontrar o meu amor na mesma mulher que se tornou a mãe de meus filhos. Então, não teria como dar uma resposta terminativa para sua situação. Preferi ser honesto:

- Marcos, eu não tenho uma resposta para te dar. Eu poderia até inventar uma, mas não acho que seria justo com você. Você terá que decidir o que é mais importante: ser feliz ao lado da mulher que você ama, ou ser feliz ao lado do filho ou filha que você amará com certeza.

Ele me olhava, consternado e com uma expressão derrotada. Eu continuei:

- Você sabe, não preciso te explicar, que, se você escolher a Anne, terá o seu direito de pai assegurado por lei. Aliás, advogada não vai te faltar! - Ri da feliz coincidência, mas logo continuei, sério: - Talvez consiga até a guarda compartilhada, mas, com certeza, a Márcia não poderá te afastar do bebê. Já se você escolher o bebê e a Márcia, com certeza perderá a Annemarye.

- O senhor acha que eu devo ficar com a Annemarye, então?

- Eu acho… não! Eu tenho certeza que você tem que buscar ser feliz, mas só você pode definir qual o formato de felicidade irá te realizar na vida. Essa escolha é sua e eu não vou me intrometer. - Coloquei então minha mão em seu ombro: - Mas estarei aqui para te ajudar e apoiar em qualquer decisão que tomar.

- Obrigado, pai.

- Vou te falar uma coisa, mas não é para te induzir, ok? Por que você não vai atrás da Annemarye? Explica o que está acontecendo, diga o que você sente, enfim, abre o coração de vez, rapaz… Seja honesto e colha os frutos. Ela talvez fique ao seu lado, talvez não fique, mas só assim você terá condição de tomar uma decisão definitiva e dar um rumo em sua vida.

- Eu já tinha decidido fazer isso, pai! Só vou esperar a Márcia receber alta e vou atrás da Anne. Já esperei demais.

- Ótimo! Então, tira uns dias para correr atrás disso. Vou cuidar da tua área enquanto isso. - Falei, sorrindo para ele e insisti: - Marcos, resolva de uma vez, filho! Dê um rumo na sua vida. Você pode não estar notando, mas essa sua instabilidade, está afetando inclusive seu rendimento no trabalho. Não quero isso, ok?

- Desculpa, pai. Vou resolver isso. Prometo!

- Não se esqueça de daqui a pouco vou me aposentar e vocês é que cuidarão da empresa, mas ainda assim um de vocês terá que assumir a presidência, o comando geral. - Precisei dar um choque de realidade nele: - E, me desculpa falar isso agora, mas o Lélio é quem está à frente para assumi-la hoje.

- Eu sei, pai. Desculpa.

Pouco depois, voltamos para a sala da família, onde a dona Ana já se encontrava e ela nos perguntou se gostaríamos de visitar a Márcia. Falei que sim e fomos os dois, rendendo o seu Jairo. Foi uma visita rápida. Como sempre, fui formal e comedido nas palavras, mas nem por isso menos objetivo e isso ficou bem claro quando, encarando a Márcia, com um semblante bastante sério, fiz uma pergunta que me incomodava desde que soube da gravidez:

- Uma quase médica ficar grávida sem planejar, Márcia?

Ela pigarreou, enrubesceu e, no final, a única desculpa que conseguiu me dar foi que errou a data de aplicação do contraceptivo e que, talvez por isso, ele tenha falhado. Não engoli a resposta e, sinceramente, parece que nem mesmo o Marcos. Faltava alguma coisa no semblante da Márcia que gerasse convencimento e isso ficou muito claro quando ela, depois de me responder, olhou para ele como que buscando apoio para uma versão em que ela própria não parecia acreditar.

[...]

A dona Ana pernoitou com a Márcia no hospital naquela noite. O seu Jairo foi para sua casa e, pela primeira vez em tempos, meu pai me convidou para tomarmos um chope num bar bem bacana e exclusivo no Leblon tão logo saímos do hospital. Bebemos vários, meu pai ficou bêbado e me confidenciou, enfim, sua preferência. Só não entendi se referente a futura nora ou ao filho:

- Pega logo a mineira, Quinho! O Lelinho zá tá di olhu.

- Eu acho que já notei isso, pai. - Respondi, rindo de seu pileque.

- Eli é zafadu! Deita logo ela na cama, dá um chá de cipó cabeludo bem concentrado nela, antes que o Lelinho faza izu! - Piscou desajeitadamente um olho para mim: - Ele é bom nissu, hein!? Eu já vi…

- Já viu como, pai? - Deixei que falasse, curioso com sua história.

- Numa casa de mas… mas… massagem! Uma vez fomos com uns clientes e eles aprontaram umas boas com as meninas.

- Pai, você já traiu minha mãe!?

- Não, mininu. Neze dia, não! - Falou, fazendo um imenso não com o dedo indicador: - Eu só bebi e ri um bocado, mas eu vi e ele tem um pinto bem grossão.

- Putz, pai! Acho que o senhor já bebeu demais.

- É!? - Ele tentou me encarar e riu: - Eu acho que zim.

Um serviço de “valet” do estabelecimento se encarregou de nos levar à mansão de nossa mãe que nos esperava acordada e deu aquela bronca ao nos ver chegando naquele estado. Eu ainda estava bem, consciente e firme, mas o meu pai teve que praticamente ser carregado para a cama. Eu a tranquilizei dizendo que havia sido uma das melhores noites da minha vida, porque, há muito tempo, meu pai não tirava uma noite só para mim. Ela acabou se resignando e depois riu da situação dele.

Dormi como um condenado nessa noite. Na manhã do dia seguinte, não consegui acordar para buscar a Márcia que teria alta logo pela manhã cedo. Fui depois do almoço até sua casa, intencionado em conversar, mas ela não se sentia bem e voltou ao hospital na tarde daquele mesmo dia. Eu não entendi bem, mas a médica que a atendeu chegou a cogitar a possibilidade dela ter alguma má formação uterina ou ter um estado de pré-eclâmpsia prematura e, em qualquer dos casos, exigiria o máximo cuidado. Ela precisou ficar cinco dias internada e acabei tendo que revezar com seus pais. Da mesma forma que ficou ruim, milagrosamente melhorou sem uma explicação clínica. Após sua alta, seguida de diversas orientações, tivemos, enfim, a chance de ter uma conversa a sós em seu quarto:

- Eu sei que você deve estar pensando que eu fiz isso de propósito… - Ela começou.

- Para falar a verdade, estou mesmo! - A interrompi: - Você sempre foi organizada. Nunca errou uma data de nada desde que eu te conheço. Agora veio com essa historinha de ter errado a data do contraceptivo!? Não consegui engolir...

- Marcos, olha pra mim! Acha mesmo que eu faria isso? - Disse, me encarando: - Acha que eu engravidaria de você só para te convencer a ficar comigo?

- Não sei, Márcia. Realmente, eu não sei o que pensar. - Respondi, também a encarando, sem trégua: - Mas que é estranho, é! E muito…

- Porra, cara! Se você gosta tanto daquela caipira lá, vai atrás de uma vez. Me deixa! Te garanto que consigo criar o bebê. Não preciso da tua ajuda.

- Não vou discutir e você sabe, melhor que eu, que estresse só irá fazer mal para você e o bebê. Então, fica calma. - Contemporizei, mas conclui: - Mas só para você saber, eu vou mesmo atrás dela. Só estava esperando você melhorar. Não vou te desamparar, muito menos a esse filho ou filha, né? Mas também não vou abrir mão dela.

Uma bela e desnecessária discussão se iniciou. Ela estava realmente alterada, eu diria até transtornada. Seus pais precisaram intervir e eu saí de lá para não piorar seu estado. Expliquei de forma resumida ao seu Jairo o que estava acontecendo e ele ficou surpreso ao saber que estávamos separados há um bom tempo, haja vista que ela vivia dormindo na casa da minha mãe. Enfim, uma situação bem chata ficou escancarada e ele me pediu que fosse embora, pelo menos até ela se acalmar.

Voltei para minha casa e expliquei tudo para minha mãe, sem querer me delongar muito. Quando ela se preparava para iniciar uma de suas análises “freudianas” sobre o caráter do ser humano, tive que intervir:

- Para, mãe! Não começa. Vou arrumar a minha mala que preciso viajar…

- Mas você vai pra onde, Marcos? Caramba! Nem com uma situação dessas você para de trabalhar!?

Comecei a rir sem parar, feliz comigo mesmo por fazer exatamente o que ela não imaginava que eu faria e não consegui me conter:

- Eu vou atrás da Annemarye, mãe. Depois a gente conversa mais.

Ela se calou, boquiaberta, mas logo abriu um sorrisão e disse:

- Vou te ajudar agora a arrumar a mala! Faço questão de te colocar no avião. - Disse, se levantando toda serelepe e me puxando pela mão.

Fomos até meu quarto e ela começou a me ajudar. Ela não parava de sorrir e falar:

- Para quantos dias, Marcos? Uma semana? Um mês? Um ano? Você volta, né?

- Pode ser pra uma semana, mãe. - Respondi, feliz com nossa própria felicidade: - Ah, e eu não vou de avião, não. O pai me emprestou o helicóptero. - Falei enquanto dobrava uma calça: - O capitão Hamilton já deve estar chegando.

- Então, seu pai está de conluio com você, não é? Escondendo fatos de suma importância da sua mãe, Marcos!? Que coisa mais feia… - Disse e riu gostoso.

Minha mala ficou pronta e descemos para tomar um café enquanto aguardávamos o helicóptero chegar. Não se passaram dez minutos e o ouvimos pousando no heliponto do condomínio. Despedi-me dela e fui rápido até ele. Não havia mais tempo a perder e esperava conseguir convencer a Annemarye disso.

[...]

Na manhã do dia seguinte ao encontro no shopping, cheguei no escritório e fui trabalhar como de costume. Por volta das dez e meia, precisei ir até a recepção principal solicitar o contato de um cliente e cópias de alguns documentos à Tereza, a secretária administrativa do escritório. Qual não foi minha surpresa ao encontrar o Rubens sentado lá, dedilhando a tela de seu celular. Ele me viu e abriu um sorriso, tentando ser simpático. Por educação e toda formalmente, fui cumprimentá-lo e perguntar o que desejava:

- Estou esperando o Gregório, Annemarye. Temos uma reunião.

- Ah, claro. - Me virei para a Tereza e perguntei: - O doutor Gregório já chegou?

- Já, sim. Está terminando um atendimento e o senhor Rubens é o próximo.

- É só aguardar um minutinho, seu Rubens, ele já vai…

- Rubens, Anne, só Rubens. - Insistiu, tentando criar mais intimidade comigo.

- Desculpa, mas não me sinto à vontade. Eu prefiro chamá-lo de seu Rubens, senhor Rubens ou até doutor Rubens, se o senhor tiver formação ou titulação. - Cortei na raiz suas sutis investidas: - Agora, se me dá licença, eu preciso voltar aos meus afazeres.

- Será que você teria um minutinho? Eu queria conversar com você sobre o Erick.

Eu não queria dar um segundo sequer para ele, mas minha curiosidade foi maior e, além disso, o Erick poderia estar precisando de minha ajuda. Mesmo brava, ele era um amigo e eu não podia me furtar. Então assenti com a cabeça e indiquei o caminho da minha sala, pedindo que Tereza me avisasse assim que o doutor Gregório estivesse desocupado.

Entramos em minha sala e eu deixei a porta aberta, mas ele a fechou. Depois viu o barzinho que eu havia acabado de instalar na minha sala e se convidou para tomar um whisky. Permiti e ele foi, trazendo uma dose pura para mim também. Levantei-me e fui pegar três pedrinhas de gelo, só que, para fazer isso, eu tive que me abaixar para pegá-las no frigobar e tive um arrepio no mesmo instante, algo me dizia que ele me encarava sem o menor pudor. Eu estava certa. Ao me virar vi que ele encarava minha bunda sem qualquer constrangimento. Entretanto, quando o encarei de volta, ele desviou o olhar para meus diplomas, pendurados na parede da minha sala:

- Quando você disse, no jantar, que fazia doutorado, eu cheguei a duvidar…

- E por que eu mentiria?

- Muitas fazem isso só para me impressionar.

- Eu não preciso usar esses artifícios. - Respondi, tilintando o gelo no meu copo: - E por que eu iria querer impressioná-lo?

- Por nada, não, querida, ou talvez por eu ser o pai do seu namorado, sei lá… - Ele disfarçou: - Foi só uma forma de falar. Peço que me desculpe se me expressei mal.

- Está tudo bem. - Respondi, encarando-o séria enquanto tilintava meu gelinho no copo: - Seu Rubens, posso te fazer uma pergunta?

- Claro, querida. Estou aqui para te satisfazer de todas as formas possíveis e imagináveis. Pode acreditar! - Falou, encarando-me no fundo dos olhos.

- O senhor tem um caso com a Renata, a namorada do seu filho?

Ele engasgou com o whisky e passou a tossir desesperadamente em busca de ar. Foi sério mesmo ao ponto de me ver obrigada a ir até ele, para lhe dar uns bons tapas nas costas. Quando ele recobrou a respiração, me encarou surpreso, eu diria até assustado. Quando eu ia insistir na pergunta, duas batidas ecoaram na porta da minha sala e eu a abri. Era o doutor Gregório em busca de seu cliente. Se cumprimentaram e ele, antes de sair da minha sala, se despediu de mim e disse:

- Querida, para tudo há explicação e eu gostaria imensamente de poder continuar essa conversa para desfazer qualquer mal-entendido.

- Sim. Eu gostaria de entender melhor…

- Posso te ligar depois?

Eu concordei e lhe passei meu cartão de visita. Ele saiu em seguida ao lado do doutor Gregório, deixando-me só.

Nem me sentei à mesa novamente e meu celular tocou. No visor, aparecia um número do código de área vinte e um. Não me lembrava de ter algum cliente daquela região e o atendi, curiosa:

- Alô?

- Annemarye? É o Marcos.

Um arrepio gostoso percorreu minha espinha no mesmo instante e minhas mãos começaram a tremer. Olhei para o meu copo de whisky com os gelinhos e não pensei duas vezes: tilintei o copo. O barulho não me acalmou, então, virei a dose de uma vez que desceu queimando pela minha falta de costume com aquela bebida:

- Annemarye!? Você está me ouvindo? - Ele insistiu.

- Ah, oi! Estou! Estou sim… - Nesse momento, imaginei que alguma coisa tivesse acontecido com a dona Gegê: - Aconteceu alguma coisa com sua mãe, Marcos?

- Não! Ela está bem, aliás, muito bem e feliz.

- Ah… Que bom! - Estranhei a ênfase que ele deu, mas não achei que seria oportuno perguntar por telefone: - Então… Em que posso te ajudar?

- Me ajudar!? - Riu, surpreso com a formalidade e continuou: - Nem parece você falando… Bem... Eu… eu queria falar com você, pessoalmente. Podemos nos encontrar?

- Uai! Podemos. Por que, não, sô!?

- Ótimo! Onde e a que horas?

- Estou no escritório agora. Saio daqui uma hora, uma hora e meia para almoçar.

- Tá bom, então. Tchau.

- Tchau. Tchau? Mas Marcos… - Não consegui completar e ele desligou, fazendo com que eu encarasse curiosa meu celular e reclamasse com ele: - Mas que bicho burro, nem deu tempo da gente combinar onde e quando.

Voltei aos meus afazeres, imaginando que ele apareceria no escritório apenas no final de meu turno. Aliás, não trabalhei mais por não conseguir me concentrar. Ainda assim me esforcei e, algum tempo depois, já dedilhava pelo meu teclado o parecer da análise do contrato bancário de um cliente quando Tereza, a secretária, ligou em meu ramal:

- Annemarye, um cliente gostaria de saber se você poderia atendê-lo agora, sem horário marcado?

- Minha agenda está livre, Tereza?

- Está sim. Apenas o doutor George perguntou se você poderia ir na sala dele no final do dia.

- Está bem, então. Peça para ele entrar. Ah, Tereza, quem é esse cliente?

Ela ficou em silêncio, provavelmente perguntando seu nome e me retornou:

- Senhor Sá Pinheiro Pinto.

- “Sá Pinheiro Pinto”!? Não conheço ninguém com esse sobrenome… - Resmunguei para mim mesma, mas completei em seguida: - Peça para ele entrar.

Não mais que um minuto depois ouvi dois toques na porta de minha sala e pedi que entrasse. Tereza abriu a porta e eu a recebi com um sorriso. Ela fez um movimento com o corpo, abrindo passagem e Marcos entrou, com um sorriso lindo, encantador. Meu sorriso murchou com a surpresa inesperada para aquele momento. Tereza fechou a porta atrás dele e eu voltei a sorrir quando vi que ele usava a mesma gravata de vários tons de azul, permeada com listras rosa, que eu lhe coloquei no apartamento da dona Eugênia quando lá estive. Além disso, trajava um belíssimo terno azul, combinando com sua camisa azul clara e sapatos pretos brilhando. Estava realmente muito charmoso.

Eu me aproximei dele, que me encarava sem cessar, apenas intencionada em cumprimentá-lo. Ninguém falava nada e eu já estava ficando constrangida. Olhei então sutilmente para um belo buquê de rosas vermelhas em sua mão e, embora não fosse exatamente correto para o ambiente de trabalho, usei como álibi para começarmos uma conversa:

- São para mim? - Indiquei o buquê, sorrindo.

- Hã!? Ah, são, sim. - Respondeu sem deixar de me encarar.

Pensei que ele fosse me entregá-lo, mas ele praticamente o jogou em cima de uma poltrona próxima, surpreendendo-me e me puxou pela cintura para ele, pegando-me em um abraço forte, apertado e colando imediatamente seus lábios nos meus. Não tive reação no momento, nem sei se queria ter. Amoleci em seus braços e o abracei também, acariciando sua nuca e suas costas fortes, curtindo aquele momento tão esperado por nós dois. Pelo menos, para mim era! Acho que para ele também, tamanha a vontade com que me apertava, beijava e chupava a minha língua:

- Para… Para, Marcos. Para! - Falei assim que consegui desgrudar minha boca da dele: - A gente precisa conversar, não acha?

Ele me encarou por um segundo, sorriu e, gentilmente, segurou meu queixo, aproximando seu rosto do meu:

- Vou te dizer algo que para mim resume tudo, por enquanto. - Seu olhar tinha uma ternura que mexiam comigo e ele não se furtou em continuar: Eu te amo! Eu te amo, Annemarye.

Fiquei boquiaberta, surpresa mesmo e ele afogou minha surpresa em outro beijo intenso:

- Aqui, não, Marcos! Aaai… - Gemi ao sentir sua boca em meu pescoço, me arrepiando toda: - Para!

- Vem comigo? Agora! Sem pensar em mais nada. Só eu e você. Vem… - Disse, encostando seus lábios em minha orelha.

- Marcos, estou trabalhando! - Resmunguei sem a menor convicção.

- Não! Não diz isso. Não agora. Não hoje. Vem comigo!? - Ele insistiu, ansioso: - Fala que vai almoçar, que seu gato morreu, qualquer coisa, mas vem comigo, Anne. Fica comigo hoje.

- Marcos…

- Eu quero você! - Insistiu e me deu um beijo novamente, mas curto agora, falando em seguida: - Eu não quero esperar nem mais um segundo.

Eu ainda titubeava, mas ele estava certo do que queria, aliás, de quem queria. Pegou-me pela mão e começou a me puxar em direção à porta:

- Tá bom, eu vou! - Falei, rindo: - Só deixa eu pegar minha bolsa.

- Não! - Disse e começou a me dar vários beijinhos curtos novamente: - Você não sairá mais dos meus braços.

- Marcos!? - Comecei a rir: - Para! Assim, não.

Ficamos naquele amasso gostoso por um tempinho. Parecíamos dois namorados que não se viam há semanas. Beijos não faltaram, abraços, carícias. Ele era outro! Havia uma decisão em seus olhos que eu nunca havia visto antes e isso me agradou demais. Comecei a pensar que talvez tivesse chegado a minha chance de ser feliz e eu sorria feito uma boba por isso. Quando nossos lábios se desgrudaram após um caprichado beijo, segurei seu rosto para que não me beijasse novamente e falei quase que didaticamente:

- Escuta! Vou pegar a minha bolsa ali, tá? É pertinho. Não vou sequer sair da sua visão. Fica aqui, quietinho, calminho, bonzinho, que eu já volto, tá?

Ele ainda custou um pouco a me soltar. Eu forçava seus braços e ele sorria como uma criança para mim. Aliás, ele para mim e eu para ele! Após forçar um biquinho de contrariedade, afrouxou os braços e consegui me soltar. Fui até minha mesa e peguei minha bolsa, colocando-a no ombro e voltando rapidinho até onde ele estava. Agora ele empunhava novamente o buquê e me entregou, sempre com um sorriso nos lábios:

- Espero que goste. - Disse me olhando nos olhos: - E tem um cartãozinho!

Aceitei o presente, segurando o buquê como num abraço e abri o cartãozinho:

“O seu sonho também tem sido o meu. Vamos uni-los num só?”

Comecei a rir, surpresa com a brincadeira e devo ter ficado vermelha. Ele também ria, satisfeito com o efeito causado:

- Ai, Marcos, só você para me fazer rir num ambiente como este. - Disse, enxugando uma lágrima de tanto rir.

- Mas e aí? Topa? - Perguntou, ansioso e sorridente.

- Uai! Quem sabe? Se você merecer…

Saímos da minha sala. Ele me pegou pela mão e saiu puxando pelo corredor do escritório como se fôssemos namorados. Na recepção, outra surpresa, Augusto, o filho de Rubens, aguardava sentado a saída de seu pai e me encarou, decepcionado, mas, o Marcos, encarou com um ódio quase mortal. Tremi e temi pelo pior.

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 69 estrelas.
Incentive Mark da Nanda a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 197Seguidores: 554Seguindo: 19Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

Foto de perfil genérica

Estou amando a história! Mais parece que a coitada da Anne só vai ter seu final feliz no final mesmo! Excelente Mark

0 0
Foto de perfil genérica

Mark meu amigo, sei que estava ocupado esse final de semana. Mas não faz isso com seus fãs. Vc tá devendo 2 episódios. Me ajuda!

0 0
Foto de perfil genérica

Muitos Parabéns e que amanhã venham 2 ;)

1 0
Foto de perfil genérica

Tinha decidido a ler essa saga só depois quando o final estivesse no site mas só consegui me segurar por 24 horas 😭😭😭.

Primeiro fui muito preconceituoso, logo de cara achei que o pai do Marcos iria obriga- há se casar com a chata da Márcia.

Pra mim esse filho não é dele isso se tiver filho.

Marcos pela primeira vez foi homem e foi atrás do seu amor.

Fique encucado com dois comentários.

Essa fusão é das empresas dos pais do marcos e do Erick e por fim se o Marcos e a Anne transarem antes dele contar sobre o bebê ela não irá perdoa-lo.

Parabéns pelo aniversário de casamento, aproveitem a noite😈😈😈 e Nanda vê se posta a continuação da sua história, estamos com saudades.

1 0
Foto de perfil de Nanda do Mark

Gente, sei que vocês estão ansiosos, aliás, estava lendo isso, mas, infelizmente para vocês, o Mozão não vai postar hoje à noite. É NOSSO aniversário de casamento e ele é SÓ MEU nesse final de semana!

Para garantir meu direito de exclusividade, já levei nossas filhas na minha sogra e confisquei seu celular.

Podem me xingar a vontade, mas ele é meu!!!

Beijos para todos.

5 0
Foto de perfil genérica

Parabéns p vcs Nanda, que está data possa durar a eternidade,e o Dr Mark chegue com um buquê de duzentas rosas vermelhas representando este amor

0 0
Foto de perfil genérica

olha só.... isso mesmo você esta certíssima.. parabéns novamente pelo aniversário

0 0
Foto de perfil genérica

tudo bem, amanha ele posta dois e tá tudo certo... kkkkkkkkk

0 1
Foto de perfil genérica

Parabéns e felicidades. Aproveite mesmo temos sempre que comemorar.

0 0
Foto de perfil genérica

O autor falou que o final da história já tava contada nas entrelinhas nos capítulos anteriores, reli toda a saga incluindo esses dois novos capítulos e tô na mesma rsrs, citando Sócrates "eu só sei que nada sei". Sobre esse capítulo o Marcos agiu certo e errado, certo por finalmente tomar uma atitude e se declarar, agiu errado porque deveria antes contar antes da gravidez da sua "namorada". A Anne já foi retratada como um mulherão, agora ela deve ter algum tipo de feromônios especial que deixa os homens loucos kkkkkkk

Agora se preparar pra secar a Argentina, já fiz minha aposta na eliminação dos hermanos.

0 0
Foto de perfil genérica

Acho que vem tempestades por ai, essa convocação do George para ela ir a sala dele no final do dia esta me parecendo que o Rubens solicitou a ele alguma coisa, como ele é um cliente importante os negócios sempre vem na frete de qual quer coisa. Ate que enfim ela e marcos conseguiram se encontra, depois de Augusto ver ela saindo com Marcos, eles a cobiçaram e forçaram algo contra ela. espero que a Anne consiga se desvencilha das armadilha que ve pela frente.

0 0
Foto de perfil genérica

O fato dela ter meio que emparedado o Rubens com a pergunta sobre a Renata meio que fornece a Anne uma "vacina" contra o que pode vir por aí.

0 0
Foto de perfil genérica

Sim mas a curiosidade dela está muito grande, não acho que e de se envolver mas a de saber.

0 0
Foto de perfil genérica

Por ela ter emparedado o Rubens ele ficou na decência, acho que ele fará alguma proposta ao George para ter algum controle dela. Acho que ele usará seu poder econômico para força lá a ter uma relação com eles. Na conversa do jantar me pareceu que eles tem um relacionamento incestuoso e liberal, e essa de promover eventos da Renata não está me cheirando bem.

0 0
Foto de perfil genérica

Uao,o que foi isto heim,meu menino cresceu,viro um homem de verdade foi atraz de seu objetivo, anne.chegou p arrazar,só voltou dizer"vem cá mineirinha difícil seu macho chegou, minhas orações foram atendidas.agora vai ser difícil pois quando Anne souber da gravidez será um problema,agora Márcia armou p cima de Marco,pois eu uso este tipo de anticoncepcional e sei que tem que ficar um bom tempo sem aprovação p engravidar,será que ela pensa que filho segura homem,lerdo engano,e este Rubens que cara escroto,querer dar um trato em Anne, mesmo que fosse um cadinho do Erick,homens como Rubens pensa só porque tem dinheiro pode fazer o que quer e com quem quiser,gente baixa.horrivel,bjs Mark hj valeu

0 0
Foto de perfil genérica

Uao meu menino cresceu,virou homem e foi atraz de Anne,só faltou dizer,"vem cá mineirinha difícil,"foi como lobo a procura da caça, adorei.agora Márcia armou p cima de Marco,eu tomo este tipo de anticoncepcional,e sei que tem que ficar um bom tempo p engravidar,ou seja deste o momento que eles terminaram ela não tomou,será que ela pensa que filho segura homem,será que o filho e de Marco mesmo, pergunta que não quer calar.e este Rubens que cara escroto,está de olho em Anne,querendo a Anne, sujeito como este que tem dinheiro pensa que pode fazer tudo e com todos.bjs Mark hj valeu

0 0
Foto de perfil genérica

Concordo Bianca, esse tipo de homem que é rico e pegajoso é foda de engolir...

0 0
Foto de perfil genérica

Nossa era isso que tava esperando. Foi muito bom esse capítulo. Deixa várias coisas pra se pensar, muitas pontas soltas. Mas a atitude do Marcos foi demais. Tomara que tenham uma tarde intensa de amor e depois as explicações deixa pra mais tarde. Sensacional!!!!

Se essa saga tivesse a venda eu compraria só pra poder ver logo o que vai acontecer. Parece uma novela bem real. Parabéns Mark.

Vai Argentina!!!!

0 0
Foto de perfil genérica

Daqui a pouco a tua Argentina entra em campo contra a Austrália!!!! Será que a zebra vai aparecer... kkkkkkkk.

0 0
Foto de perfil genérica

Olha, gostei da atitude do Marcos, mas foi de 0 a 100 em poucos segundos, até meio sufocante, não deixando a mulher nem respirar. Porém, pelo que li da personalidade da Annemarye, pelo que ela já passou, se eles saírem e passarem a noite juntos e depois ele contar que vai largar a Márcia grávida... acho que ele vai perder pontos com a Annemarye. Talvez não seja uma atitude, no momento, que um homem deva tomar... Sei lá, sempre critiquei a falta de atitude do Marcos. Tenho 2 filhos, mas não são eles que me fazem estar com a minha mulher a 22 anos e sim o amor que temos um pelo outro. Acredito que se não existe amor não devemos levar uma relação adiante, mesmo que a Márcia esteja esperando um filho. Mas o momento em que ele deixou a mãe do filho dele (passando mal) para ir atrás do seu amor é que talvez não pegue bem para a Annemarye... Outra situação que o Old Ted mencionou é tb me deixou alerta foi o pai do Marcos comentando o tamanho do pau do Lelio e a performance dele na cama. O Mark não escreveria esse detalhe sem um motivo... puta merda, será que a Annemarye vai acabar trepando com o Lelinho...? Tb não sabemos se o Marcos tb não tem um "pau grande"... Que fixação por "pau grande", até parece que somente homens que tem acima dos 20cm são os destinados a arrebanhar todas as mulheres... kkkkk. O meu deve ter uns 16 ou 17cm, nunca medi, mas não passo aperto, até porque na minha idade, usamos outras armas tb para ganharmos o combate, lingua, mãos etc. Kkkkkkk.

Otra situação, me passou que o Marcos já conhece o filho do Rubens... muito cedo e rápido para ele sentir raiva do cara apenas por ele olhar para a Annemarye... Bora esperar pra ver o que o Mark vai aprontar.

0 0
Foto de perfil de Ménage Literário

Se a Anne transar com o Lelinho gostando do irmão será uma filhadaputagem sem tamanho.

2 0
Foto de perfil genérica

É uma situação que seria muito injusta com todos os envolvidos. Com a propri Anne, com o Marcos, com o Lelio e com os demais membros da família que tb estão se envolvendo no amor do casal de protagonistas.

Um outra situação que estão nos detalhes, como o Mark fala (não sei se estou certo), é a seguinte:

O escritório de advocacia estaria prestes a intermediar uma "fusão " de empresas, mas que estaria em banho-maria.

A família do Marcos é a família do Erik de empresários e ambas as famílias são clientes do escritório...

Será que uma das famílias não está tentando engolir a outra...? Não entendo muito de fusão, mas há uma possibilidade da história ter uma vertente para esse lado...

0 0
Foto de perfil genérica

É uma possibilidade. O Marcos aparentemente reconhecer o Augusto seria mais um dado.

0 0
Foto de perfil genérica

Acho que o Pelinho só quer se divertir com ela, e uma forma de superar o irmão, que pelo que vejo tem a preferência dos pais. Não acho que Anne fará isso ela e esperta e está amando o Marcos.

0 0
Foto de perfil genérica

Concordo, é quase será um ponto sem volta, e até mesmo com essa família de FDP, Rubens, Augusto, Renata e até o Erick, pois esses estão se mostrando sem caráter, pois acham que conseguem tudo pelo dinheiro!!!

0 0
Foto de perfil genérica

Alexandre33, por incrível que pareça eu reparei foi em outra coisa que o Balthazar soltou... Lê de novo o trecho e você provavelmente também vai reparar. Mas o que você falou também faz todo sentido.

Abs.

0 0
Foto de perfil genérica

Old, outras duas coisas me chamaram atenção neque trecho que vc salientou são: que o pai , com relação à Anne, prefere que o Marcos fique com ela;

E que se hoje o pai se aposentar, o escolhido seria o Lelio para ficar à frente dos negócios da família.

Seria uma dessas duas situações?

0 0
Foto de perfil genérica

Parece mentira, caro Alexandre33, mas não foi nenhuma das duas (se bem que a segunda demonstra ou sinceridade ou vontade de chacoalhar o Marcos).

Repara no início da resposta dele quando o Marcos perguntou se ele traiu a esposa.

Abs

0 0
Foto de perfil genérica

Vi tb que o pai do Marcos respondeu "que NAQUELE dia não", quando o Marcos perguntou se ele havia traído a mamãe. Ou seja, outro dia ele traiu...

1 0
Foto de perfil genérica

Isso abre possibilidades. Se traiu, com quem foi? Essa traição deixou consequências? Do outro lado, existe um traído? Ele sabe e quer vingança?

Agora sim eu viajei legal... 😄😄

0 0
Foto de perfil genérica

Bora esperar pra ver. O Mark deve se divertir com as teorias dos leitores😂. Acho que ele gosta dessa interação. Por isso comento bastante nos contos dele. Há autores que não se sentem a vontade com comentários que tentam.adivinhar o futuro dos personagens, mas o Mark gosta e noto que fica se coçando pra dar spoiler. Kkkkk

0 0
Foto de perfil genérica

Acho que o final do capítulo abre o caminho para explicar muita coisa sobre... o Marcos.

Outro detalhezinho interessante foi algo que o Balthazar deixou escapulir no meio do pileque...

Tô viajando muito?

0 0
Foto de perfil de Almafer

Mark cara que saga bem elaborada parabéns pelos detalhes nota um trilhão amigo

0 0
Foto de perfil genérica

Até que enfim o Marcos foi pra cima! Já estava na hora de dar o nome na história!!

0 0
Foto de perfil de Max Al-Harbi

Tinha tudo para dar certo, mas o final já traz novos possíveis conflitos. 😂😂😂

Tá judiando da galera, doutor Mark.

0 0
Foto de perfil de Ménage Literário

02:18h 😳😳😳

0 0
Foto de perfil de Nanda do Mark

😲

Quero ver se explicar agora, mocinho!

Ai, ai, ai, hein!?

🤣🤣🤣

0 0
Foto de perfil de Ménage Literário

Já se explicou e já está em casa. 😂😂😂

1 0
Foto de perfil de Nanda do Mark

Isso aí, Jaque. Tem que mostrar quem manda!

O meu, eu deixei até sem celular. As meninas já foram pra avó e eu estou abusando dele o dia todo. Mas pergunta se ele não está gostando?

🤣🤣

1 0
Foto de perfil genérica

Será que agora o romance engata e avança?

0 0

Listas em que este conto está presente