"Clair de Lune" - Capítulo 18 - Eu escolho você!

Um conto erótico de Annemarye (Por Mark)
Categoria: Heterossexual
Contém 4640 palavras
Data: 30/11/2022 00:03:44

Todos a encararam surpresa nesse momento e, disfarçadamente a mim, já esperando uma discussão mais acalorada. Respirei fundo, para não mandá-la à merda, mas não consegui engolir aquela perereca completamente. Então, a encarei e vomitei de uma forma bastante polida:

- Olha… Você não me conhece nem um pouco para querer emitir um juízo de valor a meu respeito. Aliás, seu preconceito contra mim deve certamente decorrer de uma má formação de sua própria personalidade, talvez tenha sido muito mimada, ou mal educada mesmo, sei lá… Mas uma coisa é fato: você é machista e retrógrada na forma de pensar. - Falei calmamente: - Mas não se preocupe. Acredito que alguns anos de terapia com um bom psicanalista possa te ajudar a evoluir para uma pessoa melhor. Se esforce um pouco, porque essa família aqui merece uma pessoa melhor do que você aparenta ser hoje.

Capítulo 18 - Eu escolho você!

Após minha resposta, Márcia ficou boquiaberta e fechou a cara, calando-se e se escondendo atrás de seu celular. Aliás, todos se calaram, impressionados com a frieza e dureza de minhas palavras. O Marcos a encarava como se quisesse chutá-la para fora da casa de sua mãe. Levantei-me calmamente e agradeci a companhia deles até aquele momento, menos a dela que fiz questão de ignorar, e disse que precisava ir, já me colocando em direção a porta da rua. A dona Eugênia se levantou e veio andando rápido do meu lado, tentando me convencer a ficar:

- Não fico, dona Eugênia, desculpa! - Disse enquanto a abraçava e cochichei em seu ouvido: - Se eu ficar mais um minuto aqui, vou acabar arrebentando aquela oxigenada.

- Deixa, mãe. Eu vou com ela. - Disse Nana quando já nos encontrávamos do lado de fora da mansão, surgida sei lá de onde, e já me pegando pelo braço: - Vamos!? Estou de carro.

- Nana! Eu quero convencê-la a ficar e você quer levá-la embora? - Falou a dona Eugênia.

- A senhora viu o que aconteceu. - Ela ponderou com um sorriso nervoso: - Então… Se ela não apanhar da Anne, eu bato!

Eu encarei surpresa aquela loirinha, com mais de um metro e oitenta “bem socados”, ou seja, pouco mais de um metro e meio de altura, e comecei a sorrir:

- O que foi? - Ela me encarou, séria.

- Nada. Desculpa.

- Fala. Pode falar. Também quero rir. - Ela insistiu, enquanto a dona Eugênia nos olhava, provavelmente procurando algum argumento que me demovesse da ideia de partir.

- Ai, não posso. Desculpa. - Falei novamente.

- Não! Fala. Eu sou de boa. - Insistiu, piscando um olho para mim.

- É que... Aí, meu Deus... É que você é toda pequenininha, loirinha, e com essa blusinha amarela e shortinho preto. - Comecei a rir agora: - Poxa. Desculpa… Mas quando você falou que iria bater na Márcia me deu uma vontade de dizer “Eu escolho você, Pikachu!” e te empurrar na direção dela.

Ela me encarou, boquiaberta e com os olhos arregalados. Depois fechou a boca, mas não aguentou um segundo sequer e começou a sorrir, depois rir e, por fim, passou a gargalhar, sentando no chão da entrada externa da mansão da dona Eugênia que nos observava sem entender nada. Depois de um bom tempo, ela parou de rir, enxugou algumas lágrimas e me falou:

- Palhaça… Adorei ela, mãe!

- Eu te falei que ela é o máximo, não falei? - Respondeu a dona Eugênia ainda sem entender a piada: - Eu só não entendi nada, mas fora isso…

Ela se levantou e começamos a sair novamente em direção à rua quando a porta se abriu e surgiu uma Márcia que, tentando disfarçar muito mal sua inconformidade, veio me pedir desculpas, justificando que não teve a intenção de ofender. Eu a encarava sem querer transparecer minha raiva e, por educação, aceitei seu pedido, mas Nana era puro ódio. Parecia uma Pinscher prestes a atacar. Lembrei-me do que havia falado há pouco e coloquei uma mão nas suas costas, dando um leve empurrão para a frente, enquanto a olhava de soslaio. Ela me encarou e começou a gargalhar novamente, fazendo-me rir também. A dona Eugênia aproveitou nosso bom humor e nos pegou ambas pelos braços, arrastando para dentro de sua mansão. Márcia veio logo atrás, cabisbaixa.

Dona Eugênia sabia que nós três, num mesmo ambiente, seria dar muita sorte para o azar. Então, nos levou até a mesa da sala jantar, deixando o Marcos com sua namorada na sala. De onde eu estava, conseguia vê-los e o clima aparentava estar horrível entre eles. A Márcia tentava interagir, mas Marcos quase nada falava.

Nós conversávamos animadamente e algum tempo depois, surgiu um senhor de idade aproximada a da dona Eugênia, vestido distintamente com uma calça e camisas sociais, esta última com as mangas dobradas, vindo da direção da porta de entrada. Ele vinha acompanhado por um casal e duas crianças que entraram correndo e dando tapas na nuca do Marcos, fazendo-o se levantar e sair correndo atrás deles.

Ele cumprimentou a Márcia com um beijo na face e depois veio até a mesa em que estávamos, sendo recebido com um beijo e um abraço pela dona Eugênia que agora fez questão me apresentar a ele, formalmente:

- Então, você é a minha filha postiça que nem cheguei a conhecer? - Ele brincou.

- É… Então… Desculpa, mas acabamos não tendo a oportunidade. - Respondi, meio constrangida.

Ele deu a volta na mesa e eu me levantei, esticando a mão, que ele ignorou para me puxar para um abraço:

- Não aperto a mão de minhas filhas. Eu as abraço! - Continuou brincando e me deu dois beijos na face: - É um prazer. Sou Balthazar.

- Sou a Annemarye e o prazer é todo meu, seu Balthazar. - Disse, meio envergonhada pelo abraço recebido.

- Não vai ficar com vergonha de dar um beijo no rosto de seu pai, vai? - Insistiu na brincadeira e riu, fazendo-me beijá-lo no rosto.

Após isso, deu um tapinha de leve na cabeça da Nana:

- Essa aqui já não merece abraço. É só tapa mesmo.

- Oi pro senhor também, pai. - Respondeu e depois resmungou baixinho mais de uma forma audível para todos ali: - Velho chato do caralho!...

- Mas que mal educada, Gegê! - Disse ao ouvi-la e passou a apertá-la num abraço forte: - Eu te amo, cachorrinha.

- Também te amo, pai!

O casal também passou cumprimentando a Márcia com beijos e abraços, depois veio até a mesa onde estávamos, cumprimentando-nos. Coube a dona Eugênia apresentar Duda, uma morena quase da minha altura, e seu tão alto quanto marido Felipe:

- Ah… É a minha irmã postiça e fujona, mãe!? - Perguntou ao vir ao meu encontro, sendo confirmado pela dona Eugênia e, depois de me abraçar, disse: - Menina! E eu que me achava alta. Olha isso, Mô, ela é mais alta que você!

Depois ela se aproximou da Nana e a cumprimentou com um beijo e um abraço. Seu marido, Felipe, também se aproximou me cumprimentando com um abraço mais comedido, mas não menos simpático que todos e ainda disse:

- Agora fomos definitivamente rebaixados, Marcos e ela nos superaram.

Aliás, nesse momento, Marcos chegou carregando os sobrinhos, o mais novo no colo e o mais velho no ombro. Duda os chamou para me apresentar:

- Anne, este é o Felipe Júnior… - Indicou o mais velho que me cumprimentou à distância, envergonhado.

- Júnior, Anne! Ninguém chama ele de Felipinho. - A interrompeu, dona Eugênia.

- Culpa sua, né, mãe! Eu queria que fosse Felipinho, mas a senhora não deixou.

- Não gosto de nomes no diminutivo. Implicitamente, parece que estamos rebaixando a pessoa. - Ponderou: - E não deixei mesmo! Sou a avó e tenho meus direitos.

Todos riram da sua tirada. Duda mandou que ele viesse me cumprimentar e ele veio com a mão esticada, todo formal. Então, o puxei e o beijei no rosto, deixando-o roxo de vergonha:

- Ah… Que bonitinho. - Falei.

- E esse aqui é o Ricardinho. - Disse a Duda de seu caçula, encarando sua mãe, enquanto tentava fazê-lo desgrudar de sua perna e sair de trás dela: - Para, menino. Vai cumprimentar a tia!

- Esse eu não consegui, Anne. Acabou ficando no “inho” mesmo. - Dona Eugênia falou, sorrindo.

Eu me abaixei e fiquei encarando ele. Depois o chamei, mas o máximo que ganhei foi uma olhada à distância e por trás da Duda. Esse era ainda mais envergonhado.

Eles se sentaram à mesa, mas ninguém parecia querer buscar a Márcia na sala e eu me senti mal por ela. Como uma ex CDF ou NERD, chamem como quiser, sabia bem como era chato ser excluída e não gostei do que estavam fazendo com ela. Eu a fiquei olhando e a dona Eugênia notou:

- Já que ela vem, querida. - Tentou me tranquilizar, mas sem efeito.

- Chama ela, dona Eugênia, isso é chato. - Pedi e ela a chamou, à distância e aparentemente sem nenhuma vontade de tê-la perto de si.

- Já vou, dona Gegê. Já vou… - Respondeu, sem muito entusiasmo, enquanto olhava para seu aparelho celular.

Não gostei daquilo e me levantei, sob o olhar atento dos demais, indo até ela e me sentando ao seu lado. Fui recebida com um olhar de surpresa, espanto mesmo. A dona Eugênia conversava algo com o marido e, por sua expressão corporal, acredito que era sobre o que havia acontecido há pouco entre nós duas, mas não me abalei, afinal, eu não havia começado a discussão, mas agora estava disposta a terminá-la. Então, respirei fundo e falei:

- Olha… A gente não começou bem. Eu quero passar uma borracha para não deixar um clima chato para essa família, mas eu só consigo resolver isso se você me ajudar. - Ela agora me olhava curiosa e em silêncio: - Pelo pouco que os conheci, posso supor que são ótimas pessoas. Você deve conhecê-los muito melhor. Então, eu te pergunto: acha justo deixá-los nessa saia justa?

- Não… - Respondeu abaixando a cabeça.

- E então?

- Então o quê?

- Vamos ficar em paz e dar um pouco de paz e tranquilidade para eles também?

Ela me encarou novamente em dúvida, talvez não acreditando nas minhas boas intenções. Pouco depois olhou para eles na mesa que nos encaravam e se sentou igualmente a mim na ponta do sofá. Depois voltou seu corpo em minha direção e estendeu sua mão direita para mim:

- Oi. Eu sou a Márcia.

Entendi seu gesto. Ela queria recomeçar do início e achei justo lhe dar um voto de confiança. Fiz o mesmo e apertei sua mão com entusiasmo:

- Oi, Márcia. Eu sou Annemarye. É um prazer conhecê-la.

- É um prazer, Annemarye. - Respondeu me olhando ainda um pouco sem jeito.

Tratei de puxá-la e lhe dei um abraço fraterno. Sou mineira e contato físico é importante para minha gente. Quando a soltei, vi que seus olhos estavam levemente marejados. Sorri para ela e ainda brinquei:

- Boba! Não te apertei tão forte assim.

- Não! Não mesmo… - Sorriu, apertando o canto do olhos esquerdo para não deixar uma lágrima fugir.

- Então… Vamos almoçar? O cheirinho tá bom demais da conta…

- Vamos!

Levantamo-nos e fomos em direção à mesa. A dona Eugênia estava de pé ao lado de seu marido e ambos nos encaravam com sorrisos de um misto de surpresa e admiração. Veio então em nossa direção, deu um abraço apertado na Márcia, o primeiro que eu vi naquele dia, pedindo que ela sentasse do lado do Marcos que também sorria feliz em nossa direção. Depois que ela se sentou, veio em minha direção e também me deu um abraço, cochichando no meu ouvido:

- Você não se cansa de me surpreender, não é?

- Uai! E isso não é “bão dimais da conta”? - Brinquei.

- Ô menina… - Me deu um beijo no rosto e me colocou sentada novamente ao lado da Nana, a única que ainda não parecia se deixar convencer pela Márcia.

O Aurélio voltou a aparecer e trazia uma garrafa de vinho do Porto em suas mãos. Cumprimentou aos que ainda não havia encontrado e mostrou a garrafa ao pai que aprovou a sugestão. Então pediu para uma empregada providenciar taças enquanto abria a garrafa. Depois serviu aos que queriam beber e veio para o meu lado:

- Eu que a trouxe e não vou poder sentar perto dela? - Resmungou com a Nana.

- Eu não saio! - Nana falou e brincou: - Ela é a minha mais nova melhor amiga de infância.

Ele cutucou o Júnior que também não parecia disposto a dar o lugar e começou a tentar comprar o menino:

- Te dou “deizão” se você me deixar sentar aqui.

- Dez!? - Os olhos do menino brilharam.

- Te dou “vintão” para você continuar aí. - Falei olhando para o menino que se surpreendeu e voltou a encarar o tio, sorrindo com a inocência própria de sua idade.

- Ô! Qualé? - Ele protestou comigo e se voltou a ele: - Dou “cinquentão”. Oferta final!

- Pede “cenzão” que ele concorda. - Cochichei para o Júnior que riu gostoso, debochado.

- Tio, é o seguinte: “cenzão” e eu te passo meu lugar…

Comecei a rir, aliás, todos começaram quando viram a cara que ele fez para o tio dele e ele cresceu ainda mais:

- Acho que vou pedir mais…

- Não! - Aurélio falou, abrindo a carteira e tirando uma nota de cem: - Pega e sai daí, moleque abusado.

Ele se levantou e saiu balançando alegre seu dinheiro, indo se sentar ao lado do pai que o cumprimentou e fez festa pela conquista:

- Cê quer me falir, né, Anne!? - Aurélio resmungou ao sentar do meu lado.

- Olha pra ele. - Apontei para o Júnior que sorria de orelha a orelha: - Não acha que ficou barato?

Ele o olhou e sorriu também para a felicidade do sobrinho. Depois encostou no meu ouvido e disse:

- Eu teria pagado muito mais para sentar ao seu lado.

Só o olhei de soslaio e me fiz de desentendida. A dona Eugênia nos olhava a todo o instante e, vez ou outra, para o Marcos que, embora disfarçasse, dava para notar que olhava em minha direção com certa frequência. O patriarca da família se levantou, então, para fazer um brinde:

- Ao retorno de minha filha pródiga. - Disse apontando sua taça em minha direção, sendo complementada pela dona Eugênia: - Que nunca deveria ter se afastado, né, Anne!?

Sorri, mas não achei justo ser homenageada ali naquele momento. Então, eu própria ergui minha taça e fiz o meu brinde:

- À família, que deve ser o início, meio e fim de todos os nossos objetivos.

Ele sorriu surpresa e todos brindaram. Foi um dia maravilhoso! O almoço estava delicioso e, acompanhado de pessoas espetaculares, ficou ainda melhor. Acabei passando a tarde com eles, conversando, bebendo, me divertindo. A Nana não se desgrudava de mim e quase chegou a discutir com o Aurélio, enciumada com tanta proximidade que ele tentava me impor. Consegui quebrar um pouco o gelo da Márcia e tivemos a chance de conversar um bom tanto, mas algo fazia meu santo não bater com o dela. Ricardinho fugiu de mim a tarde toda e, apesar de curioso comigo, não se aproximava. Coube ao Marcos pegá-lo e colocá-lo sentado no meu colo, mas ainda assim tal aproximação durou apenas alguns segundos, pois ele deu um jeito de descer e saiu correndo para grudar na perna da mãe novamente:

- Eu vou te dar um beijo. Mais cedo ou mais tarde, eu te pego, mocinho. - Brinquei, fazendo-o rir para mim pela primeira vez no dia.

Nana insistia em me fazer companhia e Aurélio se aninhou no outro lado, disputando minha atenção. Num determinado momento, o Júnior pediu alguma coisa para ela, tirando-a de meu lado:

- Enfim, sós! - Aurélio resmungou: - Poxa! Trago você pensando que poderíamos passar uma tarde legal juntos e minha irmã gruda feito um carrapato.

- E não está sendo uma tarde legal?

- Podia ser muito melhor, não acha?

- Lelinho, você está criando uma expectativa que eu não vou corresponder. Não faça isso! Não insista para não se decepcionar depois. - Falei.

- Por que você é tão arredia comigo? Eu fiz alguma coisa que te desagradou?

Nesse momento, me toquei que na verdade ele havia feito algo sim, mas não algo que o desabonasse. Quando, naquele jantar no apartamento, ele perguntou ao Marcos sobre a namorada, revelando um fato que até então eu desconhecia, acabei ficando brava com o Marcos, por não ter sido honesta comigo, e com ele também, por ter estragado algo que parecia estar nascendo entre mim e Marcos. Não sei se a intenção dele foi a de atingir alguém, mas acabou atingindo dois e de uma vez só e, talvez por isso, eu o culpasse inconscientemente:

- Terra para Anne… - Ele falou e eu o encarei em dúvida: - Tá tudo bem aí?

- Tá… Tá sim. - Falei, sem saber muito bem o que falar.

- E aí? Eu fiz alguma coisa?

- Não, Aurélio. Não fez…

- Então, porque é tão difícil você curtir comigo?

- Eu… - Eu sabia o que falar, mas não queria reconhecer que estava calejada de tantos relacionamentos fracassados: - Eu não quero falar sobre isso. Desculpa. Mas não é nada com você. Sou eu mesma.

- Então, você não ficará ofendida se eu insistir em te conhecer melhor, não é?

- Vai perder seu tempo… Tudo o que eu tinha pra falar já foi dito para todos. Desculpa mesmo! - Disse e olhei para meu celular, me dando uma deixa: - Quase cinco!? Como o tempo voa. Já vou indo.

- O que? Por que? Vai não. Fica mais um pouco e depois eu já me arrumo para irmos ao sambódromo. - Ele pediu.

- Eu tenho que me arrumar, Lelinho. Não vai dar, não!

- Eu me arrumo, passamos no seu hotel, você se arruma e a gente vai. Juntos.

Nesse momento, Marcos e Márcia haviam se aproximado para se despedir e ouviram nossa conversa. Ela aproveitou a deixa:

- Então vocês vão juntos para o sambódromo?

- Claro! - Respondeu o Aurélio: - Curtimos pra caramba no camarote ontem e vamos repetir a dose hoje.

Eu o encarei sem saber o que falar, porque havíamos mesmo curtido a noite anterior. Mentir, ele não havia mentido, mas a forma como falou, deu a entender que estávamos tendo algo mais e isso me incomodava, pois não era a verdade. Ainda assim fiquei sem jeito de explicar, nem sabia como fazê-lo sem criar uma situação constrangedora. Calei-me, então. Para piorar, o Marcos me encarava e parecia decepcionado. Isso sim me doeu na alma:

- Vamos também, amor? - Márcia perguntou ao Marcos, fazendo-o, enfim, desviar seu olhar de mim.

Antes que ele respondesse, vi o Júnior passar correndo com a Nana atrás dele em direção a um jardim de inverno. Foi a minha deixa para segui-los também. Nesse momento, a dona Eugênia apareceu sozinha atrás de mim, sabe-se Deus lá de onde, me puxando pelo braço para uma espécie de estufa, um orquidário na verdade. Lá dentro, em meio a uma variedade de plantas que eu nunca entendia muito pouco, nos sentamos num banquinho de ferro forjado:

- Você está bem, querida? - Me perguntou.

- Não! Eu preciso sair daqui. - Respondi de imediato, revelando toda uma angústia que estava me abatendo: - Desculpa. Não é nada com a senhora, mas eu quero ir embora.

- Calma… Fica calma. Eu vi o que está acontecendo e entendi sua situação.

- Eu não fiz nada! Eu…

- Eu sei que não, querida! - Me interrompeu: - Só quero te perguntar uma coisa e seja bem honesta comigo, por favor: você está se relacionando com o Lelinho?

- Não! A gente só se encontrou ontem no camarote. Conversamos, pulamos carnaval um pouquinho, bebemos juntos, mas só isso! - Respondi com a maior sinceridade: - Ah, e saímos para comer um lanche depois. Eu juro!

- Eu acredito. Fica calma… - Me encarava: - Ele está interessado em você, está claro isso, mas e você?

- Ele… Ele parece ser legal, dona Eugênia, mas… - Suspirei fundo e preferi me calar, porque a resposta era óbvia.

- Já entendi. Fica tranquila. Eu vou conversar com ele depois. Ele está naturalmente impressionado com você, assim como todos os demais. Você é uma criatura iluminada. Só o fato de ter feito as pazes com a Márcia mostra o tipo de pessoa linda que você é.

- Ah… Não sou nada disso, dona Eugênia. Estou longe de ser perfeita.

- Isso só prova como você é maravilhosa! Mesmo sendo como você já é, ainda acha que pode melhorar.

- Eu… Desculpa, mas eu vou embora. Eu não estou à vontade mesmo. Eu…

- Fica calma. Vou cuidar de você. Não deixo mais eles te pressionarem e já sei até o que fazer… - Falou e foi até a porta do orquidário: - Nana! Vem aqui, meu anjo.

Voltou a ficar do meu lado e logo a Nana apareceu, notando um clima pesado de imediato:

- O que aconteceu, mãe? Tá tudo bem, Anne? - Perguntou, aflita.

- Nana, o Aurélio está interessado na Anne…

- Mas você não estava gostando do Marcos? - Nana a interrompeu e me perguntou de supetão.

Eu a encarei, com olhos arregalados e, antes que pudesse perguntar de onde ela havia tirado isso, ela encarou a mãe e disse:

- Foi a senhora que me falou. Eu já não tô entendendo mais nada…

- Dona Eugênia! Pelo amor de Deus… - Falei, colocando a mão na cabeça: - O que está acontecendo aqui?

- Calma! As duas… Nana, apesar de parecer meio louquinha, é extremamente ponderada…

- Sério!? Agora eu sou ponderada. - A interrompeu e colheu um olhar de reprovação da mãe, mas ainda continuou: - Até ontem eu era a ovelha negra da família, Anne.

- Acabei comentando com ela que senti algo muito forte entre você e Marcos, mas que houve um desentendimento entre vocês e acabaram se afastando.

- Deus, dona Eugênia! Eu vou embora. - Pedi, já me levantando e ela me segurou pelo braço.

- Espera! Escuta… O fato de você estar constrangida com o interesse do Aurélio na frente do Marcos, mostra que alguma coisa aqui dentro. - Indicou o meu coração: - Bem aqui dentro, não está bem resolvido.

- Eu já contei para a senhora! Era noiva, fui traída pelo meu noivo com minha dama de honra e me separei. Não quero mais! Não dou sorte com relacionamentos. - Comecei a falar sem parar sequer para respirar: - Daí estava lá no seu apartamento. O Marcos todo atencioso… Ele havia me salvado! Eu… Eu acho que… Então um dia, naquele em que fiz o jantar, a gente quase se beijou e logo depois fiquei sabendo que ele namorava. Não sei! Me confundi, acho que foi isso… Poxa! Eu não dou sorte! Eu só quero ficar em paz, gente! Por que é tão difícil ser feliz?

Parei sem ar e respirei fundo, uma, duas, três vezes, tentando me acalmar. As duas me encaravam surpresas com tudo o que eu havia acabado de falar e confessar. A dona Eugênia colocou sua mão sobre a minha que parecia estar gelada:

- Anne, você nunca me contou como terminou seu noivado. Eu sinto muito que você tenha passado por isso. - Falou.

Nana agora estava sentada sobre os próprios joelhos à minha frente, apoiando-se em minha perna. Me encarava com pena e dava para notar que não sabia o que falar. Por sorte sua mãe estava ali e ela sabia bem:

- Eu imaginei… Eu vi que você e Marcos estavam tentando se entender. Mais que isso, vi que vocês dois se gostam demais um do outro. Ouso dizer que existe amor. - Eu a encarei surpresa, mas antes que eu pudesse protestar, ela me calou: - Espera! Deixa eu falar. Marcos já me confessou que não quer ficar com a Márcia. Aliás, eles haviam terminado quando eu tive o meu “piripaque”. Ele estava indo te buscar naquele dia e eu acabei atrapalhando vocês.

- Eu… não vou… acabar… com um… relacionamento… - Frisei pausadamente para ela: - Se é isso que a senhora está sugerindo, esqueça! Fizeram isso com o meu e ainda dói demais.

- Não estou dizendo para fazer o mesmo que fizeram com você, mas converse com ele. - Ela voltou a insistir: - Eu te pedi isso naquela oportunidade. Abra o seu coração e lhe dê a chance de se abrir com você também. Só a verdade irá libertar vocês dois!

Fiquei surpresa com sua sugestão, mas, por mais prudente que fosse, me faltava coragem para enfrentar essa situação e eu tinha certeza que nem mesmo o Marcos teria coragem para começar uma conversa daquelas:

- Dona Eugênia, dona Eugênia… Danada a senhora, viu!? - Respirei fundo e sorri nervosa: - Mas não vou fazer isso, não. Desculpa! Não tenho coragem para fazer isso…

- Mas eu tenho! - Me interrompeu a Nana, já se levantando.

Quando eu vi que ela falava sério, segurei forte sua mão, não deixando que saísse de perto de mim e a encarei de cara fechada:

- Se você fizer isso, eu nunca mais olho na tua cara! Não me faça passar essa vergonha!

Ela me encarou assustada e depois a própria dona Eugênia, voltando a se sentar ao nosso lado:

- Ô, mãe! - Protestou em seguida.

- Calma, Nana. A vida é dela. Se ela quiser sua ajuda, ela pedirá. - Falou para a filha e se voltou novamente para mim: - Gosto muito de você! Você é uma filha que eu adoraria ter, mas, como isso não é possível, já serve como nora. - Rimos todas da brincadeira: - Me desculpe insistir, vocês dois tem tudo para darem certo juntos! Vocês dois se completam, vocês brilhavam quando estavam jun…

- Dona Eugênia, por favor… - A interrompi: - Não me confunda mais do que eu já estou. Não quero mais namorar. Só quero trabalhar, estudar, criar meus bichinhos… Já falei, não dou sorte!

- Está com medo de se machucar novamente, não é? - Pela primeira vez, Nana falava como uma mulher madura e tinha acertado em cheio.

Eu a encarei e mesmo surpresa, acabei balançando afirmativamente a cabeça. Ela própria continuou:

- Olha só… Não vou falar com ele, se você não quiser, mas se quiser eu falo, sou muito amiga dele. Tenho intimidade suficiente para chegar e abrir o jogo. - Balancei negativamente a cabeça outra vez para ela: - Tá. Então, tá. Não falo. Se quiser ir embora, eu te levo. Digo que você vai comigo buscar algo em meu apartamento e deixo você no hotel. Quer?

- Quero. - Concordei, me levantando, e me voltei para a dona Eugênia: - Desculpa!

Ela se levantou e veio me abraçar:

- Filha, só quero o melhor para você, que você seja feliz e se, para isso, puder fazer o meu filho feliz também, eu ficarei ainda muito grata.

Dei o meu melhor sorriso, mas saiu amarelo, fraco, constrangido. Ainda assim foi um sorriso, muito melhor que uma lágrima. Voltei-me para a Nana que me deu uns tapinhas no rosto e brincou que era para ativar minha cor, pois eu estava pálida. Depois me cutucou a costela e eu ri, pois tenho cócegas, falando ainda que agora eu parecia a Anne novamente. Fomos para dentro da casa e ela avisou a todos que estávamos saindo para buscar algum jogo em seu apartamento. Ali ela perguntou pelo Marcos e soubemos que havia saído com a Márcia. O Aurélio se aproximou para ir junto da gente, mas ela negou, dizendo que era um “momento calcinha” e fazendo com que ficasse emburrado.

Saímos e ela me levou direto para meu hotel, onde nos despedimos. Eu sabia que se ficasse ali, logo o Aurélio viria ao meu encontro e eu não queria lhe dar esperança alguma. A conversa com a dona Eugênia serviu, ao menos, para me mostrar que eu ainda sentia algo muito forte pelo Marcos e que eu ainda precisava aprender a lidar com aquilo. Não era certo me relacionar com o Lelinho gostando do Marcos, mas eu não teria como negá-lo sem ser desonesta e não queria ser honesta ao ponto de dizer que amava seu próprio irmão que era comprometido com outra. De meu celular, acessei as companhias aéreas e reservei uma passagem na ponte aérea para São Paulo. De todas as soluções, escolhi a menos bonita: fui covarde e decidi fugir da situação. Fiz meu “check out”, fui para o aeroporto e de lá para casa.

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 196Seguidores: 545Seguindo: 19Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Ô casal complicado esse! Vô te falar, dois "cantos de cerca"!

Estou adorando a história, tanto que só leio quando posso ler pelo menos dois capítulos sem ser interrompido!

Excelente Mark

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Está meio lento as coisas mas, está me parecendo que ligo começa às intrigas e disputas entre os irmãos. Parabéns Mark

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Detalhes. Está tudo escondido nos detalhes que a história já vem apresentando.

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Mark vc é o cara. Conto cada vez mais interessante. Vontade de algemar o Marcos com a Anne pra esses dois deixarem de ser cabeça dura. Agora o Lelinho da Márcia são bem falsos.

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Bom dia Mark,este conto está ficando melhor do que eu esperava menino,gostei da atitude de Anne referente a Márcia,colocou está patricinha dourada no lugar,e depois estendeu a bandeira da paz,e dona Eugênia, que mulher esplêndida, sabiá e compreende a todos,e o carinho que ela dar para todos e sem igual, agora o Marco tadinho tendo de está aí lado de Márcia e amando Anne e sem ter como falar,sem ter tempo de se explicar e duro,e ainda tendo o irmão Lélio parecendo um pavão a toda hora, coitado do Marco,ainda quero ver o encontro dos dois,bjs amigo,outro p Nanda

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Vejo muita gente cobrando uma postura do Marcos, mas é preciso entender como o destino foi cruel com ele e a todo o tempo o colocou em uma situação que demonstraria que a Anne não quer nada com ele.

Primeiro ela nunca o atendeu ou respondeu as solicitações de amizade na Internet, depois a encontrou com o Gera, depois com o próprio irmão abraçada curtindo o Carnaval.

Claro que ele deve buscar e tentar ficar com ela, mas todas essas situações o colocam também numa posição de extrema dificuldade.

É preciso falar também que a própria Anne não toma uma atitude, seja quando viu o Gera falando que eles eram namorados e agora com Lelinho falando que eles curtiram juntos o Carnaval, tudo na frente do Marcos.

Então vejo ambos como omissos e aí só o nosso querido Mark saberá como resolver essa situação hahahaha

Só espero que ela não fique nunca com o Lelinho, pois seria uma baita escrotidao.

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Por isso que gosto de interagir com o autor e com alguns dos leitores. Vc me fez olhar por outro ângulo e tenho que concordar com vc. Concordo tb da Annemarye nunca ficar com o Lelinho. Acho que seria o fim das esperanças de um romance...

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É preciso lembrar que para a Anne, Gera, o americano, Erick, Lélio e qualquer outro cara está em uma posição completamente diferente do Marcos. Anne sabe que não existe chance de coisa séria com esses homens. Com o Marcos existe o sentimento, e a decepção por ter sonhado outra vez e descoberto que ele tinha um compromisso. Para ela se entregar ao Marcos, é mais complexo do que um sexo casual.

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Touché!!!

Exatamente isso.

Transar, o prazer carnal, é fácil de se resolver, mas fazer amor, a conjugação de sentimentos, é muito mais complexo e sempre mais prazeroso.

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Seu texto deixa isso muito claro. Nessa parte, Anne fala até em amor, se confessando sem querer em pensamento.

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Meninas, mas eu concordo com vcs. O que eu concordei com o Jromao é que na cabeça do Marcos, a Annemarye está sempre com outros quando eles se encontram e isso gera uma insegurança ainda maior nele... Como disse, até concordo com a visão do Jromao, mas ainda acho que falta atitude por parte do Marcos. Tb não vejo nada demais em a Annemarye aproveitar o sexo casual.

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Foi só um complemento aos dois comentários. Também achei interessante o que foi dito antes. E também entendo a relutância do Marcos em ser direto, pois todos os momentos impuseram obstáculos a ele, o fazendo duvidar se Anne estava na mesma sintonia.

Tudo tem uma razão de ser, e talvez o momento dos dois não fosse o correto, mas acredito que esse momento vem se aproximando cada vez mais.

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É o que espero tb, pois contos que terminam com uma história de amor prevalecendo, são raros... espero que o Marcos se encontre e se torne o homem que a Annemarye precisa e merece. Mas vai ter que melhorar bastante pra ficar à altura da mineirinha...rsrsrs

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Amigo, tenho umas boas sacadas para essa história que ainda nem apresentei, mas quando acontecer... Ahhhh, vai ser do caralho!

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Porra Mark, quando li o título fiquei muito ansioso pra alguma coisa mais quente entre os dois rolar.

Mas de todo jeito este capítulo foi muito bom. Nem precisa ter alguma cena de sexo pro capítulo ser excelente. De um presente pra nós leitores e põe os dois pra ter um encontro com sexo logo. Não precisa ser só no final, mas da um gostinho de ver os dois juntos. Um abraço!

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Estou tentando fazer esses dois se encontrarem, mas não está fácil. Nem com a valiosa ajuda da dona Gegê, estou conseguindo colocá-los num mesmo quarto.

Estou tentando!

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Mark que parte maravilhosa essa amigo parabéns pela desenvoltura do conto, isso vai ficar cada vez melhor nota mil.

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E segue o baile!!!!!!! Todos da família sabem que o Marcos é a Anne se gostam, inclusive o Lelio. Não sei porque ele insiste em tentar pegar a Anne... Sei que o Marcos tá errado em manter um relacionamento gostando de outra, mas como irmão o Lelio tá se tornando um baita "pau no cú", além de um chato. Me.passa a impressão de ser aquelas pessoas que ficam forçando uma barra que não é pra ele. A namorada do Marcos é vítima tb, por isso entendo a Annemarye em não sacanear o relacionamento do Marcos com a Márcia. Ela está se colocando no lugar da Márcia. Bora Mark, acelera. Kkkkkkkk.

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Acho que a intenção do Mark não é essa, mas depois expor o Marcos como um cara que poderia afastar a Annemarye da tristeza de ser traída, agora já estou começando a questionar o caráter dele... não queria, mas ele está se mostrando o contrário do que foi mostrado inicialmente...

Um cara sem atitude.

Que está engambelando a namorada, sim porque ele está deixando de desmentir a postura dela diante da família e sociedade (muito cômodo).

Na real, ele traiu e está traindo a namorada.

Ptz, se fosse uma mulher esse personagem já estaria sendo demonizada pela maioria dos comentários...

Mas espero tudo se reverta, pois por causa do início, peguei simpatia pelo Marcos e pelo casal (Marcos e Annemarye)

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Talvez a namorada do Marcos não seja tão vítima assim, lembra dela conversando intimamente com os dois bombados na festa? Tem coisa ali e só a Anne pode salvar o Marcos.

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Comentei com um outro leitor. Prestem atenção aos DETALHES apresentados ao longo da história. Há muita explicação pelo texto todo.

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Cara, veja também a situação do Marcos. Todas as vezes que ele buscou a Anne ela estava com alguém. Nunca o atendeu ou respondeu sua solicitação nas redes sociais, Gêra em Maceió, agora o próprio irmão ele encontrou abraçado nela curtindo um Carnaval.

Aí também fica difícil ele tentar qualquer coisa, pois sempre a encontra acompanhada.

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É olhando por esse lado... mas ainda acho que ele tá devendo "atitude", mesmo que seja para levar um tubo...

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Concordo.

Ele pode até não tentar nada nesses momento, mas não poderia ligar para ela, agora que tem o telefone correto, e marcar de conversarem, um café apenas, quem sabe acompanhado de um pão de queijo?

Homem, quando quer, faz acontecer. Cria sua oportunidade.

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Só uma dica: talvez haja uma história mal resolvida entre os irmãos.

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Nada como a experiência da Dona Eugênia, para dar um choque de realidade na Anne!!

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Mas além de experiente, a mulher é psiquiatra. Então, de cabeça, ela deve entender bem.

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Parece que ainda tem muita história pra ser contada

O sobrenome do patriarca é de origem hebraica?

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Já ví que meu escritor preferido está alongando muito a historia, não precisa isso tudo, um bom conto é como uma boa série, boa história e rápida sem precisar inventar tanta coisa! Chega um momento que o escritor ou autor como queira começa arrumar ingredientes para alongar demais a história e isso não e legal! Gostei de seu último conto "Delírios noturnos" e foi foi bem curto! Não demore meu escritor preferido, já sinto falta de sua história com sua digníssima! Mark e Nanda!

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Amigo, não é que a história está sendo alongada: eu estou apresentando vários pequenos detalhes ao longo dos capítulos para que vocês entendam todo o contexto no final.

Só vou dar um dica para você: FIQUE ATENTO AOS DETALHES!

Detalhes...

Detalhes...

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Estou puto com você Mark kkkk li o título e já fiquei otimista (é agora que esses dois se acertam) mas não, claro que não.

Todo mundo naquela casa sabe que o amor está no ar, até eu que sou mais lerdo sei.

Tomara que a melhor sogra do mundo de um puxão de orelha nesses dois filho, no Marcos bobão pra se declarar de uma vez por todas e no outro lá pra tirar o cavalinho da chuva.

Se você já escreveu toda a história te mando um e-mail aí você me envia, não quero ler por capítulos mais não

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Vou mandar, não, Marcelo!

Você vai sofrer com todo mundo... 😈

🤣🤣🤣

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Toda valentona e correu da raia.

Mas pensando bem nao tinha mesmo o que fazer.. e nao vai conseguir se livrar do Lelio sem abrir o jogo, como se isso fosse necessario, mas dar um corte radical.

Ta parecendo drama mexicano.. hehe

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Amigo, desde o primeiro momento, avisei que haveria uma carga maior de romance, suspense e intrigas. O sexo será um elemento presente, mas apenas em momento que eu julgue interessante para apresentar um pouco mais da evolução dos personagens.

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