Memórias - Parte VI

Um conto erótico de Nantes / Nassau
Categoria: Grupal
Contém 7087 palavras
Data: 03/11/2022 21:15:03

Quando cheguei ao meu apartamento não me contive e tive que me tocar até gozar mais uma vez naquele dia. Em meu prazer solitário, me via entre aquelas duas mulheres, uma madura e segura de si e a outra uma quase adolescente espevitada e cheia de energia com uma vontade de viver que a fazia se atirar nas mais loucas aventuras.

Depois de gozar, passei algum tempo refletindo sobre a forma como o destino conduz nossa vida. Só poderia ser destino estar morando em São Paulo há quase um ano e na primeira vez que precisei de ajuda ser socorrida por um casal que depois passou a me tratar como um membro da família. Até aí, tudo bem, porém, o fato dessa família ser bastante liberal e com uma disposição fora do comum para gozar os prazeres do sexo era algo de se admirar.

Também o fato de eu ter começado a contar minha vida para elas é algo que não consigo explicar. Talvez, quando notei o afeto de Elaine para comigo resolvei me revelar por inteira entendendo que isso provocaria o afastamento dela. Logo descobri que estava redondamente enganada, pois não só a afastou, como também fez com que nos envolvêssemos em uma entrega onde o prazer que uma proporcionava a outra foi algo indescritível.

Não bastasse isso, ao sair do apartamento delas depois daquela cena sabia que elas se entregariam à prática do sexo e o fato de serem mãe e filha, em vez de me causar algum sentimento de repúdio, fazia só com que meu desejo aumentasse mais ainda. Com meus pensamentos pairando nesse assunto, me ocorreu a curiosidade de saber como o Tobias se encaixava nessa história. E a Diana? Já mulher feita em seus quase vinte anos, linda como a mãe e discreta como ambos os pais e que, pelo que pude entender, alguma coisa ocorrera entre Diana e sua mãe. Jacqueline deixara isso claro ao reclamar sobre o fato de ter ocorrido algo entre a irmã e a mãe. Febril de tesão e curiosidade, peguei um livro tentando desviar meu pensamento, porém, não conseguia e logo estava me tocando novamente. Nessa hora, o vício falou alto e lamentei não ter nada em casa para satisfazer a ele. Mas eu não podia sair em busca d drogas. Prometi a Elaine que me afastaria das drogas e já fazia duas semanas que estava limpa.

Sorri feliz ao me dar conta que minha força de vontade estava apoiada mais no fato de não querer decepcionar a Elaine do que na minha própria força de vontade. Não havia como fugir disso. Eu estava empolgada com essa nova experiência de praticar o sexo apenas pelo prazer e atingir esse prazer sem o auxílio de drogas nem nada. Minha droga estava sendo aquelas mulheres lindas. Então, de repente, surgiu um novo fator em minha cabeça. E Tobias? Que tipo de homem seria ele quando estivesse fodendo uma fêmea?

Imaginar aquele homenzarrão, com seus quase dois metros me possuindo completou o ciclo do meu desejo. Vencida novamente, toquei minha bucetinha molhada e senti meu grelinho latejar de tão durinho que estava. Esfreguei meus dedos nele até gozar horrores.

Depois de gozar mais uma vez, cochilei por alguns minutos e, ao despertar, me deixei ficar deitada na cama com meus pensamentos vagando entre o passado e o futuro e as comparações foram surgindo. Mesmo não desejando fazer essas comparações, era forçoso diante da diferença de comportamento entre meus novos amigos do presente e as pessoas que praticamente me escravizaram no passado.

Carlos continuava a usar a mim e à sua filha sem nenhum pudor para ir conquistando cada vez mais o poder que ambicionava. Políticos importantes faziam o curto trajeto de Brasília até Goiânia para uma noite tórrida de sexo todas as vezes que ele precisava de um favor, da aprovação de um projeto de lei ou para calar algum deles que começassem a direcionar críticas a ele e às suas atividades. Era de se admirar como Jéssica se atirava naquelas atividades com tanto empenho. Ela não usava drogas, exceto uma vez ou outra que seu pai quebrava uma ampola de haxixe próximo a ela. A garota nascera para ser uma cortesã e usava seu corpo com empenho para ajudar seu pai em suas conquistas e nunca se envergonhava de mostrar o quanto gostava disso.

Estava tudo bem comigo. Exceto o sentimento de culpa por estar enganando ao Rodrigo a quem ia aprendendo a gostar cada dia mais, o resto para mim era uma festa. Afinal, tinha sexo de todas as formas, gozava desesperadamente com homens poderosos, ricos e que se rendiam aos meus encantos, recebia minha dose de drogas para saciar meu vício e ainda tinha um namorado que me idolatrava e com quem eu aparecia em público para causar inveja nos demais jovens da idade do meu namorado que, sem saber da puta que eu era, gostariam de terem a mim como suas namoradas. Sem falar que Rodrigo era terno, carinhoso e quando íamos para a cama eu sentia a diferença entre fazer amor e fazer sexo. E eu gostava dos dois.

Foi nessa época, quando eu sentia que minha vida não podia ser melhor, que houve dois acontecimentos que começaram a abrir meus olhos. O primeiro deles foi uma seção de sexo entre Carlos, eu e um casal. Estranhei pela diferença de idade do casal quando notei que a mulher, se é que poderia ser chamada de mulher, era mais nova que eu, devendo estar na casa dos dezesseis anos. Tudo ficou ainda pior quando percebi que ela relutava em participar da orgia que se iniciava. Resolvi dar um tempo, pedindo ao Carlos que nos desse um tempo e com menos de cinco minutos de conversa fui informada que ela era, na verdade, filha do homem. Seu nome era Morgana e, depositando sua confiança em mim, confessou que o pai a vinha seduzindo há tempos e que ela não sentia nenhum desejo por ele.

Perguntei a ela qual o papel que o Carlos desempenhava nisso e ela respondeu que sabia por alto, mas que, tudo indicava que seu pai tinha o poder de decisão sobre a venda de uma empresa na qual meu sogro estava interessado. Logo deduzi que Carlos deve ter arrancado esse segredo do homem e se prontificou a ajudá-lo a realizar seu desejo.

Não que fosse santa ou que aquilo para mim fosse uma aberração, afinal, eu transava com pai e filha e até gostava disso, porém, o fato de estarem forçando a garota a isso me remeteu ao passado, quando um professor, usando de artifícios como a necessidade de obter uma nota melhor, me obrigou a fazer sexo com ele. Como quando tinha acontecido comigo eu não me contive até conseguir uma vingança, o fato de a garota estar sendo forçada também me revoltou.

Tomei então uma decisão que iria me custar caro. Fiz a garota se vestir, pois na insistência de fazerem com que ela transasse já haviam tirado a calça jeans e a camiseta que ela usava, a levei até a saída da cozinha, pois estávamos em um apartamento que Carlos usava como, segundo ele, “abatedouro” e levava para ali as mulheres para transar. Procurando fazer o menor ruído possível, a coloquei no elevador de serviço com o dinheiro para ela pagar um táxi. Antes, porém, a instrui para que contasse o que se passava para sua mãe ou, que fosse até o Conselho Tutelar e o denunciasse.

Retornei então à sala e o pai da Morgana, cujo nome nem me lembro mais, perguntou:

– Onde está a menina?

– Ela não estava se sentindo bem e a coloquei no elevador. Já deve estar em um táxi a caminho de casa. – Respondi fitando Carlos e tentando transmitir a ele a mensagem de que achava aquilo muito errado.

Carlos deu a entender que entendera. Entendeu, mas não concordou, pois veio até mim e disse baixinho no meu ouvido:

– Se eu perder esse negócio por sua causa vou fazer você pagar cada centavo do prejuízo que vou ter.

– Se prejuízo não vai ser maior do que os lucros que já te ajudei a conquistar. – Respondi também em voz baixa, enfrentando aquele homem que me dominava pela primeira vez.

– Você está muito enganada se acha que vai se safar dessa assim.

Feita a ameaça a mim, Carlos se voltou para o homem e usou de toda sua capacidade de convencimento de que eu faria de tudo para compensar a ele pela ausência de Morgana. E tive que usar.

Havíamos chegado naquele apartamento antes das quinze horas e eu fiquei ali por dois dias sendo fodida. Primeiro por Carlos e o homem que usaram do meu corpo a seu bel prazer e, com a ajuda de medicamentos, se mantiveram na ativa por muito tempo. Depois de saciado, Carlos deu alguns telefonemas e logo dois outros homens chegaram ao apartamento. Ficaram ele e o homem assistindo enquanto eu era usada e gozava horrores nos paus enormes. Meu algoz e dono fizera questão de escolher bem para fazer com que eu pagasse por minha ousadia.

O resultado foi que fiquei três dias presa dentro daquele apartamento sendo usada, fodida e gozando horrores, mesmo porque, com a raiva que estava sentindo de mim, Carlos liberou de vez me entregando droga em quantidade suficiente para me deixar totalmente fora de mim enquanto ia ligando para homens comparecerem lá para me foderem. Acho que naqueles três dias todos os guardas costas e funcionários mais próximos, além de conhecidos de meu sogro foram convocados para me foderem.

Fodida, espancada, pois alguns dos homens que ele chamou lá gostavam de dar tapas nas mulheres enquanto a fodiam e a minha reação, em virtude de estar dopada e também por ser uma vadia mesmo, era gozar, gozar e gozar. Só saí de lá, desmaiada, por ele ter chamado Jéssica para providenciar minha remoção do local. A sempre prestativa Jéssica que fazia tudo o que o pai mandava, cuidou de mim, muito embora deixasse transparecer que o que ela desejava mesmo era minha morte.

Essa também foi uma nova descoberta. Que a Jéssica era sempre antipática não era novidade. Que ela não morria de amores por mim, também não. Mas descobrir que ela nutria aquele sentimento de ódio por mim era novidade. Depois fiquei sabendo que ela tinha um ciúme doentio de seu pai e que já destruíra a vida de uma garota pelo qual seu pai tinha se apaixonado.

A partir daí minha vida mudou. Carlos, que nunca havia demonstrado nenhum respeito por mim, passou a ser ainda mais rude e a exigir de mim cada vez mais. Agora era toda a semana e quase sempre para atender o desejo de alguém. Já estava sentindo até mesmo falta de transar com ele e com Jéssica.

E foi depois de dois meses sendo tratada como uma verdadeira prostituta a serviço do senhor Carlos e de sua desmedida ambição que veio a bomba maior. De repente, do nada, ele colocou na cabeça de que Rodrigo e eu deveríamos nos casar.

Estar com Rodrigo era agradável. Casar com ele era outra história. Como eu poderia comparecer em uma igreja e jurar fidelidade a um homem sabendo que não ia poder cumprir esse juramento? Pior ainda, a quebra desse compromisso seria com o pai dele, ou, ainda pior, a mando dele. Aquilo para mim era inadmissível. Recusei na hora.

Conforme a Lei de Murphy, nada é tão ruim que não possa piorar. Essa frase se revelou ser verdade quando Carlos, provando que não estava para brincadeira, revelou de vez sua total falta de caráter e me mostrou filmes, fotos e gravações em áudio de minhas transas. Acompanhada com a “gentileza” de me deixar saber que tudo o que fazia com relação a sexo era registrado, veio a informação de que aquilo seria mostrado para meus pais se eu me recusasse.

Eu podia suportar muitas coisas vindas daquele homem e estava preparada para enfrentá-lo, mas não podia permitir que meus pais, já idosos, fossem envolvidos naquela história sórdida. Sentindo-me sem saída, concordei com a imposição de meu dono, não sem tentar colocar uma condição:

– Tudo bem. Eu me caso com o Rodrigo. Só que, a partir do casamento, você nunca mais vai encostar a mão em mim.

Carlos me olhou de cima a baixo antes de responder:

– Claro que não! Afinal, você acha que vou fazer meu filho de corno?

– Acho sim. Acho porque para mim é isso que você está fazendo. – Respondi com raiva na voz.

– Tudo bem. Eu concordo, mas...

Aquela interrupção, somada à expressão zombeteira na voz de Carlos me deixou muito preocupada. Temia pela continuação da frase que dava a entender que vinha coisa muito ruim ali. E eu estava certa. Logo veio a má notícia:

–... Você vai ter que me conceder uma festinha de despedida de solteira.

– Seu safado. Nem pensar. Já que você quer oficializar sua condição de sogro, a partir de hoje não vai rolar mais nada.

– É pegar ou largar. Você me dá uma despedida daquelas e nunca mais encosto a mão em você ou vou usar aqueles filmes e fotos.

– Seu chantagista filho de uma puta...

– Sua biscate drogada. Nem vem querer dar uma de santa. Nós dois sabemos que você nasceu para ser putinha e que precisa de um cara como eu para dar vazão a todo o tesão que você sente.

Carlos não estava errado. Eu era uma puta, era drogada e meu tesão não tinha limites e estaria sempre me metendo em situações sexuais pouco convencionais que me deixariam em perigo, não fosse ele cuidar de mim e exigir que essas situações ocorressem com ele e para o proveito dele. Nem discuti mais e saí de perto dele.

Estranho como as pessoas mudam. Eu começara aquilo sendo assediada por meu sogro com a ajuda de sua filha, depois cedera ao desejo por ter gozado muito gostoso com ambos e voltei a me entregar a esses prazeres que, com o passar de tempo, me levaram a uma situação de submissão onde eu era usada por Carlos não apenas para o seu prazer, mas também para obtenção de vantagens, usando meu corpo como uma moeda de troca. Analisando bem essa situação, fica claro que eu estava sendo exatamente aquilo que ele pensava de mim. Uma prostituta paga e recompensada para proporcionar prazer, com a única diferença que, ao dar prazer a outros, homens e mulheres, eu também recebia o meu quinhão de prazer e me deliciava com isso. Agora, estávamos envolto em um antagonismo nos colocando em lados opostos, deixando claro que aquela relação não ia acabar bemDespertei dessas lembranças do meu passado me dando conta que a noite havia chegado. Sentia um pouco de fome e precisava providenciar alguma coisa para me alimentar e, quando peguei o telefone para ligar pedindo uma pizza, alguém me chamou à porta. Atendi e lá estava Jacqueline, com os cabelos molhados, um short cavado que deixava parte de sua bundinha para fora e uma camisa de seda que, em vez de terem os botões presos, estava com as pontas amarradas com um nó a altura do umbigo e isso fazia com que seus seios médios ficassem quase a vista. Digo quase porque sou bem mais baixa que ela, porque se fosse o contrário, provavelmente teria uma visão completa daquelas maravilhas.

Sem me dar tempo para qualquer reação, ela me empurrou fazendo com que desse três passos para trás entrando na sala enquanto ela me acompanhava e encostava a porta para, em seguida, curvar-se e me beijar a boca. Tentei me livrar daquele beijo e reclamei. Mas reclamei do jeito errado:

– Sua louca. Por que você fechou a porta?

Queria dizer com isso que ela não devia ter me empurrado e me beijado, mas ela, se entendeu assim, preferiu ir por outro caminho e provocou:

– Você prefere que eu te beije com a porta aberta? Olha que beijo, hem! Gosto de viver perigosamente.

– Sua idio...

Fui interrompida por outro beijo longo. Depois ela afastou sua boca da minha e disse com a boca próxima ao meu ouvido, provocando arrepios por todo o meu corpo:

– Bem que eu queria ficar te beijando a noite toda, mas a mamãe está nos esperando. O jantar já está na mesa.

– Não precisa Jacqueline. Já estava ligando para pedir uma pizza.

– Sem essa de comer pizza, Lê. Melhor andarmos depressa senão a dona Elaine vem aqui atrás da gente. – Depois ela fez um muxoxo e continuou brincando: – Aquela minha mãe está cada vez mais mandona, nem sei o que eu faço com ela.

– É, eu vi como ela estava mandando em você hoje.

– Nossa! E como mandou bem.

O riso cristalino da Jacque contaminou todo o ambiente e senti uma alegria tomar conta de mim enquanto me dirigia para meu quarto para vestir algo mais apropriado, pois estava usando um conjunto de dormir composto por uma camiseta fina e transparente e um short do mesmo tecido que, por ser largo, deixava minha xoxotinha exposta se não tomasse cuidado. Jacqueline falou quando dei a entender que trocaria de roupa:

– Não precisa trocar de roupa não, você está super gostosa.

– Nós vamos jantar comida ou o prato principal serei eu? – Respondi em tom de brincadeira.

– Bom, tem bastante comida lá, mas eu ira preferir você. – Respondeu Jacque aceitando a provocação e depois emendou: – Se bem que você pode ser a sobremesa.

– Sua safada. – Devolvei ainda me dirigindo ao quarto.

Entrei no quarto para trocar de roupa. Não aceitei ao desafio de Jacque, pois para mim era assim que soava sua provocação, um desafio. Mas eu era a Letícia, a predadora, a prostituta, a putinha e não ia deixar uma garotinha de dezesseis anos levar a melhor sobre mim, então caprichei na escolha da roupa. Uma camisa de mangas longa verde clara com uma estampa de flores da mesma cor, apenas com um tom mais forte com um detalhe importante, onde não havia os apliques das flores o tecido era totalmente transparente. Retirei novamente a blusa quando me olhei no espelho e vi que o sutiã destoava com a blusa e o tirei e, com um sorriso maldoso nos lábios, resolvi ficar sem sutiã mesmo. Vesti novamente a blusa e gostei do efeito do tecido diáfano deixando os bicos de meus seios aparecendo. Safadamente, os mamilos endureceram se tornando ainda mais visíveis. Para completar, vesti uma saia que ia até a metade de minhas coxas e, já que estava resolvida a provocar, arranquei a calcinha. Depois coloquei uma rasteirinha nos pés e apareci na frente dela que exclamou:

– Uh lá lá! Parece que alguém está querendo arrasar.

Descemos usando a escada e paramos três vezes com Jacque me agarrando e beijando minha boca. Aquela garota estava agindo como uma cadelinha no cio. Sempre com tesão.

Entramos no apartamento deles e me vi em uma situação constrangedora. Fuzilei Jacqueline com os olhos dando a entender que ela deveria ter me avisado que seu pai estava presente na sala de jantar e já me preparava para dar uma desculpa para Elaine quando ela, sorrindo para mim, veio me abraçar e me disse baixinho, com a boca próxima ao meu ouvido:

– Nossa Letícia! Você está de arrasar. Desse jeito você vai matar meu maridão de tesão.

Sem saber o que responder, fiquei imaginando quanto mais aquela família iria me surpreender.

Diante da explícita aceitação de minha vizinha com relação à roupa que usava, resolvi deixar rolar e me comportei da forma mais tranquila possível, mesmo com os olhares compridos que Tobias me dirigia. Quando, depois da janta, fomos sentar na sala de visitas e me acomodei em uma poltrona confortável, ele se sentou diante de mim no sofá para três pessoas, com a filha sentada em um lado e a esposa do outro. Se aquelas duas mulheres estavam dispostas a jogar esse jogo, então encontraram uma parceira de peso. Por sacanagem mesma, sentei de uma forma que, ao cruzar as pernas, deixasse minha bucetinha exposta aos olhos gulosos daquele gigante cujos olhos ficavam a ponto de saltarem da órbita, para a diversão ainda maior das duas mulheres que o ladeavam e percebiam o que estava acontecendo.

Depois de abusar muito na provocação à família toda, resolvei me retirar e fui para o apartamento. Ao me despedir, a Jacque sussurrou ao meu ouvido o pedido para que deixasse a porta de entrada destrancada. Neguei movimentando a cabeça e ela me olhou com aquele olhar de desafio, como se estivesse dizendo que eu faria sim o que ela estava pedindo. Subi e, ao entrar no apartamento e fechar a porta, depois de vivar a chave e me afastar, voltei atrás e fiz o movimento inverso deixando a porta destrancada e fui para o quarto. Como estava com uma blusa de pijama, apenas retirei a saia e me deitei na cama, ficando nua da cintura para baixo.

Liguei a TV e, como não gosto de novela e não assisto aos filmes dos canais de TV por assinatura por não gostar de pegar o filme pela metade, sintonizei na Netflix e procurei por um filme. Encontrei um que a sinopse me agradou, pois se tratava da história de duas mulheres. Comecei a assistir.

Logo estava empolgada pela história de Elena. Uma mulher toda certinha, dona de casa e mãe que, de repente, conhece uma pintora e se apaixona por ela, entregando-se e encarrando todas as consequências de seu ato. Estava no meio do filme quando senti um movimento ao lado da minha cama. Olhei e vi Jacque se aproximando da cama, caminhando nas pontas dos pés em uma tentativa infrutífera de me surpreender. Ao ver que eu a olhava, sorriu e se atirou na cama, caindo com o rosto bem próximo ao meu e começando a me beijar. Insisti com ela em uma tentativa de assistir ao filme:

– Para quieta Jacque. Esse filme está interessante.

Ela se virou para o lado e deitou-se com a cabeça no meu ombro, passando a assistir ao filme junto comigo. Sua mão direita repousava sobre meu ventre, mas ela estava atendendo ao meu pedido e permanecia quieta. Quer dizer, permaneceu quieta até a cena em que Elena se entrega ao seu desejo e pede para que a outra protagonista a possua. Foi uma cena que, ao mesmo tempo em que era terna e carinhosa, continha uma carga de excitação muito grande. Senti minha xoxotinha se contrair e não pude verificar se era por causa da cena na TV ou pelo fato de Jacque estar deslizando sua mão por sobre minha barriga em direção a ela.

Gemi baixinho ao sentir o toque delicado de Jacque acariciando meus pelos púbicos e depois indo em direção à minha buceta começando com um leve toque em meu grelinho. Entendendo meu gemido como uma aceitação aos seus carinhos, ela ergueu sua cabeça e sua boca procurou pela minha, beijando com muito tesão. Quando, depois de muitos minutos, ela interrompeu o beijo, olhou nos meus olhos e informou:

– Se prepare querida. Vim aqui para passar a noite e quero matar toda essa vontade que tenho de você.

Nem tive tempo de responder e estava sendo atacada. Jacqueline parecia ter dez mãos diante da variação que usava em fazer carinhos em meu corpo que vibrava a cada mudança de ritmo dela. Sua boca viajava por meu corpo e ia marcando cada centímetro como se quisesse deixar claro que aquele pedaço agora era propriedade dela. Em troca, sem poder reagir, eu apenas gozava.

Tive que me impor quando resolvi retribuir um pouco daquele prazer todo. Primeiro com força, a dominei e subi em cima beijando ser corpo jovem, cheiroso e macio. Ela reagia e lutava tentando fugir de meu domínio, porém, fui mais ágil e usei de toda a minha experiência para que fazer com que ela gozasse logo e, ao ficar prostrada com o primeiro gozo, não dei tréguas e continuei abusando dela que, sem resistir, implorou:

– Pelo amor de Deus, pare um pouco, eu não aguento mais... Ai, pare que estou morrendo, não faz assim.

Sabia que alguma coisa tinha que ser feita com aquela garota e não dei tréguas, só parando quando ela gozou pela terceira vez, deixando-a inerte sobre minha cama, com os olhos fechados, a boca entreaberta e as narinas dilatadas buscando pelo ar que parecia ter fugido completamente de seus pulmões. Olhei demoradamente para ela e não pude deixar de admirar como era linda aquela garota deitada ali, à minha mercê.

Quando finalmente ela conseguiu falar alguma coisa, foi para pedir arreglo.

– Por favor, espere um pouco. Você ainda me mata assim.

Ri do jeito que ela falou e fiquei fazendo carinhos ternos nela, até que ela fosse vencida pelo cansaço e dormisse ao meu lado. Posicionei-me para que ficássemos na posição de conchinha com ela atrás de mim, puxando um de seus braços e segurando sua mão sobre meu seio esquerdo. Sentindo o calor daquele corpo jovem, acabei sendo envolvida pelo acalanto produzido pelo ressonar suave de Jacque e dormi também.

Em determinado momento da noite, pareceu que estava havendo algum movimento, mas antes que me virasse para olhar o que acontecia, a mão que antes cobria meu seio voltou e o tocou suavemente. Logo dormir novamente. Acordando algumas horas depois, já de madrugada.

Com os sentidos mais aguçados, pois acordara totalmente, senti que o perfume de Jacqueline estava diferente. Estranhando isso, fui me virando e, quando finalmente ficamos de frente uma para outra, me deparei com Elaine.

Como foi que aquela mulher tinha ido para ali, na minha cama? Fiquei intrigada e pensava nisso quando vi seus olhos claros me olhando com uma expressão divertida. Sem poder conter minha curiosidade, comentei:

– Que loucura é essa mulher. Como você veio parar aqui?

– Nossa! Parece que você ficou aborrecida por me ver aqui. – Apenas olhei para ela estranhando aquela calma e aguardei, então ela ameaçou: – Tá bom. Se é assim, então vou saindo. Desculpa aí viu,

Se Jacque era linda com seu corpo e rosto de menina, Elaine era duplamente bonita com sua expressão mais madura e seu jeito de mulher experiente. Sem resistir, segurei firme quando ela ameaçou se levantar e ela riu. Poderia ter ficado com raiva disso, no entanto, senti uma alegria muito grande em notar que ela estava brincando e a beijei com paixão. No meio de beijo, me ocorreu como era delicioso poder ter aquelas duas mulheres deliciosas, mãe e filha, sempre dispostas a ter e receber prazer. Foi nessa hora que me ocorreu que saber como Elaine tinha ido parar ali já não importava. O que me preocupava mesmo era o fato de que a garota poderia ficar com ciúme ao voltar e encontrar sua mãe na cama comigo. Então comentei:

– A Jacque não vai ficar com raiva quando voltar e te encontrar aqui?

– A Jacqueline não vai voltar aqui hoje. Pode ficar tranquila.

– Sei não. Você sabe que ela adora estar comigo e não vai aguentar ficar longe de mim muito tempo.

– Sua convencida. Você não se enxerga não?

– Eu sei do meu potencial. Sei que é grande. Senão, você não estaria aqui.

– É verdade, você é tudo de bom. – Parou para beijar minha boca e depois se separou para informar: Mas, não se preocupe. A Jacque agora está tendo algo que ela vem querendo há muito tempo. Acho que nem você faria com que ela parasse de fazer o que está fazendo agora.

Para o bom entendedor, meia palavra basta e aquilo era muito mais que meias palavras. Na hora tive certeza do que aquela garota estava fazendo agora e senti até mesmo inveja dela. Sorri para Elaine enquanto muitas coisas se passavam em minha cabeça. Até que me dei conta de algo e não resisti, cobrando dela:

– Você é mesmo uma falsa! Quer saber de tudo da minha vida e não conta nada da sua.

– Psiu! – Sussurrou ela colocando um dedo atravessado sobre minha boca em sinal de silêncio e depois falou: – Vou te contar tudo o que aconteceu e ainda acontece em minha casa, mas não agora. Agora, estou mesmo é você, minha gostosa.

Dito e feito. Mal acabou de falar isso e ela veio pra cima de mim e usou e abusou do meu corpo que, já cansado pelo sexo com Jacqueline algumas horas antes, apenas se deixava acariciar e aproveitava desses carinhos com um prazer fora de série.

Entregamo-nos ao sexo com volúpia e vontade até que o cansaço nos dominasse e dormimos juntas. Fiquei surpresa quando, já passado das nove horas da manhã, acordei e vi Elaine totalmente nua deitada ao meu lado. Na mesinha de cabeceira, uma bandeja contendo pães, geleias, manteiga, queijo, café e leite, indicava que Jacque já estivera ali presente naquela manhã. Comecei a me alimentar e resolvi deixar aquela linda mulher continuar dormindo.

Não demorou muito até que eu, distraída em me alimentar, senti um leve roçar de lábios no meu pescoço ir se deslocando até chegar aos meus lábios. Foi um beijo rápido e logo ela estava se alimentando junto comigo.

Quando ela viu as horas em meu relógio da cabeceira, se levantou e saiu apressada do meu apartamento, só informando enquanto ia em direção à saída que voltaríamos a nos ver ainda naquela tarde.

Quando Elaine voltou estávamos Jacque e eu assistindo TV na sala. A garota tinha chegado logo depois do almoço e sua primeira preocupação foi querer saber se eu havia me alimentado. Informei que fui apressadamente até um restaurante não muito longe dali e que, não só havia almoçado lá, como também trouxe uma lasanha para o jantar.

Apesar de não ser uma coisa comum, não fiquei surpresa quando Jacque se comportou de forma normal, agindo como uma garota de sua idade, demonstrando uma curiosidade com tudo o que via e falava pelos cotovelos contando episódios que vivenciara na escola ou nos treinos de vôlei no clube onde atuava. Quem chegasse naquele momento jamais poderia imaginar o quanto aquela jovem era ativa na cama e como era ansiosa quando o assunto era sexo. Para ficar ainda melhor, ela continuou agindo da mesma forma quando Elaine se juntou a nós, permanecendo ainda por ali por cerca de trinta minutos e depois, alegando ter que se dedicar aos seus estudos, se retirou nos deixando a sós.

Bastou ficarmos sozinhas para eu me lembrar de Elaine que ela me devia uma história, a sua história. Ela apenas se ajeitou na poltrona a minha frente e perguntou?

– Por onde você quer que eu comece?

Sem saber o que responder, apelei para a resposta normal para essas situações e disse:

– Pode começar pelo início de tudo.

Ela respirou fundo, disse para si mesmo um “então vamos lá” e iniciou sua história bem do começo.

(RELATO DA ELAINE)

– Ao contrário de você, minha vida sempre foi muito normal. Segunda filha de um casal classe média cresci protegida por meus pais, uma irmã mais velha e um irmão abaixo de mim que, apesar de ser um pirralho, sentia-se na obrigação de me proteger. Tive alguns namoros na época escolar, perdi a virgindade com um dos namorados e conheci o Tobias com dezessete anos, tivemos um namoro normal por dois anos, seis meses de noivado e uma gravidez nos levou a um casamento que, por ser desejado por nós dois e aprovado por nossos pais, aconteceu de forma totalmente normal.

Depois disso ela continuou e me fez a seguinte narrativa:

Com dezenove anos já era uma mulher casada e com dezenove fui mãe. Com o incentivo de Tobias voltei aos estudos e comecei a cursar a Faculdade de Enfermagem e conseguia administrar bem a função de mãe com a vida de estudante. Quando Diana estava com dois anos e meio engravidei novamente e, mesmo com esse imprevisto, pois não era o que planejávamos, ele continuou me dando apoio e terminei a faculdade alguns meses depois da Jacqueline completar seu primeiro aninho.

Depois de formada, resolvi ficar um tempo me dedicando unicamente às minhas filhas e mais uma vez fui apoiada por meu marido. Essa resolução foi sendo prorrogada e assim se mantém até hoje. Tobias tem uma empresa de desenvolvimentos de aplicativos e, a partir do momento que começou a prestar serviços para órgãos da administração pública, não tivemos mais problemas financeiros e assim nunca foi necessário eu sair buscando por um emprego.

Seguimos a vida felizes. As meninas eram muito apegadas aos pais e isso me dava algum tempo para dedicar a mim mesmo nos finais de semanas quando me dedicava a caminhadas, passeios no Ibirapuera e uma visita semanal a uma academia de ginástica.

Somente depois de dez anos nossa união passou pelo nosso primeiro problema. E aconteceu da forma como normalmente acontecem essas coisas. O Tobias me traiu e eu não demorei a descobrir que havia alguma coisa errada. Como ele sempre foi uma pessoa extremamente honesta, bastou eu confrontá-lo para que ele confessasse sua traição.

Ele havia saído, por três vezes, com uma garota que tinha idade para ser sua filha. Para piorar, era filha de um casal com quem mantínhamos uma grande ameaça. Desesperada, fiquei um dia inteiro pensando no que fazer e no final cheguei à conclusão que pensei ser a mais acertada. Daria a ele a oportunidade de se explicar e, apenas depois disso, tomaria uma decisão.

Então me contou tudo. Como a garota de quinze anos começou a se insinuar, chegando inclusive, a ficar se esfregando nele dentro da piscina de um clube em que fomos juntos comigo sentada à beira da mesma. Pior é que nem percebi nada. Ele, como um homem normal, ficou com o pau duro grudado à bunda da garota que era perfeito e já despertava o tesão em jovens e não tão jovens assim. Sentindo que havia chamado a atenção do meu marido, a Telma, esse o nome da garota, foi atrás dele, fazendo questão de encontrá-lo em situações onde ele estava sozinho e ficava sempre se insinuando para ele.

Acreditando no ditado que diz que mulher, quando quer dar, é igual a fogo de morro acima e água de morro abaixo, ninguém segura, ele resolveu ceder logo e não demorou em que transassem a primeira vez. Depois ela o procurou mais uma vez e ele recorreu a um amigo que tinha um apartamento mobiliado com a única intenção de poder levar suas amantes sem chamar muita atenção e conseguiu a chave emprestada, onde eles foram mais uma vez. Nessa terceira vez, segundo ele, a garota radicalizou e entregou a virgindade do cuzinho dela, a única que ela ainda tinha. Ao fazer isso, ela acreditou que assim o amarraria de vez, pois em sua inocência, ela já planejava provocar uma separação entre nós e achava que, com isso, Tobias assumiria uma relação com ela.

Foi nesse momento que fiquei desconfiada e depois tive a certeza de que estava sendo traída. Depois, recebi a confissão dele e agora não restava mais dúvidas. Pedi a ele então, um tempo para pensar e resolver que decisão tomaria com relação à sua traição.

Pensei por duas semanas. O problema é que, quando refletia sobre isso, imaginava aquela garota nos braços de meu marido e isso me dava um misto de revolta, ciúme e um pouco de excitação. Achei muito assustador sentir tesão em imaginar meu marido fodendo uma garota e, pior ainda, uma garota que tinha idade para ser sua filha.

Ele já achava que eu tinha esquecido o assunto quando eu o chamei para conversar a respeito. Para termos privacidades, levei as meninas na casa de minha irmã com a desculpa de que tínhamos um compromisso, porém, voltamos para nosso apartamento e, agora só nós dois, sentamos no sofá para conversarmos sobre tudo o que tinha acontecido.

É bom salientar que, nessa altura, já estava há mais de vinte dias sem transar e isso me deixava subindo nas paredes. Sabia que tinha que controlar esse tesão e fiquei firme. Depois de fazer algumas perguntas que só serviram para que eu me certificasse que tinha sido o Tiago o assediado e que ele jamais procurou por aquela situação. A garota, embora novinha, foi realmente sedutora e seria difícil um homem manter o controle. Depois disso, eu ainda não sabia direito o que fazer, quando então me ocorreu perguntar:

– Quero que você me diga com sinceridade. O que você faria se fosse eu a trair você.

Ele gaguejou ao ouvir essa pergunta, fingiu não ter entendido o que eu havia dito e eu não vacilei em repetir. Tive que repetir duas vezes até que ele assimilasse a pergunta e então ele ficou em silêncio e com o pensamento distante. Já estava preocupada, achando que tinha exagerado muito, quando ele finalmente respondeu com outra pergunta:

– Primeiro você me explica como seria essa traição. Eu estaria sabendo de tudo antes de acontecer, você me contaria depois ou eu descobriria isso por acaso, como aconteceu com você.

Aquilo me pareceu muito curioso e pedi para que ele desse uma resposta para as três situações. Então ele me surpreender dizendo que, no caso dele descobrir, ele se sentiria mal porque isso seria sim uma traição.

Antes que eu tivesse tempo para alegar que foi exatamente o que havia acontecido conosco, ele assumiu isso e disse que sabia ser ele a trair e que esperava que um dia eu o perdoasse, pois isso não deveria ter acontecido.

Então pedi para ele falar sobre as outras duas situações e a resposta me deixou de boca aberta, pois jamais imaginaria que meu marido era capaz de pensar desse jeito. Ele falou que, eu contando depois, também seria uma traição, mas que, agindo assim, eu estaria amenizando a minha traição e demonstrando ter uma confiança muito grande nele e, antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele já foi explicando a última situação, dizendo que, o fato de eu avisar antes que estaria com outro homem, ele poderia reclamar ou não, mas que entendia que isso era um direito meu.

Em sua forma de pensar, Tobias me explicou a seguir, o ser humano não é monogâmico e está sempre vulnerável a uma sedução. Ele disse que se uma mulher se aproxima de um homem, ou o inverso, com a intenção de seduzir, ele sempre vai despertar o interesse da outra, pois não existe nada que excita tanto o ser humano como saber que o outro demonstra interesse sexual por ele. Como não somos monogâmicos, você não é monogâmica, seria normal você ceder e transar com outro, me avisando e tendo o meu consentimento para isso.

Era muita informação pra minha cabecinha de mulher normal. Se bem que depois ele passou um tempão tentando me convencer que ceder e ir para a cama com outro homem seria uma ação normal de minha parte. Não sabia se estava surpresa, ofendida ou louca, só sei que surtei naquela hora e o ofendi com todos os palavrões que eu conhecia e ainda o acusei de estar querendo que eu fosse para a cama com outro para que ele pudesse continuar fodendo sua putinha e segui nessa linha com ele, em vez de se defender, apenas tentando me convencer a me acalmar e ver as coisas sob o ponto de vista dele.

O resultado foi que a conversa terminou se transformando na pior briga que tivemos em todo o nossa união e o expulsei de casa, jogando suas roupas em uma mala e atirando essa mala no hall dos elevadores. Ele, muito constrangido por minha atitude ter chamado a atenção do vizinho (nosso prédio tem dois apartamentos por andar), um casal de idosos, o que deixou a situação ainda mais constrangedora. Ele entrou no elevador e sumiu da minha vida por mais de uma semana.

Essa foi uma semana difícil para mim. Mas também muito reveladora, porque não parava de imaginar as situações que aquela conversa plantou em minha mente. Algumas vezes eu ficava imaginando o Tobias com aquela menina nos braços e em outros a cena que me vinha à cabeça era sobre eu estar na cama com outro homem. Nesses meus pensamentos o homem que me comia não tinha rosto e nem um pau grande, pois isso eu já tinha, pois o Tobias não é grande apenas no tamanho, mas tem um pau de dezenove centímetros que me faz gozar horrores. O diferencial é que esse homem da minha imaginação não fazia amor comigo, ele me fodia, me usava. Viajava imaginando os tapas que levava na bunda e enfiando seu pau no meu cuzinho para depois ficar socando com força arregaçando meu buraquinho que até então só havia sido explorado por meu marido.

A imaginação foi se transformando em fantasia e isso me deixou com mais raiva de Tobias. Ele havia me traído e depois plantou em minha mente aquelas situações que estavam me deixando maluca de tesão. Somando a isso o fato de que não transava há três semanas, ou mais, eu ardia de desejos e as masturbações que me faziam gozar já não me satisfaziam mais.

Sem aguentar mais, liguei para o Tobias e o chamei para vir até nossa casa para uma conversa. Ele chegou desconfiado do que eu teria para dizer e eu não dei tempo para ele pensar. Ou será que não dei tempo para que eu pensasse melhor e mudasse de ideia e então dissiparei:

– Tudo bem, já que é assim, posso te perdoar. Só que tem uma condição.

Tobias ficou olhando para mim sem dizer nada, dando a nítida impressão que ele já esperava pelo que viria a seguir. Sentindo até certa raiva por ele não contestar, disparei:

– Antes de te perdoar, quero ir para a cama com outro homem.

Finalmente ele reagiu, perguntando quem seria esse homem, quando seria essa transa e aonde iríamos. Então apelei de vez e falei quase gritando:

– Sei lá, Tobias. Não pensei em ninguém, nem quando nem onde. Só queria que você soubesse que vou providenciar isso e, não precisa ficar preocupado que eu te avisarei quando for acontecer.

Só nessa hora me dei conta de algo que até então não tinha percebido. Olhei para baixo e notei que o pau de Tobias estava tão duro que quase rasgava o tecido de sua calça.

(FIM DA NARRATIVA DE ELAINE)

Nesse momento, o celular de Elaine chamou e ela atendeu. Escutou por um instante e depois respondeu que já estava indo. Em seguida, se inclinou para me dar um selinho e informou:

– Duas das minhas três crianças estão em casa. Tenho que descer. Em outra hora nós continuamos.

E saiu de meu apartamento sendo conduzida por seu caminhar provocante.

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Comentários

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Adorei como sempre só me surpreende cara demais essa situação, bom só falta acontecer o resto da família transar om ela kkkkkk

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Detalhado, bem escrito e cheio de informações!

Excepcional!

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Massa Nantes, parabéns pela narrativa sensacional

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