Pensava

Um conto erótico de Leliouria
Categoria: Heterossexual
Contém 731 palavras
Data: 28/11/2022 02:56:17
Última revisão: 25/03/2024 08:28:50

O mais interessante de escrever qualquer coisa, é imaginar como a palavra afeta quem a lê, eu espero que ressoe na sua mente, e desperte algum sentimento.

Recentemente me deparei com uma certa situação, e que como de costume se transformou rapidamente em um turbilhão de safadezas. Mas essa desencadeou em um pouquinho de culpa.

Tinha seus 46-50 anos, linda, cabelos castanho escuros presos atras, pele branca, bem vestida, bem cuidada.

Há 20 anos, sofreu um acidente, e desde então vivia restrita a uma cadeira de rodas.

Uma lesão alta, cervical, que a privou de tanto, só lhe restou poucos movimentos nos braços e mãos, pouca destreza manual.

Um sorriso lindo, que inspirava alegria, mas falhava em esconder o peso do fardo.

Muita coisa se passou em minha mente, muita mesmo.

Ela não nasceu assim, ficou assim, quanta coisa foi perdida, independência, liberdade, tudo isso amplificado pelo fato de um dia ter tido tudo isso, e sexo....uma mulher jovem.

Mulheres já vulneráveis, na convivência de homens facilmente tentados a serem predadores, não bastasse a vulnerabilidade mental, também tão fisicamente indefesa.

O simples fato de amor, sexo, terem cruzado a minha mente, só prova que nós somos mesmo fadados a vilaneza, mas não fui eu que fiz o homem do barro, então sim, eu pensei nisso.

Imaginava o quão delicado, e cuidadoso tal relacionamento precisaria ser, e por mais que eu seja, mais um homem escroto, eu pensava no melhor, no sexo com amor, no coito com paixão, e por ai minha mente vai.

Pra mim, sexo é algo que precisa ser prazeroso, para os dois, a melhor parte de se fazer sexo, é ter a possibilidade de proporcionar prazer ao seu/sua parceiro(a). Acho que podem concordar que o melhor é feito por pessoas que querem isso. O pior vem sempre daqueles que buscam somente o próprio prazer. Mas isso é uma opinião pessoal, não me entendam mal.

Ela não iria nunca mais poder sentir o prazer de receber um oral bem feito, uma penetração, estímulos vaginais, anais.

E eu nunca, sequer imaginaria em ter qualquer relação sexual, que proporcionasse prazer apenas a mim.

É ridículo pra mim, pensar em qualquer relação onde ela não me sinta, não, não.

Pensei em como eu poderia mostrar a ela, como a perda de uma coisa, pode se tornar a intensificação de outra, como buceta e cuzinho, são só uma fração do que é o sexo.

Treinar, mostrar que pele, orelha, pescoço, lábios, língua, podem ser, e são órgão sexuais, tão importantes quanto, se não mais.

Tocar seus lábios, penetrar sua boca com meus dedos, lhe dizer "essa é sua vagina a partir de hoje, e é só ela que eu quero, é só nela que eu vou gozar".

Lamber seu pescoço, sentir seu cheiro, beijar sua pele, sentir seu gosto, morder sua orelha.

Beijar ela, fazer ela perceber quando eu estou beijando a sua boca, e quando eu estou chupando sua "buceta".

Pensava em sentir a reação dela, sentindo meu beijo, enquanto eu sutilmente mudava o padrão do beijo, chupando mais seus lábios, lambendo a pele ao redor dos lábios, como se chupa uma buceta, só pensava em como seu cérebro responderia, treinada, aceitando, e desejando a sua mudança de função.

Com carinho, e posicionamento cuidadoso, deitar seu rosto sobre minha barriga, para que tenha a visão dele, se aproximando, até invadir e repousar, uma visão com a qual se acostumaria a ter tão frequentemente, a visão que a redefine como mulher, que redefine sua boca, como" buceta".

Pensava em sentir o calor da sua "buceta" no meu pau, enquanto acariciava seu pescoço, seu rosto.

Pensava em fazer ela sentir o prazer que me proporciona, e ela iria saber, no exato momento em que eu gozasse na sua "buceta", ou na sua boca, 2-3 vezes todos os dias se assim ela permitisse, e quisesse.

Pensava em mostrar a ela como eu sonhava com seus lábios, seus beijos, seu cheiro, sua "buceta", como eu a desejava.

Como tudo que ela precisava pra ser mulher estava bem ali, sempre esteve, e buceta nenhuma, nem cu nenhum despertava em mim mais desejo do que estar dentro da "buceta" dela, da boca dela.

Enfim, um tanto quanto escroto, mas mesmo assim, acho que alguma mulher assim algum dia precisou ouvir essas palavras.

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