Meu marido descobriu e não deixou barato. Parte 20.

Um conto erótico de Ménage literário erótico
Categoria: Heterossexual
Contém 3811 palavras
Data: 09/10/2022 18:43:48
Última revisão: 09/10/2022 23:31:11

- Acorda, amor! Vamos para a casa de Andréa. Preciso comer e dormir. Venha! - Aline o cutucava.

Os três chegaram rapidamente à casa e enquanto Aline e Guilherme tomavam um banho, Andréa esquentava a comida e abria uma garrafa de vinho para valorizar o momento. Assim que desceram, Guilherme foi direto:

- Agora nós podemos conversar. Mas, só se Aline não quiser dormir um pouco antes.

Aline olhava sem entender e Andréa lhe lançava um olhar de súplica. O que tinha a dizer era muito importante.

Continuando…

Parte 20: Deixe eu dizer que te amo.

Andréa arrumou a mesa com uma bela toalha de linho de tema floral, três pratos, talheres e taças para vinho tinto. Ela entregou a garrafa de vinho para que Guilherme abrisse, um Brunello White Label, da Casanova di Neri, o preferido de Aline, sendo de uma safra muito elogiada e premiada. Guilherme sabia que esse não era o momento para fraquejar diante da volta de Andréa ao convívio do casal. No fundo, ele tinha a certeza de que Aline nunca a esquecera.

Andréa entregou um prato a cada um e abriu espaço para que Aline se servisse. Guilherme apenas observava enquanto sentia o aroma do vinho, naquele ritual comum de todo apreciador da bebida milenar. Aline foi até o fogão e arrumou um prato caprichado, sendo acompanhada pelos olhares admirados dos dois:

- O que foi? Estou com fome. - Ela lhes devolveu o olhar, mas com um sorriso debochado.

Guilherme preferiu brincar:

- Você acabou de terminar uma cirurgia ou estava enchendo uma laje?

Os três não conseguiram segurar o riso. Aline sentou ao lado do marido e não perdeu tempo, comendo com uma vontade absurda e fazendo elogios:

- Desde quando você aprendeu a cozinhar? Essa carne está perfeita e o arroz muito saboroso e soltinho.

Andréa não podia aceitar o elogio:

- Foi Fátima e Maria que cozinharam, eu ainda continuo a mesma. Não nasci com esse gene.

A conversa estava descontraída e Andréa preferiu deixar que Aline comesse em paz, deixando a conversa para depois, se eles estivessem a fim de ouvi-la. Não era hora de forçar nada. Guilherme já sabia sua intenção e isso só os dois podiam decidir. Ela se contentou em ouvir e apreciar sua bebida enquanto Aline terminava sua refeição em um clima muito gostoso de entendimento entre os três.

Mas o desejo e a curiosidade em Guilherme eram mais fortes e assim que Aline terminou, ele foi direto. Se virou para Andréa, olhou fundo em seus olhos e perguntou:

- Você disse que queria falar. Agora é a sua chance.

Aline achou que precisava intervir, não estava com paciência para discussões:

- Foi um dia cansativo, não é melhor…

Nesse instante, disposta a se explicar de uma vez por todas, Andréa a interrompeu:

- Se você estiver em condições de me ouvir, eu gostaria muito de dizer algumas coisas, explicar um pouco toda essa confusão em que eu me meti e tentar de alguma forma fazer com que vocês entendam o meu lado.

Guilherme voltou a ofensiva:

- Eu só gostaria de saber o motivo de você ter arrastado Aline de volta para tudo isso. Já não tivemos dramas demais no passado?

Andréa abaixou a cabeça, sabia que era a errada de toda a história, mas Aline, lembrando que também existiram bons momentos, resolveu dar uma chance:

- Eu estou disposta a ouvir. Me explique tudo isso.

Guilherme parecia revoltado com a decisão da esposa:

- De novo? Não bastou ser abandonada uma vez, quer repetir? O padrão é o mesmo. Andréa faz a cagada, se deixa envolver, arrasta você e depois nos abandona…

Aline, rápida de pensamento, entendeu do que se tratava:

- Nos abandona? Então é disso que se trata? Você também se sentiu abandonado?

Andréa não estava acreditando na reviravolta daquela conversa. Aline continuou:

- Eu nunca pensei dessa maneira…

Constrangido Guilherme resolveu abrir o jogo, a interrompendo:

- Sim! Eu também me senti traído e abandonado. Eu também estava naquela relação. Eu sei que vocês não se preocupavam comigo, que o amor entre vocês era a verdadeira razão de tudo, que eu era apenas um pau amigo…

Quem interrompeu dessa vez foi Aline, enquanto Andréa observava sem saber o que dizer:

- Eu me casei com você. Eu o amo de todo o meu coração. Como você pode dizer uma bobagem dessa?

Guilherme colocou para fora o que estava preso em sua garganta:

- Teria casado comigo se Andréa não tivesse ido embora?

Aline ficou sem palavras, o encarando sem conseguir dar uma resposta verdadeira. Chateado e entendendo o efeito de suas palavras, ele apenas pediu a Andréa:

- Onde eu irei dormir? Estou cansado, não quero mais ter essa conversa. Já sei o que preciso.

Não querendo contrariá-lo naquele momento de dor, ela indicou o quarto de hóspedes e Guilherme saiu com lágrimas nos olhos. Ela rapidamente voltou para perto de Aline:

- Isso é mesmo verdade?

Aline a encarou melancólica:

- Pode ter sido naquela época, mas não hoje. Eu amo o Guilherme.

Andréa pensou rápido:

- Vá conversar com ele. Qualquer coisa que eu tenha a dizer, pode esperar.

Aline foi taxativa:

- Eu conheço o meu marido. Deixe ele esfriar a cabeça, depois eu conserto isso. É melhor ele ficar sozinho agora, ou as coisas podem piorar.

Andréa resolveu arriscar:

- Isso é novo para mim. Achei que ao sair do caminho, Guilherme tinha encarado como uma vitória. Afinal, ele acabou conseguindo o que queria.

Lembrando do passado, Aline resolveu ser honesta:

- Não! Ele ficou mal depois que saímos do antigo apartamento. Por meses, ele sempre perguntava se eu tinha notícias suas, me pedia desculpas pela forma que tudo aconteceu… Ele achava que a forma que ele a pressionou foi a culpada da sua decisão.

Andréa ouvia boquiaberta. Aline continuou:

- No começo eu até desconfiei que ele tinha sentimentos por você também, mas com o tempo, isso foi passando e Guilherme acabou não tocando mais no assunto. Nosso casamento e a rotina acabaram deixando essas preocupações de lado.

Sem que as duas esperassem, Guilherme reapareceu na escada:

- O que você queria que eu fizesse? Eu precisava cuidar de você. Quando Andréa se foi, você acha que eu não sabia que você chorava sozinha durante a noite, achando que eu estava dormindo? Eu precisava dar o melhor de mim para que você a esquecesse, mas eu sei que isso nunca aconteceu.

Aline andou apressada até ele e o beijou, sendo retribuída. Ela disse:

- Eu realmente nunca esqueci Andréa, mas não quer dizer que o meu amor por você seja falso, ou que você seja apenas um substituto.

Guilherme olhou para Andréa e foi direto:

- O que você quer de verdade? Seja honesta! Quais eram as suas intenções ao procurar Aline e reabrir essas feridas depois de tanto tempo?

Sem pestanejar e sabendo que precisava ser totalmente honesta, Andréa respirou fundo e disse:

- A verdade é que eu precisava voltar para onde eu nunca deveria ter saído. Se vocês soubessem o quanto eu me arrependo… vocês foram a melhor parte da minha vida e eu estava tão segura e tão cega, que acabei não dando valor ao que eu poderia ter no futuro, me prendi ao que eu já havia perdido no passado.

Andréa limpou uma lágrima que escorria por sua bochecha e voltou a falar:

- Depois de ver o que eu causei a Sheila e Augusto, eu me senti muito mal. No instante que ela se entregou a mim, eu já percebi o tamanho do erro que eu estava cometendo. Foi quando Renato revelou o seu verdadeiro caráter e eu me senti uma igual: suja e desonesta.

Andréa desabou em um choro sentido, quase convulsivo. Sem pensar em nada, apenas seguindo seus instintos, Aline foi até ela e a abraçou. Andréa suplicava:

- Por favor, me perdoem. Eu quero me redimir. Tudo o que eu disse a você no primeiro dia, quando cheguei com Sheila à sua casa e pedi ajuda, é real.

Aline estava realmente comovida, achando que todos precisavam de um bom descanso. Ela disse:

- Venha! Deixe eu te colocar na cama.

Andréa não ofereceu resistência. Se apoiou nela e foi se deixando levar. Guilherme a segurou do outro lado e ajudou a esposa até chegarem ao quarto principal, onde os dois a colocaram sentadas na enorme cama king size. Aline foi até o closet e procurou nas gavetas por uma roupa mais confortável. Acabou achando as camisolas, pijamas e baby-dolls de Andréa. Separou uma camisola mais sensual, mesmo que não tenha prestado atenção ao pegar e voltou ao quarto, onde Guilherme ainda não havia se separado dela e os dois se encaravam. Guilherme parecia mesmo acreditar em suas palavras.

Um pensamento lascivo e um calafrio de excitação percorreu sua espinha. Sentindo o clima entre os dois, ela parou na porta do closet e ficou apenas observando, achando que faltava pouco para um beijo. Que para a sua decepção, acabou não acontecendo, ao ver que Andréa se afastou.

Aline não conseguiu se segurar, sentou no colo do marido e começou a provocá-lo, rebolando e lhe dando beijos intensos, ao mesmo tempo em que suas mãos procuravam Andréa, trazendo sua cabeça para um beijo triplo entre eles, saindo depois e deixando os dois curtindo o momento.

Enquanto Andréa e Guilherme se beijavam, quase engolindo um ao outro, Aline começou a retirar a calça dele, acariciando seu membro que começava a ganhar vida. Sem entender direito o que acontecia, Andréa acabou se assustando e interrompeu o beijo, olhando assustada para Aline:

- Me desculpe, eu não tive a intenção.

Sorrindo de forma cúmplice para o marido, que entendeu a intenção dela, Aline disse:

- Desculpe o que? Fui eu que comecei. Apenas aproveite.

Aline lhe deu um beijo com muita vontade, mostrando a Andréa o quanto ela estava afim daquilo. Aline a beijava enquanto passava a mão por seu corpo e tirava o seu vestido, demonstrando uma habilidade incrível em despi-la, sem parar de beijá-la e acariciá-la. As duas estavam totalmente envolvidas pelos beijos e em retribuir todo o carinho que uma proporcionava à outra. Guilherme observava, sem nenhuma vontade de interromper a cena e nem se sentindo excluído. Ver Aline habilmente revelando o corpo esbelto e incrivelmente belo de Andréa depois de tantos anos era um presente. Seu tesão estava a mil e as duas davam um espetáculo para um único espectador. "Que cena quente!" Pensava ele, enquanto seus olhos e seus sentidos se deliciavam.

Aline deitou Andréa de costas na cama e enquanto beijava delicadamente suas coxas, ia retirando sua calcinha devagar, olhando a reação de Guilherme e o convidado a participar. Entregue, Andréa pedia:

- Que saudade dessa boca! Você vai judiar de mim, né?

Os olhos atentos de Guilherme não perdiam um movimento da esposa. Aline fez sinal para ele e abriu espaço, recebendo um sorriso de total devoção. Guilherme estava fascinado e saudoso daquela xaninha que ele e Aline adoravam dividir no passado. Apenas o roçar da barba dele em seu grelinho foi o suficiente para Andréa se ligar no que acontecia:

- Aline, sua safada! Já vi que os dois vão abusar de mim… hummmm…

Guilherme passou a língua de forma suave pelo grelinho, a levando ao delírio:

- Desgraçado, gostoso filho da puta! Essa língua sabe o que faz, sempre soube.

Aline não perdeu mais tempo e rapidamente o livrou da calça e da cueca, começando uma punheta caprichada, seguida de um boquete calmo e bem molhado no marido, que descontava todo o tesão na xoxota melada de Andréa.

Guilherme chupava a xaninha de Andréa com uma maestria, da mesma forma que Aline o havia ensinado com o tempo. Andréa, alucinada, não conseguia segurar os palavrões:

- Seu puto gostoso! Caralho! Essa língua está acabando comigo. Ahhhhhh…

Ele envolvia o grelo de Andréa com a boca e caprichava em cada movimento bem calculado, meticuloso, cheio de saudade daquele mel farto que lambuzava seu rosto e curtia o cheiro único dela, tão diferente e ao mesmo tempo, tão inebriante quanto o da esposa. Andréa não conseguia mais se segurar:

- Isso! Vou gozar, seu puto. Ahhhhhh… que língua é essa. Aaahhhhhh…

Guilherme sentiu na ponta da língua toda a onda de contração e choque que percorriam o corpo dela, explodindo forte nas coxas que apertavam sua cabeça:

- Ah, caralho! Estou gozando… aaahhhhhh… puta que pariu… gostoso do caralho… aaahhhhhhh…

Aline estava tão maravilhada, que parou o boquete para admirar o orgasmo intenso e poderoso que Andréa sentia e assim que as ondas de prazer diminuíram, ela praticamente o atacou, esfregando a boceta em sua cara e querendo sentir o mesmo que Andréa acabava de receber.

Com Guilherme agora de costas na cama, Aline praticamente sentou sobre seu rosto e começou a esfregar a boceta em sua cara, sentindo a língua ávida que já lhe entregava o prazer que ela tanto adorava receber. Vendo que Andréa começava a se recuperar, ela a puxou para um beijo quase obsceno, de entrega total e paixão bruta, pedindo:

- Senta nessa piroca. Sei que você está doida para fazer isso.

Andréa nem pensou duas vezes e montou em Guilherme, se esfregando no pau completamente ereto e sentindo sua potência e o seu calor. Aline se virou e ficou de frente para ela, ainda sentada no rosto do marido e se dividindo entre a língua dele em sua xaninha e os beijos deliciosos de Andréa em sua boca.

Por um momento, o arrebatamento em Andréa fora inevitável, sentia dentro dela ressurgir toda a alegria em estar de novo ao lado dos dois. Não só com Aline, mas também com Guilherme. Eram muito mais completos dessa forma. Sentiu que a felicidade era possível se ela fizesse as escolhas corretas dessa vez.

Toda a alegria que a invadia deu lugar a um sentimento confuso, pois se lembrou que Sheila necessitava dos seus cuidados. Sentiu que devia isso a ela e a Augusto. Sentiu também que não era hora de pensar em si própria. Devia isso também a Aline. A verdadeira redenção só viria com sacrifício. Por um breve momento de egoísmo, afastou os sentimentos que a atormentavam e se entregou aos amantes. De qualquer forma, poderia pensar um pouco em si mesma nesse momento. Estaria inteira para voltar ao hospital e cuidar de Sheila, mas só depois de se reconectar com seus verdadeiros amores.

Ainda sendo beijada por Aline, sentiu a mão dela deslizar por sua coxa e segurar firme no membro rijo de Guilherme. Em um movimento involuntário e de desejo, ergueu o quadril e deu espaço para a mão da amante. Aline direcionou o pau para a entrada de sua boceta e ela sentiu, como se fosse em câmera lenta, o pau deslizar e abrir espaço por entre suas carnes, a preenchendo aos poucos e por completo. Se lembrou de como Guilherme tinha o pênis perfeito para o seu canal vaginal. A medida exata para a satisfação de qualquer mulher. Nem grande e nem pequeno, apenas perfeito, a medida exata.

Se lembrou também do quanto ele era um bom amante e de como os três eram extremamente felizes quando Renato não estava por perto no passado. "Por que fui tão idiota? Por que me deixei levar e perdi tanto?" Pensou, e mesmo tentando desligar a mente e aproveitar o momento, o sentimento de remorso e tempo perdido não a abandonava.

Guilherme estocava de uma forma tão gostosa. Carinhosa, mas potente. Gentil, mas pressionando até o fundo. Indo e vindo em sincronia com a língua de Aline que brincava em seus mamilos e potencializava todo o prazer, arrancando suspiros profundos e gemidos quase guturais.

Era questão de segundos, o êxtase começando a se apoderar de seus sentidos e trazendo uma sensação de paz que há muito ela não sentia. O clímax veio novamente, poderoso e trazendo consigo uma variedade de sentimentos represados dentro dela:

- Ahhhhhh… Eu sempre amei vocês… ahhhhhh… como pude ser tão cega e idiota….

Guilherme mantinha os movimentos sem perder o ritmo, enquanto Andréa continuava a delirar:

- Hummmm… vocês me completam de uma forma única… aahhhhhh… estou gozando…. Ahhhhh…

As palavras de amor tiveram o mesmo efeito em Aline, que começou a rebolar e se esfregar no rosto do marido, tremendo inteira e se entregando ao abraço acolhedor de Andréa, enquanto gozava:

- Ah, Guilherme… essa língua sempre acaba comigo… aahhhhhh… estou gozando também… isso, meu amor! Ahhhh…

As duas curtiam juntas o efeito do orgasmo intenso e tão especial. Guilherme se sentia ainda mais próximo da esposa e toda a decepção com Andréa, alimentada durante os anos da falta de notícias, sumiam e eram preenchidos pela mágica daquele momento tão especial entre eles.

Exausta e satisfeita, Aline deixou que Guilherme a posicionasse na cama ao seu lado e ainda entorpecida pelo que acabara de ocorrer, sentiu os olhos pesados e se entregou ao sono, tendo seus cabelos e seu rosto acariciados por Andréa e com Guilherme a abraçando por trás. Os dois sabiam que aquele lindo sorriso no rosto dela era de satisfação, de ver o trio unido outra vez.

Era também, um sorriso pelo dever cumprido, por ter devolvido a esperança para uma jovem futura mãe e por ter dado outra vez esperança a um casal que estava fora de compasso. Talvez, salvar o bebê de Sheila e Augusto, tenha dado a eles o motivo que eles não encontravam para reatar o casamento. Só assim, talvez, Augusto encontrasse em seu coração uma forma de perdoar a esposa e seguir em frente, assim como Guilherme fazia após a revelação de toda a sua mágoa para com Andréa.

Aproveitando a paz que reinava absoluta naquele quarto, Andréa e Guilherme também se entregaram ao sono, acompanhando Aline, satisfeitos e pensando em como seria dali para a frente.

Já passava das nove horas da manhã e enquanto o trio dormia o sono merecido, Augusto cochilava em uma desconfortável cadeira de madeira, com a cabeça encostada na parede, sem sair de perto de Sheila, que ainda se mantinha sob os efeitos da anestesia, prevista para durar ainda algumas horas.

Maria, no corredor, conversava com uma das enfermeiras. Naquela cidade tão pequena, todos se conheciam. Ela viu Oscar e Fátima chegando, acompanhados pelos avós de Sheila e uma enfermeira barrando os quatro na entrada da enfermaria, passagem obrigatória naquele hospital em direção aos quartos. Caminhou em direção a eles e os recebeu já dando notícias sobre Sheila. Explicou tudo o que Aline disse antes de ir. Contou em detalhes tudo o que Sheila precisou fazer, contou sobre a gravidez, acalmou o casal idoso e disse que Sheila estava bem, mas que iria precisar de cuidados. Por fim, falou que o marido estava lá ao seu lado, o que fez os avós se sentirem melhor. Com Augusto à frente, tinham a certeza de que Sheila estava recebendo todo o cuidado necessário.

Os cinco se encaminharam para a sala de espera e aguardaram pacientemente por notícias. Maria pediu à enfermeira que avisasse quando Sheila acordasse. Pediu também que avisasse a Augusto que os avós de Sheila estavam ali, à espera de notícias.

Com a posição desconfortável e com a cabeça cheia de pensamentos, Augusto abriu os olhos e encarou a esposa. Mesmo sedada, Sheila parecia bem. Conseguia enxergar em seu rosto a palidez do processo que ele pensava ter sido tão invasivo. Riu de si mesmo ao comparar o procedimento de Sheila com as cirurgias também tão complicadas que ele fazia de forma rotineira em vacas: "o princípio é o mesmo, apenas a anatomia que é diferente." Pensou e voltou a rir sozinho.

Na verdade, era um riso de alívio. Por saber que Sheila estava bem e que talvez, uma segunda chance era possível. Tentava se convencer a perdoar a esposa. Buscava em sua memória os momentos felizes do casamento e acabava encontrando milhares de motivos para se considerar um felizardo por ser marido daquela mulher tão linda e especial que era Sheila.

Lembrou de como seus pés eram frios e ela sempre esquecia de colocar uma meia para dormir e ele sempre precisava levantar e buscar um par para ela. Sorriu sozinho ao lembrar de como precisava andar atrás dela pela casa e desligar a luz que ela teimava em deixar acesa em cada ambiente pelo qual passava, do quanto Sheila detestava peixe, da forma estranha que ela segurava o garfo de lado ao comer, do quanto ela gostava do sabor da cebola, mas detestava mastigá-la, e que mesmo sendo professora, ela odiava o barulho do giz na lousa…

Augusto, se aproximou da cama e tirou uma mecha de cabelo que ocultava o lado direito do rosto de Sheila e fez um carinho nela. Beijou sua testa e outras milhares de pequenas coisas sobre Sheila invadiram os seus pensamentos. Puxou a cadeira e sentou novamente, apoiando-se na cama e segurando a mão dela, orando em silêncio por sua total recuperação e uma gravidez sem mais problemas. Adormeceu assim, com a cabeça apoiada próxima ao joelho da amada.

Nem sabe quanto tempo dormiu, mas acordou com uma mão lhe acariciando o cabelo. Ao se orientar, encontrou uma Sheila ainda um pouco grogue, mas sorrindo para ele:

- Oi, meu amor! Obrigada por ficar ao meu lado.

Feliz por vê-la consciente e com o coração aos pulos, se levantou e a abraçou, tomando todo o cuidado para não a apertar forte. Ela disse:

- Não terminamos a nossa conversa…

Augusto, a interrompendo, e nem um pouco preocupado em terminar aquela conversa, a acalmou:

- Esquece isso! Você precisa se preocupar com sua saúde e com o nosso filho.

A alegria de saber que sua gravidez continuava a pegou desprevenida, foi inevitável o choro. Para ela, esse sonho não era mais possível. Se lembrou de Aline e Andréa.

Naquele mesmo momento, na casa de Andréa, ela despertava, abraçada a Aline e tendo Guilherme abraçado nas costas da esposa. Ficou por uns segundos observando os dois corpos nus, admirando como gostava e achava belas as formas femininas e sensuais de Aline, e também do mesmo jeito, como gostava do corpo masculino e viril do Guilherme, seu cheiro de macho, sua pegada mais firme e intensa. Ela pensou que era uma felizarda, pois tinha aquela natureza privilegiada de ser mulher, feminina, e também poder gostar dos dois sexos com a mesma intensidade. Ela agora se conhecia perfeitamente e sabia que não podia negar a sua natureza bissexual.... Enquanto estava distraída com aqueles pensamentos notou os mamilos de Aline se enrijecendo, e depois notou que Guilherme tinha uma ereção involuntária ao dormir e aquelas mudanças sutis e quase imperceptíveis estavam atuando no corpo dos dois amantes... Andréa se sentiu novamente cheia de excitação, sua xoxota se intumesceu e latejou, indicando que seu corpo também reagia aos mesmo estímulos.... Ela estava ficando excitada novamente. Ao longe ouvia-se pássaros cantando, e movimentos nas ruas.... Mesmo já passando das duas da tarde, para eles, o dia estava apenas começando...

Continua…

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Comentários

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Essa série é umas das melhores do site, juntamente com a da Nanda do Mark. Sucesso Menias !

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Quero ver o desfecho deste romance cheio de sensualidade e emoção!

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Muito bom! Estou ainda lendo os primeiros capítulos e vocês escrevem muito bem! Se puder ler meus contos tbm e talvez darem um feedback, vai ser de extremo valor pois acabei de começar :)

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Ahhhhh gostei MUITO do vinho também. Casa Nova di Neri e show!!!

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3⭐ Bela cena do menage. Da Abdrea sentada no pau do Guilherme, beijando a Aline que sentava na cara dele. O verdadeiro triângulo amoroso!!

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CARACA... só tem tres estrelas... tinha que ser mil estrelas... trama cada vez mais envolvente... parabéns.... show.

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Jaque perdão se fui indelicado não sabia da ausência de um ente querido da família meus pêsames e infelizmente é vida que segue mais parabéns pela volta triunfante das três mais queridas escritoras.

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Boa tarde garotas fantásticas. Consegui uma brecha na correria para vir aqui ler. Excelente continuação, mostrando que mesmo sendo obrigadas a uma parada imprevista de boas semanas, a história continua no mesmo pique de antes. Prefiro que demorem a publicar, mas quando publicarem, é sempre esse alto nível de entrega, de enredo, de personagens que nos ensinam muito, cheios de humanidade, de erros e da capacidade de aprender com os erros. Adorei a forma como a Andréa e a Aline estão revendo suas atitudes no passado, suas mágoas e seus ciúmes. E o Guilherme, um personagem recente, crescendo na trama e com papel preponderante no passado das duas. A gente nem fazia ideia disso. Sinal de que a história guarda boas surpresas sempre. Augusto começando a assimilar um pouco das lições que teve que receber, e talvez a Sheila possa finalmente demonstrar sua dignidade, embora muitos julgadores achem que não. Como se nunca tivessem errado na vida. Muito boa toda a trama dessa parte. Texto gostoso e fluindo muito bem. Todas as estrelas. Desculpem a ausência, mas ando longe, bem longe, e muito ocupado.

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Muito bom meninas!!!!! Que bom tê-las de volta. Quanto ao conto, tudo como tinha que ser. Parabéns. De uma forma suave, vcs conseguiram juntar os casais ou tri...

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Meninas demais mesmo como sempre nota mil, só fico triste pela demora aliás existe outros parceiros nossos que sumiram estou preocupado são contos muito gostosos mais demoram na Continuação e uma pena mais é vida que segue parabéns meninas mais um vez continue obrigado.

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Esse Augusto é um tremendo hipócrita né,todo magoado não querendo perdoar a esposa por transar com a Andreia,mas não perdeu tempo e comeu a Maria e a Fátima,e fica dando uma de inocente. Fala sério😠

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Mas ele já estava separado e fora de casa

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Trair nunca e certo nem pelo homem nem pela mulher

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Nossa gente que grata surpresa, fiquei muito feliz ao receber a notificação de conto novo, pra variar muito bom por sinal, que sequência deliciosa e excitante.

Mas fiquei mais feliz ainda em ver que vcs estão de volta, entendo demais o momento vivido, mas com força nos corações vcs vão superando...

Um grande abraço e beijos pra vcs...parabéns pelo retorno e pelo conto

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Poxa!😢😢😢😢 Não sabia da perda da avó da Jaque, meus sentimentos pela sua perda Jaque!

Imagino que não foi fácil perder um ente querido!

Em relação ao conto: excepcional como sempre meninas! Adorei a redenção da Andréa, ela merece ser feliz, afinal ela foi apenas usada por uma pessoa ressentida e que não aceitou perder o amor da pessoa amada para outro!

Espero também que o Augusto seja feliz com a Sheila, já que ele foi outra que foi usada para atingir o Augusto!

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Não a avó, a mãe.

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O queeeeeeeeeeê? Foi pior agora! Então a perda foi maior ainda! Sinto muito!

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Vi a resposta de vocês ao Jó e assimilei que seria a avó! Baita mancada minha! Desculpe meu erro Jaque!

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Tranquilo, amigo!

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Agradecido, mas tenho que me policiar mais, não posso deixar que isso vire rotina! Mas mesmo errando o que não devia o sentimento é verdadeiro!

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