Esposa amorosa, meus segredos - Parte VI

Um conto erótico de Al-Bukowski
Categoria: Heterossexual
Contém 8479 palavras
Data: 29/10/2022 15:31:19
Última revisão: 08/09/2023 17:19:58

Sexta-feira, alto da noite, e eu corria atrás de Gustavo pelo estacionamento do local onde ocorria uma balada country, uma das últimas programadas para o final do ano, e em que fomos com os amigos. Eu o chamava e pedia para que ele me esperasse, mas indiferente a meus apelos, ele caminhava bravo e decidido à minha frente, em direção a seu carro. Ainda consegui o alcançar, me interpondo contra a porta do carro, e não deixando que ele a fechasse.

- Gustavo, para... Espera, me deixa explicar...

- Chega Fernanda, hoje você passou dos limites. Me larga! Deixa eu ir embora daqui antes que eu faça uma besteira…

Eu me agarrava a ele pela porta aberta do lado do motorista, tentando o impedir de qualquer forma de sair dali. Eu estava desesperada e arrependida, tentando fazê-lo pelo menos me ouvir. Quase sem argumentos, eu segurava nos braços dele, tentava o demover com carinhos no cabelo, buscando um sinal qualquer de compreensão e atenção para mim, mas era repelida por ele.

- Me perdoa amor… por favor, eu prometo que nunca mais faço isso… eu te juro!

- Esquece Fernanda. Acabou! Sai daí senão você vai se machucar…

E dizendo isso ele pegou a minha bolsa de mim e a jogou longe, aproveitando a minha distração para me empurrar para fora do carro. Foi o tempo exato de eu cair sentada no chão para ele poder então arrancar dali, cantando os pneus…

- Guto… não!!! Volta aqui! Voltaaaa…

Já estávamos namorando há quase um ano, desde quando engrenamos nosso relacionamento coincidentemente também num show sertanejo. Nesse meio tempo muita coisa aconteceu, tivemos altos e baixos, os dois aprendendo a se conhecer melhor. Marinheira de primeira viagem, eu vivia num turbilhão constante de sentimentos, com minha imaturidade cobrando-me o preço na forma dos muitos erros que eu cometia, tanto com ele como comigo mesma.

Nosso namoro, no geral, era muito bom e gostoso. Tínhamos várias coisas em comuns que curtíamos fazer juntos, como passeios, ir a shows e baladinhas, nos reunirmos com amigos, e etc... Até mesmo o lado mais família era legal, com vários finais de semana em que vínhamos para minha casa, almoçando com meus pais e depois aproveitando a tarde para assistir a algum filme ou série juntinhos, não sem perder a oportunidade de alguns pegas discretos no sofá antes mesmo de irmos dormir em meu quarto. Meus pais jogaram aberto conosco desde o início, deixando claro que eu teria minha liberdade com Guto em casa desde que respeitássemos os limites e nos mantivéssemos responsáveis em todos os aspectos. Era meio difícil, confesso, representar um "amorzinho suave" lá em casa, quando na verdade eu estava sendo deliciosa e silenciosamente fodida de todas as formas por ele na minha cama. Não foram poucas as vezes em que tive que segurar gemidos e gritos afogando minha cara no travesseiro para não expor a todos lá em casa os momentos em que ele arregaçava minha bocetinha. Acredito que nunca demos bandeira desses momentos, mas não posso ter certeza disso.

Durante esses meses, também tivemos a oportunidade de viajar e passar um tempo na fazenda dos pais dele no interior. Fui muito bem recebida e acolhida por todos lá, a garota da cidade que seduziu o filhote deles. Conhecemos toda a região, ele me fazendo questão de mostrar todos os pontos turísticos, com passeios pelas matas, riachos, cachoeiras, e os mais diversos locais onde a natureza era linda e exuberante. Também conheci a pequena cidade deles, que crescia com o avanço do agronegócio da região. Conheci os amigos de infância de Gustavo, com quem ele ainda mantinha contato, e senti um certo ciúmes de algumas garotas quando a elas era apresentada. Não o questionei, mas coloquei na conta de que uma parte delas, pela forma como reagiram, já deviam também terem ido para a cama com ele, e me viam então como a rival que ele escolheu para ficar. "Desculpa amigas, mas a fila andou e vocês perderam!", pensava comigo com um certo orgulho, e me abraçando sedutora a meu gostoso namorado.

E, naquele clima interiorano, colecionamos diversas fodas memoráveis em vários lugares para mim totalmente diferentes do meu dia a dia, o que me deixava mais excitada ainda para dar para ele. Foram muitas rapidinhas e boquetes em galpões na fazenda, intercaladas com vigorosas montadas minhas sobre ele dentro da camionete, quando a parávamos em alguma estradinha local voltando de noite da cidade. Mas o que mais me recordo dessas viagens para o interior foram as diversas transas em lugares abertos próximo de rios e no meio do mato, onde o improviso era a regra. O meu medo de sermos flagrados, aliado à sensação do sol no rosto e o vento nos cabelos, com aquele cheiro de terra e vegetação, eram uma pimenta a mais que me proporcionou orgasmos maravilhosos.

Ou seja, nos curtíamos muito, mas era "na cama" onde as coisas realmente aconteciam, onde nos sentíamos um completando ao outro. A verdade era que eu já não conseguia mais resistir à vontade de abrir as pernas para ele, e em qualquer chance que tínhamos, eu provocava e me entregava. Eu queria e precisava a todo momento ser comida e fodida por ele. Era insano e viciante, bastando sentir seu cheiro ou sua pegada para minha boceta se molhar por completo, batendo palminhas e pedindo a pica dele para apagar o meu fogo. Nesses momentos, nosso sexo era sempre mais bruto e passional. Era quando eu sentia meu homem se esbaldando em mim, fazendo o que quisesse com meu corpo. Nesses momentos, em que ele se soltava e dava vazão ao desejo masculino mais primitivo, eu entrava em sintonia, e me sentia a fêmea mais poderosa e mais realizada do mundo, liberando o meu “lado mais puta” de ser.

Tínhamos naturalmente também os momentos em que ficávamos nos curtindo e nos amando de forma romântica. Rolava sim muito carinho e intimidade, além de brincadeiras sempre carregadas de malícia. Ficávamos um tempo enorme nas preliminares, quando nossos gostos se faziam sentir em nossas bocas e línguas. Ele percorrendo todo o meu corpo e se empenhando em explorar com dedicação todos os meus pontos sensíveis. E eu retribuindo, caprichando ao sugar aquele pau delicioso, brincando com o saco dele na minha boca, e sendo atrevida até ao ponto de lhe chupar o cuzinho. Sentia sempre ele crescer e pulsar muito na minha mão, antecipando as esporras mais intensas que proporcionei a ele. Eram nesses momentos em que nos descobríamos de fato, e terminávamos fazendo amor noite adentro, juntinhos e cheios de chamego.

Agora, caída no chão sujo daquele estacionamento, isso me parecia uma lembrança muito distante. Fui dominada por uma aguda tristeza, de um sentimento de perda dos mais doloridos que se pode sentir. Eu olhava para mim mesma, toda produzida do jeito que ele adorava, a calça jeans justa realçando minhas curvas e o look provocador de garota-vaqueira, e me sentia ali deslocada e envergonhada de mim mesma naquela condição. Eu chorava e soluçava, borrando a maquiagem enquanto me arrastava para pegar a bolsa e recuperar um pouquinho da minha dignidade, ao recolher minhas coisas espalhadas pelo chão. Felizmente a Amanda, sempre ela, veio em meu socorro quando me viu correr atrás do Guto, percebendo que a coisa não ia terminar bem. Ela se juntou a mim, me ajudando como podia a me recompor um pouco:

- Fê, minha amiga. Não fica assim... Vem cá, vamos embora que eu te levo para casa.

- Você viu como ele falou comigo Amanda? Viu? Snifff… Ele acabou tudo, não quer mais nada comigo!

- Calma, vocês estão de cabeça quente. Deixa isso assim por hoje, e depois vocês conversam e se entendem…

Eu caí no choro, enrolando as palavras e desabafando com ela, as duas abraçadas enquanto seguíamos para o carro dela.

Relembrando agora, percebo que a noite começou a dar errado logo depois que chegamos na balada. A tal da Isabela, uma também morena, toda gostosa e malhada, veio arrastando a asinha para cima do Guto. Eu já a conhecia de vista, e meu santo não tinha batido com o dela. Eu os havia visto conversando em corredores da faculdade, ela sempre sorridente demais para ele, jogando o charme que toda mulher sabe que vem carregado de segundas intenções. Naquela noite ela estava acompanhada de outras duas amigas, e quando nos viram, fizeram questão de se juntarem ao nosso grupo. Ok, até aí não teria nenhum problema, se elas ficassem na delas e não viessem ciscar no meu galinheiro. Tudo ficaria na paz e curtiríamos a noite numa boa.

Entretanto, não foi bem assim que tudo aconteceu, e pouco a pouco elas foram monopolizando a atenção de todos, o Guto agindo como um besta dando trela e atenção especial para a biscatinha. Eu não ia deixá-la me fazer de tola ali na frente de todos. E assim, mesmo tentando me segurar, fui soltando umas ironias aqui e ali. Dava umas respostas cortadas e calibradas pela bebida, ao que Guto me fuzilava com os olhos. Ele sabia que eu estava me mordendo de ciúmes, pois àquela altura do namoro, já tinha me visto dando uns "pitis" em outras cenas de ciúmes, principalmente quando eu começava a beber. E tudo terminava invariavelmente mal, nós dois brigando feio, discutindo e fechando a cara um para o outro por vários dias. Naquela noite não foi diferente, e, como previsto, eu acabei explodindo quando ela veio com mais uma gracinha para cima dele e falando de mim. Insinuando, na gozação, que eu era muito novinha para ele e sei lá mais o que, que nem me lembro mais. O meu sangue ferveu e acabei partindo para cima dela.

A Iara até tentou me segurar, mas foi apenas a intervenção do Guto que me impediu de dar uns tapas naquela garota. Entre xingamentos com a vadia e copos de cerveja voando, ele me agarrou com força pelos braços e me arrastou dali para um canto, onde me deu um baita esculacho por estar sendo tão infantil e insegura. Ficou me dizendo que ela era apenas uma amiga, que tinha um namorado conhecido dele, que não tinha nada a ver, e que eu estava vendo coisas que não existiam. Ainda tentei reclamar algo, mas ele foi me demolindo na argumentação, deixando claro que eu estava totalmente errada naquela situação. E, para piorar, trouxe à tona que estava de saco cheio dessa desconfiança minha, de nunca acreditar nele, além de tentar ficar controlando sua vida. Por fim, me largou ali jogando na minha cara:

- Quer saber? Você conseguiu Fernanda! Acabou com a nossa noite. Fica ai então com suas neuras que eu vou embora!

- Pera Guto... não me deixa sozinha aqui... Guto!

Ele nem me ouviu, e tive então que sair trombando com todos na tentativa de o alcançar antes que pegasse o carro, o que acabou não adiantou nada.

Não era o primeiro barraco que eu já tinha armado, todos eles também amplificados e piorados pela bebida, gosto que eu havia adquirido e ainda não sabia controlar direito, passando do limite várias vezes. Não chegava a dar o vexame de cair bêbada pelos cantos, mas minhas reações, tanto para o bem como para o mal, ultrapassavam um pouco o bom senso. Reconheço que meu comportamento ficava meio inconveniente, e tanto o Gustavo como também meus amigos acabavam depois me repreendendo pelo que aprontava. Mesmo sentindo ciúmes, de forma alguma o que aconteceu ali poderia ser um motivo para o tamanho da vergonha que eu tinha causado a ele na frente dos colegas e amigos. Esse meu lado volúvel e inseguro ainda era algo que me trazia muitos problemas, e com os quais eu não sabia lidar, principalmente no que se referia a um relacionamento a dois.

Chegamos ao carro da Amanda, e quando estávamos saindo daquele lugar, eu peço chorosa para ela me levar para o apartamento do Guto. Queria tentar falar com ele mais uma vez, pedir desculpas e não deixar as coisas assim. A gente já tinha até planejado dormir lá, pois ele estaria sozinho no apartamento esse final de semana todo. Há alguns meses o Fabrício se mudou para morar com a Iara, e ele passou a dividir o apartamento com o Marquinhos, um colega de classe com quem estreitou uma grande amizade. Nesse final de semana o Marquinhos estaria fora viajando com os pais, e assim teríamos muita liberdade. Quem sabe ainda dava certo apelar assim...

- Fernanda, acredita em mim. Não vai ser uma boa você procurar ele hoje. Só vai piorar as coisas.

- Ah Amanda... eu não sei então o que faço. Vou ficar louca se ficar sozinha lá em casa pensando nisso tudo.

- Tá... então porque a gente não faz assim: eu te levo para o meu apartamento e você dorme lá hoje. Assim conversamos e você fica mais calma. Que tal, hein? Uma noite das meninas? - ela me disse num tom de brincadeira, tentando aliviar minha tristeza.

Dei um sorrisinho, lembrando das noites lá em minha casa com a minha mãe e minha irmã. Mas foi um sorriso xoxo e sem vida, já antecipando o sofrimento que seria perder o Guto da minha vida. Sem saída, acabei concordando, e me deixei levar pela Amanda até seu apartamento.

Durante o caminho, ela ligou o rádio do carro, e eu fiquei então mais calada, observando os movimentos da noite e curtindo minha fossa. Ficava relembrando esse último ano em flashes na minha mente, buscando alguma inspiração sobre o que fazer para manter aquele romance ainda vivo. Estava claro para mim como Guto vinha mudando nos últimos tempos. Antes um rapaz mais bronco, a convivência com os colegas da faculdade foi meio que o tornando mais urbano, e então nem mais se tinha uma pista da sua origem interiorana. Não posso negar que eu também gostei e ajudei nessa mudança, apesar de ainda ter saudades daquele jeitinho típico dele. Ele passou a se vestir de forma mais refinada, assim como adquiriu os hábitos do pessoal da cidade. O jeito de falar e de se comportar, e os ambientes que frequentava foram mudando aos poucos, com seu círculo social sempre aumentando. Isso facilitado pela amizade com o Marquinhos, que, por conhecer muita gente, vivia nos apresentando a todos e descolando programas por aí. Por fim, o fato de Gustavo ser bancado pelo pai também contribuiu bastante com tudo isso. Sem ter com o que se preocupar, já que o trabalho com os pais estava garantido quando se formasse, ele aproveitava como podia o tempo na faculdade, bancando saídas com os amigos e coisas assim. Todos queriam, dessa forma, se aproximar dele que era agora uma carinha bem popular na faculdade.

Acho que tudo isso explica um pouco do motivo pelo qual eu fui ficando também mais insegura e possessiva, sempre preocupada e tentando o controlar. No fundo eu tinha medo dele se enjoar de mim, de encontrar alguma menina mais interessante e me trocar por ela. Minhas crises de ciúmes podiam ser exageradas, mas não sei dizer se seriam totalmente infundadas. Motivo concreto eu realmente não tinha nenhum, pois nunca o peguei com nenhuma outra mulher. Mas com certeza ele devia ser assediado, disso eu não tinha dúvidas. Mesmo contra a minha vontade, eu não tinha como impedi-lo de sair com Marquinhos e os amigos, e nesse momento eu ficava em voo cego, sem nenhuma referência. E isso me tirava do prumo, eu não tinha maturidade para lidar com essa situação, ainda mais num relacionamento tão intenso com ele... tanto emocional como sexualmente falando. Eu havia mergulhado de cabeça numa paixão sem volta, mas sem a confiança e experiência necessárias para o salto que havia dado. Só o que sabia é que faria tudo por ele, e esse meu extremismo e fixação estava envenenando nossa relação.

Fui tirada dos meus devaneios quando chegamos ao prédio da Amanda. Ela encontrou uma vaga apenas numa rua próxima a ele, e assim tivemos que andar um pouco até o portão de entrada. Ela morava sozinha num apartamento de quarto e sala, super arrumadinho, tendo em cada cantinho um toque de carinho e cuidado que ela tinha com suas coisas. Só por essa amostra já se podia julgar o quanto ela seria bem-sucedida na carreira, dado seu senso de harmonia aliado a um extremo bom gosto.

- Está mais calma, Fê?

- Um pouquinho Amanda. Mas na verdade o que mais tenho agora é vergonha pelo que fiz. Estou arrependida, e daria tudo para voltar no tempo e não ter dado aquele barraco...

- Bom, mas aí não ia ser a Fernandinha que todos conhecem! Hahaha.

- É, mas eu preciso mudar, isso está fazendo mal para mim… e para o Gustavo também.

- Ok, mas vamos deixar isso agora de lado, e conversamos mais amanhã. Uma boa noite de sono vai lhe ajudar muito.

Entramos no apartamento dela, um lugar em que eu podia dizer que me fazia sentir em casa, tantas foram as vezes, nesse último ano, em que a visitei, seja para alguma festinha ou mesmo para racharmos todos uma pizza em finais de semana. Por morar sozinha, seu apartamento era o local de encontro de todos da turma. Mesmo pequeno, tinha como acomodar mais pessoas, que volta e meia pernoitavam por lá dormindo no sofá da sala ou em um colchonete que ela mantinha preparado para essas ocasiões. Cansadas pela balada, combinamos como íamos fazer, e ela acabou indo tomar banho primeiro, deixando a porta aberta para irmos conversando enquanto isso, eu sentada na cama no quarto dela. Fazia calor, e, quando ela terminou o banho, eu pedi a ela para me emprestar apenas uma camiseta para dormir, pois eu já tinha uma calcinha reserva na bolsa, pelo hábito previdente de levar uma comigo sempre que saia para as baladas.

Ao entrar no banheiro, não pude deixar de me recordar da última vez em que tomei banho ali, depois de passar mal na festa de trote do vestibular. Foi naquela noite que minha amizade com Amanda começou, e seguiu firme por todo esse tempo. Já nua no box, sentindo a água morna batendo no meu corpo, consegui relaxar um pouco mais, como se o banho também ajudasse a levar parte dos problemas embora. Eu me ensaboava e me enxaguava com carinho, num ritual que, naquele momento, servia quase como um consolo por ter sido largada pelo Guto. Revigorada, sai do box e me enxuguei, colocando a camiseta e a calcinha limpa, secando e enrolando os cabelos na toalha antes de sair do banheiro.

Encontrei a Amanda sentada na sua cama, sugerindo fazermos algum lanchinho, uma vez que lá na festa ficamos só na cerveja, e nem acabamos comendo nada ou passando em algum outro lugar. Geralmente depois das noitadas era comum terminarmos a noite em uma barraquinha de cachorro-quente ou em alguma lanchonete ainda aberta na madrugada.

- Vamos comer alguma coisinha, Fê?

- Nossa, estou mesmo morrendo de fome. O que você tem aqui para comer?

- Vem comigo que improvisamos alguma coisa. Vamos dar uma olhada na geladeira.

E ela pega na minha mão e me leva até a cozinha. Estamos as duas bem à vontade, apenas com nossas camisetas e calcinhas, o que provavelmente seria o sonho de algum vizinho voyeur que estivesse nos espionando, e nos visse passando assim na frente das janelas e da porta-balcão da pequena sacada da sala. Deixando a modéstia de lado, a Amanda, assim como eu, era muito gata. Um jeito diferente do meu, morena também, porém com cabelos castanhos mais claros, longos e cacheados, e sendo só um pouquinho mais alta que os meus 1m68. Ela era mais encorpada que eu, com seios bem grandes e quadris também maiores que os meus. Um sorriso enorme e cativante, e uma calma tibetana para tudo na vida, sempre pensando muito antes de fazer qualquer coisa. Nesse ponto, com todo esse equilíbrio, ela era completamente diferente da tresloucada aqui.

Encontramos umas bandejinhas de queijo e presunto na geladeira, e, enquanto preparávamos uns mistos-quentes, íamos conversando sobre o óbvio e único assunto possível para aquele momento: o Gustavo e o meu relacionamento.

- Sabe Amanda, eu estava pensando no caminho até aqui. Você acha que o Guto mudou nesses últimos tempos?

- Mudou em que sentido Fê?

- Ah, antes ele era mais simples, mais espontâneo. Agora… sei lá, ele parece mais… como se diz… egocêntrico? Pensando só nele?

- Você tem sentido isso na relação de vocês?

- Não bem na relação. Quando estamos sozinhos, nossa… você sabe... é muito bom!

- É… você já me contou algumas coisas, safadinha! Rsrsrs

Enrubesci envergonhada, mas voltei ao assunto:

- Então… ele agora parece meio deslumbrado em ser o centro das atenções, preocupado em provar para todos que é o tal… Às vezes, principalmente quando estamos com os outros, parece que para ele eu sou apenas a “namorada gostosa” que ele tem para se mostrar orgulhoso para os amigos… Você entende o que estou dizendo?

- Bom, eu já lhe disse o que acho dos amigos dele…

- Você está falando do Marquinhos, né?

- Sim, principalmente dele. Geralmente meu sexto sentido não costuma falhar quando se trata de homens. E eu não confio nele, naquele jeito gostosão dele, metido a conquistador. Está sempre na espreita para se dar bem e sair bonito na foto…

- Ah Amanda, será que você não está exagerando não? Pelo menos comigo ele sempre foi tão bacana e respeitoso… nunca vi maldade nele.

- Isso porque o Guto está junto, e ele cola nele para tirar alguma vantagem. Mas, se eu fosse você, tomaria cuidado e ficaria longe dele.

- Você acha então que o Gustavo mudou por causa dele? Nessas coisas que te falei?

- Sinceramente não sei Fernanda. Talvez o pessoal “ponha pilha” no Guto e ele esteja se deixando influenciar… Sabe, homem tem muito disso, de ficar sempre querendo provar que é fodão em tudo que faz.

Fiquei pensativa sobre isso que ela disse. “Será que eu conhecia de fato meu namorado? Estaria ele perdendo o interesse em mim para ter outras conquistas? Ou eu teria virado só um brinquedinho para ele? Até tremo em pensar isso… não, não é possível isso, com tudo o que vivemos juntos, tudo que rola entre a gente…”

- Fernanda, olha… Eu acho é que você tem que conversar com ele e mostrar que isso tudo está te incomodando. Resolver isso de forma clara. Você não merece ser tratada assim, minha lindinha.

- É… eu sei… mas isso se ele ainda quiser falar comigo, depois de hoje.

- Rsrsrs… não seja melodramática. Ok, hoje a coisa foi feia, mas não acho que foi motivo para terminar tudo. Dá um tempo para ele, vai ser é até bom para vocês pensarem um pouco no que cada um tem feito para o outro.

- Mas… e se aparecer outra? Está cheio de vadias por ai de olho nele…

- Bom Fernanda, é duro falar, mas se ele resolver te trocar por uma vadia, como você diz, é porque ele não te merecia mesmo. E tenho certeza de que outra pessoa vai ver em você a garota maravilhosa que você é, viu? - e me mandou uma piscada de olho e um beijinho do outro lado da mesa, enquanto nos sentávamos para comer os lanches que preparamos.

Ela conseguiu tirar um sorriso de mim naquela hora, mesmo com a tristeza em que eu estava, e cercada de tantas dúvidas e medos.

- Hummm… isso está bom demais Amanda!

- É, não é? Misto-quente é minha especialidade!

- Hahaha. Master-Chef sanduba! Hahaha

- Bom, agora que você está mais felizinha, que tal a gente terminar de comer isso aqui e assistirmos um filme juntas?

- Ok, mas desde que não seja nenhum romance, que não estou com vontade de cair no choro mais uma vez!

- Combinado Fê! A gente escolhe um de terror então, para combinar com essa noite! Hahaha - e rimos juntas, pela ironia da situação.

Terminamos de lanchar, e arrumamos a pequena bagunça na cozinha, conversando assuntos aleatórios, deixando o clima mais leve e ameno. Saindo da cozinha e seguindo a Amanda pelo corredor, me dou conta de que teríamos que assistir o filme no quarto dela, pois era lá que ela tinha a televisão. Ela entre nele e vai direto para o banheiro escovar os dentes, enquanto eu termino de secar os cabelos, usando a toalha que tinha enrolada na cabeça. Quando saio da minha vez no banheiro, vejo a Amanda desfazendo a cama e me dando um travesseiro. Preocupada em não invadir a privacidade dela, eu pergunto:

- Você não prefere que eu durma na sala, Amanda?

- Imagina Fê! Lá não é confortável, e aqui podemos assistir juntas até acabar caindo no sono. Não sei você, mas eu costumo adormecer assistindo TV. É ligar, e eu logo pego no sono facinho.

Acabo concordando, e nos acomodamos na cama, basicamente ficando cada uma de um lado, recostadas nos travesseiros apoiados na cabeceira da cama.

- Vamos lá, o que será que está passando de bom na TV? - fui mais rápida que ela, já me apossando do controle remoto do aparelho.

- Ei, mas que folgada! Rsrsrs

Vou mudando de canal e acabo encontrando um filme nacional mais picante, estilo pornochanchada, e que era comum algumas emissoras transmitirem nas madrugadas de finais de semana. O filme começa e se mostra muito ruim, ambientado nos anos 70 e muito canastrão. Comecei a rir das cenas improváveis e do jeito dos galãs e das mulheres, enquanto a Amanda ficava tirando sarro e criticando tudo do filme.

- Credo Fernanda, mas esse filme é muito ruim! Muda de canal, vai...

- Pera, está divertido Amanda! Olha lá! Agora ele vai espionar a cunhada tomando banho... Hahaha

- Chega, me dá esse controle Fernanda.

- Não dou não! E você vai ter que assistir até o final! Hahaha - digo isso escondendo o controle atrás do meu travesseiro

- Ah, você vai ver só Fernanda... Me dá aqui! - e, rindo, ela avançou para o meu lado, tentando pegá-lo de mim.

Eu o protegia enquanto ela rolava sobre mim, enfiando as mãos atrás de mim, por baixo do travesseiro. Eu segurava o controle e ela tentava me alcançar para tentar pegá-lo de mim. Nessa tentativa, ela rolou e ficou sobre mim, me imobilizando numa briga fingida.

Fiquei deitada na cama e ela sobre mim, as duas segurando o controle remoto que eu me recusava a lagar. Ela, mais forte que eu, me dominava, eu sentindo o peso do corpo dela sobre o meu, nossas pernas se enroscando, as camisetas semi-erguidas devido a toda aquela lutinha. O rosto dela estava bem perto do meu, a ponto de eu poder sentir a respiração dela sobre mim, nossos olhos vidrados uma na outra. Senti então a mão livre dela subindo pelo meu rosto, me fazendo um carinho ao mesmo tempo em que tirava meus cabelos da frente do meu rosto. Nossas bocas se abriram, numa mistura de sorriso com vontade... a boca dela úmida e pertinho da minha... Meus lábios tremiam.

Primeiro veio um selinho, como para testar e conseguir uma aprovação. Ela encostou de leve aqueles lábios macios nos meus, e se afastou um pouco, o mínimo para podermos nos olhar e ainda titubearmos por um momento. Durante aquelas frações de segundo o tempo parou naquele cama, sendo quebrado com duas sorrindo uma para a outra. Não havia mais o que perguntar, o que pedir. E, simples assim, finalmente nos beijamos, um beijo gostoso, carinhoso, nossas mãos acariciando os cabelos uma da outra. A intensidade foi aumentando, com nossas bocas se procurando, se mordiscando e se lambendo. O perfume de nossos corpos, o cheiro do banho tomado, tudo aquilo preenchendo o espaço daquele quarto, nada mais importando.

E, natural como foi o beijo, nos sentamos na cama uma de frente para a outra, sem parar de nos sentir, de continuar nos beijando. Ela então pegou pela barrinha minha camiseta e a ergueu, deixando-me apenas de calcinha, seus olhos e mãos imediatamente descendo para meus seios, meus bicos, durinhos como nunca antes estiveram. Acusando o quanto eu estava excitada e gostando dos carinhos dela.

- Você quer, Fernanda? - ela perguntou sussurrando no meu ouvido, uma mão apalpando meu peito e outra na minha cintura, tornando impossível responder negativamente àquela pergunta.

- Quero! Quero muito, Amanda!

E então ela se afastou, o sorriso de satisfação estampado no rosto, e se encarregou de tirar a própria camiseta. Eu vi o tecido subindo em câmera lenta, a pele clarinha se revelando aos poucos, as curvas dos peitos macios apareceram. E então eles se mostraram por inteiro, lindos e grandes, os mamilos rosados também grandes, bicos entumecidos e apontando para cima. No novo beijo e carícias que se seguiram, nossos corpos se roçaram num abraço tenro, quando senti pela primeira vez na vida os seios de outra mulher contra os meus. Foi algo diferente de tudo, minha pele se arrepiando, sensível a tudo, uma energia deliciosa passando do corpo de uma para a outra.

Ela logo tomou a iniciativa, e foi me conduzindo naquela jornada, me fazendo primeiro deitar. Largada sobre a cama, senti ela descendo com o rosto se esfregando no colo do meu peito e em meus seios, parando ali para beijar e sugá-los com tesão. Eu gemia e respirava fundo, querendo fechar os olhos, mas não conseguindo, hipnotizada que estava em ver tudo que minha amiga me proporcionava de prazer. A todo momento nos olhávamos, medindo nosso nível de prazer, que apenas subia e deixava a coisa mais gostosa ainda. Ela seguiu, e, logo depois de passar com a língua brincando por minha barriga e umbigo - tirando risinhos nervosos de dentro de mim - ela se colocou sobre a minha calcinha, respirando pertinho da minha bocetinha totalmente úmida àquela altura.

Erguendo-se um pouco, e com os dedos por baixo do elástico da minha calcinha, ela começou a tirar a última proteção que eu tinha para não me entregar definitivamente a ela. Desejando ardentemente isso, eu ergui meus quadris para facilitar para ela, e vi minha calcinha escorregando pelas minhas pernas até ser jogada de lado na cama, com ela voltando o rosto para o vão das minhas coxas. Eu abri minhas pernas e deixei minha fendinha - de pelinhos deixados aparados bem curtinhos numa faixinha estreita - toda exposta para ela, soltando um gemido incontrolável ao sentir ela abocanhando minha boceta. Ela me chupou e lambeu me levando ao céu, sorvendo meus sucos que vertiam em cascata de dentro de mim. Poucos homens sabem de fato chupar uma boceta… chupar como Amanda me fez: a boca beijando a boceta toda, a língua dura ora penetrando o mais fundo que conseguia, ora se esfregando nos meus lábios e sugando com intensidade o meu grelo inchado. Ela me vez revirar os olhos, com sua boca e língua atrevidas me explorando inteirinha, sua mão erguendo uma de minhas pernas para alcançar e provocar também a entradinha do meu cuzinho, a ponta endurecida da língua dela me tocando de uma forma que nunca imaginei ou fantasiei que ela pudesse um dia me fazer. E naquela noite era real, foi lindo e delicioso.

Quando não achei que podia ficar melhor, meu gozo já batendo na porta, ela começou a me tocar também com os dedos. Com dois deles em gancho, me penetrou na boceta, procurando e encontrando o ponto exato de meu enlouquecimento, o meu ponto G. Ela me dedou e me excitou gostoso, me fazendo me contorcer como uma cobra, enquanto eu mesma apertava e beliscava levemente meus mamilos, sentindo-os durinhos e arrepiados com essas carícias.

- Ai Amanda… que tesão! Eu não tô aguentando mais… me faz gozar…

- Goza Fê! Goza gostoso na minha boca, goza meu amor…

E chupando e me tocando fundo na minha boceta, ela intensificou os movimentos da boca e dos dedos, sabendo exatamente o que fazer, como que lendo minha mente e meu corpo. E então eu gozei, e gozei muito e como nunca havia gozado antes com o Guto ou mesmo sozinha. Meu corpo convulsionando, minha boceta pulsando e se derretendo, me fazendo tremer sem controle. Eu gemia e urrava, com a Amanda se deliciando com meu prazer, sorvendo os líquidos que minha boceta expelia latejando. Ela se excitando e dividindo comigo aquele momento mágico. Dividindo depois na minha boca, quando escalou de volta o meu corpo para me beijar, me trazendo o gosto da minha boceta para eu o sentir em seus lábios e na sua língua gostosa.

- Gostou lindinha? Fiz certinho? - ela me perguntou brincando, as duas sorrindo cúmplices.

Ainda arfando, a respiração pesada, consegui balbuciar para ela:

- Hummm, Amanda... Que delícia! Nunca senti nada como isso… - e voltamos a nos beijar, um beijo de amor, celebrando aquela nossa descoberta.

Então nos deitamos uma de frente para a outra, nossas mãos e dedos passeando sobre as curvinhas do corpo da outra, sorrisos bobos e safados em nossas bocas. E assim fomos nos excitando novamente, eu sentindo e querendo ter a minha vez de tocá-la. Eu desejava muito isso, ter o prazer de também lhe dar muito tesão. Atrevida, minha mão entrou então por dentro da calcinha dela, e senti pela primeira vez como era tocar a boceta de uma mulher. Com jeitinho, as pontas dos meus dedos explorando, sentindo os pelinhos dela e procurando a entradinha, descobrindo quando segui a umidade que brotava e molhava sua calcinha. Eu via, enquanto fazia isso, a Amanda fechando os olhos e mordendo os lábios, gemendo fundo quando um dos meus dedinhos escorregou para dentro dela. Nunca esqueci a expressão do rosto dela, como ela abriu os olhos e me olhou naquele exato momento. O instante em que eu a possuí, a meu jeito, e pela primeira vez. Ela abriu então mais as pernas, e me puxou para ela suplicando:

- Me faz gozar Fê! Com a sua boca, amor...

- Não sei se vou saber fazer, Amanda... nunca fiz com uma garota...

- Você sabe sim… Você é mulher, já nasceu sabendo! Vem aqui, sente meu gosto!

E assim como foi comigo, ela se deitou e se entregou, me deixando então tirar sua calcinha. Eu via sua boceta se mostrando para mim, os pelinhos negros, mais compridos que os meus, mas bem tratados e aparados. Cortados formando um triângulo escuro que rodeava sua fendinha, de lábios delicados e rosadinhos. Eu sorri para ela, admirando como Amanda estava linda, toda lânguida deitada na cama, esperando meus carinhos, meus toques. Deitei-me sobre ela, primeiro para colher um último beijo molhado, minha mão voltando a tocar sua xaninha, iniciando então a minha viagem pelo corpo dela. Beijando e mordendo primeiro seu pescoço, ela se arrepiando quando sussurrei safada no seu ouvido:

- Gostooosa!

Minha boca desceu primeiro para seu colo, e logo eu estava abocanhando o peito dela, sentindo como era grande e gostoso, os mamilos eriçados. Eu lambia e chupava como gostaria que fizessem comigo, com a ponta de língua brincando com os bicos, molhando, assoprando, e chupando novamente. Alternava minha boca entre um e outro, revezando com minhas mãos apalpando, beliscando e usando minhas unhas compridas para arranhar a ponta dos biquinhos delas, tirando gemidos mais profundos dela. E assim eu continuei descendo, traçando uma trilha molhada com minha boca e língua pela barriguinha dela, rodeando o umbigo para provocá-la como fez comigo. Estava amando tudo isso, as sensações e curiosidade que sempre tive de estar com outra menina, agora saciando com uma mulher maravilhosa como a Amanda.

Meu presente maior ficou então bem na minha frente, quando ela abriu suas pernas para mim, sua boceta brilhando pela umidade excessiva que ela não mais conseguia esconder. Com minhas duas mãos afastando suas coxas e deitada entre elas, eu a olhei no rosto, vendo o tesão que ela sentia expresso na sua fisionomia, implorando para que eu seguisse adiante. Eu lhe dei um sorriso, e sem tirar meus olhos dos dela, fui aproximando minha boca da entradinha dela. Eu o fiz bem lentamente, primeiro sentido o perfume que ela exalava, o aroma inconfundível de uma boceta melada. Queria curtir cada segundo daquele momento, fazê-lo durar o mais que pudesse. E assim eu segui, abrindo com carinho seus lábios, para dar primeiro um beijo nela com minha boca. E foi exatamente isso o que fiz. Eu não chupei, mas sim beijei a boceta dela com minha língua a penetrando, e com meus lábios abocanhando toda a abertura dela. Seu gosto de mulher invadiu minha boca, um gosto diferente do meu, mais adocicado e amarguinho, e muito... muito tesudo! Só de sentir o seu sabor e engolindo seu mel, meu corpo reagiu novamente, e não tive como evitar de me esfregar contra o lençol, minhas coxas se movendo para atritar os lábios da minha xaninha contra a cama.

Contudo, o meu prazer agora não era o que eu mais procurava. E, assim, eu me concentrei em passar a chupá-la o melhor que conseguisse, usando, como ela me disse, meus instintos de mulher para me conduzir a partir dali. Eu escutava nos gemidos dela, cada vez mais altos, a aprovação de estar fazendo certo, de estar dando o prazer e o amor que a Amanda merecia. Naquele momento nada mais me importava a não ser dividir com ela tudo que pudesse, para gozarmos juntas, numa união que há muito se escondia tímida entre nós em olhares perdidos e sorrisos encabulados… E agora nascia com uma intensidade deliciosa. Meus dedinhos, então, se uniram a minha boca nessa tarefa. Eu alternava chupadas fortes e intensas no grelinho dela - um botãozinho rosadinho durinho e inchado - com penetrações dos meus dois dedos mais compridos na boceta dela. E ela começou a arfar e resfolegar, puxando meu rosto contra si, rebolando no meu rosto, e abraçando minha cabeça com suas coxas.

- Assimmmm Fê... continuaaa... aiii... não para lindinhaaaa... - e entre gritinhos e gemidos, ela gozou na minha boca. Um orgasmo forte, jorrado, brotando em espasmos, e que saboreei e engoli me deliciando feliz e realizada por tê-la feito chegar lá também.

Então eu rastejei sobre o corpo da Amanda, com minha boca e rosto todo melados e babados dos fluídos dela. Procurei afoita os lábios dela, para um beijo repleto de luxúria quando devolvi o gozo dela com a minha boca. Fazendo que agora fosse ela saboreando o gosto da própria da boceta, fruto do prazer que eu lhe proporcionei.

- Fiz tudo certinho, Amanda? - perguntei provocando quando sossegamos essa pegação final.

- Melhor impossível, Fê! Estou tremendo até agora - e trocamos mais beijinhos e carinhos, enquanto nos virávamos para ficarmos de ladinho uma para a outra, as pernas se cruzando, eu sentindo minha xaninha roçando na coxa dela e a dela na minha. Uma simetria perfeita em tudo, eu acariciando a bunda carnuda dela e sentindo o mesmo toque dela na minha, apalpando e sentindo meu bumbum durinho e redondo. A janela aberta, escondendo a nossa nudez apenas com uma leve cortina branca, deixava passar uma brisa suave que refrescava nossos corpos, enquanto eu sentia os dedinhos dela num cafuné gostoso em meus cabelos. Devolvidos com minha outra mão sobre o rosto dela, sentindo sua pele macia e demonstrando o quanto eu gostava dela. E assim ficamos falando bobagens, dando beijos, nos tocando de leve e relaxando, até cairmos no sono uma nos braços da outra, eu depois me virando para ficar de conchinha com ela atrás de mim. Numa noite que tinha tudo para ser horrível, e que terminou de uma maneira deliciosa, para nunca mais se apagar da minha mente.

Amanheci no sábado numa ressaca boa, ainda demorando um tempo para acreditar que realmente aquilo tudo tinha acontecido. Confirmei isso ao me virar com cuidado, e ter a chance de ficar admirando a Amanda nua ao meu lado, dormindo um sono profundo. Completamente nua sobre os lençóis desarrumados da cama, eu a via com seus seios se erguendo e abaixando no ritmo da sua respiração tranquila, as pernas entreabertas me mostrando a boceta linda onde me esbaldei e matei um desejo antigo de chupar uma mulher. Eu me tocava suavemente, sem pressa, só atiçando uma excitação gostosa de estar ali, de estar vivendo aquilo tudo com ela. Ela então se mexeu na cama, alongando-se na cama enquanto abria e piscava os olhos, dando-me um sorriso gostoso ao ver como eu a olhava.

- Bom dia Fê! Dormiu bem?

- Foi a melhor noite da minha vida... - e trocamos um selinho carinhoso, para logo nos abraçarmos.

Tudo o que aconteceu na noite anterior, ainda lembrado pelo calor dos nossos corpos, ficou latente na minha cabeça na forma de dúvidas e questionamentos sobre essa novidade toda. E, ali abraçadas, eu não resisti a me abrir com ela:

- Amanda? Posso te perguntar uma coisa?

- Sim, lógico linda! Acho que não temos mais segredos uma para a outra, ainda mais depois dessa noite, né?

- Rsrsrs... é verdade! Então... eu tipo, queria saber... assim... Eu já vi você com homens, e sempre conversamos sobre eles. E essa noite, aqui comigo... sei lá... você gosta é de mulheres então? Você é lésbica?

- Olha Fê, eu na verdade me vejo como bissexual. Como diz a música da Legião: "e eu gosto de meninos e meninas". Rsrsrs

- Então você curte homens e mulheres? Gosta dos dois?

- Isso mesmo. Para deixar bem claro, eu adoro homem, sentir um pau gostoso dentro de mim, a pegada, tudo. Mas também não resisto a ficar com uma garota linda e gostosa...

- Linda e gostosa como eu? - provoquei, ao mesmo tempo em que pegava a mão dela e trazia para o meu peito.

- Mas que convencida! Rsrsrs... Sim, linda e gostosa como você Fernanda. Você sempre me deu tesão, desde que lhe conheci. - e ela mostrou um pouco desse desejo apalpando e brincando com o biquinho do meu seio, enquanto conversávamos.

- Hummm... Mas você já namorou uma garota?

- Namoro firme não, mas tive dois relacionamentos durante algum tempo com meninas.

- Entendi...

E me virando para ela, fazendo-a olhar para mim, eu compartilhei mais do que estava pensando:

- Eu não sei bem o que estou sentindo agora Amanda, tudo isso foi tão diferente e inesperado. Mas... eu gostei muito, acho que estou apaixonada por você!

- Rsrsrs... Ah Fernanda, como você é passional e impulsiva! Mas vamos com calma, meu amor. Eu também gosto demais de você, você sabe disso. Só que você tem coisas agora a resolver, como seu caso com o Guto. Além do quê, nossas vidas estão mudando, eu estou terminando e saindo da faculdade, sei lá para onde a vida vai me levar...

- É verdade Amanda... - e eu fiquei um tantinho amuada, lembrando de tudo isso, da realidade confrontando nosso momento ali.

- Mas que tal a gente se curtir o máximo que pudermos, Fernanda? Nesse tempo que ainda temos, sem pressão, sem cobranças, sem medos? Topa?

- Lógico que topo! Imagina se agora que provei dessa fruta deliciosa eu vou conseguir deixar de comer? Rsrsrs

- Ah safadinha! Vem então... Vamos tomar banho?

- Juntas, Amanda?

- E tem jeito mais gostoso de começar o dia? - ele me responde piscando o olho, e se levantando da cama me puxando pela mão para segui-la.

Vendo a Amanda me levando para o banheiro, caminhando na minha frente rebolando aquela bunda linda e gostosa, não tive como não recordar o momento que tive com minha amiga Mariana. Com o diabinho sussurrando no meu ouvido para eu matar a vontade de tudo que fantasiei por muito tempo sobre aquela tarde na casa dela. E foi assim que fizemos, as duas se ensaboando e se lavando, as mãos não deixando um momento de tocarem e sentirem uma à outra. Muitos beijos, nossas línguas se enroscando debaixo do chuveiro, a água escorrendo em nossas cabeças e cabelos, o contraste da pele quente com a água fria e gostosa. Não me esqueço também do tesão que senti, ao fazer a Amanda se virar contra a parede, e me ajoelhar atrás, vendo-a empinando a bunda com as pernas abertas, para chupá-la todinha... Meus dedos e boca tocando-a fundo na boceta, e brincando com o cuzinho escurinho e apertadinho dela. Ela gozou gostoso comigo, para depois repetir o mesmo em mim, aquele mulherão me dominando, esfregando o rosto na minha bundinha, e me fazendo me agarrar como podia no registro do chuveiro para não cair com o orgasmo delicioso que me atingiu.

Saímos do banho nos enxugando, brincando e rindo como bobas. Mais uma vez na vida, ela me emprestou roupas dela para eu vestir, inclusive uma calcinha que fiz questão de nunca devolver, ficando por um bom tempo como uma lembrança dela para mim daqueles dias. Resolvemos passar o final de semana juntas, ou seja, aquele sábado todo e depois eu voltar para minha casa no domingo, meio que substituindo o programa fracassado que tinha planejado com o Gustavo. Liguei então para minha mãe, e sem muitas explicações, disse que ficaria na casa da Amanda, para eventualmente se eles precisassem me contatar.

E assim passamos o sábado e o domingo, curtindo cada pequeno programa juntas. Fomos ao mercado para comprar algumas coisinhas, passeamos pelo shopping da cidade, nos presenteando com algumas lembrancinhas carinhosas. Não dávamos bandeira, mas quando nos olhávamos, uma sabia o que a outra estava pensando. Aprontamos quando juntas num provador de um grande magazine, aproveitando o momento e o frisson do risco de sermos pegas para trocarmos carinhos bem íntimos atrás da cortininha, segurando os gemidos enquanto uma socava os dedinhos na boceta da outra, esfregando e provocando o grelinho até o limite do gozo. Isso serviu de faísca, para, mal entrando no apartamento dela, nos agarrarmos arrancando as roupas desesperadas pela sala, e cairmos um 69 delicioso tentando matar a sede do tesão que estávamos. Acabamos no final enroscadas no sofá, rebolando uma contra a outra, cruzando as xotas até gozarmos gemendo juntas. Até o dia seguinte, foi uma sequência de momentos de ternura e relaxamento curtindo filmes que pegamos na locadora ou escutando música e conversando, intercalados com transas quentes e cheias de paixão na cama, na sala, no chuveiro... Durante as quais, inclusive, ela me ensinou a usar um vibrador que mantinha para seus momentos solitários, sendo ali a primeira vez que eu tinha contato com um - e que logo providenciei ter o meu também, brinquedinho maravilhoso esse. Compartilhamos e trouxemos esse amiguinho para a cama conosco, o nosso machinho que apimentou mais ainda nossos pegas, usando-o para fodermos todos os nossos buraquinhos.

Durante as semanas seguintes, as últimas do ano letivo na faculdade, nos mantivemos o tempo todo juntas, o máximo que podíamos. Ficando longe de baladinhas na noite, preferimos os programas a dois, bem mais calmos, indo a peças de teatro, pegando um cinema, e ficando juntas em algumas noites quentes no apartamento dela. Evitei qualquer lembrança ou contato com Guto, assim como ele também não me procurou mais. Escondidas de todos, tivemos até mesmo tempo para um final de semana "bate-e-volta" no litoral, alugando um quartinho simples numa pousada perto da praia. As duas de biquini na praia, azarando alguns garotões e até brincando entre nós como seria dividi-los na cama entre nós, para depois esquecer disso e terminarmos a noite uma nos braços da outra. Era um clima não bem de romance, mas de uma amizade muito especial.

Junto com o final das aulas, e prestes à festa de formatura da turma da Amanda, veio então a notícia tão esperada por ela e que, de certa forma, decidiu por nós duas como seria o rumo das nossas vidas dali para frente. Ela recebeu a correspondência do IAAC, Instituto de Arquitetura Avançada da Catalunha, para onde tinha submetido seu currículo tentando uma vaga num curso de formação de pós-graduação. Tremendo de ansiedade, ela me chamou no apartamento dela para abrirmos a carta juntas, e que trouxe a maravilhosa notícia dela ter sido aprovada, e já convocada para iniciar as atividades em Barcelona dali a pouco mais de 20 dias. Choramos muito juntas, ela mal contendo a alegria de ter um sonho de vida prestes a se realizar. E eu, do meu lado, sofria feliz. Sofria pela perda da minha melhor amiga e agora também uma amante deliciosa. Mas feliz pelos planos dela tomando forma, por tudo de bom que viria a acontecer com ela a partir de então. Nossa comemoração naquela noite foi assim uma angústia de tesão com despedida, difícil de descrever, mas carregada com certeza de muita emoção dos dois lados.

Já um pouco conformada com tudo isso, restava então a celebração da festa de formatura, onde além da felicidade de todos pela conclusão do curso, haveria ainda conquista da Amanda, que virou o centro das atenções e felicitações tanto por parte dos professores como dos amigos mais próximos. Escolhemos com muito carinho e cuidado nossos vestidos, sendo que eu fui como convidada dela. Amanda estava deslumbrante, com os cabelos soltos e usando um vestido meio branco meio pérola que valorizava suas curvas e seus seios, provocantes num decote mais ousado. Já eu decidi prender meus cabelos num coque, indo com um vestido longo preto, sem sutiã e com as costas nuas, e com fendas relevadoras ao longo de toda as minhas pernas. Se a gente já não estivesse se pegando, daquela noite acho que certamente não passaria. Rsrsrs.

A cerimônia, como esperado, foi cheia de muitas emoções, com discursos, recordações, imagens projetadas com fotos de diversos momentos tanto nos cursos como nas inúmeras festas e confraternizações que ocorreram ao longo dos anos daqueles colegas agora formados. Ao longo da noite, a banda contratada abusou de muita música animada e colocou todo mundo para dançar, animando a festa. Para muitos, aqueles seriam os últimos encontros, vidas seguindo destinos diferentes, e por vezes distantes. Para outros, apenas mais uma etapa vencida, com um fortalecimento a mais de amizades que durariam para sempre.

Eu assistia a isso do meu canto, naquele momento sozinha e imaginando como seria quando ocorresse comigo. Pensando em como meu coração seria consolado agora distante da Amanda, mas tendo certeza de que, de uma forma ou de outra, nossa amizade e relação seria para sempre. Estava absorta nesses pensamentos, quando algo diferente dentro de mim me trouxe de volta àquele salão. A primeira coisa que senti foi o perfume dele, que já de cara ativou todos os meus hormônios, num processo bioquímico violento que terminou, sem o meu consentimento, molhando minha boceta e a minúscula calcinha que usada naquela noite. Depois, sua mão quente veio tocando minhas costas nuas, e arrepiando minha pele e minha alma, ativando as mesmas toxinas com as quais um dependente se entorpece quando diante de sua tentação.

Naquele momento, Amanda me olhava de longe, do meio da rodinha dos amigos, com um sorriso no rosto, mas atenta a tudo que me cercava. Nossos olhares se cruzaram, antevendo o que aconteceria. No rosto dela havia um sorriso misturado com uma lágrima discreta que escorria por sua face, e que muitos ali entenderam ser apenas pela emoção da despedida. Mas que nós duas sabíamos significar muito mais, principalmente para mim, e por tudo que acontecera naquelas últimas semanas. E, ao virar meu rosto, mais uma vez minha vida mudava:

- Oi Fernanda.

- Oi Guto.

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Comentários

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Achei que já era Beto! Pura ironia, agora ela já conheceu o lesbo, mas Guto volta a encontrá-la na festa, vamos ver a reação dela!

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Mais ou menos Kent. Especificamente nesse momento o Guto estava rompido com ela, depois da cena de ciúmes. Então ela estaria sozinha, apesar de ainda gostar do (ex)namorado.

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Apesar de toda essa juventude repleta de descobertas sexuais ainda não dá pra entender tudo o que ela destruiu.

Ótimo texto.

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Rapaz!...

Mulherzinha complicada, hein!?

Ótimo texto, amigo. Sigo curioso.

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Cara demais amigo nota um trilhão, só surpresa a trás da outra kkkkk parabéns.

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Obrigado Almafer! Vou tentar manter esse ritmo de revelações, seguindo o roteiro já traçado. Muito trabalho ainda, mas chegaremos lá!

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Valeu Nandocobert! É um desafio mesmo olharmos para trás na história dela, sabendo onde ela chegou depois. Mas cabe a vermos ainda como uma garota tendo suas primeiras aventuras, errando e acertando. Dar a chance para entendermos como tudo rolou na cabeça e na vida dela.

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Essa série estava cada dia ficando melhor, como disse a Ida a sua escrita é excelente, nos faz se inspirar em melhorar a todo tempo.

A história é fantástica, a Fernanda sempre nos surpreendendo...

Meus parabéns pelo belo conto

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Obrigado Neto! A Fernanda ainda tem muitos segredos a nos confessar, vamos ver o que virá pela frente.

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Alexandre, não vou fazer comentário sobre o capítulo, mas, tenho que comentar a qualidade da sua escrita. E simplesmente um prazer ler um texto feito por uma pessoa que tem tanto esmero com a língua e a gramática. Parabéns, de coração. É bom ver que ainda tempo escritores que prezar isto.

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Que bom Ida. Tenha certeza que estou escrevendo esses contos com muito carinho e atenção, pensando em proporcionar uma experiência gostosa a todos que os lerem. Tanto pela história (principalmente), mas também com esse cuidado na forma de expor, que considero muito importante para atingir esse objetivo. Tenho recebido feedbacks bacanas, e conselhos de leitores mais atentos que sempre absorvo para melhorar. O Leon, inclusive, me deu uns toques bem legais e que já venho incorporando nesses últimos dois episódios.

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Depois do comentário da Ana fica difícil fazer qualquer adendo. Tudo o que eu penso está descrito no comentário dela.

Magnífico, Al! ⭐⭐⭐

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Obrigado meninas (e desculpe a intimidade)!

É muito bacana ter esse feedback e ver que estamos criando uma história que vcs estão curtindo! 🙂

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Muito bom AL, muito bom. Que texto!!!, aliás o anterior também. Espetacular. Obrigado por nos brindar com ele.

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Valeu pelo incentivo Dario! Esses dois últimos foram mais longos, pois quis explorar bem dois pontos bem relevantes na vida da Fernanda, a primeira vez e agora ela explorando de sua bissexualidade. Legal que gostaram.

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E então temos a Fernanda experimentando o lado Bi da vida hahahahahaha. Ficou muito bom, sem nada forçado por parte de nenhuma das duas antes de acontecer o primeiro beijo. Ele simplesmente aconteceu!

Uma coisa que estou percebendo na Fernanda desde o primeiro capítulo é o não apego por parte dela em relação às pessoas que passaram pela sua vida. Foi assim com o colega de turma da adolescência, o rapaz com quem ela se pegou no carro, ela se afastou do Guto após a briga e ficou por isso mesmo,( embora ela demonstre ser ciumenta quando está em um relacionamento sério com alguém) logo engatando uma relação com a Amanda. Nos momentos finais, a Amanda está em ritmo de despedida e a Fernanda fica triste mas não se deprime.

Ou seja, o não apego talvez seja um traço na personalidade dela e que agora vemos com mais clareza quando analisamos isso na relação dela com o Roberto, o que nos induz ao que aconteceu onde ela realizou suas fantasias fora do casamento. É essa a impressão que eu estou tendo. Ela não se apega.

Mas agora com o Guto voltando à cena, vamos ver este desenrolar.

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Ana sempre desvendando meus personagens. Sim, ela é volúvel, e tem essa fixação por se excitar, esse desejo pouco controlado. Foi um capítulo difícil de escrever esse, pela densidade das relações dela e pelo erotismo que tentei descrever na cena das duas juntas. Estamos chegando mais ou menos no meio dessa temporada, que vai ser um pouco mais longa que a anterior. Afinal temos uma vida toda com os segredos da Fernanda enquanto a primeira foi basicamente a semana trágica do Roberto.

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