O Segredo do Hétero. Cap 4

Um conto erótico de Fahel
Categoria: Homossexual
Contém 971 palavras
Data: 20/09/2022 06:46:43
Última revisão: 23/09/2022 11:43:28

Sem querer eu quebrei um vaso de Mirella, e sem tempo pra limpar aquela bagunça, precisei sair apressado rumo a sala. Mas me assustei com uma voz me dando ordem de parada. Foi o que eu fiz. Encerrei os passos e me virei de costas para ver quem falava comigo naquele tom.

O susto foi maior ainda quando vi aquele homem mais alto que eu apontado uma arma para mim. Eu conseguia sentir seu olhar furioso segurando aquela arma com firmeza. Nesse momento, gelei até a alma. Mas aquele rosto não me parecia estranho, me recordo que durante o Flashback que tive mais cedo; vi uma figura semelhante aquele homem me carregando nos braços.

- Quem é você? E o que está fazendo na minha casa? - perguntou ele com uma arma apontada na minha direção e com um olhar furioso.

- Ca-Calma! meu nome é Kevin. - falei erguendo os braços quase me faltando as palavras - Eu trabalho pra sua mãe, e estou aqui a pedido dela. - tremi na base

- Perai, você é aquele moleque que tava fora da casinha ontem na festa né? - disse ele me encarando sem desviar sua atenção - Pow cara! Ontem tu me deu um baita trabalho. Não queria saber de cooperar. - ele baixou a arma.

Mesmo sobre toda aquela pressão do momento, confesso que corei de vergonha. Eu dei tanto vexame assim? Juro que nunca mais irei beber rsrs - e como assim dei tanto trabalho? e não queria saber de cooperar? Será que eu passei dos limites tanto assim a ponto de praticar atos banais? Voltei do transe e resolvi questiona-lo.

- Eu não queria, por quê? - perguntei a ele temendo que a resposta fosse o que eu estava imaginando.

- Sério mano que tu não se recorda? Porra cara, até pra te pegar no colo tu ficou de birra - falou ele coçando a nuca e ajustando seu boné aba reta para trás. - coisa que o deixa lindo.

Fiquei espantado da forma como ele falava. Será que ele se aproveitou de mim ontem antes de ter acontecido todo o mico? Surgiam tantas dúvidas na minha cabeça que não tinha tempo para saber todas as respostas, dado que, eu tinha que entregar a Mirella os seus documentos imediatamente.

- Bom. Se você não se importa, eu preciso ir - falei tentando caminhar rumo a porta principal com toda calma possível.

- Espera! - mandou ele - Preciso saber o que você veio fazer aqui a pedido da minha mãe e o que você vai fazer com isso aí na sua mão. - disse ele apontando o seu dedo indicador para a bolsa de Mirella que eu estava segurando.

Tive que explicar toda a situação, do começo ao fim nos mínimos detalhes. Coisa que me deixou entediado. - Será que agora eu posso ir Marlon? - falei em tom irônico e arqueando uma sobrancelha.

- Como você sabe meu nome? - retrucou ele.

Mesmo depois de toda a pressão que acabara de se passar comigo ali naquela sala, percebi que ele, tinha um jeito de querer bancar o mandão (Coisa que odeio em homens). Sentir confiança em devolver uma reposta não muito satisfatória, e, foi o que fiz.

- Como eu sei o seu nome? - franzi o cenho - Desculpa, mas, você trabalha para a CIA? Para o FBI? Para a INTERPOL? Ou alguma empresa do tipo "Idiota"? - falei sentindo toda a liberdade de prosseguir - Acho que você é filho da minha patroa certo? - perguntei retoricamente e cruzando os braços - Então como eu não saberia seu nome?. Em que mundo você acha que vive? Sério! Porque o Planeta Terra não é. - Nem eu estava acreditando no que acabara de dizer.

Sei que não devia ter dito tudo isso pra ele, mas, quem em meu lugar não se sentiria constrangido com essa situação? Tudo bem que no lugar dele eu faria o mesmo se encontrasse um estranho em minha casa. Mas, poxa! Eu expliquei o motivo do porque eu estar ali; e mesmo assim parecia que ele não estava acreditando em mim. Disse até meu nome, coisa que ele poderia confirmar com a própria mãe mais tarde; sem contar as câmeras de segurança que rodeava aquele condomínio.

- Calma ai pow! Só tô perguntando mano. - disse ele todo autoritário. - Todo estressadinho tu hein? deixa pra lá então. - falou ajeitando seu relógio de pulso. Era um Rolex.

- Affs! que bom, pelo menos assim já posso ir. - falei saindo sem olhar para trás.

Passei pelo jardim, entrei no carro e dei a partida. Durante o caminho eu ria sem motivo, lembrava de tudo que acabara de acontecer na casa de Mirella e dava altas gargalhadas feito um bobo. Por um lado fiquei com pena dele, entretanto detesto interrogatórios, sempre odiei. Sinto como se quisessem ter alto-controle sobre minha vida.

Narrado pelo autor...

Não muito longe dali, a algumas quadras, Ravel estava em sua casa. Ele morava em um bairro próximo ao de Kevin. Sua casa era linda. Toda pintada de vermelho e rodeada de flores a sua volta. Tinha duas janelas de vidros escuros na frente revestidas por cortinas cinzas no seu interior. A entrada que dava acesso a sua casa era ao lado. Logo na entrada, na sala, tinha um sofá de canto de cor cinza com uma mesinha de centro no meio e a sua frente uma televisão no centro da parede. Atrás havia uma cozinha americana com balcão toda mobiliada. Sua casa era aconchegante.

Ravel morava sozinho, e não gostava de manter contato com seus pais, já que desde criança ele sonhava em ter seu próprio lar; para que eles não pudessem se meter em sua vida. Ele nunca trabalhou de verdade. não sabe o que é suar a camisa honestamente para garantir o pão de cada dia. Sempre teve uma boa vida praticando atos não muito honrosos, como se prostituir. Profissão esta que ele se encontra até nos dias de hoje.

Fim do Capítulo 4

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