50 Tons de Verde e Prata - Capítulo 1

Um conto erótico de Parry Hotter
Categoria: Homossexual
Contém 2771 palavras
Data: 19/09/2022 13:45:33

Estarei postando os capitulos de 50 Tons de Verde e Prata, já que a autora decidiu excluir.

CAPÍTULO 1

NARRADO POR HARRY POTTER

_ Que filme é esse? – eu exclamei, olhando impressionado para tela da televisão.

Eu estava na casa do meu primo Duda. Já faziam seis anos que a guerra contra Voldemort tinha acabado e meu primo tinha amadurecido muito durante esse tempo. Principalmente depois de ter ficado um ano convivendo com os aurores que protegeram a ele e aos meus tios, escondendo-os dos Comensais da Morte, Duda tinha mudado sua opinião sobre a magia e sobre mim.

Ele tinha se afastado um pouco dos meus tios quando foi para a faculdade. Lá ele conheceu uma menina muito bacana, a Alice, e eles tinham se casado nos últimos meses, indo morar em uma casa só deles. Às vezes eu ia visita-los.

Naquela noite eu tinha sido convidado para jantar, no entanto, quando cheguei Alice assistia um filme bastante constrangedor. Na cena um homem mostrava a uma mulher um quarto vermelho, cheio de chicotes

pendurados, algemas, e outros acessórios. A mulher no filme parecia estar bastante chocada enquanto o homem lhe explicava que usava aquilo com mulheres que gostavam que ele usasse.

_ Não acredito que você está vendo Cinquenta Tons de Cinza outra vez. – Duda reclamou com sua esposa.

_ Mas essa é só a segunda vez que eu vejo. – Alice se defendeu. – Eu passei meses esperando o filme ser lançado!

_ Harry está constrangido! Ele não tem tempo para garotas... – Duda me provocou. – Não está acostumado com esses filmes indecentes.

Mas era diferente de como fazia quando éramos crianças, agora não havia maldade. Apenas uma provocação saudável entre dois primos.

_ Vá incomodar outro, Duda. – eu respondi, brincando.

Mas eu não conseguia tirar os olhos da televisão, me sentei no sofá ao lado de Alice.

_ Harry está aproveitando para aprender uns truques. – Alice falou. – Você também poderia aprender...

Alice deixou aquilo no ar, e vencido, Duda sentou-se no sofá para assistir conosco. Em um dado momento, no filme, o homem levou a moça para o quarto vermelho. Fez que ela esperasse ajoelhada no canto da porta, vestindo apenas uma calcinha. Depois, ele voltou só de calça jeans e bateu na mão dela com um acessório que não seio nome, explicando que não era sobre sentir dor. Que o medo estava na cabeça dela.

Em seguida, o homem a algema, com os braços para cima, beijando-a, tocando-a, despindo-a. Os dois fazem sexo de uma maneira enlouquecedora, como eu nunca tinha imaginado que existisse.

Depois do filme, pedimos uma pizza. Comemos juntos, conversando sobre o filme, rindo e nos divertindo. Era muito bom ter aquela nova relação com meu primo, afinal ele era a única família que eu tinha. Quando ficou tarde, me despedi deles e voltei para casa.

Eu morava em um apartamento em Londres, perto do meu trabalho, no Ministério da Magia. Nos últimos anos eu tinha completado meu treinamento como auror e

começado a trabalhar nessa profissão. Eu vivia muito focado no trabalho, não tinha realmente muito interesse por garotas. Depois de Gina, com quem eu tinha terminado dois anos depois da guerra, eu tinha saído apenas com duas ou três mulheres, por um curto período de tempo.

Durante um bom tempo eu tinha nutrido sentimentos por um colega de trabalho, que tinha feito o treinamento de auror junto comigo, seu nome era Philip. Nós chegamos a sair uma vez, trocamos alguns beijos, mas nenhum de nós teve coragem de ir além disso. Dias depois ele pediu para partir para uma missão na França, o que tinha me deixado chateado por algumas semanas.

Quando cheguei em casa, tirei a roupa deixando-a pendurada em cima de uma cadeira e fui tomar um banho quente. As cenas do filme ainda estavam na minha mente, eu nunca tinha pensado em sexo daquela maneira, as vezes que eu tinha transado sempre havia sido tudo muito comum. Eu me deitei pensando nisso, mas estava esgotado depois de um longo dia de trabalho, então logo adormeci.

-/-

Já fazia uma semana que eu tinha ido visitar Duda e Alice. Era uma quinta feira e eu tinha acabado de chegar no escritório, e estava aguardando Kingsley para me passar uma missão. Rony tinha concluído o curso para auror junto comigo, mas estava de férias, ajudando Hermione com o pequeno Hugo, que tinha nascido há apenas três meses. O filho dos dois era lindo, ruivinho e cheio de cachos, com os mesmos olhos castanhos e inteligentes de Hermione. Eu, é claro, era o padrinho.

_ Harry. – Disse Kingsley, meu chefe. – Bom dia.

_ Bom dia. – eu respondi.

_ Recebemos uma denúncia. – ele falou, sentando-se. – Sobre posse ilegal de objetos das trevas.

_ Contra quem? – eu perguntei.

Denúncias sobre posse ilegal de objetos das trevas não eram incomuns, nós sempre as investigávamos, mas normalmente os bruxos que de fato possuíam estes artefatos os mantinham muito bem escondidos. Vez o outra conseguíamos apreender alguns deles, que eram

sempre levados para o Departamento de Mistérios com toda a segurança.

_ Draco Malfoy. – ele me disse, sério.

_ Não. – eu neguei imediatamente. – Ele não teria nada assim.

Aparentemente, Malfoy tinha se reerguido sozinho após a guerra. Ele tinha provado a todos em julgamento que não era de fato partidário de Lord Voldemort e que tinha sido forçado a aceitar a marca negra. Seus pais não tinham sobrevivido à guerra. Tendo herdado a Mansão, Draco Malfoy tinha aberto as portas para que cada objeto das trevas fosse retirado de lá.

Anos atrás, eu tinha ficado sabendo pelos aurores que foram recolher esses objetos que a Mansão tinha sido completamente reformada, as antigas masmorras foram demolidas, e Malfoy tirou de lá cada quadro que lembrasse a ideologia puro-sangue, cada relíquia da nobre família Malfoy, cada objeto que pertenceram a seu pai, cada feitiço, cada móvel no qual Voldemort já tivesse tocado. Ele tinha limpado seu lar de tudo que era ruim, e na época eu o admirei pela atitude.

Malfoy tinha se esforçado muito para dar a volta por cima.

Entregou cada Comensal que pode, conquistando aos poucos a confiança dos bruxos contrários ao Lorde das Trevas. Ele tinha entrado para a Universidade, estudado direito bruxo, e se formado com honras, conforme eu tinha ficado sabendo por Hermione, que se formara na mesma instituição em Medibruxaria. Atualmente ele era um excelente profissional e fazia parte da organização de Advogados para o Mundo Mágico.

_ Também duvido muito. – Kingsley me respondeu. – Mas um garoto fez uma denúncia por escrito. Temos que averiguar.

_ Quem é esse garoto? – eu perguntei, desconfiado.

_ É um estagiário do Ministério, ele acabou de se formar em Hogwarts. – ele explicou. – Nós desconfiamos que ele seja um caso amoroso de Draco Malfoy que não terminou muito bem.

Draco Malfoy era gay? Eu me impressionei, mas afinal havia anos que eu não tinha um grande contato com ele, tendo o visto apenas de relance em algumas Ocasiões.

Realmente, eu nunca tinha ouvido falar que ele tivesse sido visto com alguma mulher.

_ Certo. – eu me limitei a dizer. – Ele já foi notificado?

_ Sim. – meu chefe confirmou. – Quero que você vá lá averiguar a denúncia. Ele já te conhece, talvez não pareça tão invasivo.

Eu duvidava muito, minha relação com Draco nunca tinha sido das melhores. Mas acatei a ordem, fui pela rede de flu, que Malfoy deixara aberta às nove em ponto da manhã para que um auror viesse investigar. Logo, eu me vi adentrar pela lareira na imponente sala de estar da Mansão Malfoy.

Realmente, o ambiente mudara muito. O lugar antes escuro, com móveis sóbrios demais tinha sido completamente modificado. As paredes tinham sido pintadas de cores claras, as janelas tinham sido ampliadas, valorizando a vista do belíssimo jardim. Os móveis eram de excelente bom gosto, muito mais modernos do que eram antes. Embora não fosse uma casa colorida, e o estilo escolhido não fosse nenhum pouco feminino; em nada ela lembrava o "museu das

gerações da família Malfoy" que outrora fora aquele lugar.

_ Harry Potter! – ele exclamou, o tom sarcástico. – Mandaram o Herói do Mundo Mágico! E eu que achei que ninguém desconfiava de verdade de mim.

Ergui as mãos em sinal de trégua. Não iria brigar com ele feito gato e rato como se ainda estivéssemos na escola. Optei por falar como quem encontra um velho conhecido.

_ Pelo contrário, ninguém desconfia. Por isso te mandaram um novato, enquanto os aurores mais experientes ganham as missões de verdade. – eu respondi, em tom de brincadeira.

Talvez ele tenha se surpreendido com a minha postura, mas se recuperou rapidamente começou a agir comigo com a mesma cordialidade.

_ Acho que você viverá fortes emoções hoje. – ele disse, sorrindo com malícia. – Não será uma grande missão no que diz respeito a caça a objetos das trevas, mas garanto que será interessante.

O que ele queria dizer com aquilo?

_ Por onde devo começar, Malfoy? – eu perguntei, sem querer admitir que ele tinha me deixado curioso.

_ Pode olhar a casa toda. – ele disse. – Já me explicaram que os aurores são obrigados a fazer uma investigação completa nesses casos. Tem uma única porta que está trancada, lá que está a razão de eu ter sido denunciado. Mas nós vamos entrar lá por último.

Ele se sentou em uma poltrona confortável, abrindo seu exemplar do Profeta Diário, e deixando que eu andasse pela casa dele sozinho.

Investiguei cada cômodo com cuidado, sem deixar de admirar as mudanças que ele tinha feito ali. Não havia nada que me remetesse a casa que eu tinha conhecido quando fora capturado e levado para lá com Rony e Hermione, no tempo que nós estávamos caçando as Horcruxes.

Em um único quarto, que eu julgava ser o dele, porque estava menos arrumado que os demais, tinha um pequeno porta retrato com uma fotografia de Narcisa

Malfoy segurando um bebê no colo. Era um menininho lindo, identifiquei logo Draco, quando era criança.

Olhei a cozinha, a sala de jantar, o dormitório dos Elfos Domésticos, a biblioteca, o escritório pessoal de Malfoy, enfim, a casa inteira. E como esperado, não havia nada que fosse remotamente suspeito. Retornei a sala de estar.

_ Pronto. – eu disse.

Ele se levantou com calma, deixando o jornal dobrado sobre a poltrona. Ele fez sinal para que eu o seguisse, e eu o fiz, em silêncio. Caminhei atrás dele escada a cima, até que chegássemos na única porta que eu tinha encontrado trancada. Ele tirou uma pequena chave do bolso e abriu.

Eu esperava qualquer coisa, menos aquilo.

Lá estava um quarto muito parecido com aquele que eu vira no filme. Era um cômodo amplo, com uma grande cama com dossel, no qual haviam algumas correntes. Em uma parede, havia uma estrutura de madeira em forma de cruz que possuía algemas de couro para prender alguém. No canto, havia uma cadeira presa a parede, e ao lado uma mesa de couro acolchoada, que possuía uma

estrutura mais alta no centro. Haviam alguns móveis, com gavetas. Pendurados nas paredes haviam alguns chicotes e algemas, igualzinho no filme.

_ Impressionado? – Malfoy questionou, provocativo. – Aposto que nunca viu nada assim antes, não faz nenhum pouco seu tipo.

_ É idêntico ao quarto de Cinquenta Tons de Cinza. – eu me peguei dizendo, olhando de queixo caído para dentro do quarto.

_ Que diabos é isso? – ele perguntou.

Visivelmente, ele esperava qualquer coisa, menos aquela resposta.

_ E um filme trouxa, um romance. – eu respondi. – Faz muito sucesso, a esposa do meu primo adora.

Não sabia porque estava dizendo aquelas coisas para Draco Malfoy, mas simplesmente tinham me escapado. Por Merlin, Draco Malfoy era o Christian Grey do mundo bruxo.

_ Um romance? – Draco perguntou cético. Deve ser por causa desse tipo de filme que esses garotos estão esperando demais de mim.

_ O que? – eu questionei, abobado.

_ Você já deve saber que o garoto que me denunciou... bom... teve um caso comigo. – ele disse, sem qualquer pudor. – Ele veio aqui algumas vezes, e quando eu não o quis mais, ele resolveu me denunciar para o ministério. Claro que vocês não iriam encontrar nenhum objeto das trevas, aquele cretino sabia disso. Mas ele queria que todos ficassem sabendo que eu faço esse tipo de sexo sem que soubessem que ele esteve aqui de bom grado, obedecendo a todos os meus desejos.

Olhei para o rosto dele, parecia bastante irritado.

_ Ninguém vai saber. – eu garanti. – Não vou incluir no relatório.

_ Por que você faria isso? – ele questionou, parecendo impressionado pela primeira vez, desde que eu chegara.

_ Porque ninguém tem nada a ver com isso, essa é sua vida pessoal. – eu expliquei. – O garoto não vai contar a ninguém, se ele disser que faz esse tipo de coisa vai acabar perdendo boas oportunidades no ministério.

_ Você terá que mentir no relatório. – ele falou, ainda incrédulo.

_ Eu sei. – eu respondi.

Nunca tinha feito aquilo antes. Mas eu não ia permitir que Malfoy sofresse consequências como a perda de clientes como advogado ou a perda de respeito dos seus colegas de trabalho, tudo por ter se envolvido com um rapaz bobo que ficara com o coração partido.

_ Seu chefe vai desconfiar se você disser que não encontrou nada. – ele ponderou. – E óbvio que se o garoto me denunciou é porque queria que algo de dentro da minha casa viesse à tona.

_ Ele vai aceitar a minha palavra. – eu me limitei a dizer.

_ Sem dúvida vai, você é Harry Potter afinal. – Malfoy rebateu na hora.

Eu não respondi mais nada, apenas continuei olhando com calma para seu rosto. Draco Malfoy estava muito bonito, os últimos anos tinham o deixado com uma aparência mais masculina, seu queixo estava mais quadrado, embora os traços do seu rosto ainda fossem muito aristocráticos. Ele parecia também ter ganhado corpo, eu percebia como seus músculos marcavam na camisa de botão branca que ele usava. Ele usava o cabelo loiro bem curto, talvez para se diferenciar de Lúcio, que sempre os usara longos.

Meu corpo arrepiou involuntariamente ao imaginar ele naquele quarto, só de calça jeans rasgada, igual o Christian Grey. Afastei o pensamento da minha mente, balançando a cabeça... acho que eu tinha ficado impressionado demais com aquele filme, afinal era só ficção. Olhei para dentro do quarto ainda aberto: aquilo, no entanto era bem real.

_ Por que está fazendo isso? – ele me perguntou novamente, me tirando dos meus devaneios.

_ Porque você não merece ser exposto dessa maneira. – eu respondi com toda a franqueza. – Você se reergueu sozinho depois dessa guerra, você foi muito forte, todos esses anos..

_ Vindo de você, isso quer dizer muito. – ele falou. Percebi que ele tinha tentado parecer irônico, mas seu tom de voz o denunciava. Eu o tinha desarmado.

_ Não se preocupe mais com isso, vou cuidar para que ninguém desconfie de nada, e para que o garoto continue calado. – eu prometi. – Eu jamais contarei a ninguém o que vi aqui.

_ Obrigado, Potter. – Malfoy respondeu. Parecia sincero. Espero que seja a primeira e a última vez que algo assim acontece.

_ Isso que você faz... acho que é necessário ser alguém de confiança, que não vá te expor depois.- eu sugeri.

Não sabia se ele ficaria irritado com a minha intromissão, mas acabei dizendo do mesmo jeito.

_ Normalmente Blaise me envia homens trouxas. – ele falou. – E muito melhor, eles não me conhecem, não sabem onde me encontrar depois.

_ Blaise Zabini? – eu questionei. – Do Departamento de Cooperação Internacional em Magia? Ele envia homens para você?

_ Vamos dizer que ele gosta dessas coisas também, ele frequenta uns clubes trouxas de BDSM, conhece muita gente interessada nesse tipo de sexo. As vezes ele entra em contato comigo para me apresentar alguns desses homens. – ele explicou. Eu estava impressionado com o modo como ele falava sobre aquilo comigo de forma tão aberta. Talvez fosse porque confiasse que eu jamais repetiria a ninguém. – Tinha esse estagiário do Departamento dele que estava muito interessado em mim, então ele me sugeriu encontrá-lo e eu, infelizmente, acabei aceitando.

_ Entendi. – eu respondi. – Vou cuidar para que o nome de Zabini também não seja divulgado pelo tal estagiário.

Malfoy assentiu com a cabeça. Eu estendi a mão para ele, que hesitou alguns segundos e depois a apertou. Aquela era a primeira vez que eu tocava nele desde de a última batalha, guando eu o salvara do fogo na Sala Precisa. Uma espécie de excitação perpassou meu corpo quando eu senti seus dedos nos meus. Confuso com os acontecimentos daquela manhã, me despedi dele e fui embora pela rede de flu.

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Comentários

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Conto muito interessante. Aguardando o próximo.

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