O Grande Lobo - Parte 1

Um conto erótico de Skadi
Categoria: Zoofilia
Contém 1735 palavras
Data: 14/09/2022 16:04:29

Olá, queridos leitores.

O conto a seguir trata-se de um conto erótico de fantasia, baseado em meus fetiches e inspirado na mitologia nórdica, por ser um conto longo irei dividi-lo duas partes.

Espero que apreciem a leitura. Beijinhos 🐺🌷

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Em um pequeno vilarejo de pescadores ao sul da Noruega morava uma jovem moça de cabelos dourados e enrolados, com a pele tão branca quanto marfim. Ela se encontrava na flor da idade, ganhando contornos de mulher e seus primeiros pelos pubianos, já era possível ver o volume dos seus pequenos seios que caberiam facilmente nas mãos de um homem adulto e apesar das mudanças em seu corpo, ela ainda possuía aquele doce cheiro de menina.

Lise era como ela se chamava, morava com seu pai e seu irmão mais velho, ambos pescadores, em uma casa bem simples feita por eles, com materiais obtidos no local e usando técnicas de construção bem rudimentares, com piso de terra batida coberto com folhagens e no meio da habitação havia a lareira, que era a parte mais importante da casa. Durante a noite, Lise e seu irmão gostavam de sentar junto a lareira e ouvir estórias que seu pai contava sobre lendas antigas de seu povo. Lise era a preciosidade de seu pai, cobiçada pelos jovens cavaleiros de seu vilarejo, mas prometida ao Jarl Stan, um nobre de outro vilarejo que possuía muitas terras. Ela era responsável por sua propriedade, trabalhando nos afazeres domésticos, cuidando dos animais e ficando sozinha por muito tempo, já que muitas vezes seu pai e irmão estavam fora pescando.

Em um dia de pesca farta no vilarejo, os habitantes comemoravam a noite com uma grande fogueira, muita carne, jogos, música e hidromel. Todos estavam ansiosos para ouvirem as estórias do Skald. No momento em que o poeta e contador de estórias começou a tocar sua harpa e se posicionou em frente a grande fogueira, todos ficaram em silêncio para ouvi-lo. Num canto sombrio e melancólico ele contou a estória de Fenrir, um lobo monstruoso e mais poderoso de todos os nove mundos, filho de Loki com Angurboda, a Deusa do Medo.

Por ordem de Odin, consciente de que Fenrir traria destruição e devastação a todos, o Grande Lobo foi mandado para Aesir, sendo acorrentado pelos Deuses até o Ragnarok. Por conseguir estourar facilmente os elos que o prendiam, Odin pediu ajuda aos anões, para que fizessem um grilhão macio como seda e impossível de ser rompido por Fenrir. Os Deuses então o levaram para uma ilha deserta e o enganando, desafiaram o Grande Lobo a romper os elos feitos pelos anões. Fenrir percebendo que se tratava de uma armadilha, concordou com a condição de que um dos Deuses pusesse a mão em sua boca, como um sinal de boa fé. Assim, o Deus Tyr enfiou a mão direita na boca do grande e monstruoso lobo Fenrir.

Quanto mais Fenrir puxava os elos para que conseguisse se soltar, mais os elos apertavam seu pescoço e furioso o Grande Lobo fechou a sua enorme boca decepando a mão do Deus Tyr, que como vingança atravessou uma espada na boca de Fenrir, para que o mesmo não fizesse mais nenhum barulho. Mesmo sabendo que o Grande Lobo traria destruição para todos, os Deuses decidiram não o matar, o mantendo acorrentado por longos anos.

Lise escutou toda a estória em silêncio ao lado de seu irmão, fascinada com a monstruosidade de Fenrir e apesar do Grande Lobo trazer destruição e devastação, ela ficou comovida com seu sofrimento. Ela queria poder ajuda-lo, liberta-lo das correntes dos Deuses, a doce e ingênua Lise acreditava que mesmo o coração mais frio e cruel poderia se aquecer quando aparece o verdadeiro e justo amor.

Após a cantoria do Skald todos voltaram a festejar e só descansariam no raiar do dia quando estivessem cansados de se embebedar. Lise cansada decide ir para a casa repousar, busca seu pai no meio das pessoas bebendo e dançando, e quando o encontra lhe dá um doce beijo em sua bochecha e diz “Senhor, irei para casa repousar, sinto-me exausta.” e ele apenas afirma com a cabeça e diz “Tenha um bom descanso minha filha, que Balder ilumine seus doces sonhos.”.

Ao chegar em casa, Lise retirou suas botas de couro e sua capa azul de veludo colocando-a sobre um banco em frente a lareira, soltou em suas costas as amarras do seu vestido de alcinhas feito de lã, ficando apenas com sua roupa de baixo feita de linho que se estendia do ombro até os tornozelos e suas meias de lã. Os habitantes do vilarejo não tinham o hábito de tomar banho diariamente, os banhos aconteciam uma vez por semana, mas Lise sempre que possível limpava-se com um pouco de água morna que esquentava na lareira e foi o que ela fez naquela noite, molhando um lenço e passando em cada pedacinho de seu corpo, até sentir-se limpa.

Após limpar-se, Lise buscou sua cama para deitar e se cobriu com uma grande colcha de pele de carneiro, mantendo-se quente e aconchegada. Sentia-se cansada, mas não conseguia dormir, essa insônia ocorria por muitas noites e ficar tanto tempo acordada fez com que ela aprendesse a viajar em seus pensamentos para os mais diversos lugares e situações. O lugar favorito que Lise gostava de projetar em sua mente era uma campina com uma pequena plantação de dentes de leões durante o entardecer, com pássaros anunciando a hora de dormir e pequenas borboletas voando sobre as flores amarelas. Ela gostava de correr pela campina, passando as mãos sobre os dentes de leões, fazendo com que as pétalas se espalhassem para todos os lados. Também gostava de se imaginar deitada entre as flores, olhando para o céu e imaginando formas nas nuvens, e por vezes até comendo as flores de dente de leão, sentindo seu gosto amargo.

Com esses pensamentos Lise adormeceu em um sono profundo, em pouco tempo o cenário da campina mudou para uma floresta de pinheiros, escura e úmida. Seus pés estavam descalços e a terra que pisava era preta, vestia apenas sua roupa de baixo de linho, seus cabelos dourados e enrolados estavam soltos e dançavam com a forte e fria brisa da noite. Ela olhou para o céu e não haviam estrelas, apenas uma grande e iluminada lua cheia. Lise começou a andar pela floresta para descobrir onde estava, andando lentamente e tocando os troncos dos pinheiros como se os conhecesse a muito tempo. Distante ela ouviu a voz de uma mulher que cantava melancolicamente, ela reconhecia a voz e a canção, mas não lembrava como e nem de onde.

Decidiu então ir em busca da voz pela floresta escura, mas parecia nunca se aproximar e a voz não parava de cantar “O lobo está uivando na floresta à noite, ele quer, mas não consegue dormir. A Fome rasga o seu estômago úmido e está frio em sua oca. Lobo, Lobo, você não vem aqui”. Lise poderia cantarolar a música junto com a voz, conhecia toda a melodia e não entendia como. “O lobo uiva na floresta à noite, uiva de fome e reclama. Seu lobo, seu lobo, não venha aqui, minha filha você nunca pegará”.

Lise começou a se amedrontar, não chegava a nenhum lugar e nem ao menos se aproximava da voz que não parava de cantar. Pensou ter andando por mais de uma hora na fria e escura floresta de pinheiros, seus pés começavam a doer e estavam congelando, então, parando exausta fala alto “Por Freir, onde eu estou? Eu só queria ir para casa! Estou cansada e com frio, como posso andar e andar e ninguém encontrar?”. Então sentou no chão de terra preta, abraçando seus joelhos e abaixando a cabeça com seus olhos fechados. Se sentiu tão triste, com tanto frio e sozinha. Ela pensava “Só posso estar sonhando, só posso estar sonhando!”, mas não acordava e nada mudava. Lise começou a sentir um vazio tão profundo e amargo, ela conhecia aquela a voz, conhecia a música... Mas como e por quê? Sentiu vontade de chorar, então levantou sua cabeça e para a lua cheia olhou, estava tão linda e brilhante.

Enquanto Lise olhava para a grande lua, a voz que cantava ficava cada vez mais distante e começava a ouvir o choro de um bebê. Percebeu que algo acontecia com a lua, o seu brilho estava tão intenso e ela não conseguia desviar o seu olhar. De repente sentiu uma forte pressão na cabeça e não conseguia mais respirar, seus olhos reviraram-se ficando totalmente brancos e seu corpo enrijeceu como pedra. Lise não sentia mais nada, apenas via um clarão intenso e ouvia mais alto o choro de um bebê, era como uma miragem, ela olhou para os lados e se viu em uma pequena e simples casinha de pedras, com o chão de terra e uma lareira acesa, onde próximo a ela havia um pequeno cesto com um bebê que chorava. Ela tentou pegar o bebê e suas mãos o atravessaram, tentou novamente e o mesmo aconteceu, não conseguia tocar em nada, “estou morta”, pensou.

De repente uma mulher com uma capa de pele entra pela porta da casinha, tirando a capa e indo em direção ao cesto onde estava o bebê. Lise ficou paralisada quando viu o rosto da mulher, como poderia ser? A reconheceu e era sua mãe, mas ela estava morta faziam mais de sete anos, levada à Bilskirnir devido a uma doença que acometeu boa parte do vilarejo quando Lise era mais nova. A mulher pegou o bebê no colo enquanto dizia “Calma, minha pequena branquinha. Você não está sozinha! A mamãe está aqui e sei que você está com fome”. E com o bebê no colo dirigiu-se para uma cadeira de balanço antiga, que rangeu ao sentar-se e balançar-se. Colocou seu seio para fora e o pequeno bebê o abocanhou, então ela começou a cantar a canção, a mesma que Lise ouviu na floresta “O lobo uiva na floresta à noite, ele quer, mas não consegue dormir. Lágrimas de fome em sua barriga de lobo. Oh, está tão frio na oca dele. Seu lobo, seu lobo, não venha aqui, minha filha você nunca pegará...”. Então ela entendeu, estava vendo o passado, estava se vendo quando bebê, mas não entendia o motivo de nada daquilo e principalmente o por quê de ouvir a voz de sua mãe cantando naquela floresta úmida e escura.

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