Jules: A Fantasma Que Roubou Meu Coração

Um conto erótico de J. R. King
Categoria: Lésbicas
Contém 3236 palavras
Data: 12/09/2022 22:34:30
Última revisão: 25/09/2022 20:52:32

– Como foi na escola hoje, Nina? – Perguntou Jules.

– A mesma bosta de sempre. – Respondi arremessando a minha mochila na cama.

Sentei na cadeira da minha escrivaninha, cansada, enquanto Julie me observava flutuando a 10 centímetros do chão, parecendo tão relaxada como se tivesse acabado de acordar. Parece que a expressão 'descanso eterno' é real.

De repente, senti no bolso o convite da festa da Isabella, e lembrei que ela havia me entregue hoje no Recreio. Peguei para ler novamente. Iria acontecer no dia 31 de outubro. Eu ia precisar comprar uma fantasia. Não ia a uma festa assim desde meus 12 anos, quando fui vestida de Stitch para a festa do Eduardo. Eu adorava Lilo & Stitch, mas a fantasia da Lilo estava em falta.

De repente, senti um calafrio percorrendo o meu corpo, fazendo trincar até os meus ossos. Eu já conhecia bem aquela sensação, e odiava toda vez que a sentia.

– Que droga, Jules, eu já falei para você não passar por dentro de mim! – Gritei com Jules, que pegou o convite da minha mão e se sentou na escrivaninha.

– Festa da Isabella. Não é a garota que você é apaixonada?

– Eu não sou apaixonada, tá legal? Só sou um pouco afim dela.

– Um pouco tipo a quantidade de água no Oceano, né? Você nem sabe se ela gosta de garotas. Já tentou perguntar a ela?

– Não! Isso seria indelicado. Além disso, eu tenho uma desconfiança. Ela sempre anda com umas roupas menos femininas, de cabelo curto, quase não usa maquiagem, ela nem precisa, já que é tão bonita naturalmente, e também sempre joga bola com os meninos. Isso são muitos indícios!

– Ah, Coé! Só porque ela se veste e age como uma sapatão, não quer dizer que ela seja.

Não respondi. Apenas revirei os olhos e tomei o bilhete da mão de Jules. E o guardei no meu armário.

– Vai ser uma festa no Halloween, você poderia ir também. Eu falo que você é minha amiga que está com uma fantasia bem realista de fantasma. – Falei brincando enquanto tirava o uniforme do colégio.

– Até que queria, pra ver você tomando toco dessa Isabella, mas não posso. Eu não consigo sair dessa casa, se esqueceu?

Dei de ombros como se não me importasse, mas até seria legal apresentar Jules para os meus amigos. "Ei, pessoal, essa é Jules, a fantasma que mora no meu sótão!" Imaginei e dei uma leve risada pensando na reação dos meus colegas enquanto pegava o livro de biologia para estudar.

– Você era boa em biologia, Jules? Poderia me ajudar a estudar pro vestibular.

– Eu não sei, eu não me lembro. Nenhum fantasma se lembra da sua vida passada.

– Sério? Eu achava que vocês ficavam aqui por algum motivo do que aconteceu com vocês.

– Sim, mas ninguém se lembra do que aconteceu, por isso a gente não consegue ir para o além. A gente precisa descobrir o que aconteceu conosco e fechar o ciclo. Bom, pelo menos eu acho, eu faltei a essa aula na faculdade de espíritos.

Às vezes eu me perguntava o que tinha acontecido com Jules. Ela parecia tão jovem, devia ter a mesma idade que eu. Se ela tivesse a idade que aparenta ter quando morreu, então eu também poderia morrer na idade dela. Esse tipo de pensamento me assustava, então eu tentei me distrair enfiando a cara nos livros.

Jules apareceu pela primeira vez uma semana depois de termos nos mudado. Isso já faz quase 6 meses. Eu estava estudando no meu quarto, quando senti uma brisa congelante entrar pela janela, levantei e a fechei, quando me virei, eu a vi pela primeira vez. Seu corpo translúcido brilhava como a lua enquanto ela flutuava bem em frente ao meu quarto. Utilizava sempre o mesmo pijama longo e branco.

Acho que ela imaginou que eu gritaria, ou algo do tipo, mas a minha reação foi muito mais contida. Talvez por eu estar distraído demais com a sua beleza. Jules era uma garota linda, do tipo que eu facilmente me apaixonaria se ela estivesse viva. Sua pele era pálida, com algumas manchas roxas em seu corpo e em volta de seus olhos, que lhe davam um ar mórbido. Tinha os traços finos e delicados. O nariz arrebitado e os lábios curvilíneos. Seus longos cabelos negros flutiavam no ar como se ela estivesse debaixo d'água e seu corpo desenhava as curvas de seu vestido. Era magro e esguio, mas com seios duros e empinados.

Talvez o meu gosto especial pelo oculto tenha me feito aceitar maior sua existência. Sempre fui do tipo fascinada por filmes de terror, histórias de assombração, músicas sobre paganismo e culto às trevas. Embora nunca externasse isso para as outras pessoas. Não andava de roupas pretas, não fazia o estilo gótico, até porque eu não tinha o corpo mais sensual para andar por aí de meia-arrastão e saia de couro. Além dos meus pais serem cristãos, e apesar de não serem tão praticantes, sempre me dava medo demonstrar meus interesses por perto.

Logo nos tornamos amigas. Diria que praticamente irmãs. De certa forma, era legal ter alguma garota da minha idade para conversar comigo. Eu também não era o tipo de muitas amigas. Eu sou do tipo que se apaixona fácil e desde que eu me descobri lésbica, percebi o quão difícil era manter uma amizade duradoura com outra garota sem me apaixonar loucamente por ela e depois me decepcionar por ela não gostar do que eu gosto.

Mas com Jules era diferente, pelo menos eu acreditava. Acreditava que com ela, era algo maior, algo místico e profundo, mas nada sexual. Mas logo descobri que estava profundamente enganada.

À noite, depois de horas a fio estudando, já estava exausta, e me joguei na cama. O vestibular estava chegando, e quanto mais perto ficava, mais nervosa eu também ficava. Você estuda por 12 anos só para uma única prova. É um sistema que pode fazer você enlouquecer. E eu acho que eu estava enlouquecendo.

Não via Jules há horas. Não sabia o que ela estava fazendo. Às vezes ela sumia de repente, talvez por se entediar de mim. Eu só não queria que ela estivesse assustando ninguém da minha família. Eu havia pedido a ela para não fazer isso, pois se meus pais desconfiassem que algo sobrenatural acontecia naquela casa, poderiam se mudar o quanto antes, e eu não queria perder a Jules. Por isso a fiz prometer que não importunaria ninguém além de mim.

Olhei no celular, já eram 9 da noite. Estava cansada, queria dormir, mas meus olhos não fechavam. Logo lembrei da festa da Isabella que ia acontecer daqui há duas semanas. Eu precisava pensar em que fantasia usar. "O que será que a Isabella vai usar? Seja lá o que for ela vai ficar muito bonita." Pensei comigo. Logo comecei a pensar em Isabella. Ela apareceu com um novo visual essa semana. De cabelo azul e com franja, me fez lembrar a Rei de Evangelion, mas com piercing no nariz e na boca. Seus lábios eram grossos e estavam sempre brilhando, do tipo que pediam para serem beijados. Seus olhos eram grandes como os de uma personagem de anime, mas não as do gênero Moe, pois ela não era tão fofa e inocente assim. Era do tipo de garota que parecia ser confusão na certa. Ou seja, o meu tipo de garota.

De repente, comecei a pensar no seu cabelo, nos seus lábios. No seu corpo que mesmo usando roupas tão masculinas, parecia tão sexy. Eu queria tanto tocar naqueles seios, beijá-los e dormir com a minha cabeça encostada neles.

Quando me dei conta, já estava me revirando na cama de tesão. Eu sabia o que eu devia fazer, e fiz. Minha mão esquerda foi de encontro ao meu seio direito, tocando de leve, imaginando a mão de Isabella me tocar. Minha mão direita tomou outro rumo. Foi deslizando pela minha barriga até a minha calcinha e começou a me acariciar de leve. Gostava de sentir o tecido se esfregando entre os meus lábios, molhando bem devagar. Depois que já estava excitada o suficiente, colocava ele para o lado e brincava com o meu clitóris entre os dedos.

Fechei os olhos e imaginei Isabella me tocar, pensei em beijar sua boca, sentir de leve o gelado metálico do seu piercing contrastando com o calor dos seus lábios e língua. Comecei a enfiar o dedo médio dentro da minha boceta, sentindo meu corpo virgem se contrair em volta dele. Fui aumentando o ritmo até achar a frequência ideal. Pensava na música Black Magic Woman, do Santana, pois achava essa a música mais sensual de todas. Pensava que o sexo era uma sensação tão transcendental quanto o solo dessa canção. Infelizmente, nunca havia sentido o toque de uma mulher que não o meu.

Eu gemia baixinho, suspirava enquanto deixava o prazer tomar conta de mim. Era uma noite quente, apesar de ainda estarmos na primavera. Por isso, eu me masturbava sem o lençol por cima de mim. Era arriscado, eu sei, pois alguém poderia entrar, mas eu não ligava. Eu estava com calor e tesão demais para ligar para isso.

Me virei de lado, com minhas pernas fechadas e minha mão entre elas, comecei a esfregar mais. Sentia meu mel molhar os meus dedos. Parava por um segundo para lambê-los. Adorava o sabor adocicado que minha boceta produzia. Em seguida, voltava a me tocar.

Estava quase gozando, sentia o desejo dentro de mim querendo sair. Quando senti outra sensação. Uma sensação terrível, que numa noite quente me fazia sentir como se estivesse no Alasca. Um calafrio pulsante que travava todos os meus músculos e ossos. Aquela mesma sensação horrível que senti mais cedo, mas dessa vez parecia mais potente, talvez devido ao estado em que me encontrava.

– Tá fazendo o quê, Nina?

Era Jules, com metade do seu corpo para fora da minha cama. Seu abdômen atravessando o meu e seu rosto me observando. Dei um grito alto, queria gritar mais alto, mas por um segundo me contive com medo de acordar os meus pais. Em desespero, me encolhi e arranquei o lençol de elástico do colchão para me cobrir.

– Jules, o que eu te disse sobre não passar por dentro de mim! Caramba! – Gritei com ela furiosa.

– Pera um segundo, você estava tocando uma siririca! Haha. – Jules começou a rir enquanto seu corpo levitava para fora da minha cama. – Bem que eu havia ouvido uns barulhos estranhos. Pensei que era outro fantasma.

Recuperei o fôlego, depois do calor do tesão seguido pelo frio do susto. Me ajeitei e me deitei de costas para Jules.

– Vai embora, Jules! Eu não quero você me bisbilhotando.

– Você estava pensando nela, não estava? Na Isabella.

– Eu não quero falar sobre isso… – Pensei que dizer isso seria a mesma coisa que dizer sim, então completei: – e isso não te interessa!

– Óbvio que me interessa. Eu também moro aqui, e não estou muito afim de ouvir vocês duas colando velcro pela casa à noite.

– Isso não vai acontecer. Eu não sou uma piranha intrometida que nem você!

– Óbvio que não vai acontecer, ela nem gosta de garotas, não é mesmo?

Não respondi. Preferi o silêncio como a minha forma de ignorá-la. Mas e se Jules estivesse certa? E se a Isabella não gostasse de garotas? Mais uma vez eu estaria me apaixonando em vão? Depois de um tempo em um silêncio, Jules suspirou e disse:

– Amiga, desculpa por brincar com os seus sentimentos, tá?

– Tá bom. – Respondi, como se quisesse acabar com aquilo logo.

– Mas me diz, você nunca transou com uma garota, não é mesmo?

– Você sabe que não.

– Então você sabe o que fazer quando for transar com uma garota?

– É lógico que sei… Eu vejo pornô, sabia?

– Então você não sabe o que fazer.

– Olha quem fala. Não sabia que fantasmas transavam agora.

– Bem, nada impede. Eu acho que até conseguiria transar com você, se quisesse.

– Como assim? – Fiquei corada e um pouco tímida, mas também curiosa.

– Bom, da mesma forma que eu posso projetar o meu espectro no mundo real para mexer em objetos, eu posso usar para tocar… você.

Jules se aproximou de mim, colocando o seu dedo em meu rosto. Pensei que sua mão me atravessaria, e eu sentiria aquela sensação horrível novamente. Mas seus dedos pararam em meus lábios. Era, ainda assim, uma sensação estranha. Eu conseguia sentir o peso dos seus dedos roçando em meus lábios, mas eles eram gelados e pareciam ser lisos, não tinham rispidez de uma mão real. Era como se um vidro estivesse me tocando.

Ela passou o seu polegar pelos meus lábios, e em seguida segurou no meu pescoço. Quando ela tirou sua mão, senti o meu rosto sujo com um líquido espesso e transparente.

– O que é isso? – Perguntei, enquanto limpava meu rosto.

– Ectoplasma, é a marca que eu deixo se ficar tempo demais tocando um objeto material.

Senti ele em minha mão, parecia um gel, dei uma lambida nos meus dedos.

– Eca, que nojo! – Disse Jules, com uma cara desgostosa.

– Não é tão ruim. Na verdade, tem um gosto muito bom

Dei uma outra boa lambida no ectoplasma, limpando ele dos meus dedos.

– Então ótimo, você pode transar, que legal. – Falei ironicamente. – Mas você já transou alguma vez?

– Bem, não. Quer dizer, não espiritualmente, não lembro se eu já transei antes disso. Pra falar a verdade, você foi a primeira pessoa que eu toquei na minha forma espiritual.

Fiquei corada, novamente, desviando o olhar. De certa forma, Jules também tinha sido a primeira garota a me tocar também.

Jules se sentou na cama e tirou o cabelo do meu rosto.

– Pera, no cabelo não! Não sei se ele tal ectoplasma faz mal pro cabelo. – Disse enquanto segurava sua mão. – Sabe, até que esse ectoplasma é bem gostoso.

Coloquei os seus dedos na minha boca para chupá-los, mas logo eles se desmaterializaram e atravessaram a minha boca.

– O que você tá fazendo!? – Perguntou Jules, enquanto recolhia a mão.

– Ai, anda vai, deixa eu só provar mais um pouquinho.

– Olha só quem é a piranha, agora. Tá bom. Mas só um pouco.

Jules esticou a sua mão e conseguia tocá-la novamente. Comecei a chupar os seus dedos delicadamente. Sentindo aquele sabor incógnito molhar os meus lábios. Era salgado, azedo, amargo e doce, tudo ao mesmo tempo. Me aproximei mais e mais de Jules, até que quando reparei, meu rosto estava colado ao seu. Segurei em seu rosto e Jules segurou na minha mão.

– O que tá fazendo? – Perguntou Jules.

– Deixa eu te beijar.

– O quê? Não!

– Por favor, só um beijo. Eu quero sentir esse sabor em seus lábios.

– Lisa, você está maluca. Eu nem sei se consigo te beijar.

– Por que você não tenta. Você não tem nada a perder. Já está morta mesmo.

– Ei! Em primeiro lugar, magoou. Em segundo… – Jules fez um suspense dramático. – Se eu te beijar, você me deixa em paz?

– Sim.

– Tudo bem então. Deixa eu me concentrar. Essa coisa de tocar o plano material é difícil.

Jules fechou os olhos e respirou fundo. Em seguida, pegou no meu rosto e me puxou contra ela. Seus lábios tocaram os meus, roçando um no outro, mas ainda fechados. Senti eles úmidos, molhados pelo ectoplasma. Em seguida, ela abriu os seus lábios, e deixou que sua língua entrasse na minha boca. Senti aquele corpo gelado e úmido entrando. Era como se eu tivesse engolindo uma grande lesma, mas o sabor era delicioso. Deixei que nossos lábios e língua dançassem juntos por um tempo. Até que não senti mais o seu corpo. Em vez disso, senti aquela sensação horrível de novo, concentrada em minha boca. Jules havia se desmaterializado e tirado sua língua de mim. Eu me tremeliquei com o calafrio, que deixou meu corpo todo arrepiado.

– Desculpa, eu me desconcentrei. – Disse Jules.

– Meu beijo tirou sua concentração é? – Disse em tom jocoso enquanto limpava o ectoplasma do meu rosto e mãos.

– Para de bobeira! Eu só me distrai. Enfim, você já teve a sua dose diária de ectoplasma por hoje. Eu nem sei se isso te faz mal, mas vamos com calma.

– Espera, Jules. Antes de ir. Me diga o que achou.

– Do quê? Do beijo?

– É, quero dizer, eu beijo bem?

– Ah, beija. Mas eu não sou uma boa analista. Eu não beijo há pelo menos 15 anos.

– E que tal se você fizesse outra coisa além de beijar?

– Do que você tá falando?

– Eu não sei. Você podia me chupar.

– O quê? Ficou maluca? Eu não vou te chupar!

– Por favor! Isso não é justo, você atrapalhou a minha siririca pra nada. Era o mínimo que você podia fazer para compensar.

– Não! Eu preciso dormir.

– Mentirosa! Fantasmas não dormem.

– Droga, você tá certa. – Jules suspirou. – Você prometeu que iria parar de me perturbar se eu te beijasse.

– Eu sei, mas é que foi tão gostoso. É tão bom beijar uma outra garota depois de tanto tempo. Eu me sinto tão carente. Se você fosse minha amiga de verdade, iria aceitar.

– Aff, tá bom. Mas só porque eu gostei de te beijar.

Jules se posicionou entre minhas pernas, e eu as abri devagar. Ela parou um tempo, olhando para a minha calcinha, segurando minhas duas pernas com suas mãos úmidas e frias.

– O que está fazendo? – Perguntei, olhando ela parada.

– Estou pensando por onde começar. O que eu faço?

– Eu não sei. Eu nunca fiz. Começa lambendo aí.

– Assim?

Jules tirou minha calcinha e começou a lamber. Mesmo gelado, seu toque era macio e molhado. Imagino que é a mesma sensação de enfiar um picolé na boceta. Ela foi lambendo como um sorvete, em lambidas desritmadas apenas para cima.

– Faz pra cima e pra baixo.

Aos poucos, fui guiando Jules no seu toque. Ela estava devagarinho pegando o jeito, me lambendo com delicadeza. Comecei a sentir aquele gostoso formigamento que dá quando somos estimuladas, mas era bem diferente do que eu sentia quando me tocava. Era gélido, sentir aquela língua congelante fazia a minha boceta piscar.

Aos poucos o meu mel foi se misturando ao ectoplasma, até sentir meu corpo completamente molhado da cintura para baixo. Eu comecei a me contorcer de prazer, era a primeira vez que alguém, em qualquer plano, seja o real ou espiritual, me chupava. Foi uma sensação estranhamente prazerosa.

– Ai, isso, continua, não para. Eu tô quase gozando!

Esbravejei entre gemidos de prazer. Jules foi aumentando o ritmo, me estimulando mais e mais. Quando eu estava para gozar, Jules se desmaterializou, passando sua língua bem em cima do meu grelo. Senti aquela sensação congelante bem na minha boceta, e por mais que das outras vezes tenha sido tão agoniante, dessa vez foi totalmente diferente. O arrepio penetrou o meu corpo como um raio, fazendo meus músculos se enrijecerem e em seguida amolecerem como carne amaciada. Em meio ao calafrio eu gozei, e foi intenso, delicioso e sobrenatural.

– Amiga, desculpa, eu não queria… Nina, cê tá legal?

Jules tentou falar comigo, mas eu estava completamente entorpecida pelo orgasmo. Eu a ouvia, mas era incapaz de responder. Apenas acenei positivo com a cabeça e relaxei, como se acordasse de um sono gostoso em um dia frio.

Quando olhei de volta, Jules já não estava mais. Ela nunca foi de se despedir, mesmo. Enquanto isso, me deixei curtir os últimos espasmos de prazer que Jules havia me dado.

Mal sabia eu, que essa história não acabava aqui.

(Continua…)

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Comentários

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Texto jovem e divertido, bom trabalho! Fiquei curioso se mudar o nome da personagem ao longo do texto tem relação com a trama: seria un twist plot genial Nina ter vários nomes porque atravessa o tempo em várias encarnações, rs

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Adorei.

Muito criativo e excitante fiquei curioso pela continuação

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