Hellraiser/Hellworld: SFM

Um conto erótico de Duque Chaves
Categoria: Gay
Contém 2006 palavras
Data: 11/09/2022 03:12:04

"Eu vou fazer isso Richard, não você." Daniel apareceu do meu lado com os olhos em fúria, de nós dois ele era o mais fraco e fragilizado.

"Você vai dar conta disso, de falar para ele tudo? - Eu estava preocupado com ele, de como isso poderia trazer mas uma pessoa que nos dois escondemos de todos."

"Vou! - disse determinado."

Então eu fechei os olhos e tudo ficou escuro e voltei a dormi.

"Amor, o que você está fazendo aqui tão cedo? - a voz de Ícaro soava como uma cachoeira em meus ouvidos, suave e firme. Como eu queria beija lo."

"Eu… preciso te contar uma coisa."

Icaro me encarou de uma forma confusa.

"Sim, pode falar o que foi?"

Ele era moreno da pele da cor de chocolate, sua cabeça raspada dava o charme, seus braços era magros e delicados, seus olhos castanhos claros, mesmo da minha altura eu ainda sentia que estava tão protegido que não sairia dali nem que quisesse.

"Sente Se!"

Icaro sentou e peguei sua mão, a minha estava tremendo e suada, tudo estava desmoronando. Céus, como eu odiava minha vida.

"Daniel, você está bem?"

"Filho eu preciso contar algo a você, e espero que você entenda. - Respirei fundo. - Eu consegui um trabalho mas vou precisar viajar ainda hoje. Esse trabalho me proporcionou uma casa para você grande, toda mobiliada e alguns carros com uma moto para você trabalhar."

"O que? Não, eu sabia que você tinha um humor meio diferente, mas essa piada foi boa. - Ícaro gargalhou com a piada, nós vivíamos em uma situação apertada e estávamos começando do zero novamente muitas dívidas e perdas."

Olhei o celular novo que Richard tinha ganhando e as horas passavam rapidamente, logo Magnus estaria ali em cima para me buscar.

"Eu estou falando sério amor. Eu consegui tudo isso para você, você vai ficar seguro e ainda por cima vai ter um seguro de vida que vai receber em todas quinzena, 10 mil reais para você. - Engoli o choro e fiquei firme. - Para você limpar seu nome e ficar despreocupado."

Icaro me encarou e desse vez ele não estava rindo.

"Daniel, o que você está falando? O que você fez?"

Eu estava tremendo agora, meus sentimentos mergulhados num Mixer e triturados em pedaços.

"Eu estou fazendo isso por você. - Ele me encarou novamente confuso. - Eu vou ir hoje, já ganhei um celular novo de trabalho. Já está tudo certo, eu preciso que você fique e cuide de nosso lar, pois eu vou voltar."

Ouvi passos subindo a escada de metal, só poderia ser Magnus.

"Daniel, não, você, o que está acontecendo? Você vai me deixar? Você…"

Magnus apareceu na porta de casa, ele era um moreno de um metro e setenta de altura, de cabelos escuros e olhos âmbar, rosto rígido e severo. Ele tinha um sulco de bala partindo seu cabelo do lado direito.

"Está na hora senhor, Benjamin o espera."

Icaro sabia de uma parte de minha história, eu tinha comentando sobre Benjamin, mas não disse o que ele era realmente."

Icaro pegou minha mão e segurou firme.

"Você está me largando para ficar com ele? Eu disse que daria um jeito na nossa vida, eu disse que iria resolver tudo. Era uma fase ruim de dividas que estávamos tendo, mas estava me esforçando para pagar. - Ícaro se levantou e ficou de frente a mim. Magnus tirou a arma e apontou bem na mira de Ícaro.- Agora ele vai fazer o que em? Me matar?"

"Icaro por favor, eu preciso."

"Não, você não precisava voltar para ele. Não precisava se sujeitar a isso. Por causa de que? Dinheiro? Casa? Eu amo você, eu sempre amei e você faz isso? Em todas as suas crises, em toda sua depressão eu fiquei do seu lado. E agora você me dar o prêmio de consolação que é essa acordo ridículo?"

Eu estava teremendo, não consegui mas falar nada, meus olhos estava cheio de lágrimas que desciam teimosamente.

"Me responde Daniel. Vale mesmo a pena? A promessa que você e eu fizemos que nunca deixaríamos um e outro? Sempre e para sempre não te diz nada? Me responde!"

Magnus andou mas alguns passos, a arma ainda estava apontada para cabeça de ícaro.

"Eu fiz porque amo você. Eu fiz porque quero ver você bem, você sabia que uma hora eles iam me achar. Então aceite o meu presente a você, por tudo que você me fez, eu te deixei bem e quero ver você vivo. Eu amo você Ícaro, sempre amei e sempre vou amar."

Dei o tablet para ele.

"Assine"

Ele olhou o tablet o pegou e jogo para a parede.

"Eu me importo com você. Me diga que isso é uma brincadeira de mal gosto, que você está apenas brincando comigo."

Icaro começou a chora, meu coração não aguentava mas isso, Benjamin novamente me torturando com seu ar típico de sadismo.

Richard, me ajude.

Eu fechei meus olhos.

"Eu te amo Ícaro."

Acordei com sobre salto, Magnus estava ainda apontando a arma para o rapaz, Ícaro que chorava de joelhos no chão, berrava palavrões aos quatros ventos para Daniel, bem, para mim.

"Você querendo ou não o acordo foi feito. Não podemos voltar atrás, mesmo não assinando, vamos forjar sua assinatura e você será realocado ao seu novo trabalho, sua nova casa e seu dinheiro que cairá na sua conta, mesmo que mude de conta, conseguiremos mesmo assim rastrear você. Então apenas faça isso por mim."

Ícaro se levantou e foi para a cozinha, onde era conjugada com a sala e jogou um prato onde desviei e pegou na porta de blindex. Ele correu para me bater e peguei a arma de Magnus tão rápida que nem ele mesmo conseguiu fazer algo para impedir e atirei no chão entre as perna dele.

"Eu juro por Deus que a próxima bala vai ser em algum ponto vital. E eu mesmo acabo com sua vida aqui e agora."

Devolvi a arma para Magnus e sai sem voltar atrás e apenas deixando o garoto ali sozinho.

Benjamin estava morando em um apartamento na área mas cara da cidade, Ponta negra, um dos edifícios que ele estava, tinha um triplex. Magnus dirigiu até ele sem falar nada, ele olhava em todos os lados para que não tivéssemos sendo seguidos.

O elevador parava bem no corredor onde dava para a porta da entrada do inferno, ele precisa de mim, eu confirmava a cada passo, ele não pode fazer mas nada para mim, eu repetia, você sabe jogar esse jogo e vai ganhar no final, eu tentava me acalmar a cada passo que dava.

A porta se abriu sozinha e eu ainda tinha dez passos para poder chegar até ela, dois cara saíram do nada e ficaram me esperando chegar mas perto ainda, guardas costas de Benjamin, assim que coloco meus dois pés dentro do triplex vi o quão exagerado o capeta era.

O triplex era grande o suficiente para ter um elevador a levar para os três pisos, o primeiro piso ficava a sala de jantar, a sala de estar, escritório e uma varanda que dava para ver toda a praia e o rio escuro. Os capangas estavam por todos os lados, o chão era coberto por cerâmicas brancas, pilares de sustentação feito de gesso, pinturas e plantas por todo o local, paredes de vidros temperados e com reflexo UV, móveis tão caros e únicos que só ele poderia fazer isso. Uma escada enorme que dava também para os outros pisos.

Conhecendo Benjamin o segundo andar era os quartos que ele tinha e a sua sala de tortura, o terceiro piso estava a piscina particular, o heliporto e uma varanda para festa.

E falando no capeta lá estava ele me esperando na varanda, andei em passos devagar olhando para todos aqueles homens ali, com suas armas em punho a ponto de qualquer movimento eu ser alvejado.

"Espero que realmente cumpra com sua parte."

"Boa noite pra você também. - Ele respondeu sem nem ao menos me encarar, estava sem camisa e mostrava seu corpo esculpido sem nenhuma tatuagem ou pelo algum. Debruçado na varanda olhando toda aquela vastidão de água ele suspira. - Irei cumprir com minha palavra, você sabe que cumpro com minha palavra."

Eu fiquei parado a pelo menos dez metro dele, não queria andar até lá, não queria correr o risco dele me jogar, seria uma viagem terminal para mim.

"Então, o que eu vou mesmo fazer?"

"O que você vai fazer! Eu vou dar você ao "rei" que está se erguendo no oriente, você vai ser meu espião, ira como um estrangeiro, tráfico de pessoas, ira para um leilão onde ele estará daqui a dois dias."

"Ele me compraria e muito! De todos os seus planos mestre, esse é o pior de todos."

Ele estalou os dedos e um rapaz que deveria ter minha idade chegou perto com um tablet e me deu ele.

"Kris Wu, 29 anos, chefe de empresas e também do submundo oriental, a família Wu tem nome dentre todas as famílias e a mas respeitada dentre elas, Kris, é conhecido por ter mascotes, servos que servem de escravos sexuais. - O tablet tinha uma foto dele, ele era bonito, os olhos escuros e redondo, ele tinha uma cara triangular, suas expressões era de poucos amigos, cabelos lisos e volumosos pretos, alto e forte, não como Benjamin mas como um padrão oriental. - Sempre visto em eventos beneficentes, visto como o garoto de ouro da família. Kris ascendeu muito rápido por causa de seu intelecto e estratégia, conquisto com punhos de ferro cassinos, infernos e a política. Uma de suas armas preferidas é a manipulação, mata a sangue frio e é um ótimo atirador."

"Agora sabe que Kris é uma ameaça a meus domínios, sou um dos maiores e não vou deixar esse peão dar seu xeque mate. Sua missão é conquista o coração de Kris, seja o seu escravo pessoal e depois seja seu guarda costa. Mate Kris Wu e deixarei você livre pelo resto da sua vida miserável."

Benjamin estava levando a sério Kris, se ele for tudo que falaram e está botando medo no imperador, eu toparia essa última missão. Benjamin acendeu um charuto, ele estava nervoso, sempre acendia um quando precisava pensar, ele se sentou na cadeira.

"Eu estou confiando em você a fazer isso direito, mas claro as vezes precisamos de um incentivo."

O garoto da minha idade mostrou um dispositivo em sua mao, que luzes vermelhas brotaram dele. Antes que eu pudesse me defender, recebo um baque pelas minhas costas, tinha recebido um chute e meu pulmões gritaram de dor, respira estava sendo difícil, sinto duas pessoas me pegando belos braços e uma terceira me socando no estômago, a dor era pior, eu sentia meu corpo se comprimido.

Sinto uma agulha perfurando minha nuca e uma dor latente explodindo meu cérebro.

"O que você fez comigo? Eu estou aqui…"

"Pare de falar seus discursos prontos, acabei de colocar um micro chip em sua cabeça, se você se voltar contra mim, me trair ou até mesmo falhar em sua missão, eu da onde estiver vou aperta esse botão e sua cabeça explode. - Benjamin tragou mas um pouco e jogou na minha cara a fumaça, tinha cheiro de mato queimando, o que me fez revirar o estômago. - Então faça isso direito. Leve ele para o quarto, amanhã ele está sendo transportado."

Eu fui jogado na cama como um saco de batata, o ar estava ligado e não tinha nenhuma janela, os móveis eram embutidos e não podia quebrar, a tv estava desligada e o frigobar fazia um estalar de descongelamento, assim que fecharam a porta eu fiquei ali naquele lugar escuro, a não ser pela luz do ar condicionado ligada.

A dor começou a piorar, como se alguém tivesse abrindo meu cérebro e dividindo ele em dois. Eu voltei a ficar deitado, já que tudo começou a rodar. Aquele filho da puta estava me drogado pela saída de ar, tudo então ficou escuro e desmaiei, imergindo na escuridão do sono.

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