Névoa

Um conto erótico de W
Categoria: Lésbicas
Contém 4021 palavras
Data: 30/09/2022 07:09:33

Vanessa desceu do ônibus depois da viagem mais desconfortável que já havia feito. Foram oito horas espremida em um ônibus cheio de jovens, todos em direção ao litoral. Isso fez com que ela dormisse por curtos períodos de tempo. Gostaria de apagar por umas 24 horas, mas estava elétrica demais, e isso à deixava irritada. O máximo que ela ´podia fazer era pegar a sua mochila e ir até seu destino. O fato de ela finalmente ter saído do ônibus, enquanto via o mesmo seguir caminho até o seu ponto final lhe deu algum ânimo.

Ela havia descido em uma pequena cidade chamada Monte Calmo. Era uma cidade pequena e simples, que funcionava como parada para viajantes e motoristas. Seu destino porém era outro; Lagoa Brilhante, uma cidade litorânea com praias de águas calmas que lembravam uma lagoa, além de uma bela arquitetura que remetia ao período colonial e imperial. Apesar de seus atrativos, por razões que nunca foram explicadas direito, Lagoa Brilhante foi abandonada e ninguém pisava lá. Apenas Vanessa tinha suas razões para tal.

Vanessa era o típico exemplar da "brasileira gostosa"; era alta, com a pele morena. Tinha pernas grossas, bunda grande sem exageros, seios fartos e cintura fina. Os cabelos pretos eram compridos, indo até o meio das contas. O belo sorriso e os olhos verdes encantavam, enquanto seu rosto tinha belos traços, mas não exatamente delicados, que acabavam dando um ar um pouco mais intimidador. Uma beleza brejeira, bem típica do nosso país. Naquela manhã trajava um vestido folgado florido com cores vivas até os joelhos, com um decote que valorizava os seios, sem deixa-la com uma aparência vulgar e um par de sandálias simples. Pegou sua mala e se pôs em direção ao seu próximo local, a casa de um amigo.

A caminhada foi curta, mas bastou para chamar a atenção de homens e mulheres. Algumas olhavam feio, chamando seus trajes e sua atitudes de "indecente", e outras olhavam para seu corpo com desejo. Vanessa achou graça nos olhares, o que melhorou o seu ânimo, e fez sua buceta melar. Decidiu dar um jeito nisso assim que tomasse um banho.

Vanessa enfim chegou à casa. Um moradia simples, com muros e portões baixos e um caminho de ladrilhos levando até a construção. Era um lugar bonito. Logo ela achou a chave e entrou.

A bela morena gostava da casa. Bem cuidada, com poucos móveis e uma decoração elegante. Ela pôs a mochila em um canto e se voltou para a mesa, onde havia um bilhete.

"Minha amiga Vanessa. Peço desculpas por não poder oferecer mais ajuda em seu trabalho. Pode aproveitar a casa em minha ausência, e use o que for necessário. Apenas não transe na minha cama ou no sofá! - Getro."

Vanessa achou graça no recado, mas concordou. Não seria tão indelicada à esse ponto. Pegou sua mochila e levou ao segundo quarto, que ela usava em suas visitas. Deixou suas coisas lá, tirou suas roupas e foi até o banheiro.

Assim que ligou o chuveiro, ficou um tempo imóvel, deixando a água levar embora a sujeira e a irritação. Já mais calma, começou a se lavar. No começo, só deixou o sabonete deslizar pelo seu corpo, então se lembrou da atenção que chamou no caminho e foi passando sua outra mão, primeiro sentindo os seios e depois descendo pela barriga até sua buceta e os pelinhos que ela deixava aparados. Gostava dela peludinha; achava que totalmente depilada era muito estranho. Ela ainda estava melada, e os movimentos á deixaram ainda mais úmida e quente.

A masturbação estava uma delícia, e Vanessa resolveu ousar. Se apoiou na parede e empinou a bunda. Com uma das mãos, continuou à acariciar a sua buceta, e com a outra, começou a brincar com o seu cu, primeiro sentindo as suas pregas e depois enfiando um dedo, e por fim outro. Nem se incomodou em disfarçar os gemidos, queria mais era fuder a sua buceta e cu e gozar com força. Logo o orgasmo veio e ela quase perdeu a força nas pernas.

Vanessa lambeu os dedos que estavam na sua buceta para sentir o seu mel. Ficou mais um tempo debaixo do chuveiro e então desligou a água.

Se secou e voltou ao seu quarto. Ao se deitar, a sensação do lençol na sua pele lhe excitou. Até pensou em se masturbar de novo, mas estava cansada e feliz da brincadeira sapeca no chuveiro. Ficou mais um tempo e por fim se trocou, um shortinho curto que deixava um pouco da sua bunda de fora cobrindo uma calcinha preta minúscula que mal cobria os pelinhos na frente, e se escondia na sua bunda atrás. As alças da calcinha eram altas e ficavam para fora do short. Vanessa não se incomodou e pensou "vou de puta mesmo". Completou com uma camiseta cinza curta que ficava um pouco acima do umbigo. Dispensou o sutiã e adorou a idéia. Completou com um par de botas escuras para trilhas e terrenos acidentados. Olhou para o espelho e se sentiu gostosa.

Foi até a cozinha procurar o que comer. Havia bastante coisa e fez um sanduíche, separando um pouco de queijo branco com geléia e café para acompanhar. Fez a sua refeição com calma. Não tinha muita pressa para ir. Enquanto comia, foi sentindo o sono chegar. Agradeceu pela chance e decidiu cochilar assim que acabasse o café.

Assim que acabou, foi lavar a louça, e em seguida para o quarto. Se cobriu com uma jaqueta que tirou de sua mochila e apagou. Um sono sem sonhos que lhe fez muito bem.

Quando acordou, ainda estava claro. Vanessa se sentia bem melhor, e foi cuidar dos últimos detalhes antes de partir. Com tudo pronto, pegou uma pequena bolsa que pendurou nas costas, e enfim estava pronta.

Na garagem, havia uma caminhonete antiga, mas bem cuidada, assim como uma motocicleta própria para viagens longas. A ideia de ir de moto lhe animou, mas o frio que viria ao pilotar com as poucas curtas que usava jogou o plano para longe. Preferiu a caminhonete mesmo. Fechou a casa, os portões e pôs o pé na estrada.

Pelas contas, levaria uma hora para chegar até Lagoa Brilhante. Uma viagem chata no meio do mato. com estações de rádio que ela não conhecia e músicas de gosto duvidoso. O veículo era antigo, então algumas comodidades como USB ou Bluetooth estavam fora de questão. A viagem seria longa.

à medida que avançava, o sol e o céu aberto foram dando lugar à uma neblina. Isso pelo menos era um bom sinal. Indo um pouco mais, viu uma placa que indicava a entrada de Lagoa Brilhante, com uma imensa parede de névoa que cobria tudo à sua frente. Vanessa deixou o carro no acostamento e saiu. À sua frente, uma massa cinza, e atrás, uma última visão do céu azul. Ela pegou a jaqueta, a bolsa, fechou o carro e avançou, fazendo o sinal da cruz.

Avançando com cuidado, Vanessa foi em frente até que a névoa foi se dissipando e ela foi capaz de reconhecer formas ao seu redor. Ainda assim, a névoa cobria tudo e a sua visão era muito limitada. No entanto, ela viu que estava na cidade, vendo vários pequenos comércios e casas fechadas. Havia veículos nas ruas, sinais de que ali já houve uma cidade com movimento e vida. Só não havia pessoas.

Pelo local, ainda estava na área urbana. Por alguma razão, precisava chegar na área conhecida como "Cidade Histórica", pois sentia que lá estava o que procurava.

Lagoa Brilhante tinha um passado sangrento por conta de seu passado e as atrocidades relacionadas à escravidão, o que deu à cidade um clima pesado, mesmo décadas depois. Em algum momento esquecido nos anos 60, alguns hippies com livro barato de magia e mais maconha do que bom senso na cabeça acharam que seriam capazes de fazer uma espécie de livramento, e permitir que todos os espíritos atormentados pudessem seguir em frente. Não precisa ser um gênio para saber que tudo deu errado, e no fim não foram as almas, mas todo mal, ódio, ressentimento e todos os tipos de emoções negativas, amplificadas pelo tempo, e fortalecidas pelo massacre que promoveram no lugar. No fim, isso engoliu a cidade e a desligou do universo. As autoridades, óbvio, não sabiam o que fazer e isolaram a área. A população claramente não deu ouvidos e várias pessoas entraram na névoa. Assim que começaram a ver que ninguém saía de lá, o lugar começou a ser evitado. Bem típico do ser humano; só aprende se fudendo.

Vanessa continuou andando, vendo o estado de abandono. Sabia que estava no caminho certo, pois sentia que a cidade havia se tornado quase um ser vivo, e forçava todos os horrores e atrocidades em sua mente enquanto avançava. Manter as defesas levantadas exigiam pouco de esforço, fazendo com que Vanessa ficasse extremamente concentrada no que veio fazer.

Andando um pouco mais, Vanessa avistou uma placa em uma parede dizendo “Cidade Histórica” e o início de uma rua antiga coberta por pedras. Além disso, sentiu a força da cidade em sua cabeça.

Começou a sentir a sua força se esgotando. Mesmo que não fosse adiantar de nada, procurou uma porta aberta, pois não se sentia confortável em desmaiar no meio da rua. Mal tinha andado um quarteirão e achou uma casa com a porta aberta. Vanessa foi até lá correndo e desabou no chão com o esforço.

Aquilo que ela nunca quis e nem estava preparada para ver estava acontecendo em sua cabeça; dor, medo, terror, pessoas arrancando os próprios olhos, homens e mulheres caídos em poças de sangue, alguém currando o que parecia ser a parte de baixo de um cadáver, um vendaval de loucura que arrastava Vanessa aos poucos…

Até que houve luz. Então Vanessa acordou e vomitou o que ainda estava no estômago. Ao se recompor, percebeu que havia um isqueiro no chão e um pedaço de tecido queimado. De alguma forma, ela foi capaz de pegar algumas coisas em sua bolsa e lutar contra a influência maligna do lugar. Percebeu que estava exausta, e procurou em sua bolsa alguma coisa para comer. Agradeceu ao fator de ter guardado uma barra de chocolate e uma garrafa d’água. Comeu e bebeu com calma e se sentiu mais disposta. Durante esse tempo, viu que estava quase encharcada de suor, e sua camiseta grudava e se moldava ao redor dos seus seios. Resolveu tirar um pouco a camiseta e usar um pouco da água para lavar o suor. Derramou um pouco no rosto, na nuca, e depois nos seios, deixando a água escorrer. Se encostou em uma parede e achou graça da situação. Em outra ocasião, aquela imagem de uma morena linda e suada com as carnes fartas e seios à mostra poderia estar em alguma revista do tipo da Playboy.

Vanessa deu uma olhada ao redor e viu que estava em uma loja de roupas, com vários espelhos. Para se proteger dos ataques do que estava lá fora, conjurou o feitiço dos espelhos. Dispôs todos em um circulo e se pôs no centro. Depois recitou algumas palavras em uma língua antiga, fazendo todos os espelhos se racharem. Guardou suas coisas, vestiu novamente sua camiseta, deixando a jaqueta cobrindo os ombros e voltou para a rua, protegida, mas ainda com medo.

Do lado de fora, Vanessa via sombras em formato humano, na sua maioria, imóveis. Ela retomou seu caminho, indo para a onde a intuição e a energia estivessem mais fortes. Durante o caminho foi sentindo novamente os ataques, mas quando um mais forte surgiu, ela sentiu que a origem da energia ruim havia levado o golpe ao invés dela.

- Dói, não é? Seu trouxa! - Vanessa disse de forma bem irritada, se lembrando do que houve com ela. Pelo sabia que o feitiço havia funcionado.

A caminhada levou mais para dentro da cidade. As sombras continuavam a aparecer, e Vanessa nem queria saber quais tragédias elas guardavam. O local era um labirinto, pois todas as casas e as ruas pareciam iguais. Ficou pensando se isso era da própria cidade, ou era influência do que quer que estivesse controlando a cidade. Ao invés de ceder ao desespero, fechou os olhos e apurou os sentidos, procurando a direção onde a energia era mais forte. Por fim, achou, e ao abrir os olhos viu que naquela direção estava a praia. Vanessa disparou na direção.

A praia era a visão mais triste que Vanessa havia visto na vida. Um mar escuro que se perdia ao fundo de um paredão cinza. Não havia nada que indicasse uma presença humana ali. Ela não percebeu que uma daquelas sombras se aproximou.

A sombra tocou o ombro de Vanessa, que se assustou com o toque e caiu na areia. Ela ficou encarando a sombra, que aos poucos ganhava forma, até que ela retomou sua forma humana. Vanessa viu e não acreditava que lá estava a razão de sua jornada; sua amiga Laura.

Laura era de uma pele clara, com cabelos pretos e compridos, mas de um liso escorrido, ao contrário do cabelo volumoso de Vanessa. Possuía um rosto alongado, com um nariz mais estreito e lábios mais finos. Uma beleza mais delicada, com traço europeus. O corpo era magro mas moldado pela atividade física; uma bunda pequena mas redondinha, braços e pernas fortes, mas sem músculos exagerados, seios pequenos e ombros largos. Um corpão de bailarina, coberto apenas por um camiseta curta e uma saia que cobria um pouco de sua bunda.

As duas se abraçaram por um longo tempo, e então se sentaram na areia. Laura se pôs a falar:

- Sabia que você viria.

Vanessa estava atordoada com aquele reencontro. Demorou um tempo para encontrar palavras, até que algumas saíram.

- O que houve? Tem quase um ano que você sumiu! E do nada você aparece nos meus sonhos pedindo para que eu lhe procure nesse cu de mundo que nem Deus tem coragem de entrar! QUE MERDA VOCÊ FEZ DESSA VEZ?!?!

Dessa vez foi Laura que ficou sem palavras. As duas eram amigas a muito tempo. Vanessa se dedicou às artes místicas desde cedo, tendo um conhecimento extenso sobre a magia e rituais de diversas vertentes. Esse conhecimento lhe permitia trabalhar como uma espécie de “guarda-costas”, protegendo e intervindo de forma positiva na vida daqueles que a contratavam. Laura, por sua vez, era filha de um advogado conhecido no meio. Era muito dedicado à filha, sendo ela o seu único amor verdadeiro, embora fosse uma pessoa horrível no trato com os demais. Ela teve uma educação de primeiro nível, e almejava seguir os passos do pai. Seu maior defeito é o descontrole e a sanha de ter o que quer à qualquer custo. Elas se conheceram em um dos aniversários de Laura em um bar de alto nível. Laura desafiava os outros à beber mais do que ela, até que Vanessa, ouvindo a conversa de longe, aceitou e venceu o desafio. O que prometia ser um arranca-rabo entre as duas virou amizade.

- Uma merda enorme. - Laura olhou para baixo com um ar triste. - Aquele último caso que eu tive. Acabou bem mal.

- O empresário? - Vanessa perguntou, começando a ligar os pontos.

- O próprio. Ele mandou um pessoal para me espancar e sumir com o meu corpo. Eu estava quase inconsciente, mas lembro de que me jogaram na entrada da cidade. Eu me arrastei, mas não encontrava ninguém, até que…

Vanessa já entendera tudo, e abraçou a amiga. Imaginou o medo dela morrer sozinha em lugar daqueles.

- Demorou bastante tempo para conseguir fazer contato com você. - Laura continuou seu relato. - Essa cidade não quer que nada saia de dentro dela. Foi pura força de vontade.

- E porque não encontrei o seu corpo?

- Não sei. Não conheço essas coisas como você. - Acho que essa cidade absorve tudo, matéria ou pensamento, e se alimenta disso.

As duas ficaram mais um tempo em silêncio. Vanessa precisava absorver tudo aquilo, e Laura reunia coragem novamente:

- Quero te pedir duas coisas. - Laura falou com um pouco de medo na voz.

- Fala. - Vanessa puxou a amiga e a fez encostar a cabeça em seu ombro. - Acho que uma eu já sei.

- Me ajuda a seguir em frente. Não quero ficar presa aqui nessa cidade. As coisas que te forçam a ver…

- Pode deixar. - Vanessa falou decidida. - A cidade forçou um pouco disso tudo em mim. O pouco que vi foi horrível. Imagino o que você viu.

- Laura olhou para a amiga e sorriu. E então continuou:

- Antes disso, me ama mais uma vez?

Vanessa não pensou duas vezes. Se levantou, tirou suas roupas e voltou ao lado de sua amiga. Lhe deu um beijo, um de amor. Adorava Laura, e tinha saudades de suas transas com ela. Ela se deitou puxando a amiga, e começou a tirar suas roupas, começando pela saia e a camiseta. Laura estava sem sutiã, ficando só de calcinha.

As duas continuaram a se beijar. Laura deixou sua mão passear pelo corpo da amiga agarrando os seus seios com vontade. Laura saiu do beijo e começou a mamar aquelas tetas enormes com vontade, enquanto a mão ia até a buceta de Vanessa. A morena gemeu com a amiga se aproveitando do seu corpo e abriu mais as pernas, como se convidasse Laura à lhe possuir como quisesse.

Laura entendeu o recado e desceu até a buceta da amiga enquanto tirava sua calcinha, revelando uma pequena faixa de pelos. Beijou as suas coxas com delicadeza e então começou a chupar. Sem pressa, aproveitando mel que saía da amiga enquanto fazia carinho em seu cu.

Vanessa só queria curtir aquele momento. Adorava dar para Laura. Sentia falta da língua da amiga em sua buceta, do carinho dos seus dedos no seu cuzinho. Vanessa queria ser a puta de sua amiga uma última vez. Deixou tudo de lado e gemia alto. Sentia o prazer e gritava, soltando toda a frustração sair.

Enfim, gozou. Tremia e rebolava sem controle na língua da amiga. Estava feliz, em um lugar que concentrava tudo de ruim que podia existir.

Vanessa se deitou esgotada na areia e Laura veio por cima com mais um beijo. As duas namoraram mais um tempo, esquecendo tudo ao redor. Então Vanessa veio por cima:

- Agora é a minha vez.

Laura se deitou com a barriga pra baixo e Vanessa sorriu de orelha a orelha. Laura adorava sexo anal e Vanessa não faria feio com a amiga.

Vanessa começou a chupar o cu de Laura, que revirou os olhos e soltou um gemido que estava guardado havia tempos. Um choque em seu clitóris deu mais um gemido, dessa vez agudo, quando os dedos de Vanessa encontraram a sua buceta. Laura começou a gemer sem controle.

As duas continuaram aquele amor bruto, deixando Laura à beira do gozo. Vanessa, porém, tinha outra ideia, e parou com os carinhos. Deu a ordem para que Laura se virasse, e a chupou de forma voraz, fodendo seu cu miasma vez. Laura mais uma vez não se controlava, mas queria prolongar ao máximo a sensação. Sabia que seria a última vez, e por isso queria aquela boca em sua buceta o máximo possível. Assim como Vanessa, queria ser uma puta para a sua amiga.

Laura começou a rebolar na boca de Vanessa. Explodiu em um gozo maravilhoso enquanto gritava à plenos pulmões. As duas se abraçaram e beijaram. Depois do sexo selvagem, as duas queriam um último momento de amor e carinho. Nenhuma delas queria sair dali, mas não havia outro jeito.

- Chegou a hora. - Vanessa disse quase em um sussurro para Laura.

Vanessa se levantou e procurou suas roupas e a bolsa que trouxe. Assim que se vestiu, procurou alguns objetos que poderia usar. Ela tinha uma ideia de como ajudar Laura. Só precisava das coisas certas.

Enquanto isso, Laura deu uma boa olhada para o nada que foi sua prisão por tanto tempo. Estava ansiosa pelo que viria. Sentia um pouco de medo, mas nada seria pior do que aquele lugar.

- Laura, é o seguinte. - Vanessa terminou de desenhar um círculo no chão, com vários símbolos dentro. - Preciso que você fique dentro desse círculo. O resto eu cuido.

- Tem certeza.

- Sim. Logo isso vai acabar.

Laura se aproximou de Vanessa. Um último beijo de despedida.

- Só uma coisa. - Vanessa disse após o beijo. - Isso vai te tirar daqui e te levar adiante. Não é uma garantia de que você vai para lá. - Ela terminou de dizer apontando para cima.

Laura concordou e entrou no círculo. Vanessa recitou algumas palavras e o circulo na areia começou a brilhar. As duas ficaram espantadas com o que estava acontecendo na frente delas.

Porém, a vida faz o que tem que fazer. O brilho branco no chão passou a brilhar vermelho, e Laura foi sendo puxada para baixo. Os gritos de desespero e dor preencheram aquele lugar. Vanessa não podia interferir, e só pode ver sua amiga sendo puxada para o seu castigo enquanto o calor e o fogo vazavam daquele reino.

Vanessa caiu de joelhos e chorou. Ela sabia dos possíveis resultados, ela avisou sua amiga, mas nunca é fácil de ver. Ela não podia aliviar a culpa que Laura sentia bem no fundo de sua consciência por ter prejudicado tantos amigos e colegas durante sua vida. Não podia perdoar a amiga por ter mandado matar a família de um homem casado apenas para ficar com ele. Não podia perdoar ela por toda a sua inconsequência durante a vida, e de ter adorado cada segundo disso.

Apenas Laura poderia se perdoar.

Algo como um rugido muito grave e distante surgiu ao longe. Vanessa, com toda sua fúria, olhou para o céu e gritou:

- VAI TOMAR NO CU!!!

Outro rugido. Dessa vez, Vanessa viu que um caminho se abriu na névoa. Ela não queria mais nenhum segundo naquele lugar, e apertou o passo. Fez um caminho bem mais curto para a entrada da cidade. Lá, ela sentiu que a entidade tentava se comunicar, dizendo que ela deveria ir embora e nunca mais voltar.

Assim que Vanessa atravessou a névoa, voltando para onde a caminhonete estava estacionada, viu toda quela massa cinzenta se dissipar e sumir. No lugar onde deveria estar Lagoa Brilhante, havia apenas mata. A placa que indicava a entrada da cidade havia sumido. É como se a cidade nunca tivesse existido. Ela pensou o que Teri acontecido com todas aquelas almas; se elas foram para o lado que teria mais direito sobre eles, ou se sumiram junto com a névoa.

Vanessa entrou no carro novamente. Vendo a hora, viu que ficou quase 24 horas naquele inferno. Deu a partida e fez o caminho de volta. Queria esquecer tudo que viu.

A viagem de volta foi quase toda no automático. Voltando à casa de seu amigo, ela foi recebida justamente por ele. Getro era um homem de uma estatura na média e cabelos cortado bem curto, com alguns fios brancos. Estava vestido de uma forma simples; camiseta, calça jeans e tênis. Ele ficou feliz por sua amiga voltar bem, mas assustado pelo seu estado.

Vanessa se jogou em seus braços e voltou à chorar. Sabia que nunca mais esqueceria tudo o que passou, mas precisava conversar.

- Fala o que você precisa e faço o que for para te ajudar.

Vanessa demorou um pouco para se recompor, e assim que estava melhor, disse tentando forçar um sorriso:

- Primeiro eu quero um banho. Depois, a maior porção de batatas fritas que você puder arrumar e uma Coca-Cola de 2 litros.

Ele riu. Sabia que Vanessa passou por coisas que ele nem podia imaginar. Mas sabia que ela precisava de ajuda agora. Garantiu que ia conseguir o que ela queria, e que ouviria tudo, se ela quisesse falar.

Vanessa fez uma oração. Por aqueles que nunca saíram de Lagoa Brilhante, os que foram engolidos pela névoa, e por Laura. Que pudessem de alguma forma encontrar a paz. Lagoa Brilhante havia sumido, junto com sua história, mas ela foi testemunha de seus horrores. Levaria essa história com ela, pois assim todos que foram presos naquela espiral de horror e loucura ainda teriam uma voz.

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Foto de perfil de Wammy HouseWammy HouseContos: 43Seguidores: 65Seguindo: 17Mensagem Só alguém que escreve sobre coisas que já viveu, mas que deveriam ter se encerrado de outra forma.

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