Samira

Um conto erótico de ENRABADOR
Categoria: Heterossexual
Contém 2098 palavras
Data: 18/07/2022 00:05:59
Última revisão: 18/07/2022 19:16:29

Sentado num banco da estação, observo o movimento, enquanto analiso tudo que aconteceu naquela noite.

Eu estava me despedindo daquela cidade do interior. Uma dor insuportável apertava o peito. Nada me animava. O grupo de jovens, bem vestidos e cheirosos, iam e vinham para se divertirem em outros locais.

Era sábado e tudo que ocorreu começou a vir à mente. Não consegui decifrar a avalanche. Só lembro da hora que cheguei esperançoso à casa de Ivonete e ela já me esperava com um olhar carrancudo.

Ivone descarregou os últimos três anos de relacionamento na minha cara. Todas as suas frustações vieram à tona, como uma avalanche.

Aos poucos, ela ia relembrando de todos os nosso desencontros. Desde as viagens desmarcadas, as festas que não fui, os natais perdidos até os finais de semana previamente planejados, que não deram em nada.

Todo o amor que a gente tinha, foi jogado no lixo por tanto percalços.

Eu não poderia culpar meu chefe ou meu emprego. Foi de lá, com representação comercial, que consegui meu equilíbrio financeiro, meu carro e o apartamento que moro.

Depois de dez anos casado, tive uma separação traumática e encontrei Ivone numa das minhas internações. Aquela crise renal me trouxe um anjo e agora, tudo que tinha conseguido, se foi.

Claro que fui negligente com os avisos, e foram muitos. E agora sua explosão foi definitiva. Minha mochila levava o pouco que ainda tinha na casa dela. E meus pensamentos estavam bem longe quando ouvi a voz: corre, vai perder o trem.

Samira era seu nome, nos apresentamos rapidamente enquanto procurava um lugar pra ela no vagão. Eu queria ir em pé, pensando nos dissabores do dia ou da noite. Loira, baixinha, corpo malhado, cabelos compridos, bem diferente de Ivone, morena, alta, corpo também definido, mas com cabelos curtos e encaracolados.

Agradeci muito pelo aviso, pois, se perdesse esse, o próximo trem seria lá para às 5 horas da manhã. Aliviado, iniciei uma conversa sem muitas pretensões para passar o tempo da longa viagem. O difícil é entender o outro e como chegamos aqui. O destino é meio louco nesses encontros. Nessas horas, ouvir é melhor que falar, pois a busca do conhecimento da alma alheia é cheia de armadilhas. Lembrei da minha professora de português, quando analisou minha primeira poesia: essência é a excelência da alma, o raio xis do espírito.

Sobressaltada, ela perguntou:

- De onde veio isso, baixou o Drummond em você?

Respondi simplesmente: deixei fluir, rimos juntos.

Samira dizia coisas sobre a noite e os percalços dela. Me mostrou as luzes da cidade vizinha e como esse bailado nos fazia sonhar.

Se eu fosse um rádio, seria um festival de chiados, pois estava fora de estação. Com o tempo, o perfume e a atenção dela, voltei à vida.

A ideia inicial seria levar um bom papo até a estação da Luz, nosso destino e depois cada um seguiria para o sua casa. No entanto, as coisas seguem sem nenhum planejamento nosso, pois o papo começou a esquentar e falamos sobre tudo. Ela trabalhava com eventos e tinha vindo de uma cerimônia num grande salão da cidade. Cuidava do cerimonial e, palavras dela, ganhava bem pelos eventos, mas eles não eram constantes. Senso assim, precisava controlar as finanças na ponta do lápis. Morava só, tinha um outro emprego formal, numa repartição pública, e isso dava segurança para pagar as prestações do apartamento e manter suas despesas em dia.

O fato de morar sozinha fez meu cérebro acender uma luz, para talvez esticar o papo, sem nenhuma intenção carnal. Acho que naquela noite eu seria uma péssima foda.

De supetão, ela me perguntou onde eu morava. Eu disse que a uns 12 km do Centro, mas tinha deixado meu carro por perto, pois só ia no interior de trem, pois a ex tinha carro e só uma vaga no prédio dela. A ideia de deixar o carro na rua não me agradava e era muito usado em viagens. Normalmente, eu deixava num estacionamento 24h e pegava quando chegava em São Paulo.

Nessa hora, joguei o verde e disse que ficaria em algum hotel, pois não queria dirigir tão tarde.

Ela me perguntou porque estava triste e eu relatei tudo pra ela e como a vida profissional atrapalha a social.

Nessa hora, ela entendeu minha situação e disse: porque você não passa em casa, toma uma bebida e depois vai para o hotel?

Eu tenho um vinho que estou ensaiando para beber com alguém e observei que, hoje, você precisa conversar e desabafar.

Vi também que você não é nenhum bicho papão e pode dormir no meu sofá, sem custos.

Aquilo era meio louco. Uma pessoa que eu acabara de conhecer, estava me convidando pra dormir na casa dela. Minha deprê foi pro espaço e o fato de ter alguém para desabafar naquela noite seria fantástico.

Nem percebi quando chegamos na estação da Luz e o apartamento dela era bem perto, ali na avenida Tiradentes.

Fomos a pé, conversando amenidades, sem contudo, nos alongarmos em nenhum assunto. Na verdade, parecia que já nos conhecíamos de longa data e andávamos colados, um protegendo o outro.

Entramos, sentamos no sofá e ela me disse: vou tomar um banho, é a primeira coisa que faço quando chego em casa.

Levantou-se e foi. Eu fiquei ali, olhando a TV desligada e gritei que ligaria o aparelho, antes dela adentrar ao banheiro.

Liguei e coloquei num filme qualquer, só pra não passar em branco.

Ela saiu do banho, toda cheirosa e foi pro quarto se trocar. Depois de quinze minutos, voltou com uma toalha e me disse pra tomar banho, enquanto tirava o vinho da geladeira. A regra é clara, em casa alheia, banho de soldado, rápido e eficaz. Foi o que fiz. Com metade do tempo dela, estava na sala, vendo o Dvd de Marisa Monte.

- Eu amo essa mulher, disse ela.

À mesa, um vinho chileno, frios, torradas e um patê para acompanhar a noite.

Marisa Monte me fazia relembrar das tristezas do dia, o vinho me fazia viajar para os prazeres da noite.

A mente humana é cruel, e em uma das músicas, depois de uma taça de vinho, me bateu uma tristeza profunda e eu chorei muito. Só lembro dela me dando o ombro amigo enquanto eu desabava com todas minhas frustrações. Não sei como dormi e nem como ela conseguiu me ajeitar no sofá, mas a luz do sol direto no rosto me lembrou do novo dia.

- Acordou, príncipe?

Foram suas primeiras palavras.

- Vai tomar um banho e colocar roupas novas. Tomei a liberdade de mexer na sua mochila e já passei sua camiseta e bermuda.

Corre, o dia raiou.

Sai do banheiro e tinha uma mesa pronta. Café, frios, manteiga e leite.

Nem olhei pro leite, não gosto, mas degustei com fartura daquele desjejum.

Findo o café, lavamos a louça e sentamos no sofá.

Fui mencionar sobre a noite anterior e ela foi rápida em responder:

O ontem, você deixa no passado. O hoje será bem melhor.

- Vem cá, ela disse. Você está muito tenso, vou te fazer uma massagem.

Sentei na cadeira e ela trouxe um óleo essencial. Tirou minha camisa, passou o óleo suavemente e iniciou uma massagem bem devagar.

Voltei à vida. Com movimentos precisos, ela ia aliviando toda a minha tensão.

Não percebi, mas ela veio para a massagem pronta pra guerra. Ficou só de top e um calção fino, daqueles de dormir.

Relaxei e viajei naqueles breves momentos. Também relembrei meus tempos de massagem nas amantes, No entanto, ao fim dessa, ela virou minha cabeça pra cima e me beijou.

Que show.

Foi algo tão surpreendente que só correspondi e me deixei levar.

Logo estávamos no quarto, trocando beijos suaves e carícias ousadas. Sabíamos o necessário de cada um e isso era o suficiente.

Em pouco tempo, descia meu corpo e abocanhava o seio esquerdo, enquanto segurava o direito. Parecia que aquele mamilo ansiava pela minha boca. Eu brincava nos dois bicos como se não houvesse amanhã. O ritual era frenético, esquerdo-direito, esquerdo-direito. Uma delícia.

Fui descendo, segurando os dois seios até dar de frente com uma buceta gordinha e pequena. Uma maravilha.

A língua resolveu passear na xana lisinha de forma exploratória. Era uma sequência dos deuses: grandes lábios, pequenos lábios, badalinho e túnel do amor. E depois repetia o processo. Passei a acompanhar o meu movimento como se fosse um trem: café com pão, café com pão, café com pão.

O locomotiva de Samira começou a apitar de forma mais alucinada. Logo tínhamos um apito alto, uma tensão constante e um apito frenético.

Em instantes, ouvi o anúncio: vou gozar, vou gozar!

Sem correr, mantive a posição e esperei o mel. Samira me deu tudo que estava armazenado naquele corpo lindo.

Um gozo profundo e intenso, deliciosamente sorvido pelos meus lábios.

Tomei aquele suco como se fosse o último a ser bebido na face da terra e bebi tudo como um bezerro sedento.

Esperei seu restabelecimento. Ela me confessou que viu nuvens nessa explosão e seu corpo retesou totalmente no ápice do ato.

Deitei ao seu lado e beijei sua boca de forma serena.

Na troca de olhares, ela entendeu meu sinal e sem dizer nada, desceu seu corpo e abocanhou meu pau.

Eu precisava muito daquilo. Parecia que sonhei com o momento desde a estação de trem.

Uma boca macia trabalhou todo meu órgão reprodutor de forma absoluta.

Samira brincava com as bolas enquanto espalmava a mão inteira na pica ereta. Depois subia com a língua, lambendo cada centímetro até chegar na cabeça e ali fazer miséria.

Foi um banho de língua inesquecível. Tive que pedir pra ela parar, enquanto pegava uma camisinha na mochila.

Voltei à cama e ela mesmo colocou a camisinha com a boca.

Que talento.

Sua subida na pica foi de cinema. Colocou na portinha e foi abocanhando a vara lentamente. Enquanto eu assistia ao espetáculo, ela fechava os olhos e se deliciava com o momento.

Em pouco tempo, ela iniciava um frenético galope, daqueles que a pica vira um brinquedo para uma mulher experiente.

Temeroso de gozar cedo, levantei a pélvis e diminui a distância entre as batidas. Com êxito, percebi que isso causou seu descontrole e ela acelerou os movimentos.

O que se viu depois disso foi uma profusão de gemidos e gritos, culminando num gozo fantástico e escandaloso.

- Fode caralho, estou gozando.

- Aiiiiiiiiiiii

Foi lindo, foi maravilhoso e divino.

Não tive tempo de nada. Ela tirou a pica da buceta, arrancou a camisinha e sentou de cu.

O que foi aquilo?

A vara foi invadindo aquele rabo e aquele rabo foi comendo meu pau.

Eu não tinha reação. Eu assistia o show de camarote.

Samira subia e descia como poucas e fazia o que queria do meu pau.

Acho que viajei naquele momento, e só acordei quando ela disse: vem gozar no meu cu.

Ela saiu de cima, mergulhou o rosto no travesseiro e empinou o bumbum.

Naquela posição, de quatro, com o cu virado pra lua, Samira me serviria a cereja do bolo.

Puta que pariu. Aquela bunda branca me chamava pra guerra e um soldado não foge da batalha.

Posicionei meu corpo atrás dela, segurei sua cintura e enterrei a vara naquele rabo.

Como um galo, na pegada de quatro, eu tinha o total domínio daquela bunda.

Não acelerei, simplesmente desfrutei do rabinho como um bom enrabador.

- Aí que saudade de dar o cu assim, acaba comigo, quero toda sua porra aí dentro, berrava Samira.

Isso tira toda a concentração de qualquer macho e a nossa aceleração é quase que uma consequência.

Era o meu momento, tinha que dar o melhor e subi um pouco o corpo para enterrar tudo naquele cu macio.

Eu batia fundo, desesperado, alucinado.

Era uma loucura, uma delícia de foda.

Lógico que não aguentaria aquilo por muito tempo, as pernas tremiam, o suor descia, nossos gemidos aumentavam.

Eu não escaparia de fazer o anúncio e fiz:

- Aí caralho, vou encher seu cu de porra, Cadelinha.

- Enche logo seu puto, já gozei demais com esse pau no cu, gritava Samira.

Não tive outra saída, a não ser enterrar toda a pica naquele cu e gritar alto:

- Vou gozar, porra!

Minha vista ficou turva e passei a jogar todo o conteúdo do meu saco pra dentro daquela bunda.

-Aiiiiiiiii gozei.

E cai pro lado, exausto e feliz.

Sai de uma noite frustrante para um dia prazeroso.

Vieram outros dias e outras noites.

Agora mais equilibrados e planejados.

Não somos namorados. Somos amigos que se gostam e assim vamos vivendo, sem pensar no amanhã.

Obrigado bb.

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Comentários

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Nossa, que tesão! Dizem que na vida, a fila anda. Como foi teu caso, surgindo essa Samira. Narrativa pra lá de excitante, merecendo as 3 estrelas. Um beijo!

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