Eu e Meu Irmão. “Entre Tapas e Beijos” e “Amor e Ódio” – 10 (final)

Um conto erótico de Enfezadinha
Categoria: Heterossexual
Contém 4866 palavras
Data: 24/06/2022 08:07:30

Na cidade seguinte de nossa viagem não deu certo fazer amor naquele local que Felipe tinha pesquisado pois perguntando no hotel sobre aquela região nos disseram que era muito perigosa e não nos deparamos com um local onde poderíamos ter uma aventura daquelas. Todavia fazermos amor nos quartos e banheiros dos hotéis também era muito excitante. Naquele em particular havia uma ducha que fechando virava também uma sauna com um banco de granito. E após curtirmos a sauna conversando e nos tocando, me sentei no colo de Felipe e fizemos um amor todo escorregadio com nossos corpos melados. E assim que tivemos nosso orgasmo e terminamos, combinamos de entrar na ducha fria que deu um delicioso choque térmico nos relaxando ainda mais e tivemos uma maravilhosa noite de sono.

Na terceira cidade, quando pesquisamos também nos foi falado que o local pesquisado por Felipe era perigoso e desistimos de ir para lá. Quando era a última noite naquele hotel, combinamos com nossos pais e após o jantar no restaurante do hotel fomos até o maravilhoso bar panorâmico no topo daquele hotel de 23 andares. Era um bar muito moderno e bem cuidado como todo o hotel. Curtimos umas 3 horas juntos com nossos pais bem família como gostamos e quando eles decidiram ir dormir, eu e Felipe decidimos ficar mais um pouco sozinhos.

Não aprontaríamos nada naquele hotel onde poderiam saber que éramos irmãos, mas assim que meus pais saíram precisei ir ao banheiro e quando entrei fiquei encantada. Como quase todos locais públicos naquele país, os banheiros são unissex e não muito bem conservados. No entanto aquele era lindo com pisos e paredes em granito e luzes de neon e me parecia muito limpo. As louças também eram sofisticadas, mas o que me encantou foi que havia a parede externa totalmente em vidro com uma visão panorâmica da cidade do lado em que não se podia ver do bar.

Fiz o que tinha que fazer no banheiro, mas me veio uma ideia de fazer amor com Felipe naquele lugar. E se fôssemos juntos, ao sair eu poderia dizer que estava ruim e precisei da ajuda de meu irmão. Empolgada com a ideia tirei minha calcinha que tinha acabado de ficar meladinha, fiz um bolinho e quando cheguei na mesinha que estávamos.

– Felipe, abre a mão.

Ele abriu.

– Abre com cuidado e veja como está.

Ele percebeu o que era e embaixo da mesa abriu e passando os dedos sentiu o meladinho. Me deu um sorriso safado.

– Por que isso Laura?

– Aquele banheiro é lindo e tem uma janela panorâmica. Quero fazer amor lá, falei com cara de safadinha.

– Você tem coragem?

– Se você tiver eu tenho. Se alguém bater na porta você diz que estou ruim e quando saírmos, se tiver alguém, você diz que precisou ajudar sua irmã que não está muito bem.

Sem que eu visse pois estava embaixo da mesa, Felipe esfregou seu dedo no fundo daquela calcinha e veio trazendo seu dedo para seu nariz me provocando. Após cheirar e fazer um cara de que estava adorando levou para a boca e lambeu com a língua me deixando doida de tesão.

– Vamos lá agora Felipe. Mas vai me segurando para parecer que estou mal.

Ele se levantou e fingindo não estar legal me pendurei nele e fomos para o banheiro. Ao chegar não tinha ninguém e os três estavam abertos. Escolhemos o último mais fundo no corredor. No momento que Felipe trancou a porta puxei meu vestido para cima o tirei ficando só com o sutiã de renda. Ele não viu pois estava olhando pela janela panorâmica. E só depois de tirar o sutiã e pendurar tudo no cabide foi que ele se virou e me viu como vim ao mundo.

– Você está louca Laura?

– Louca para dar para você. Vai me dizer que você não quer, provoquei.

– Claro que sim, mas tenho medo de que se demorarmos alguém do restaurante abra a porta por fora.

– Então não vamos demorar, falei já me abraçando nele e dando um beijo guloso.

Me ter nua em seus braços naquele banheiro escutando o povo lá fora o deixou alucinado de tesão. Ele me beijava com volúpia enquanto apalpava todo meu corpo. Para um pouco mais de adrenalina ele me encostou de costas naquela janela panorâmica de vidro, que era bem grosso, e abrindo a calça já me penetrou e começou a bombar forte me espremendo no vidro. Com tanta virilidade e excitação pelo lugar tivemos um imenso orgasmo simultâneo e gemendo alto sem nos preocuparmos. Qualquer coisa diríamos que eu estava vomitando.

Não estávamos satisfeitos, tanto que Felipe continuou me penetrando com seu pau ainda duro. Era por demais excitante aquele momento e o primeiro orgasmo não demorou nem 5 minutos e ninguém tinha tentado abrir a porta.

Então fui ao máximo daquela fantasia.

– Felipe, me solta um pouco.

Ele tirou seu pau de dentro de mim e quando se afastou me virei de costas e me apoiando no vidro arrebitei o bumbum.

– Come meu rabinho, falei quase implorando para ele.

E evidente que ele não recusaria uma proposta daquela. Veio por trás e com seus dedos tirou um pouco de nossos líquidos do fundo de minha bucetinha e foi melando meu rabinho até o deixar bem melado. Quando terminou enfiou deliciosamente seu membro uma última vez na xoxota para melar e encostou sua glande em meu anel.

– Você é muito safadinha Laura. Nunca imaginei que você me daria o rabinho desse jeito, com tanto risco.

– Não estou te dando. Ele já é seu, só seu. Só tô te pedindo para você me fazer gozar por ele pois gosto muito de te sentir aí. Come o rabinho que te pertence, come.

Empolgado Felipe forçou e a glande encaixou.

– Aaaaahhhhhh, que delícia. Coloca tudo.

Nesse momento alguém tenta abrir a maçaneta e não conseguindo, bateu na porta perguntando se tem alguém. Nossos corações dispararam ainda mais e ficamos estáticos, mas Felipe achou melhor responder para ninguém abrir por fora. E Gritou em inglês.

– Ela está vomitando. Daqui a pouco vamos sair.

Só escutamos alguém dizer ok e não mais nos perturbou, talvez porque não quisesse entrar no banheiro após alguém ter vomitado. Foi uma ótima desculpa de Felipe.

Com nossa adrenalina tomando conta de nossos corpos, Felipe foi enterrando aquele seu delicioso pau em meu rabinho e eu ia gemendo, mas não muito alto.

Assim que chegou ao fundo, Felipe deu uma forçada que levantou meu bumbum do chão.

– Aaaaaiiiiiiii.

– Doeu?

– Não, foi bom. Faz assim forte que não demora e vou gozar de novo.

– Se fizer assim, também vou gozar rápido.

Enquanto Felipe devorava deliciosamente meu rabinho ficava olhando aquela paisagem noturna vendo pessoas distantes que não imaginavam o que estávamos fazendo me deixando ainda mais tarada. E as vezes olhava para o rosto de Felipe refletindo no vidro que parecia transtornado de tanto tesão. Quando ele levou a mão querendo tocar em meu clitóris para me ajudar a gozar.

– Não precisaaaaaaa. Vou gozar pelo rabinho. Me segura na cinturaaaaaa. Aaaaahhhhhhh.

Ele fez o que pedi e em menos de um minuto tive um dos orgasmos anais mais fortes de minha vida. Não precisei tocar em nada e só com aquela sensibilidade maior dentro de meu rabinho, tive um prazer imenso e longo sentindo os jatos de Felipe lá no fundo que não parou de me penetrar enquanto não terminou seu orgasmo.

De novo, como no cinema, quando acabou me troquei rápido e nos arrumando me pendurei em Felipe e saímos do banheiro e não havia ninguém esperando, mas os outros dois estavam ocupados. Felipe pediu ao garçom para colocar a conta em nosso quarto dizendo que precisava descer rápido pois sua irmã não estava bem e ele certamente acreditou.

Em nosso quarto, novamente rimos do que tínhamos feito e Felipe me devolveu a calcinha que estava em sua mão. No banho, nos curtimos com calma, mas só com carinhos sem fazer nada e disse algo a ele.

– Felipe, acho que já deu essas aventuras na viagem. O que você acha?

– Concordo. Já corremos riscos e não aconteceu nada. Melhor não abusar da sorte.

– Foi isso que pensei. As duas vezes foram deliciosas e inesquecíveis, mas vamos acalmar.

– Vamos Laura. Só nos hotéis já está mais do que bom.

Felizmente até nisso combinávamos. Tínhamos um senso de responsabilidade muito parecidos, mesmo quando éramos irresponsáveis como naquela noite.

No restante da viagem, mais tranquilos curtimos mais as camas dos hotéis e teve dia que nem fizemos amor, ficando só nos carinhos amorosos.

Voltando ao Brasil, logo voltamos ao apartamento e a faculdade retornando à nossa deliciosa rotina de estudantes e casal em tempo integral. Não tinha como não pensar todos os dias que aquela era a vida que eu queria ter para sempre. E o mesmo acontecia com Felipe que sempre me falava sobre esse seu desejo.

Os anos foram passando e nossa relação só ficava mais sólida e assim que se formou, Felipe já tinha um ótimo cargo naquela empresa que tinha começado a trabalhar no primeiro ano de faculdade e já poderia nos manter sem a ajuda de nossos pais. No terceiro ano de faculdade também tinha um bom emprego, mas não como o de Felipe. Conforme nossos salários foram aumentando durantes esses anos, fomos aliviando nossos pais de nossas despesas querendo nos tornar independentes, mas eles fizeram questão de pagar aa mensalidades de nossas faculdades até o último mês, dizendo que isso era obrigação deles e queriam deixar isso para nós.

Quando eu estava perto de me formar, só algo nos incomodava e incomodava muito. Ter que esconder nossa relação de nossos pais. Com a desculpa das agressões que sofri, eles não me cobravam um namorado, mas Felipe sempre era cobrado e ele tinha que dar desculpas o que o fazia se sentir muito mal e a mim também. Nesse meu último ano de faculdade tínhamos conversado muito sobre isso e chegamos a uma decisão difícil e corajosa de contar a nossos pais.

Como já éramos independentes financeiramente, se eles não aceitassem, iríamos morrer de tristeza, mas decidimos que nada nos afastaria. E se por milagre nos aceitassem teríamos força para enfrentar o mundo com sua bênção. Um ano antes, quando já tínhamos estabilizado em nossos empregos, eles já tinham passado o apartamento em nosso nome, mas se eles não aceitassem nossa situação devolveríamos o apartamento e compraríamos um outro, com certeza muito menor.

Conversando, montamos uma estratégia de que eu falasse primeiro sozinha com minha mãe, que é sempre aquela de coração mais mole e dizendo para ela que por causa das agressões sofridas eu nunca conseguiria ter um homem que não confiasse, diria que o único que eu confiava era Felipe e por isso tínhamos começado nosso relacionamento. Era o melhor modo de tentar quebrar todos os preconceitos sobre a situação de seus filhos, seus únicos filhos. Esse também era um argumento que pensávamos que poderia ser a nosso favor, o de sermos filhos únicos, pois se não aceitassem estavam sujeitos a perder os dois filhos de uma vez. Nossa esperança era de que não chegasse a esse ponto.

Esperei um momento propicio quando estávamos passando o final de semana na casa deles e no sábado de manhã quando papai saiu com o Felipe para ver um problema em seu carro dizendo que demoraria, tomei coragem e com o corpo todo tremendo decidi conversar com mamãe. Sentadas na mesa da cozinha durante o café da manhã com ela.

– Mamãe, podemos conversar? Tenho algo muito sério para contar para você.

– Claro filha. É com as mães que as filhas sempre se abrem. O que você quer falar?

– Antes de tudo, quero te dizer que tanto eu como o Felipe amamos você e papai acima de tudo em nossa vida. Vocês percebem como gostamos de ficar com vocês o máximo que podemos, mesmo quando poderíamos ir para compromissos com gente de nossa idade. Somos muito família pois amamos vocês.

– Claro que eu e seu pai sabemos disso. Sempre comentamos que temos filhos maravilhosos.

– Espero que você ainda pense assim depois do que tenho para te falar. Vamos ficar muito tristes se vocês ficarem tristes e decepcionados comigo e com o Felipe, mas não vamos poder culpa-los se ficarem decepcionados.

– Nossa Laura. O que é assim tão grave? Acho impossível ficar decepcionado com dois filhos tão bons.

– Me desculpe mamãe, mas você vai ter motivo sim.

– Então me conta logo que você me deixou preocupada.

– Vou contar. Me promete escutar até o final mesmo se ficar chocada?

– Prometo. Conta logo Laura.

– Sabe o que é? Depois daquelas agressões que sofri, realmente fiquei traumatizada. Tento não demonstrar, mas o trauma existe e é profundo. Tentei me aproximar de alguns garotos no colégio e depois na faculdade, mas não gosto nem de ser tocada por nenhum deles.

– Isso é natural filha. Eles quase conseguiram te estuprar. Mas então não é melhor fazer um tratamento psicológico?

– Não vai adiantar nada. E a partir daquele dia, com exceção do papai, o único homem no mundo em quem confio é no Felipe que me defendeu daquela vez e que sempre me protege com amor e carinho.

– Também é normal. Ele é seu irmão.

Então chegou o momento que eu tinha que contar.

– Sim mamãe, é normal. O que não é normal é que essa nossa proximidade foi ficando cada vez mais intensa e sendo o único homem em que confio, fui me apegando a ele até que.

Nesse momento se podia ouvir meu coração batendo de tanta intensidade e eu gaguejava sem conseguir continuar.

– Até que...

– Até que o que filha, fale sem medo.

– Até que...

Aflita, minha mãe terminou minha frase.

– Até que vocês confundiram tudo e começaram a ter uma relação homem e mulher, falou calma e olhando em meus olhos.

Não estava acreditando que mamãe sabia de nosso relacionamento e acreditava ainda menos que ela nunca tivesse falado nada para nós. Sem conseguir falar ela continuou me deixando ainda mais assustada.

– Seria muito difícil não perceber com a relação tão intensa que vocês têm desde aquelas agressões. Vocês nunca mais brigaram e agora se dão super bem e fazem quase tudo sozinhos. Até esse momento eu e seu pai tínhamos quase certeza. Você só está confirmando.

Preocupadíssima por papai também saber já que ela não demonstrava estar chocada.

– O papai também sabe? Como ele nunca falou nada, perguntei incrédula.

Mamãe respirou fundo tomando um fôlego antes de responder com sua calma habitual.

– Seu pai sabe e nem se quisesse, poderia condenar vocês dois, falou com um sorriso reconfortante.

No momento que ela me falou isso, enfim consegui sair daquela tensão máxima. Não tinha a menor ideia do que ela falava, mas por dizer que papai não poderia nos condenar, um peso saiu de minhas costas. E consegui falar algo.

– Como assim, perguntei angustiada.

– Filha, esse é um segredo dele que jamais eu poderia te contar, mas nessa situação vou te contar. E nem vou pedir para você guardar segredo, pois sei que você vai guardar.

– Te prometo. Conta logo.

– Seu pai também teve um caso com a irmã dele, sua tia, quando ainda não me conhecia. Como ele poderia condenar vocês? E eu também não posso pois quando o conheci e nos apaixonamos, ele me contou tudo e aceitei.

Aquela era uma revelação bombástica inacreditável e que mudava tudo para mim e Felipe. Sempre vi papai e titia nas festas, mas nunca deram nenhuma bandeira do que tinha acontecido algo entre eles tendo uma relação normal de irmãos, com ela também casada.

– Nunca percebi nada mamãe.

– Depois que começamos a namorar nunca tiveram mais nada, mas foi muito intenso e por vários anos e só acabou porque ele se apaixonou por mim. No princípio sua tia ficou triste, mas depois também se apaixonou por seu tio e tudo acabou entre eles. E ele acha que a culpa de vocês terem essa relação é por causa dele, que acha que pode ser hereditário.

– A culpa não é dele. Acho que só aconteceu por causa daquelas agressões, ou nunca teríamos nos aproximado tanto.

– Não acho isso Laura. Aquelas brigas exageradas já era sinal que havia algo mais e até muito ciúme um do outro.

– Não sei mamãe, mas aconteceu assim. Se pudesse escolher não queria que fosse assim.

Após me deixar mais calma e contar o segredo de papai, mamãe enfim colocou seu ponto de vista.

– Laura, não é porque aceitamos que achamos que seja correto. O certo é cada um de vocês procurar alguém e se casar, ou vão ter que viver essa vida secreta até morrer. Não vai ser muito bom e nem poderão ter filhos.

– Eu te entendo e concordo com você, mas hoje sei que se me separar do Felipe, vou viver a vida inteira triste. Então de que adianta deixar de ter uma vida escondida para não ter nenhuma vida?

– Não vamos interferir na vida de vocês, mas é assim que eu e seu pai pensamos. Então vamos torcer que vocês mudem seus sentimentos para que possam levar uma vida normal.

– Não vou me fechar a essa possibilidade se ela acontecer para mim e se acontecer para o Felipe, também não vou o prender a mim. Farei como papai e titia, mas quero deixar bem claro que isso dificilmente vai acontecer principalmente para mim. E se for assim, vocês nos aceitam?

– É evidente que sim filha. Mesmo se não tivesse acontecido o mesmo com seu pai não iria rejeitar vocês dois que são dois filhos maravilhosos.

Nesse momento lágrimas começaram a cair de meus olhos e me levantando fui sentar no colo de mamãe a abraçando e a beijando com amor.

– Obrigado mamãe. Minha vida nunca seria totalmente feliz se não ouvisse isso de você e de papai. É um dos dias mais felizes de minha vida. Eu te amo.

– Eu também de amo filha.

– E como vamos falar isso para o papai e para o Felipe. Acho que minha coragem acabou toda com você, falei sorrindo enquanto ela enxugava minhas lágrimas com as pontas dos dedos.

– Pode deixar que eu falo. Na hora que estivermos acabando o almoço eu conto. Então hoje vamos almoçar aqui em casa. Você me ajuda?

– É claro que ajudo. Você pode pedir qualquer coisa para mim que eu faço. Você é a melhor mãe do mundo.

Quando papai e Felipe chegaram já perto da hora do almoço consegui falar um minuto com ele para o prevenir do que iria acontecer.

–Felipe, contei tudo para a mamãe.

Angustiado.

– E como foi?

– Foi bem e ela vai contar para o papai no almoço.

– Capaz de estragar o almoço.

– Não se preocupe. Você vai ficar surpreso com o que ela vai falar. Se prepara, mas é bom.

– Então me conta.

– Não posso. Prometi a ela manter segredo, mas sei que ela vai te contar. E se não contar, depois te conto. Vou voltar para ajudá-la, falei dando um selinho.

Após de um delicioso almoço preparado por nós e uma garrafa de vinho tirando levemente a tensão, mamãe começou a falar. Ela sempre chamava meu pai de amor, mostrando o quanto se amavam, pois sempre senti que era sincero.

– Amor, temos algo importante para falar em família hoje. A Laura conversou comigo mais cedo e quero que você e o Felipe saibam dessa conversa.

– Então nos conte.

Mamãe foi muito direta.

– Aquele assunto que tínhamos quase certeza, ela confirmou. Ela e o Felipe estão juntos.

Papai recebeu aquela noticia, mas Felipe olhava a todos nós assustado e receoso do que papai falaria e se surpreendeu quando papai falou olhando hora para mim e hora para Felipe.

– Eu e a mãe de vocês tínhamos certeza. Só faltava essa confirmação. Como sua mãe deve ter contado Laura, aceitei esse relacionamento de vocês pois seria muita hipocrisia ser contra. No entanto acho que vocês devem conversar muito entre vocês dois e repensar isso, pois vai deixar a vida de vocês dois muito complicada. Sei bem.

Felipe estava perdido na conversa, mas pelo seu rosto estava mais calmo, mas sem entender o que estava acontecendo. E fui corajosa.

– Papai, falei para a mamãe que concordo com isso, mas pelos problemas que tive com os homens se não for com o Felipe, vou ficar sozinha e ser infeliz. Deixo de ter os problemas de ficar ao lado dele, mas crio o problema de minha infelicidade.

– Te entendo minha filha, mas talvez seu irmão possa querer outra vida.

– Se ele quiser outra vida, jamais vou atrapalhar. Quero a felicidade de meu irmão acima de tudo.

Mesmo sem entender bem aquela conversa, Felipe interrompeu.

– Não vou querer outra vida. Quero ficar com a Laura para sempre se ela me quiser. Se não quiser também vou respeitar a decisão dela. Mas me expliquem melhor o que está acontecendo.

Então mamãe contou em detalhes toda história de papai com nossa tia, acrescentando algumas coisas que não tinha me falado. Felipe olhava para ela e para meu pai boquiaberto e às vezes para mim como se não acreditasse em toda aquela história. E quando mamãe acabou, repetiu o que tinha me dito.

– Somos uma família e agora mais do que nunca estamos unidos compartilhando nossos segredos. Mas o pai de vocês parou o que fazia com a irmã e criou uma família, como ela também. Isso seria o melhor para vocês.

– Mamãe e papai. Essa é uma história incrível que nunca imaginaria. Eu e a Laura nos sentíamos tão mal em relação a vocês e papai tem uma história parecida. Nunca podemos dizer jamais, mas talvez comigo e com a Laura não aconteça o que aconteceu com o papai. Vocês nos aceitam assim mesmo?

– Claro filho. Amamos vocês e nunca vamos rejeita-los, mas vou torcer como mãe para que vocês encontrem outro caminho.

– Mamãe, se eu fosse você ou o papai faria a mesma coisa. Vocês estão certos, só não fiquem esperando. Deixe acontecer se acontecer.

– Está bem filha. Vai ser assim. E só algo para terminar. Continuem se comportando como se comportaram até agora como se nós não soubéssemos. Apesar de aceitarmos, ficaria estranho ver alguns contatos mais intensos entre vocês, falou sorrindo.

E foi Felipe quem encerrou aquele assunto.

– Mamãe e papai. Amo vocês dois. Era por isso que queríamos contar pois não achávamos certo vocês não saberem. Nós dois adoramos nossa vida em família com vocês. E nem precisaria falar isso mamãe, pois jamais iríamos constranger vocês. Obrigado por serem tão maravilhosos.

Papai tinha ficado quieto depois que mamãe contou a Felipe sobre seu passado incestuoso, mas sorria e se mostrava feliz com nossa conversa concordando com tudo o que dizíamos. E no final encerrou de forma que me fez chorar.

– Só o que nós desejamos é que nossos dois maravilhosos filhos sejam felizes e se o caminho que vocês escolherem e que continuarão a escolher é esse e façam vocês felizes, terão nosso apoio.

Levantei primeiro pois queria abraçar papai e mamãe e então todos se levantaram e nos abraçamos os quatro de uma vez. Eles não tinham concordado com nossa relação e até pediram-nos para reconsiderar, mas se acontecesse ou não o que pediam, nos tratariam como sempre nos trataram nos deixando felizes e completamente aliviados.

A tarde foi descontraída e ficamos na piscina conversando e somente em um momento voltamos ao assunto. E foi papai quem falou.

– Só queria dizer que só passamos o apartamento no nome de vocês, pois já sabíamos o que estava acontecendo. Então o apartamento é de vocês e só guardem nossa suíte para quando formos visita-los.

– Para sempre vai ser de vocês, papai. E esperamos que vocês venham mais vezes, pois sempre adoramos a companhia de vocês dois.

Quando fomos dormir após o jantar e uma deliciosa conversa em família, fui dormir com Felipe, pois se nossos pais já não subiam antes, com certeza nunca mais subiram nos dando privacidade e nós nos controlaríamos para não fazer barulho que eles pudessem escutar de seu quarto no térreo. Enquanto nos trocávamos, Felipe ainda incrédulo entrou no assunto.

– Quem diria, o papai e a titia? Nunca poderia imaginar. Eles se portam tão normais quando estão juntos.

– Pois é. Nem eu poderia imaginar. Deve ser genético. Só não quero que nosso fim seja igual ao deles que não demonstram um amor maior pelo outro.

– Eu também não Laura, mas talvez eles escondam os sentimentos por causa da família.

– Acho que pode ser isso mesmo. Duvido que eles não se lembrem do que fizeram juntos.

– Claro que se lembram. Já que por mim nunca vamos parar, não vou precisar ficar me lembrando. Ainda mais agora que eles sabem. Vai ficar muito melhor. Não vai?

– Já vamos descobrir já, já, falei ficando totalmente nua o provocando.

Mais do que nunca queria fazer amor com o amor de minha vida naquele instante. Naquele momento eu poderia gritar para o mundo que tinha um relacionamento sexual com meu irmão e nada do que falassem me abalaria, pois meu amor por ele não tem fim.

Também nu, ele me agarrou em pé e nos beijando e nos pegando, se confessou.

– De hoje em diante você é minha mulher de verdade. Para sempre.

– E você é meu homem, meu marido.

Fomos para a cama e sem nenhuma pressa nos beijávamos apaixonados e havia uma excitação diferente no ar. Devagar como nunca antes Felipe veio subindo em meu corpo sempre me beijando e me apalpando o corpo e quando se encaixou no meio de minhas pernas.

– Laura, estou com muita vontade de fazer amor com você. Dessa vez vai ser sem as preliminares.

– Aaaahhhhh Felipe. Eu também estou sentindo algo diferente e quero logo você dentro de mim.

Apoiado sobre os cotovelos, um de cada lado de meu corpo, ele foi me penetrando tão naturalmente que nossos órgãos iam se encaixando e se conectando com perfeição. Sentia aquele deslizar para dentro e a cada milímetro minha excitação ia crescendo junto. Felipe me beijava, depois parava e falava que me amava e voltava a beijar apaixonado. Nem consigo dizer quanto tempo ficamos ali, pois parecia que estávamos em outra dimensão, mas foi um longo tempo.

Estávamos no mais puro e perfeito papai e mamãe apaixonado, sem sermos fogosos e sem choques estalados entre nossos corpos. Eu sentia sua pélvis tocar em meu ventre quando sua glande tocava de leve na portinha de meu útero sem nenhuma estocada mais impetuosa. Se a vezes nosso ato sexual era um rock pesado, naquele momento era uma valsa suave.

Com meus braços em volta de seu pescoço meu corpo ficava mais grudado ao seu me dando o prazer de sentir sua pele e sua quentura. Nos olhávamos sem falar nada, mas cada um sabendo que o outra estava dizendo que o amava com toda a força do universo e voltávamos ao beijo apaixonado.

O orgasmo chegou tranquilo como todo o ato e nos beijando não falamos nada, mas percebemos pelos leves espasmos em nossos corpos e também senti por sua ejaculação que esquentava o interior de minha buceta. Não foi nosso primeiro orgasmo, nem o mais voluptuoso, nem o mais intenso e nem o mais longo, mas foi o melhor orgasmo de minha vida e de Felipe também pois ele me disse isso.

Foi o primeiro orgasmo nosso sem o peso de escondermos nosso relacionamento das pessoas mais importantes de nossas vidas. Aquela leveza na alma proporcionou um orgasmo sem igual e até o terminar e o pós gozo foi tranquilo como todo o ato. Felipe não saiu de cima de mim, mas tinha algo muito importante para me falar e para provar nossa cumplicidade falou justamente o que eu também queria falar.

– Laura, foi o melhor gozo de minha vida. Antes de começarmos pensei que faríamos amor a noite inteira, mas gostaria de parar nesse por hoje. Quero curtir com você tudo o que aconteceu.

– Você agora lê minha mente Felipe? Estava pensando exatamente na mesma coisa. Também quero curtir mais esse orgasmo tão maravilhoso e diferente que tivemos. Só quero carinho, mas vamos tomar um banho para colocar a roupa.

Com nossas roupas de dormir, voltamos para a cama de Felipe e ficamos recordando tudo o que aconteceu naquela cama desde aquele dia que não resistindo me beijou, chupou meus seios e minha bucetinha. Foi um longo caminho e terminou muito melhor do que poderíamos imaginar entre tantas brigas.

Hoje, dois anos depois desse dia que nossos pais ficaram sabendo, já estou formada e também trabalho. Como decidimos, levamos uma vida de casal e nada abala nosso amor e o desejo de um pelo outro.

Nossos pais se acostumaram com nossa situação, mas na frente deles sempre somos os irmãos que se amam e dão beijinhos no rosto do outro. E quase todas as vezes que viajam, tentam encaixar com nossas férias e vamos juntos. Eles nunca tocaram no assunto, mas certamente gostariam que tivéssemos relacionamentos normais e pudéssemos dar netos a eles.

Eu e Felipe até já conversamos dessa possibilidade de eu ficar grávida, mas temos receios dos riscos. Leio muito sobre esse assunto e com sofisticados exames que existem hoje em dia estou perdendo o medo. Quem sabe um dia tenhamos mais essa surpresa para selar de vez nosso amor.

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Comentários

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Está escrito "final", mas espero que ainda poste mais situações entre vocês, principalmente se decidirem ter filhos, o que podem fazer com acompanhamento médico, talvez.

Falando nisso, fiquei todos os capítulos curiosa com o fato de você nunca descrever o uso de camisinha, pílula do dia seguinte ou outros métodos anticoncepcionais, sendo que ele sempre gozava dentro.

No mais, só tenho a dizer que essa foi uma das histórias mais incríveis que já li, deliciosa de ler e que não deixou a desejar em nenhum ponto, até o final. Juntando com sua escrita que é muito boa.

Se for verdade, desejo muitas felicidades!

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Sem contar que eu me identifiquei com seus gostos, ser ciumenta, possessiva, ser dominada... Nossa, eu amei tudo mesmo, nem tenho palavras pra dizer, chega fiquei emocionada porque estava procurando um conto nesse estilo há um tempo kkkkk ❤️

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Laura "Enfezadinha". Este foi um dos melhores contos que já li aqui. É muito gostoso do jeito que você escreve e não é vulgar. Se é real mesmo, tem tudo para durar o resto da vida. Pela forma madura e obstinados em querer ficar um com o outro e ainda mais com o apoio dos pais. Felicidades pra vocês !!!!!

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Laura " Enfezadinha" , seu conto é perfeito do início ao fim . Apesar de muitos capítulos , nunca chegou a ser enfadonho , vc tem uma ótima dissertação e coloca a sensualidade e a sexualidade nos pontos certos . Até nas fantasias e vontades mais pervertidas vc teve discernimento para não extrapolar . Sua pwrvia foi ótima e o desenrolar foi natural . Terminou muito bem , no fim transformou se em uma linda história de amor entre irmãos que , nem o mais machista ou hipócrita conseguirá discriminar , parabéns , vc até aqui foi uma das melhores escritoras que acompanhei , és muito talentosa , continue ...

Caso possa me enviar fotos suas , de qualquer espécie , principalmente de roupas sensuais , ficaria muito feliz .

Nota 10 , 3 estrelas ...

griffo.neto@gmail.com

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Belíssimo conto, muito bem escrito e uma história maravilhosa, desejo tudo de bom para vocês

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Foi uma linda história. Fico dividido se acho normal ou não mas o mínimo que terceiros tem que fazer é respeitar. Espero que você continue postando.

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parabens laura realmente fazia tempo que não lia uma historia tão boa como a sua,vou continuar te seguindo aqui na casa espero que tenha novas historias para nos alegrar.

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