Duas pernas assimétricas

Um conto erótico de RFreitas
Categoria: Heterossexual
Contém 633 palavras
Data: 21/06/2022 06:57:56

Há dias, andava distraído pelos corredores de um supermercado a fazer as compras semanais quando me deparei com uma mulher que se apoiava no carrinho de compras, coxeando vagarosamente, também a recolher produtos das prateleiras. Coxeando, porque a perna esquerda era muito mais curta que a direita, talvez um palmo.

Era uma mulher madura, de cabelo grisalho, bem vestida com um ‘look’ clássico, distinto, destacando-se uma saia pouco comprida que deixava ver perfeitamente as duas pernas roliças e assimétricas, envoltas em meia fina de ‘nylon’; calçava umas sabrinas sem salto e cada vez que levantava a perna mais curta para dar um passo, elevava-se na ponta do pé e a sabrina descalçava-se parcialmente mostrando por breves instantes a sola.

Claro que comecei uma perseguição para a capturar com o olhar, caminhando dissimuladamente atrás dela e ao mesmo ritmo. De vez em quando ela detinha-se e, enquanto tirava embalagens da prateleira, sustinha o seu peso na perna direita, a mais comprida, deixando o pé esquerdo no ar a querer libertar-se da sabrina. Aquela solinha deixava-me a libido aos saltos mas quase explodi quando a certa altura o sapato caiu mesmo e ela, descontraidamente, coçou a sola do pé na canela da outra perna e depois, sem olhar, procurou o sapato mas sem se conseguir calçar à primeira. Só depois de o mirar e fazer um pequeno desvio lateral com o pé da perna mais longa, enfiou de novo o sapato e continuou o seu passeio claudicante.

Infelizmente, pouco tempo depois a misteriosa mulher manca foi para a linha de caixas para pagar a sua despesa. Através da montra ainda a pude ver arrumar as compras no carro, sentar-se e conduzir para fora do estacionamento. Tenho-me lembrado dela com frequência daquela bela e misteriosa mulher que só vi uma vez, mas que me ficou gravada indelével na memória. Agora, sempre que vou àquele supermercado procuro-a, mas sem sucesso…

Resta-me recorrer à memória daquele aprazível avistamento e deliciar-me a imaginar como seria recebê-la quando chegasse a casa. Encaminhá-la para o sofá, ajoelhar-me, descalçá-la e massajar aquele lindo pé da perna mais curta, aqueles lindos pés, que adivinho macios, quentes e carentes de afeto pois caminhar assim, com duas pernas assimétricas, deve cansar muito. Imagino-a a recostar-se e a murmurar de prazer enquanto lhe passo a mão pelas solas húmidas. Depois pressiono com os polegares vários pontos na planta de um pé, a seguir o outro, massajo-lhe os dedos um a um, afasto-os, alongo-os e ela a continuar a gemer de prazer até que lhe faço parar a respiração quando lhe levanto a perna mais curta e cubro o peito do pé de beijos que se vão dispersando pelos dedos, pela sola, pelo arco plantar até ao calcanhar. O perfume do seu pé, uma mistura de transpiração e de couro da sabrina recentemente adquirida, retido na meia de nylon, é inebriante. Repito a operação no outro pé, para que não fique invejoso, enquanto espreito pelo canto do olho o rosto daquela mulher que denuncia estar rendida aos meus encantos.

Depois dos pés devidamente acariciados, comecei a massajar as pernas começando pela especial. As minhas mãos foram subindo pelos gémeos acima até àquelas coxas carnudas e apetitosas. Esse assalto fez-me aproximar dela e o meu pénis, que há muito estava intumescido, tocou-lhe o pé. Ela sem abrir os olhos começou a massajá-lo avaliando com os dedos o tamanho, procurando os testículos. Enquanto isso, levantou a perna maior para que lhe beijasse novamente o pé enquanto o outro continuou a brincar com a minha masculinidade. As minhas mãos continuaram a subir e mesmo por cima do collant e da cueca perceberam que lhe corria um rio entre as pernas. Ela estremeceu como quem diz “Estou pronta” e começámos a despir-nos com pressa de chegar ao que viria a seguir.

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