Mulheres à frente de seu tempo – II

Um conto erótico de Nassau
Categoria: Lésbicas
Contém 5437 palavras
Data: 17/03/2022 22:55:20

Adelle

À noite, deitada em sua cama, Adelle não parava de pensar na aventura vivida naquele dia. Um dia inteiro apreciando o melhor que a arte brasileira podia oferecer, sem falar na companhia de Laura que ficou o tempo todo ao seu lado. E depois aconteceu o beijo no banheiro e ela tinha gozado com os toques da mulher em seu corpo que, mesmo por sobre a roupa a levara a loucura. Então imaginou o inimaginável. Como seria sem as roupas para atrapalhar. O corpo todo de Adelle ficou arrepiando só de imaginar a situação e sua mãozinha, como se tivesse vida própria, desceu até sua perna na altura dos joelhos e voltou trazendo junto a camisola. Sentir as pontas de seus dedos deslizando por entre suas pernas já totalmente arrepiadas a levava à loucura.

Por uns segundos lhe veio à cabeça a gravidade daquela situação. Ela, com dezenove anos recém completados, estava se imaginando nua com outra pessoa. Pior ainda, estava se imaginando com outra mulher, porém, o tesão falou mais alto e sua mão continuou a viagem em direção ao local onde suas pernas se encontravam, onde havia uma buceta que vibrava e implorava para ser tocada. Chegou até a calcinha exageradamente grande, porém, bastante avançada para a época e quando seus dedos tocaram a xoxota por cima do tecido sentiu a umidade que seu estado provocava.

Adelle não sabia direito o que fazer. Criada sob a constante vigilância da mãe e os costumes severos do início do Século XX, nunca sequer tinha beijado, quanto mais trocado carinho com outra pessoa e agora havia uma parte de seu corpo que exigia ser tocada e foi aí que o instinto falou mais alto. Subiu a mão até o elástico da calcinha e enfiou a mão por baixo, sentiu seus pelos púbicos macios com as pontas dos dedos e continuou a descer até tocar a saliência que seu grelinho duro formara se destacando para fora da buceta e seu corpo inteiro pareceu ganhar vida, pois seu quadril teimava a se movimentar em um bailado profano e os seios pareciam ter crescidos, com os mamilos duros e uma sensação de que iriam explodir a qualquer momento. Imaginou a boca sensual de Laura chupando os biquinhos de seu seio e a mão continuou a viagem em rumo a mais uma nova descoberta, finalmente atingindo a entrada de sua buceta e ficou impressionada ao sentir, pelo tato, o quanto estava molhada.

A curiosidade falou mais alto e ela recuou sua mão, trazendo-a até sua boca e, depois de verificar o seu próprio mel cobrindo uma falange inteira, testou a consistência apertando o polegar de encontro ao dedo médio e, ao separar, viu um fio transparente ligado aos dois dedos que foi se esticando até romper e a curiosidade cresceu ainda mais, fazendo com que ela levasse o dedo médio à sua boca e experimentasse o sabor. Sentiu um gosto diferente, novo, de consistência cremosa, o líquido deslizou por sua língua dando a impressão que aguardava até que ela fechasse a boca e aí sim, pudesse se esparramar por toda a boca, atingindo o céu e os outros recônditos mais escondidos, ativando todas as papilas gustativas para que o seu sabor fosse conhecido em todas as suas nuances. Sentindo o gosto de sua própria buceta, prendeu o dedo dentro da boca com uma sucção forte e liberou a outra mão que se esgueirou para dentro de sua calcinha e foi direto à entrada de sua xoxota de onde o suco do desejo não parava de escorrer em um convite para uma visita mais profunda. Enfiou então a ponta do dedo até sentir a resistência de sua virgindade e o instinto de fêmea faminta por prazer a orientou para que o polegar escorregasse para cima e iniciasse uma massagem no grelo. Uma sensação gostosa iniciou no fundo de seu ser, em algum local próximo ao estômago e foi crescendo, crescendo e se espalhou por todo o seu corpo, como se estivesse sendo levado pela corrente sanguínea, se esparramou por todo o seu corpo.

Adelle começou a respirar alto, os suspiros se transformaram em gemidos e, sem nenhuma consciência do que fazia, tirou o dedo de dentro de sua boca e virou o rosto para baixo a tempo de morder o travesseiro antes que os gritos que brotavam em sua garganta ultrapassasse a porta fechada do quarto, ganhasse o corredor e fizesse a curta viagem pelos espaços escuros até chegar aos ouvidos dos demais habitantes daquela casa.

Somente depois de passado dez minutos Adelle voltou a ser a administradora de seus atos e pensamentos e tentou racionalizar o que lhe tinha acontecido. Avaliou que o orgasmo que havia dominado agora era maior que o que tivera no banheiro ao ser beijada por Laura e creditou isso ao fato de que antes, com aquela mulher linda a lhe beijar, não houve um toque tão íntimo assim, apenas toques e carinhos nos seios e alguns apertões em sua bunda. Satisfeita com a conclusão a que chegara, passou da lembrança ao planejamento e imaginou que se, em vez de ser ela a se tocar, fosse Laura que, com certeza, estaria a lhe beijar enquanto explorava sua bucetinha e imediatamente o projeto foi deixado de lado, dando lugar à fantasia e se focou na imaginação com tanto empenho que em alguns momentos achou que sentia o perfume delicioso daquela mulher e o desejo reclamou por novos toques e Adelle se viu repetindo todos os gestos de antes, acrescentando agora uma novidade, pois a mão que antes estava na boca agora abaixara as alças de sua camisola e começaram a explorar seus seios, apertando e torcendo os mamilos até que sentiu no seu corpo o sucesso dessa inovação, gozando mais uma vez e, dessa vez, com maior violência.

Mais tarde, quando a exaustão já a arrastava para o sono, lhe ocorreu que, dos três orgasmos que tivera na vida, os últimos sempre eram mais intensos que os anteriores e, se fosse sempre assim, normalmente morreria, pois o último fora tão intenso que ela ficou a beira de um desmaio.

Na manhã seguinte, apesar de despertar antes de o dia amanhecer, continuou curtindo uma preguiça gostosa na cama. A sensação de ter gozado três vezes no dia anterior era o motivo daquele estado de abandono que se encontrava. Foi seu primeiro dia de prazer e foram três, lamentando-se somente o fato de que os dois últimos foram conquistados no prazer solitário da masturbação. Mas, como era de se esperar, seu momento de reflexão foi interrompido pela mãe que a chamou, ordenando que se levantasse e fosse ajudá-la nas tarefas caseiras.

Adelle passou a manhã alternando momentos de sonhos e tortura, pois sempre que ficava com o olhar perdido e Laura povoando seu pensamento a mãe implicava com ela e exigia mais atenção para as tarefas que realizava. A salvação foi Jurgen que, ao contrário do que fazia diariamente, veio almoçar em casa dizendo que, como teria que comparecer no Teatro Municipal naquela tarde, resolveu passar em casa para trocar de roupas e aproveitou para fazer isso na hora do almoço, aproveitando assim esse tempo para ficar junto com as pessoas que amava. E isso era uma realidade que ele não cansava de anunciar e teve a sorte, pois apesar de ter casado com ele por pura necessidade, a mãe de Adelle aprendera a gostar dele e podia-se dizer que formavam um casal feliz. Aliás, uma família feliz, pois ele sempre tratou Adelle como uma filha e não se cansava de declarar esse amor paternal por ela, tanto é que, as poucas discussões que o casal teve foram provocadas pelo fato dele estar sempre protegendo a garota e, por esse motivo, era criticado pela mãe dela.

Notando o brilho nos olhos de Adelle quando disse que iria passar à tarde na exposição, ele sentiu orgulhou ao notar que a menina tinha verdadeira adoração por tudo o que se relacionava a arte, apesar de, embora ela realmente fosse louca por pintura e literatura, naquele momento em particular o brilho no olhar tinha mais a ver com a oportunidade de reencontrar Laura do que visitar a exposição. Mas Jurgen não sabia disso e perguntou se ela queria ir com ele, provocando uma severa discussão com a mãe dela, discussão essa que ele venceu com o argumento de que a possibilidade de Adelle poder conviver com outro evento como aquele era de uma em mil, adicionando a isso a promessa de que seria mais severo com ela nos momentos em que ela cometesse algum erro. Quando foi avisada que tinha a permissão para ir com o padrasto, Adelle voou para seu quarto, porém, só saiu de lá quando Jurgen ameaçou de ir sem ela caso não se aprontasse logo, pois, pela primeira vez em sua vida, Adelle se olhava no espelho e achava que não estava à altura da elegância de Laura. Ameaçada de não poder ir, ela resolveu ir com a última roupa que colocara, provocando a censura de sua mãe por usar um vestido próprio para ir a uma festa noturna e nunca em um evento durante a tarde. Jurgen, por outro lado, a elogiou e, dizendo que não tinha mais tempo, a rebocou em direção ao carro antes que gastassem mais tempo até que ela trocasse de roupa.

Ocorre que Adelle estava realmente linda. O vestido vermelho, apesar da tentativa de ser discreto não sendo decotado, era justo e delineava seu corpo juvenil perfeito, destacando os seios fartos para sua idade, a cintura fina e o alargamento do quadril para formar seu bumbum cheio e de forma impecável.

Ao chegar no Teatro, Jurgen alegou que teria várias reuniões e combinou encontrar com ela no final do seu expediente, por volta das dezoito horas na entrada do Teatro e foi cuidar de suas obrigações, deixando-a em um estado que variava entre o êxtase de ser admirada por homens e uma extrema vergonha com os olhares julgadores das mulheres. Mas, apesar dessa gangorra de sentimentos, ora em alta, ora baixa, nada se comparou à expressão de Laura quando se encontraram em um corredor. O encontro foi por acaso, pois elas não combinaram se encontrar e nenhuma sabia que a outra estaria presente também na sexta-feira.

Laura sofreu uma paralisia momentânea e ficou parada em meio ao corredor olhando fixamente para Adelle que ao vê-la emitiu o seu mais lindo e sincero sorriso, piorando ainda mais o estado da mulher com as covinhas de seu sorriso levando sua beleza às alturas. Quando conseguiu voltar ao planeta terra, Laura foi até ela e depositou um beijo em seu rosto muito próximo à sua boca, mas ao sentir que Adelle fez o mesmo com ela, sentiu um leve tremor por todo o corpo. Então a mulher perguntou:

– Você não me falou que viria hoje.

– Eu não sabia que vinha. Meu padrasto apareceu lá em casa para almoçar e disse que estaria vindo pra cá e me trouxe.

– Bendito seja esse seu padrasto. – Conseguiu falar Laura, pois sua cabeça girava e ela não conseguia coordenar direito os pensamentos.

– Por quê? É tão importante para você me encontrar aqui? – Perguntou Adelle como quem busca a confirmação que iria inflar seu ego.

– Você nem imagina o quanto, minha querida. – Conseguiu falar Laura de um fôlego só e depois ficou parada, com os olhos presos nos olhos verdes de Adelle que, diante da falta de iniciativa da outra, perguntou:

– E então, o que vamos fazer hoje? O que você vai me mostrar de interessante?

Apesar de ter feito a pergunta sem nenhuma intenção, Laura ouviu da forma que seu ouvido gostaria de ouvir, ou seja, tudo o que ela queria naquele instante era mostrar e fazer coisas muito mais que interessantes para aquela garota. Pensando nisso, perguntou para ela que horas ela teria que se encontrar com seu padrasto e, ouvindo a resposta, consultou o pequeno relógio que trazia em seu pulso, calculando mentalmente que poderia ficar na companhia dela por mais de três horas, pois mal passava das quatorze horas. Pensou um pouco e falou:

– Já vi muitas obras de arte por hoje e não tem nada programado para hoje a tarde, então, só nos resta rever o que já vimos antes.

Para Adelle não fazia a menor diferença olhar novamente para aquelas pinturas ou saber que uma obra de Da Vinci tinha acabado de chegar para ser exposta, pois tudo o que importava era estar ao lado de Laura, então concordou. Passado menos de dez minutos, Laura informou:

– Agora me lembrei. Tenho que ir até a sala que meus chefes alugaram para servir como local de apoio enquanto durar a exposição.

Laura não havia dito para Adelle que ela estava fazendo um trabalho, como contratada, para uma empresa que atendia prestava auxílio para os organizadores e expositores, então deu uma rápida explicação e Adelle concordou. A sala ficava em um prédio localizado na Rua Sete de Abril, a cerca de duzentos metros da exposição. Então seguiram andando lado a lado pela Rua Conselheiro Crispiniano e, ao chegar à Rua Sete de Abril, viraram à direita, caminharam menos de trinta metros e entraram em um prédio recém construído. Usaram a escada até o segundo andar, onde Laura, pegando a uma chave na sua bolsa e puxou Adelle pela mão para dentro de uma sala decorada com uma escrivaninha cercada por uma poltrona confortável de um lado e duas outras do outro, um tapete de boa qualidade cobrindo o chão e, no outro extremo, um sofá grande com duas poltronas em frente. Laura continuou puxando Adelle pela mão até chegarem próxima ao sofá, porém, em vez de se sentar, ela virou de frente para a garota, colocou a mão em seus ombros e a puxou para si.

Adelle correspondeu ao gesto de Laura e inclinou-se para frente, porém, fez algo que acabou de vez com o domínio que a mulher tinha sobre seus gestos, pois fechou os olhos e levantou o rosto com a boca entreaberta, demonstrando que sua entrega àquela bela mulher era incondicional. Sem poder resistir, Laura a abraçou forte e beijou com paixão aquela boca jovem e linda. Quando percebeu que Adelle não só se entregara ao beijo, mas também entrelaçara os braços atrás do seu pescoço e forçava o jovem corpo de encontro ao seu, entregou-se de vez ao desejo e começou a introduzir sua língua na boca da jovem que, apesar de não ter nenhuma experiência, aceitou a invasão correspondendo e chupando aquela língua que explorava sua boca para depois forçar uma situação contrária, deixando sua língua para ser provada, chupada e saboreada pela boca sensual de Laura ou então travar uma luta para poder explorar aquela boca com sua língua.

Quando finalmente suas bocas se separaram, Laura voltou a segurar os ombros de Adelle e forçou para que ela se virasse de costa para ela e, como os cabelos curtos que ela usava, o que era moda na época, teve acesso ao fecho de seu vestido e foi puxando o longo zíper que ia do pescoço até o início da bunda e, depois de conseguir seu intento, empurrou o tecido para frente recebendo a ajuda de Adelle que, com um movimento de ombros, permitiu que a parte de frente do vestido ficasse caído sobre o seu quadril. Um sutiã bege, combinando com a pele branquinha da garota ficou à mostra, mas não por muito tempo, pois Laura logo abriu o fecho e viu o movimento de ombro se repetir, fazendo com que, dessa vez, a peça de roupa caísse sobre o tapete. Então levou as duas mãos para frente cobrindo os seios dela com suas mãos e inclinou-se para depositar um beijo em seu pescoço, recebendo a colaboração dela que inclinou a cabeça para o lado oposto, facilitando assim que ela prosseguisse na sua intenção, porém, quando escorregou com os lábios em direção ao ouvido de Adelle, ouviu ela dizer em uma voz que era pouco mais que um sussurro.

– E você? Vai ficar vestida?

Laura se afastou e deixou que Adelle se virasse para ela, ficando novamente frente a frente, então desafiou:

– Isso depende só de você, minha linda. É você que decide se tira minha roupa ou me deixa vestida.

Adelle não sorriu, pois seu estado de excitação não permitia isso, apenas estendeu a mão e começou a desabotoar o primeiro botão de uma extensa fileira que ia da parte superior dos seios até um ponto próximo aos joelhos e, para delírio de Laura, intercalava um beijo na boca dela a cada obstáculo vencido, finalmente, após perceber que os botões abertos permitiam que o vestido fosse tirado, repetiu o gesto de Laura empurrando o tecido para trás, porém, ao contrário do que aconteceu com ela, o de Laura escorregou por todo o seu corpo, vencendo as curvas de seu quadril e caíram em volta de seus pés. Adelle afastou um pouco para poder livrar a parceira do sutiã que ela mesma se encarregara de levar as mãos para trás e abri-lo e o puxou, jogando-o sobre o sofá. Então deu um passo atrás para apreciar o corpo maduro da mulher. Os seios de Laura não eram pequenos como o padrão de beleza exigia e a aparência que ela conseguia era um truque que o uso do sutiã permitia, mas mesmo assim, eram um pouco menores do que o de Adelle.

Adelle estendeu a mão e repetiu o gesto que Laura fizera com ela, espalmando os dois seios com sua mão, porém, a lembrança de seu prazer solitário lhe veio à mente fazendo com que a sensação que sentira ao apertar os mamilos se fizesse presente e resolveu repetir o gesto, então segurou apenas os dois mamilos, presos entre o polegar e o indicador de cada mão e apertou suavemente, fazendo com que Laura cambaleasse ao sentir a sensação gostosa de ser tocada daquela forma, provocando uma tremedeira nas pernas que afetou seu equilíbrio e, para não cair se apoiou nos ombros de Adelle e a puxou para si, grudando suas bocas para iniciar uma nova seção de beijos tórridos, só que agora, com a sensação de seus seios se tocando, ficou ainda melhor.

Sem interromper o beijo, Laura tentou tirar o vestido de Adelle que ainda estava pendurado em seu quadril, mas não foi fácil, pois era muito justo e o bumbum arrebitado da garota impedia que ela conseguisse, fazendo com que ela parasse o beijo e se ajoelhasse para conseguir seu intento, só conseguindo em virtude de Adelle ter colaborado com movimentos do quadril. Quando finalmente conseguiu, ela se viu diante da calcinha da jovem que, embora não fosse pequena, não havia como notar a marcha da umidade dela. Suspirou alto antes de comentar:

– Nossa Senhora Adelle! Você já está assim?

– Estou assim desde o momento que você me beijou ontem.

Laura levou sua boca até a mancha na calcinha de Adelle e lambeu, fazendo a pressão necessária para que ela sentisse sua língua percorrer sua bucetinha, apesar da proteção do tecido. Adelle, sem poder se conter, deixou-se cair de joelhos, ficando na mesma posição que Laura, segurou o rosto dela com ambas as mãos e puxou com violência demorada para si, voltando a se apossar da boca carnuda dela e logo se deixaram cair no tapete com Adelle por cima, porém, como ela apenas beijava Laura sem tomar nenhuma outra iniciativa, a mulher virou o corpo ficando por cima e abandonou a boca de sua amante e foi descendo pelo pescoço até chegar aos seios que foram beijados e chupados, com alternância entre eles.

Depois de provocar muito a garota com sua língua lambendo os dois seios dela, continuou sua viagem e passou a beijar a barriga, lambeu o umbigo enfiando a li sua língua até chegar na calcinha, enfiou os polegares sob o elástico em cada lateral, mas antes de puxar para tirar, olhou para Adelle que, nessa hora, mantinha os olhos fechados, entendeu então que tinha que falar para que a outra percebesse sua intenção e sua voz saiu rouca pela paixão que a dominava:

– Posso?

– Anda logo, por favor! – A voz de Adelle saiu rouca e sibilante enquanto levantava o quadril para ajudar a amante.

Laura retirou aquela peça de roupa lentamente sem olhar para o corpo de Adelle até jogar de lado depois de retirá-la pelos seus pés delicados, depois ficou de quatro com o rosto sobre a xoxota dela e ficou olhando a quantidade grande de seus pêlos castanhos claros antes de baixar o rosto e depositar um beijo sobre eles. Depois foi descendo a boca e usou as mãos para separar os pelos que cobriam o pequeno grelo que se destacava brilhando entre os grandes lábios, depositando ali um leve beijo e sentiu a pressão feita por Adelle que levantou o quadril tentando forçar um contato mais forte.

Não tinha mais como resistir. Um frêmito tomou todo seu corpo e estremeceu ao sentir o perfume da jovem xoxotinha e abriu os grandes lábios, deslizando sua língua por ele até chegar à sua pequena abertura, começando a fazer círculos em torno dele e depois enfiou dentro dela. O grito que Adelle deu a deixaria preocupada, pois até da rua poderiam ouvir, entretanto, no estado de excitação que se encontrava, não tinha como se preocupar com isso. Então sentiu o corpo da garota estremecer enquanto a situação se invertia, pois agora era a buceta de Adelle que, parecendo ter vida própria, procurava pelo contato de sua língua. Em êxtase total, ela sorveu todo o mel que o prazer da jovem expelia engolindo cada gota como se fosse o néctar dos deuses. Continuou a chupar aquela linda bucetinha sentindo os espasmos que Adelle dava quando ela forçava um pouco mais até que, exausta e satisfeita, estendeu-se ao lado dela e puxou o rosto para si, beijando sua boca e dividindo o gosto do prazer com ela.

O beijo continuou por minutos até que Adelle o interrompeu, ficando sentada no tapete e foi movimentando o corpo para ficar com seu rosto próximo à barriga de Laura que, percebendo a intenção da jovem, disse preocupada:

– Você não precisa fazer isso, minha querida. Eu já gozei só de sentir o seu prazer.

– Acontece que eu quero. – Respondeu Adelle com uma expressão séria no rosto.

Mal acabou de dizer, se inclinou mais e começou a fazer em Laura tudo o que ela tinha feito consigo. Beijou os pelos púbicos, descobriu o grelinho que se escondia em meio a uma floresta de pelos púbicos mais escuros que os seus e o beijou, sem deixar de ficar atenta às reações de sua amante. Beijou e chupou, interrompendo de tempos em tempos para perguntar para Laura se estava bom. Sentiu a menina gozar só com as chupadas e lambidas que dava em seu grelo grande e, sem dar-lhe tréguas, foi levando sua boca em direção aos grandes lábios que beijou e chupou, tentando abocanhar o máximo que conseguia e depois alternava com beijos. O segundo orgasmo de Laura veio sem intervalo depois do primeiro e em seguida foi o terceiro, enquanto Adelle se deliciava com o sabor doce do suco que vertia de sua buceta deliciosa.

Voltaram a se beijar e ficaram namorando até que o tesão voltasse a dominar as duas. Laura sugeriu então que elas se chupassem ao mesmo tempo e orientou Adelle de como proceder. Dessa forma, as duas gozaram mais vezes e só pararam quando, quase desmaiada, ficaram largadas sobre o tapete.

Quando finalmente recobraram as forças, Laura olhou para o relógio e se assustou ao descobrir que já se passava das dezessete horas. Agindo como se tivesse tido um lindo sonho interrompido, Adelle se vestiu enquanto a mulher pedia que se apressasse e depois se dirigiram a saída, onde Laura recebeu um beijo na boca sem que esperasse e, depois que se separou, sorriu enquanto dizia para Adelle que ela era louca e abriu a porta.

Durante o curto caminho de volta, Laura informou à Adelle que no dia seguinte estaria, no período da tarde, no saguão do Palace Hotel que, inaugurado em 1920 era um dos pontos mais badalados de São Paulo, recebendo da garota a promessa que faria de tudo para ir encontrá-la.

Ao chegar ao Teatro Municipal, logo na entrada, encontraram Jurgen preocupado. Laura interviu inventando uma história de terem ido até a farmácia, mas Jurgen era um homem experiente e sabia identificar uma mentira, porém, contemplou demoradamente o rosto afogueado de sua enteada e mudou de assunto, informando que já estava procurando por Adelle há horas. Depois se despediu de Laura e foi com ela em direção ao seu carro, um luxo que poucos possuíam no Brasil daquela época, e foram embora.

Em seu estado de euforia, rememorando cada gesto de Laura e cada sensação que esses gestos provocaram nela, Adelle fez de tudo para se manter distante da mãe de do padrasto naquela noite, só comparecendo à mesa de jantar por ser esse um costume que criara a obrigação de todos estarem presentes, porém, apenas provou cada um dos pratos e, pedindo licença, retirou-se para seu quarto onde se entregou aos seus devaneios.

No sábado, dia seguinte, ela ficou imaginando o que poderia fazer para que sua mãe permitisse que saísse de casa e não encontrava nenhuma forma de fazer isso acontecer. Sabia de antemão que, por nada deste mundo, a mãe a deixaria sair de casa sem companhia. Quando se sentou para almoçar, seu grau de nervosismo era tanto que foi notado por todos, e resolveu usar isso como motivo para sair, dizendo que queria muito ir até o Teatro. Sua mãe negou na hora e ela olhou para Jurgen, porém, ele desviou os olhos dos dela e disse com a cabeça baixa:

– Você já foi lá três dias. Não tem nada lá que você ainda não tenha visto.

Adelle ainda tentou dizendo que haveria a apresentação de Heitor Villa-Lobos e se arrependeu na hora, pois Jurgen imediatamente disse a ela que essa apresentação tinha sido no dia anterior, sexta-feira e armou a cilada que ela caiu fragorosamente, quando perguntou se ela não tinha visto e também perguntou se ela tinha se esquecido da confusão provocada por ela que não soube responder. Então ele explicou que o famoso maestro compareceu no Teatro calçando um sapato em um pé e um chinelo no outro, provocando uma fragorosa vaia dos presentes que viram naquilo como uma ação progressista, portanto uma demonstração de desrespeito, só se acalmando quando ele reclamou que aquele fato não era nenhuma moda que seguia, mas apenas um calo inflamado que impediu que ele calçasse o sapato.

Adelle entendeu na hora que estava em apuros, porém, se acalmou por ele se desviar do assunto, deixando sua mãe sem entender nada. Porém, o olhar que ele lhe dirigiu deixou bem claro que ele desconfiava dela e estava muito aborrecido por isso. Esse fato fez com que ela pensasse em desistir de seu intento de ir se encontrar com Laura.

Entretanto, o desejo de se encontrar novamente com Laura dominava todos os seus sentidos e qualquer receio que lhe invadisse. Assim, mal Jurgen saiu para voltar para sua empresa, gritou da porta da mãe que estava indo estudar na casa de uma amiga e saiu sem dar chance de Ygraine fizesse qualquer pergunta.

A casa que Adelle morava ficava no Bairro Campos Elíseos e ela caminhou até o Largo São Bento e entrou na Rua Florêncio de Abreu, entrando no Palace Hotel olhando para os lados procurando por Laura. Não a viu e ficou receosa de que ela não estaria lá, então se sentou em uma poltrona próxima à recepção do hotel para aguardar, explicando para o funcionário que a interpelou que estava esperando por uma tia.

Já tinha passado mais de meia hora quando ouviu barulho de passos, identificando ser de mulher e levantou-se olhando para a entrada do hotel, onde surgia linda e gloriosa aquela que, nos últimos dias, povoou seu pensamento com uma intensidade assustadora. Sorriu feliz e viu seu sorriso ser correspondido e se conteve com grande esforço para não se atirar nos braços da linda mulher e beijar-lhe a boca. Então trocaram beijos na face e Laura conduziu Adelle para o bar do restaurante, onde pediu dois sucos.

Conversaram por horas, sem notar o tempo passar. Laura contou à Adelle onde residia, e descobriram que era próximo, pois era na Alameda Bastos e a garota concluiu que bastava cruzar a Avenida São João para lá chegar, o que significava que a distância podia ser percorrida a pé, o que já fez que sua cabecinha fizesse planos.

Quando caiu à tarde, saíram do hotel e saíram caminhando, quando Laura disse que acompanharia Adelle até a proximidade de sua casa. Andavam lado a lado, cada uma fazendo um esforço gigantesco para não tocar a outra e, vez ou outra, suas mãos esbarravam uma na outra, provocando sorrisos sedutores em suas bocas lindas.

Caminhavam felizes, pois embora não pudessem se tocar, a simples proximidade que desfrutavam já alegrava seus corações. Quando já estavam muito perto da residência de Adelle, ficando claro que Laura deveria se despedir ali, surgiram diante dela Jurgen e Ygraine e, pelo seu semblante, ficava claro que eles estavam à sua procura. A mãe de Adelle, sem disfarçar sua aflição, perguntou:

– Aonde você foi Adelle? Fomos à casa de sua amiga e ela disse que você nem apareceu lá. Ficamos te procurando em todos os cantos e agora você aparece andando com uma desconhecida! Quem é essa mulher?

Adelle olhou para Jurgen que fitava fixamente as duas mulheres, deixando claro em seu olhar que não tinha nenhuma dúvida do que estava acontecendo, porém, sendo uma pessoa discreta, ordenou à esposa que levasse a filha para casa e a Laura que aguardasse, pois desejava ter uma conversa com ela. Sem ter como fugir, Laura concordou ignorando a expressão intrigada da esposa dele. Percebeu que a mãe de Adelle não desconfiava de nada.

A conversa entre Laura e Jurgen foi tensa. Ele não fez nenhuma acusação, pois era um homem sensato e também entendia que não precisava de confirmação para um fato que ele tinha certeza; Com educação, pediu para que a mulher se afastasse de sua enteada, que aquela situação iria prejudicar todo o futuro da menina. Laura também não negou nada e nem tentou explicar seus sentimentos a ele. Em pleno ano de 1922, confessar que estava apaixonada por uma mulher, principalmente sendo essa mulher quase uma criança, tendo praticamente a metade de sua idade, pois contava com trinta e dois anos. Sabia que nada do que dissesse ali serviria como justificativa, como também achava que não tinha nenhum motivo para isso, pois entendia que um sentimento como o amor não escolhe onde pousar. Sem nenhuma promessa de um lado e nenhuma ameaça do outro, se despediram de forma cortês e cada um seguiu o seu caminho.

Retornando para casa, Jurgen meditava sobre a melhor forma de agir para administrar aquela situação. Dizer a verdade para sua esposa era mexer com um vespeiro e, não fazer nada, seria um sinal de fraqueza, ou talvez de aceitação, e ele não desejava que nenhuma dessas duas situações prevalecesse. Então decidiu pelo melhor. Aguardou até o dia seguinte por uma oportunidade de ficar a sós com sua enteada e falou com ela abertamente.

Adelle chorou muito, porém, em nenhum momento negou os fatos que Jurgen demonstrava conhecer. Resolveu então se abrir com ele e lhe contou tudo o que acontecera. Jurgen, sem censurá-la, procurou informá-la de todos os problemas que aquela situação provocaria, desde o sofrimento que isso causaria à sua mãe desde a reação da sociedade que, preconceituosa, faria da vida dela um verdadeiro inferno.

O que Jurgen desejava era conseguir uma promessa de Adelle que não voltaria a se encontrar com Laura, porém, ela não só recusou a prometer, como também declarou que não saberia mais viver sem ela. Sem saída, Jurgen recorreu à única saída razoável que encontrou, sugeriu à Ygraine que a colocasse de castigo, pois ela mentira e isso era grave, conseguindo assim punir a garota sem precisar revelar a verdade. Também, sem que a esposa soubesse, prometeu dinheiro para um casal que trabalhava na casa, o marido como jardineiro e a esposa arrumadeira, para que eles vigiassem Adelle e o informasse caso alguém desconhecido tentasse se comunicar com ela.

O que ele não contava era com a reação de Adelle que, ao saber que só poderia sair de casa em situações inevitáveis e que, quando isso acontecesse, teria que estar acompanhada, a garota disse para que todos ouvissem que, na primeira oportunidade, fugiria de casa.

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Comentários

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Adorei o conto!

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Nassau que loucura amigo, e nessa época a discriminação corria a solta, imagina duas mulheres apaixonada uma pela outra o escândalo era certo com certeza parabéns pelo conto e nota mil amigo.

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