RENATA, UM GRANDE AMOR – 3

Um conto erótico de NETO
Categoria: Grupal
Contém 8127 palavras
Data: 02/03/2022 00:13:00

RENATA, UM GRANDE AMOR – 3

Continuando…

Voltei para a minha sala e o Dr. Rodrigues me acompanhou. Percebi que os funcionários presentes, me olhavam assustados. Fiquei pensando nas palavras da Renata: “eu iria me arrepender de humilhá-la." Que merda ela quis dizer com isso? Quem tinha sido humilhado, fui eu. Ela que desgraçou com a nossa vida. Transformou em ódio, da noite para o dia, todo o amor que eu sentia. Eu não acreditava em mim mesmo, fui engando durante tantos anos e sempre fingi não ter percebido. Sempre me fiz de desentendido ou aceitava suas desculpas, não querendo acreditar que ela poderia estar fazendo aquilo comigo.

O Rodrigues também estava embasbacado com toda aquela cena. Já foi logo me perguntando o que tinha acontecido:

- Vocês pareciam ser um casal tão feliz e unido. O que aconteceu, Paulo? Para eu ajudar, preciso saber em detalhes.

Respondi bem superficialmente, não queria dar detalhes do que tinha acontecido. Ele só tinha que saber o que era necessário para o processo. A verdade? Eu estava com vergonha. Então, o que fiz, foi resumir sem citar as piores partes. Eu queria deixar a Renata na pior. Queria saber se ela tinha direito sobre a casa e alguns bens em comum que possuíamos, já que nós, não éramos casados no papel. Até ficamos noivos e resolvemos morar juntos, eu, ela e sua filha, que mesmo eu dando muita atenção e carinho, não considerava como minha filha, a tratava como se fosse uma sobrinha, no máximo. Apesar de lhe dedicar bastante atenção e tratá-la com muito respeito, sempre houve uma certa barreira entre nós dois. Agora no fim, vejo como isso até foi bom. Com a separação, seria um motivo à menos para sofrer.

Eu estava revoltado e disse ao Rodrigues:

- Eu a quero fora da minha casa. Disso eu não abro mão.

Rodrigues, pacientemente, começou a me orientar:

- Você precisa esfriar a cabeça. Pelo tempo que vocês moram juntos, já se configura uma união estável. Mesmo que a casa esteja em seu nome, Renata tem os direitos dela garantidos por lei. E ela não teria nenhuma dificuldade em provar isso.

Vendo minha decepção e contrariedade, Rodrigues tentou me dar alternativas:

- O que se pode fazer é colocar à casa a venda e dividir os valores. Assim, ninguém sai prejudicado.

Eu tinha mais dúvidas. Então, perguntei:

- Nós temos uma chácara também. Mas essa, está no nome da minha mãe. Fiz isso por causa dos impostos de renda e IPTU, que tinham um bom desconto por ela ser aposentada.

Rodrigues pensou por alguns instantes e por fim, falou:

- Quanto a isso, acho tranquilo. Só tenha o cuidado de ter a certeza que nada liga a posse da chácara a vocês. A justiça tende a simpatizar com as mulheres. Ainda mais quando são mães.

Ainda tinha os carros, o meu e o dela. O meu valia bem mais, mas era financiado. O dela já estava quitado. Havia também, a sala comercial que era a sede da minha empresa, mas que eu e meu sócio tínhamos comprado antes da Renata entrar em minha vida. E ainda, as contas conjuntas nos bancos e nossas aplicações e investimentos.

Rodrigues pensava com calma e logo voltava a me orientar:

- Quanto ao imóvel comercial, acho que não teremos problemas. Mas, todo o resto, ela tem direito a partilha. Melhor fazer as coisas da forma correta, do que ficar anos na justiça e perder no final.

O Rodrigues então, me explicou mais algumas coisas e me avaliando, perguntou:

- Paulo, tem certeza de que quer fazer isso e dessa maneira mesmo? Ela vai ficar muito irada e vai vir para cima de você com tudo.

Eu, queria fazer Renata sofrer. Do mesmo jeito que ela estava fazendo comigo agora. Eu disse:

- Rodrigues, pode fazer sim. Não quero mais ver aquela mulher na minha frente, quero manter a maior distância possível. Já vou dar ordem para bloquear a entrada dela aqui no prédio e também no condômino da chácara. Providencie tudo o mais rápido possível, por favor! Pode ficar tranquilo, não vou me arrepender. Essa decisão já está tomada.

Ele se despediu e antes de sair, ainda parou na porta e me perguntou uma última vez:

- Tem certeza mesmo? Não seria melhor você aguardar uns dias até a cabeça esfriar? Tudo o que aconteceu ainda é muito recente. Pense bem.

Eu respondi, até com um pouco de grosseria:

- Será que ninguém entendeu? Acabou. Renata me destruiu.

Rodrigues se foi.

Eu já tinha bloqueado todo o acesso da Renata às nossas contas conjuntas e cancelado todos os seus cartões. Eu era o titular em tudo. Eu tinha declarado guerra, mas sabia que ela não teria problemas com dinheiro, ela tinha muito bem como se virar sozinha. Ô, se tinha!!!!!

Logo depois que o Rodrigues saiu, a Paula veio até minha sala querendo saber o que estava acontecendo. Ela estava assustada com tudo aquilo. Ela me disse que não estava sabendo lidar com a situação. Disse também que a Renata tinha ligado um tempo depois de sair do prédio e que estava chorando e desesperada pedindo sua ajuda. Para ela tentar fazer com que eu fosse encontrá-la. Renata queria conversar civilizadamente.

Eu, confiando na amizade da Paula, resolvi desabafar:

- Olha, Paula! Ontem, naquele evento no autódromo, em que fomos convidados pela amiga da Renata, a mesma que pediu ajuda a ela para organizar o evento. Com certeza, você por ser bem intima da minha agora ex, sabe muito bem o que deve ter acontecido. Tenho certeza que você sabe o que ela aprontou.

Paula me olhava assustada. Mas, seu olhar de espanto não me convencia. Eu continuei:

- Vocês sempre trocaram confidências e sabem muito da vida uma da outra. Eu sei tudo o que aconteceu e já desconfiava de outras coisas. A diferença é que ontem, ela perdeu totalmente o respeito por mim e resolveu aprontar na minha presença. Sem ela perceber, eu acabei descobrindo tudo e ainda filmei para ter provas.

A Paula, minha secretária, ficou me olhando pálida. Tentou tirar o corpo fora dizendo que não sabia de nada e que eu estava enganado. Eu já fui logo acabando com mais mentiras:

- Paula, para com isso! Vocês acham mesmo que eu sou tão idiota? Nos nossos encontros, na nossa casa ou na sua e do Alex, de uns tempos para cá, eu sempre percebi vocês duas cochichando pelos cantos. Uma vez, eu escutei, sem querer, você falando para ela que o que ela estava fazendo era loucura. Que ela poderia prejudicar muitas pessoas.

Paula, novamente tentou argumentar. Mas eu não dei chance. Continuei a colocar para fora toda a frustração. Estava magoado com ela também. Eu continuei a falar com a voz já alterada:

- Vocês estavam rindo. Já tinham bebido um pouco além da conta e Renata falava que você podia ficar tranquila, que estava tudo sob controle. E tem mais Paula, sinceramente eu espero que você saiba bem menos do que eu imagino. Porque se eu descobrir que você sabia de tudo e não me alertou de nada, nossa amizade e nossa parceria terminará na hora.

Quando eu terminei de falar, ela estava muito assustada, olhava pra mim em pânico, tentando me convencer de que não sabia de nada muito errado. Ela disse que a Renata só falava de algumas coisas que fazíamos juntos e mais nada. Paula deu meia volta e foi saindo da minha sala. Eu a chamei novamente:

- Paula, tem certeza que você não tem nada mesmo para me contar? A hora é agora! Se você for honesta comigo, podemos tentar amenizar a situação. Até preservar a nossa amizade. Mas, se eu descobrir de outras formas, vai ser pior para todos, principalmente para Renata. Você pode ter a certeza que eu farei o possível e o impossível, para descobrir tudo. Eu tenho certeza que tem muito mais sujeira nessa história.

Nessa hora, ela já estava começando a chorar e saiu rapidamente da minha sala.

Paula é esposa do Alex, meu melhor amigo. Depois de passarem por alguns problemas familiares, perderam quase tudo. Eu, para ajudar, trouxe a Paula para trabalhar comigo. Ela é uma excelente profissional, me ajudou muito na empresa. Após alguns meses, ela e o Alex já estavam conseguindo se reerguer. Mas, fora do ambiente de trabalho, ela sempre ficou ao lado da Renata e eu tinha certeza que agora não seria diferente.

Tranquei a porta e fiquei ali sozinho novamente nos meus pensamentos e lembranças...

O ano era 2009, começo do mês de abril, quando eu e a Renata nos conhecemos e começamos a nos relacionar. Logo depois da nossa primeira noite juntos, começamos a nos encontrar regularmente. Quando o famoso carro chegou, Renata foi a primeira pessoa para quem eu mostrei. Eu havia prometido que ela seria a primeira pessoa a dar uma volta comigo. Estávamos sempre saindo para jantar, íamos ao cinema, tardes gostosas no parque… no começo, estávamos sempre juntos. No sexo, era tudo espetacular. Ela era insaciável. Eu estava me sentindo nas nuvens, nunca tinha sentido nada parecido na minha vida.

No meu relacionamento anterior, eu e a minha namorada éramos bem inexperientes. Fui eu que tirei a sua virgindade. E eu tinha saído com apenas duas mulheres antes dela. fomos aprendendo as coisas juntos, até assistíamos filmes pornôs quando íamos em motéis. Dessa forma, tentando repetir as posições, começamos a descobrir do que gostávamos. Mas ainda assim parecia morno.

Não tinha um terço da química entre mim e Renata. Com a Renata, era tudo muito intenso, eu estava me realizando como homem. Eu era o macho comedor. Tinha dias, que me sentia o maioral. Era maravilhoso demais o nosso sexo, ou melhor, o nosso amor.

Continuamos saindo por três meses, sem declarar nenhum tipo de compromisso. Ela falava que estava bom assim, estávamos nos conhecendo. Ela sempre dizia que sua vida estava muito corrida para pensar em namoro. Eu não pensava da mesma forma. Queria que ela ficasse ao meu lado todo dia, queria assumi-la.

Enquanto estávamos nesse chove e não molha, a Marcela me ligou e acabei saindo com ela. Passamos uma tarde quente no motel. Mas, apesar de ter gozado gostoso, não tinha sido tão bom quanto era com a Renata.

A Renata trabalhava bastante como promotora de vendas, demonstrando diversos tipos de produtos. Ela sempre tinha trabalho: dos mais simples, como demonstrar bebidas em mercados, aos grandes eventos. Ela promovia diversas marcas diferentes. Às vezes, o trabalho nos grandes eventos, duravam de oito a doze horas. Mas ela sempre dizia que valia a pena, pois os valores das diárias eram bem atrativos.

Renata também estudava. Fazia faculdade de Administração e tinha o sonho de se especializar em marketing e propaganda. Sua rotina era bem puxada, mas mesmo assim, ainda encontrava tempo para nós dois durante a semana. Aos sábados sempre nos encontrávamos no final do dia e passávamos a noite toda juntos. O domingo era sagrado, normalmente ela ficava com sua filha.

Realmente, ela era uma mulher muito independente e esforçada. Morava em um pequeno apartamento no centro da nossa cidade, dividido com uma amiga. Seus pais, moravam no prédio ao lado, facilitando assim o dia a dia com a sua filha.

Nesses meses que estávamos nos conhecendo, tive a impressão dela ter saído com outra pessoa também. Às vezes, eu ligava e ela não atendia o telefone. Ou mandava mensagens e não recebia respostas. Isso acontecia sempre nos mesmos dias da semana. E ela sempre usava a mesma desculpa para se justificar: tinha ficado sem bateria ou que na correria não teve como responder na hora. Eu ficava mordido de ciúmes, mas não podia cobrar nada, afinal não tínhamos compromisso. Então, eu resolvi que também iria sair um pouco sozinho. Seria bom mostrar a ela que eu também sabia fazer meus jogos.

Liguei para Marcela, a loirinha deliciosa, que me atendeu dizendo que estava com saudade das nossas conversas. Ela aceitou meu convite para sair e fomos a um barzinho legal e muito movimentado aqui da cidade. Comemos e bebemos um pouco e ficamos batendo papo por um bom tempo. Eu não tinha a intenção de me vingar da Renata. Só queria estar com alguém que tinha prazer em estar em minha companhia e que não ficava dando desculpas esfarrapadas para não me atender ou responder minhas mensagens. Só queria passar uma noite legal, sem dramas.

Marcela reclamou:

- Estou sabendo que você estava saindo com uma outra pessoa. Porque só agora você me procurou, depois de quase dois meses? Poxa! Você podia ao menos ter ligado de vez em quando para dar notícias.

Eu não queria que ela me achasse um idiota, então respondi:

- O serviço está muito corrido. Eu realmente estava conhecendo outra pessoa. Até achei que poderia ser sério. Mas, ela não estava na mesma frequência que eu. Se eu estivesse namorando, eu jamais faria isso com você ou com ela. Não sou assim, você sabe disso.

Marcela pareceu confiar na minha resposta e voltou a sorrir.

Fazia pouco mais de uma hora que estávamos ali. E em uma mesa não muito distante, três moças olhavam sem parar e sem disfarçar em nossa direção. Pareciam me conhecer, mas eu nunca tinha visto aquelas garotas. Achei estranho e acabei pedindo para Marcela dar uma olhada disfarçada e ver se conhecia alguma daquelas garotas.

Ela levantou pra ir ao banheiro e disfarçadamente deu uma olhada, depois sorriu para mim e foi saindo. Uma das moças, a seguiu em direção ao banheiro. Fiquei mais intrigado ainda. Logo a Marcela retornou e já foi me falando:

- Elas são da mesma faculdade que eu e a Paulinha estudamos. Ela me disse que conhece a Renata e que achava que vocês dois estavam namorando.

Antes que eu pudesse me explicar, Marcela disse:

- Fique tranquilo. Eu disse que nós dois somos amigos apenas. Disse para ela também, que eu não tenho a mínima ideia se você está comprometido ou não. E que estamos apenas colocando a conversa em dia. E que você pensava o mesmo.

Ficamos mais um tempo ali e eu estava muito incomodado com a situação. Percebia as meninas usando o telefone e olhando pra mim. Perguntei para a Marcela se ela não se importava se mudássemos de ambiente. Ela concordou de imediato, paguei a conta e fomos para o carro.

Eu estava manobrando para sair, quando vejo a Renata chegando junto com um cara. Eles não estavam de mão dadas nem nada, somente um ao lado do outro e ela já foi indo em direção ao bar. Eu acelerei fundo e ela viu meu carro passando, mas eu fiz de conta que não a vi e fui embora. Em minutos ela me ligou. Na primeira chamada, eu não atendi. Mas, na segunda, por insistência da Marcela que falou séria que eu deveria atender e não deixar a menina no vácuo, eu resolvi aceitar. Renata estava um pouco exaltada:

- Paulo, porque você saiu tão apressado? Acha que eu não te vi? Eu vi seu carro passando bem perto de mim. Por favor, volta aqui para a gente conversar, quero muito falar com você.

Eu respondi bem seco, mas sem ser estúpido:

- Olha, Renata! infelizmente, não vou poder retornar agora. Estou indo levar minha amiga para a casa dela e depois preciso descansar. Eu não sabia que você estaria aí. tenho que acordar muito cedo amanhã, tenho uma reunião com um cliente muito importante em uma cidade vizinha. Amanhã à noite ou no outro dia, te ligo e marcamos alguma coisa.

Renata ficou muda na hora, até a Marcela ficou assustada com a forma que eu falei. Já que Renata estava jogando comigo, eu também poderia jogar um pouco. Ela então me disse, com voz de choro:

- Paulo, eu não sou palhaça para você querer sair só na hora que lhe convém. A gente tem saído bastante, se curtido. Achei que você iria me respeitar e não ficar saindo por aí com uma outra garota. Ainda mais, mostrando para todas as minhas amigas, esfregando isso na minha cara. Mas, já que é assim, tudo bem! Depois, não reclame. Eu também posso ficar por aí desfilando com um cara ou até mais de um. O que não falta é homem correndo atrás de mim.

Agora sim, eu estava puto. Falei ainda mais seco:

- Em primeiro lugar, eu não sabia que a gente estava namorando ou tendo algo mais sério. Semana passada eu te perguntei sobre isso e você desconversou, disse que era pra irmos devagar, que precisávamos nos conhecer bem antes de assumir alguma coisa. E segundo, eu não estava desfilando por aí com uma qualquer, ela é minha amiga e eu nem sabia quem eram aquelas garotas no bar.

Respirei fundo, me acalmei um pouco e continuei. Renata estava muda do outro lado:

- E só para você saber, elas chegaram muito tempo depois da gente. Eu não tenho nada pra esconder de ninguém. Diferente de você, que por várias vezes não atende o telefone e também não se preocupa em responder minhas mensagens. Me desculpe, mas agora eu preciso desligar, estou dirigindo. outro dia conversamos mais se você quiser. Boa noite!

A Marcela ficou me olhando estranho, ainda mais assustada. Eu pedi desculpas e falei que eu não era bobo. Já que Renata não estava nem aí para mim, eu não precisava me preocupar.

Marcela e eu tínhamos combinado de ir para um motel. Mas, com tudo o que aconteceu, ela me pediu para deixá-la em casa, dizendo que o clima havia se quebrado. Nem questionei, realmente não iria ter cabeça pra transar naquela hora. Chegamos em frente à sua casa, ela me deu um beijo no rosto e falou:

- Volta lá no bar, se acerta com a Renata. Está muito claro para mim que vocês dois se gostam. Nós dois paramos aqui. Eu não quero ser prêmio de consolação de ninguém.

Ainda tentei argumentar:

- Marcela, você não é prêmio de consolação nenhum. O meu prêmio é poder sair com você e desfrutar de bons momentos. Por favor, não me leve a mal. Mas realmente, não tenho nada sério com ela. Saímos algumas vezes sim, cheguei a achar que iria dar em namoro, mas com certeza não vai ser bem assim. Ela só deve estar com aquele sentimento de perda. De quem não deu valor.

Marcela preferiu não prolongar mais o assunto. Fiquei olhando-a entrar na portaria do prédio e pensando que eu tinha realmente me fodido. Fui dar uma de gostosão e fiquei sem nenhuma das duas. Acabei indo para casa sozinho.

Antes, parei em um posto e comprei algumas latinhas de cerveja. Enquanto pensava no quanto eu havia me dado mal, percebi que estava completamente apaixonado pela Renata. Ficava me lembrando do que ela falou, que não faltava homem atrás dela. Me doía o peito só de imaginá-la nas mãos de outro cara. Fui pra casa bem devagar, tomando uma cerveja, pensando no que eu poderia fazer para tentar reverter tudo de errado que estava acontecendo.

Quando cheguei na frente da garagem do meu prédio, percebi o mesmo carro que ela chegou no bar, estacionado e com três pessoas dentro. Acho que eram duas mulheres, mais o motorista.

Quando estava entrando na garagem, vi o carro passando bem devagar, indo embora. Com certeza, era Renata se certificando de que eu iria mesmo para casa e que estava sozinho. Essa atitude dela, me fez ficar muito confiante de que eu poderia sim, reverter tudo aquilo.

No dia seguinte, eu e meu sócio saímos cedo em direção a outra cidade, para fazer uma apresentação do nosso sistema, para uma clínica que iria abrir. Passamos o dia todo com esse possível novo cliente. Foi um dia muito cansativo, porém, muito proveitoso. conseguimos fechar o contrato.

Durante o dia todo, eu quase nem mexi no celular. Nem tempo para pensar em Renata sobrou. Por volta das quatro da tarde, voltamos pra nossa cidade. Deixei meu sócio na empresa e fui para casa descansar. Tinha dormido muito mal durante a noite anterior e queria tomar um banho e me deitar mais cedo. Parei em uma padaria para comprar pão e frios para fazer um lanche. só aí que fui perceber um grande número de mensagens no meu celular, que havia passado o dia no silencioso. Havia algumas mensagens da Marcela e várias da Renata.

Resumindo: as da Marcela, eram pra pedir desculpas. Ela tinha achado melhor fazer daquela forma, antes de começar a ter algum tipo de sentimento por mim. Ela disse que gostaria de continuar sendo minha amiga, mas que ela percebeu que eu estava em outro ritmo com a Renata e não gostaria de atrapalhar e me desejou boa sorte.

As da Renata, também começaram com pedidos de desculpas pela noite anterior. Ela disse que tinha ficado com muito ciúme, que percebeu que estava gostando muito de ficar junto comigo e que precisávamos sentar e conversar para nos acertar. Mas logo o tom foi mudando. Como eu não respondia, ela foi ficando nervosa. E por fim, já estava me xingando no final, me chamando de grosso e insensível. Resolvi ligar, mas ela não atendeu. Insisti umas três vezes e continuei sendo ignorado. Então, mandei mensagem mesmo, dizendo que gostaria sim, de sentar e conversar. Que hoje o dia tinha sido muito corrido, mas produtivo. E que eu não tive oportunidade de responder antes, que só agora haviam terminado as reuniões.

Escrevi dizendo: “Renata estou indo pra casa agora. Seria muito legal nos encontrarmos e podermos conversar. E também comemorar o fechamento de um contrato muito bom”.

Fiquei esperando durante um bom tempo sua resposta. Mas infelizmente, fui ignorado outra vez. Fiquei muito chateado. Ao mesmo tempo que nós dois nos entendíamos muito bem na cama, fora dela estava sendo bem difícil. Ela era muito geniosa e eu não gostava desse tipo de joguinho. Eu também sou orgulhoso. Ficamos pelo menos, três dias sem nos falarmos. Nem por mensagens.

Dois orgulhosos.

Na Sexta-feira, perto da hora do almoço, recebo uma ligação da Paulinha. Achei muito estranho. Afinal, o que ela poderia querer comigo? Quando atendi já fui perguntado:

- Está tudo bem, Paulinha? Aconteceu alguma coisa?

Ela me acalmou:

- Fica tranquilo! Só estou ligando para saber se podemos conversar pessoalmente. Não é nada grave, amigo. Mas, eu preciso muito falar com você. Você pode vir até a faculdade? Então, podemos almoçar ou coisa parecida. Mas, precisamos mesmo falar.

Decidi resolver logo a questão. Estava preocupado que alguma coisa tivesse acontecido com o Alex. Saí direto da empresa para a faculdade. Mas, para minha surpresa, ela estava junto com a Marcela. E o mais surpreendente, era a Renata junto das duas. conversavam animadamente e quando me viram chegando, a Renata que estava sorrindo, logo fechou a cara.

Cheguei e cumprimentei a Paulinha e a Marcela com um beijo e um abraço em cada uma. Para Renata, dei somente um beijo no rosto. Eu estava bem chateado e resolvi no susto, que era melhor agir friamente com ela, sem deixar transparecer a emoção de estar ao lado dela novamente. Ela também estava meio arisca comigo. As outra duas disseram que iriam dar uma volta e saíram, deixando nós dois ali sozinhos.

Ficamos um tempo sentados, os dois de cabeça baixa e sem falar nenhuma palavra. Eu resolvi dessa vez tomar a iniciativa. Me virei pra ela, segurei as suas mãos e comecei a falar:

- Olha, eu não sei o que está acontecendo com a gente. Estávamos vivendo uma fase bem legal, nos curtindo bastante, mas agora parece que ficamos fazendo birrinhas. Tanto eu, como você.

Renata continuava de cabeça baixa. Mas, eu continuei falando:

- Eu sei que existe um sentimento forte entre a gente. Mas quando um não faz uma coisa que o outro quer, resolvemos dar o troco. se continuarmos assim, não vamos sair do mesmo lugar. Estou gostando muito de você e quero demais que a nossa relação evolua. É só com você que eu quero estar.

Mesmo de cabeça baixa, Renata estava atenta as minhas palavras. Eu continuei:

- Naquela noite quando comprei o carro, eu achava que estava me dando um presente enorme, talvez o maior da minha vida. Mas na verdade, o maior presente que eu poderia ganhar, foi conhecer você. Estar com você, faz meu peito se encher de alegria. Há muito tempo eu não sentia isso. Por favor, vamos nos entender e seguir nossas vidas juntos. Isso é tudo o que eu mais quero.

Quando terminei de falar ela ainda estava de cabeça baixa, não falava nada, mas estava chorando baixinho. Levantei seu rosto e olhei bem fundo em seus olhos e perguntei:

- Você quer namorar comigo? Namoro sério. Você é minha e eu sou seu. Sem mais ninguém entre nós dois.

Renata pulou para o meu colo, me abraçando e me beijando com uma volúpia sem tamanho, falando que aceitava e que queria muito ser minha namorada. Ele falou me enchendo de alegria:

- Quero ser sua mulher para sempre. Você agora é o meu homem e eu nunca mais vou deixar você escapar de novo. Nem por um minuto.

Ficamos muito felizes e resolvemos sair dali pra almoçar e podermos conversar mais e terminar de nos acertarmos. A faculdade que fica em uma rodovia que corta nossa cidade. Ali bem próximo, tem um motel muito bom. Resolvi ir direto para lá. Afinal, fazia quase uma semana que não transávamos e eu estava morrendo de vontade de tê-la em meus braços. Quando ela percebeu para onde eu estava indo, ela sorrindo, me chamou de safado, e disse que hoje ela iria acabar comigo, que estava morrendo de tesão e de saudades.

Pedi a melhor suíte. mal entramos e já fomos tirando nossas roupas. Nós dois tínhamos pressa. Nossa sintonia era perfeita. Já fui beijando seu corpo todo e terminando de tirar minha roupa. Meu pau chegava a doer de tão duro. Coloquei ela de quatro na beirada da cama e dei uma leve chupada em sua buceta que já estava molhada. Que delícia! Sentir seu mel, sentir seu sabor. Sabor de fêmea com tesão.

Fui logo metendo gostoso. Não enfiei de uma vez para não machucar. Mas fui enfiando firme até o fundo, ela gemeu alto e pediu:

- Amor mete gostoso na sua namorada, me faz gozar gostoso nesse pau delicioso. Me faz sua mulher.

Nessa hora endoidei. Comecei a meter com força e ia aumentando a velocidade. Ela gozou rapidinho. Quase gritando e falando:

- Não para… está bom demais… esse pau gostoso está acabando comigo… aiiiiii…. Huuummmmm…

Depois dela ter gozado a primeira vez, continuei metendo forte e logo avisei que iria gozar também. Enchi a sua bucetinha de porra e ela gozou mais uma vez junto comigo. Ficamos deitados na cama nos beijando e “namorando”. Nós dois estávamos com fome. Pedimos uma comida leve, e ficamos conversando ali deitados e ela começou a pedir desculpas, me chamando sempre de amor:

- Amor, me desculpe por todos esses dias. Fui muito infantil. Achei que você estava realmente me sacaneando e saindo com a Marcela. No outro dia, você demorou tanto pra me responder que eu fiquei muito nervosa e por fim não li as suas mensagens. Somente no outro dia que eu vi que você tinha me chamado para comemorar o sucesso do seu trabalho. Fiquei envergonhada e muito chateada comigo mesmo, por não ter olhado antes. Pensei que você estava bravo e achei melhor nem responder.

Renata estava sendo honesta. Ou assim eu pensava. Ela continuou:

Achei que você mandaria alguma outra mensagem ou me ligaria. Mas você se chateou, e com razão me deu um gelo. Fiquei muito mal e hoje por um acaso, encontrei a Paulinha e a Marcela. As duas ficaram me olhando e eu resolvi que iria tirar satisfação com ela. Mas, logo de cara, ela e a Paulinha me falaram sobre tudo: das vezes que vocês saíram e as duas me mostraram que você realmente estava gostando de mim.

Eu sorri para Renata e fiz um carinho em seu rosto. Ela ainda tinha mais coisas para falar:

- Eu pedi desculpas para as duas e disse que estava com vergonha de te ligar. Foi quando a Paulinha falou que iria nos ajudar, que ela te adorava, que você era praticamente cunhado dela e que faria de tudo pela sua felicidade. Amei demais o que ela se propôs a fazer e aqui estamos. Mais uma vez, me perdoe.

É claro que eu a perdoei. Eu não conseguia mais viver sem ela ao meu lado. Por fim, ficamos à tarde toda no motel. Fizemos muito amor, de todas as formas possíveis e em todas posições que conhecíamos. Foi uma tarde espetacular que nunca na minha vida eu vou esquecer. Ali, estávamos selando nossa união. Fomos embora somente no começo da noite.

A partir desse dia, nossa relação foi ficando mais intensa. Nos víamos todos os dias e transávamos pelo menos quatro vezes na semana. Normalmente na minha casa, mas também no carro, na rua do prédio onde ela morava. Ela logo me apresentou para os seus pais e também para sua filha, que era muito pequena, mas que aceitou numa boa o “tio amigo da mamãe”.

Assim fomos nos conhecendo cada dia mais. Ela foi me apresentando aos seus amigos, e que não eram poucos. E eu, aos meus poucos, mas verdadeiros amigos. Eu me sentia cada vez mais apaixonado por ela. Sentia que era reciproco, tínhamos muito ciúmes um do outro. Quando nos conhecemos e começamos a sair, ela sempre usou roupas curtas e sensuais. Eu até tentava controlar meu ciúme, mas algumas vezes, eu não aguentava e reclamava de um ou outro shortinho mais curto, ou uma mini saia mais abusada. Até mesmo de blusas e vestidos levemente transparentes. Infelizmente, algumas vezes brigamos feio. Ela argumentava que quando eu a conheci, ela já usava aquele tipo de roupa. Mas eu, dizia que naquela época ela era solteira e que agora ela tinha namorado. Não me fazia bem ver os caras babando por ela.

Nessa época, eu já tinha percebido que ela era um pouco exibicionista. Gostava de chamar a atenção. Não sei se era por causa do seu trabalho. Mas acho mesmo que aquilo era dela mesmo, e com o tempo ela até melhorou um pouco e eu relaxei, me acostumei com seu jeito e assim fomos levando.

Tinha o lado ruim também. Algumas vezes em festas ou baladas que íamos, ela encontrava com algumas amigas e acabava se empolgando. Em uma ocasião, eu quase briguei com um cara:

Elas estavam em cinco garotas e só dois homens. Eu e mais um rapaz que era namorado de uma das amigas. O clima entre mim e ele era meio estranho, quase nem conversávamos. A gente estava em camarote e elas dançando e bebendo. Eu ficava ao lado tranquilo, bebendo também, e dançando na minha. Do nada, no camarote ao lado, chegaram sete caras sozinhos sem nenhuma menina. Aquilo já me acendeu o alerta. A Renata já tinha bebido bastante também, mas estava tranquila somente dançando e nem dava confiança pra nenhum deles. Em compensação, três das meninas, só faltavam se jogar para cima dos caras. uma delas, era a namorada do carinha estranho. Ele via a namorada se oferecendo e ficava mais quieto e retraído ainda. Eu pensava: "como que um cara não reage em ver que a namorada já estava dançando e se esfregando em dois caras." Eles estavam fazendo um sanduiche da garota.

Nessa hora, ela veio para nosso lado de novo pra tomar uma bebida e as outras davam risada e falavam que ela era muito safada e oferecida. Ela já estava meio bêbada, e respondeu:

- Fazer o que se o meu corninho não dá conta. Tenho que me virar pra poder gozar gostoso.

Eu estava próximo e escutei muito bem. A Renata percebeu pela minha cara que eu não estava gostando nada daquela falta de respeito. Não ia prestar.

Infelizmente, como eu já tinha tomado várias cervejas, uma hora tive que ir ao banheiro, que era pequeno e tinha uma fila razoável. Devo ter demorado pelo menos uns dez minutos e quando estava voltando tive um choque, um dos caras, um meio alto, talvez 1,85m de altura estava dançando colado com a Renata e segurando em sua bunda. Ela, com o vestido um pouco levantado e o cara com uma perna no meio das suas. Ele apertava a bunda da Renata, enquanto a puxava de encontro ao seu corpo.

Meu sangue ferveu, fiquei cego de ódio e já cheguei pegando ela pelos braços e dando um baita empurrão no cara que quase caiu. Ela se assustou e já foi tentando se justificar:

- Calma, amor! Era só uma dança.

Eu ainda mais irritado, gritei com ela:

- Cala a boca! Vamos embora agora. Eu estava com um mal pressentimento. Porque eu não levei a sério.

Saí praticamente arrastando Renata dali. Eu havia dado poucos passos quando senti alguém me puxando pelo ombro. Ainda bem que eu estava com os reflexos em dia. O cara tentou me dar um murro, mas consegui desviar e só acertou de raspão no meu rosto. Em seguida, dei um chute em seu joelho que fez ele cair na hora e quando eu já estava armando a mão pra socá-lo, um dos seguranças, que era um companheiro das aulas de muay-thai, me segurou e não me deixou bater no cara.

Os amigos do cara vieram em nossa direção, mas os seguranças contiveram os ânimos. O segurança que era meu colega, perguntou o que tinha acontecido enquanto me acompanhava até a saída. Eu disse que o cara tinha mexido com a minha namorada e que vi ele passando a mão em sua bunda. Disse também, que a princípio, só dei um empurrão nele, mas que ele veio atrás e tentou me acertar e eu me defendi dando um chute em seu joelho. Ele falou que era melhor irmos embora logo que eles iriam colocar o cara pra fora. Para não acontecer de nos encontrarmos na rua, o meu amigo segurança, segurou um pouco os caras, enquanto eu pagava a conta.

Fomos para o carro rapidamente, para tentar evitar uma confusão maior. Se fosse somente o cara sozinho, eu me garantia. Mas ele estava com vários amigos e também poderia correr o risco de algum deles estar armado.

Entramos no carro e eu ainda não tinha falado nada pra Renata, que chorava baixinho e de cabeça baixa, parecia uma criança que aprontou. Fiquei me segurando para poder esfriar um pouco a cabeça. Eu estava tão nervoso, que se ela falasse alguma coisa, era capaz de eu terminar tudo ali mesmo. E com certeza iria ofendê-la muito. Fui direto deixá-la em sua casa e quando chegamos, eu já estava um pouco mais calmo. Ela queria abrir a porta do carro para descer, mas eu não destranquei e comecei a falar bem ríspido e alto com ela. Não gritava, mas estava com a voz bem alterada:

- O que você pensou que estava fazendo lá na balada? Dançando daquela forma com aquele cara? Por acaso, você estava achando que eu tenho vocação para corno, igual ao namorado daquela biscate da sua amiga? Com certeza, numa hora dessa, ela já deve estar no motel com no mínimo dois dos caras e o namorado dela assistindo.

Renata evitava olhar para mim. Permanecia sentada, chorando e de cabeça baixa. Eu prossegui:

- Você tem noção do que aprontou hoje? O que você acha que eu senti vendo o cara com a perna no meio das suas e apertando sua bunda? Só estava faltando, ele tirar a rola para fora e te comer ali mesmo em cima da mesa do camarote. E você, toda sorridente se esfregando no cara. Não é possível que você achou que eu iria curtir uma palhaçada dessa. E o pior, quase me fez brigar. Só não fomos enxotados para fora, porque o segurança era meu amigo.

Eu estava ficando aí mais nervoso pelo silêncio da Renata. Começava a falar mais alto:

- Se você acha que pode sair por aí dançando e rebolando no primeiro marmanjo que aparece na sua frente, igual você fazia quando estava solteira, você pode tirar seu cavalinho da chuva. Eu não aceito esse tipo de coisa, sou seu namorado, nunca mexi com nenhuma menina. Nem sozinho e muito menos ao seu lado. Eu te respeito, mas também exigi ser respeitado. Não sou um simples peguete seu, somos namorados.

Ela continuava escutando tudo sem dizer uma única palavra e chorava baixinho. Quando parei de falar, fiquei olhando para ela. Aquele silêncio estava me matando. Eu insisti:

Não vai falar nada? Não vai nem se defender? Vamos terminar a noite assim?

Renata, criando um pouco de coragem, resolveu se desculpar:

- Amor, me perdoa! Eu acho que bebi um pouco além da conta. Eu estava vendo os caras lá, dando em cima das meninas e você saiu para ir ao banheiro e estava demorando. Fiquei ali sozinha um tempinho e o cara chegou ao meu lado numa boa, se apresentou e perguntou meu nome e me chamou pra dançar. Achei que não teria problema, que seria somente uma música e pronto. E só até você voltar. Acho que ele se empolgou e sinceramente, eu nem percebi o que estava acontecendo. Na verdade, eu estava um pouco bêbada e nem senti a mão dele na minha bunda. Só percebi a cagada que estava fazendo, quando vi você chutando o cara. Aquilo me deixou apavorada. Por favor! me perdoa. Não tive a intensão de fazer nada a mais do que dançar uma música e muito menos dar para o cara. Eu errei. Te prometo que isso jamais irá acontecer novamente.

Vendo que eu ainda estava avaliando se ela dizia a verdade ou não. Renata tentou me seduzir:

- Sobe comigo e vem tomar um banho para esfriar a cabeça. A Thais não volta hoje. Você pode deixar o carro na garagem. Vem comigo, por favor! Vamos subir. Eu preciso de um banho também. Você bebeu e está muito nervoso, não é legal ir embora assim.

Ela ficou me segurando pelas mãos e me fazendo carinho. Eu não consegui resistir ao seu olhar meigo. Acabei cedendo.

Chegamos no apartamento e fomos os dois juntos para o banho. Nos esfregamos, mas sem tentativas de sexo. Quando ela passou o sabonete no meu pau, ele ficou duro na hora, não tinha como não ficar. ela me punhetou um pouco, mas eu tirei suas mãos e me enxaguei. ela saiu junto comigo, nos enxugamos e fomos deitar os dois pelados mesmo. Na cama, ela me abraçou e falou que me amava demais, que não queria me perder. Ela disse que não faria mais nada de errado como hoje e que iria se comportar sempre e maneirar na bebida.

Começamos a nos beijar e logo estávamos transando em um papai e mamãe bem gostoso. Ela me beijava e rebolava bem de leve. Ficamos um tempo assim e logo coloquei ela de quatro e comecei a meter mais forte. A lembrança do cara com a mão na bunda dela, estava ainda muito viva na minha mente. Acho que inconscientemente, queria mostrar a ela que eu era o melhor. Eu metia forte e cada vez mais ia aumentando a velocidade. Ela gemia bastante e falava que estava delicioso. Gozamos quase ao mesmo tempo e ficamos deitados ofegantes. Não falamos mais nada sobre o que aconteceu na balada e acabamos dormindo daquele jeito mesmo.

A partir daquele dia, comecei a perceber que ela às vezes fazia algumas coisas pra me provocar, sendo com alguma roupa mais estravagante ou com algumas atitudes. Nas baladas ou festas que íamos, parecia que ela estava me testando a todo momento para ver o meu limite...

Abri os olhos e parecia que estava saindo de um transe, estava de volta ao meu escritório e muito excitado pelas memórias. Fiquei ali, largado no sofá por algumas horas. Só voltei a realidade, porque a Paula estava me ligando para avisar que estava saindo pra almoçar. Resolvi sair para comer também. Eu não estava com fome, mas desde o dia anterior eu não comia nada. Ia acabar passando mal.

Saí pouco depois da Paula e dei sorte de o elevador chegar rápido. Ela não me viu saindo, e quando já estava na frente do prédio, foi em direção ao carro da Renata, que estava estacionado bem próximo. Paula entrou e as duas ficaram conversando por um tempo. Fiquei de longe observando, não queria que elas me vissem. Ficaram pelo menos uns vinte minutos ali paradas. A Paula então, desceu do carro e eu vi o Alex, seu marido e meu melhor amigo, chegando para encontrá-la.

A Renata saiu com o carro cantando pneus e quase bateu em um outro que estava passando na hora. Eu fiquei mais um pouco ali na portaria e vendo que meus dois amigos estavam indo para o shopping ao lado do nosso prédio, que tinha restaurantes muito bons, resolvi ir para lá também. Eu não tinha a intenção de sentar com eles. Ia ficar de longe, mas me deixar ser notado pelos dois. Estranhei um fato: o Alex nunca ia almoçar com ela, ele trabalhava bem distante, e para ele estar ali, era porque a coisa era séria mesmo. Com certeza, além da minha separação, tinha a ver com a ameaça que fiz mais cedo para a Paula. Eu me sentia mal por fazer meus amigos passarem por isso. Mas, eu dei a oportunidade de a Paula ser honesta. Injusto, eles não poderiam dizer que eu estava sendo.

Quando cheguei na praça de alimentação, eu vi de longe onde os dois estavam sentados. Fui me servir em um self-service misto de comida japonesa e comida tradicional, eles faziam um salmão grelhado divino. Quando eles me viram, a Paula abaixou a cabeça e balançava negando alguma coisa. Percebi que ela estava chorando. O Alex acenou de longe, me cumprimentando. Acenei de volta e fiquei ali comendo sossegadamente.

Me distrai por alguns minutos, olhando algumas coisas no celular e me assustei quando notei ele de pé ao meu lado. Eu até iria levantar para cumprimentá-lo, mas ele meio seco disse:

- Precisamos conversar e o assunto é muito sério. E também é do seu interesse.

Olhei bem em seus olhos e disse:

Acho que aqui não é o lugar adequado para assuntos muito sérios. Passa na empresa mais tarde ou me liga no final do dia para combinarmos.

Alex aceitou bem. Mas disse que como precisava ir trabalhar, me ligaria depois. Eu, sorrindo para o meu amigo e tentando ser cortês e amigável, disse

- Combinado, então! De tarde você me liga e a gente vê a melhor hora para os dois.

Ele já ia saindo. Mas, de repente, ele voltou e disse:

- Olha a Paula está muito mal e não vai retornar para empresa hoje. Não sei se ela vai para casa ou para o médico. Tudo bem?

Eu sabia que a Paula só estava tentando evitar o contato comigo. Que ela não estava sentindo nada além de remorso e culpa. Eu disse, ríspido:

- Alex, eu sinto muito. Mas, você diga para ela que se não retornar hoje à tarde, não precisa retornar mais. Ela será imediatamente desligada da empresa. Infelizmente, ela está se deixando envolver em assuntos particulares. E ainda por cima, escolhendo o lado errado. O lado de quem é egoísta e só pensa em si própria.

Eu disse isso meio sem pensar. Eu estava muito puto com tudo e ainda sabendo que ela estava falando com Renata pelas minhas costas. Alex ficou realmente chateado. voltou para perto de mim e falou:

- Não é possível que você vai ser tão insensível dessa forma e fazer isso com ela, ou melhor, conosco. Você sabe o quanto precisamos desse emprego. É a maior fonte de renda da nossa casa. Você não é assim, não teria coragem de fazer uma coisa dessas com seus melhores amigos.

Alex até tinha razão. Mas, era uma forma de pressionar a Paula. Talvez, essa fosse a única forma dela ceder e contar a verdade. Eu disse:

- Olha, Alex! Eu sei de tudo isso. Não quero tomar nenhuma medida impensada e radical. Só que a confiança está se quebrando. Ela, com certeza já te falou tudo o que aconteceu hoje. Então, me explica o porquê da Paula ficar quase meia hora dentro do carro da Renata na porta da empresa?

Quando falei isso, Alex se assustou. Eu continuei:

- Elas são amigas fora do ambiente de trabalho e nós dois também. Só que ali dentro, temos que ser profissionais. E eu vou travar uma batalha muito grande com a Renata depois de tudo o que ela aprontou. Te digo sinceramente, não quero pensar na Paula trabalhando comigo e passando informações para a Renata.

Fui falando e me levantando. Vendo que Alex estava começando a se colocar no meu lugar e entendendo os meus motivos, eu dei o cheque mate:

- Com todos esses acontecimentos, é melhor mesmo ela se desligar da empresa de uma vez. Pela nossa amizade, eu te garanto que vocês não vão ter problemas financeiros. Prometo pagar o salário dela integral, por pelo menos seis meses. Vai ser melhor assim para todos. Eu me conheço e sei que vou ficar com uma eterna desconfiança das atitudes das duas. Me perdoe, amigo! Sei que é a sua esposa, e eu amo vocês dois como se fossem meus irmãos. Mas passar pelo que eu estou passando, sabendo que a Paula tinha conhecimento de muita coisa e nunca me alertou, me faz sentir traído. Isso está me doendo demais, muito mais do que você possa imaginar.

Alex tentou argumentar e me acalmar:

- Calma, Paulo! Por favor! Tenha calma e me escute. É sobre isso mesmo que eu quero conversar com você. Paula me ligou hoje desesperada e me contou tudo o que estava acontecendo.

Alex tomou um gole do meu refrigerante e me pediu para sentar junto com ele. Ele continuou a falar:

Me perdoe, meu amigo! Só agora que eu tomei conhecimento de toda a situação. Paula realmente sabia de algumas coisas. Segundo ela, muito pouca coisa. Mas, se ela tivesse tido a coragem de lhe contar tudo o que estava acontecendo, teria sido há algum tempo atrás. Talvez, você não estaria sofrendo tanto quanto agora.

Eu, apelando para a nossa amizade, pedi ao Alex:

- Por favor! Seja honesto comigo. Eu não aguentaria perder vocês também.

Alex, me olhou com empatia e prosseguiu:

- Segundo o que ela me disse, por várias vezes, ela conversando com Renata, pediu para que ela parasse. A Renata sempre prometia e ficava um tempo de boa. A Paula acreditava, pois, a Renata não falava mais nada para ela. E de repente, explode essa bomba. Ela não sabe como conversar com você, por isso me pediu para vir até aqui.

Eu ainda precisava de mais informação. Então, perguntei:

- Ok, Alex! Eu entendo. Mas, porque ela estava com Renata no carro se tinha ciência que a bomba explodiu? Porra, cara! Na frente do escritório. É sério isso?

Alex era mesmo um bom amigo. Ele me contou tudo o que sabia:

- Sobre ela estar no carro da Renata, era justamente para tomar partido de um lado sim: o seu. Ela falou para Renata não a procurar mais. Que somos muito amigos e que você não merecia tudo o que está acontecendo, que você sempre foi um homem bom, que ela iria contar tudo para você, e queria sua a lealdade dela. Por isso que a Renata saiu cantando pneus e quase bateu o carro. Ela está transtornada e acusou a Paula de traidora.

Eu olhava para Alex já com um pequeno sorriso no rosto. Pelo menos, Paula tinha recobrado e juízo e via quem era o seu verdadeiro amigo. Alex ainda disse:

- Por favor, meu irmão! Nos dê esse voto de confiança. Paula errou em não te contar, mas ela vai se redimir. E o que você precisar, ela vai estar ao seu lado para te ajudar. Eu estou muito magoado com ela também, por fazer isso com você. Pode parecer que não, mas ela nunca comentou nada comigo e eu estou muito triste por te ver nessa situação.

Fiquei olhando para ele. Alex falava tudo aquilo e lágrimas desciam pelo seu rosto. Nós dois fomos criados praticamente juntos e eu sabia muito bem que para ele estar chorando, era porque ele estava muito triste e magoado mesmo.

Eu o acalmei:

- Alex, por você, irmão! E somente por você, vou dar esse voto de confiança. Mas infelizmente, a confiança que eu tinha nela, a ponto de ela saber as senhas das minhas contas no banco e até dos meus e-mails, essa confiança se quebrou. Não sei quando vou conseguir perdoá-la. Mas tudo bem, ela pode continuar na empresa. Eu sei que se depender de você, ela vai fazer de tudo para reparar essa amizade.

Continua…

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Comentários

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Muito bom relatos, com idas e vindas no tempo! Resta saber agora a atitude que Paulo irá tomar né!

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O personagem Paulo presenciou várias furadas e deveria ter colocado á limpo todas as suspeitas que a "sua" mulher deixou antes de assumir compromissos. Êle é fraco.

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Ahahahah!!! Quanta discórdia! Continue a escrever assim mesmo Neto, estãos ótimas as sequências de seu conto. Estão despertando "paixões" entre seus leitores. Muito bom mesmo o caminho que a trama tomou.

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Eu acho que você está no site de contos errado. Faça uma breve pesquisa e você verá que os contos mais estrelados e mais comentados, são exatamente os que você disse que cansam. Eu particularmente, curto a história. O tema não é o que eu escrevo e nem o que eu gosto de ler. Mas, aqui na cdc, a grande maioria adora esse tipo de conteúdo. Os do netos são até lights. Os que mais fazem sucesso são os de maridos cornos, submissos e humilhados ao extremo.

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Assim como os outros contos esse é muito bom, bem detalhado uma história que te prende e diferente dos outros, começa não pelo início mas praticamente pelo meio ou já quase fim da história.

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Neto, parabéns pelo conto. Principalmente pela forma de descrevê-lo (presente a passado). Você realmente se superou nesta !!!!

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História excelente,e melhor,com muitos personagens que parecem ser bem próximos,mas guardam muitos segredos que o protagonista vai descobrindo ao longo dos capítulos. O autor sabe cozinhar os fatos e enquanto isso conduz muito bem enredos alternativos. Faço votos que a história de Amanda seja brevemente escanteada pra dar passagem a essa.

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Muito bom o conto vc Neto e um cara iluminado o seus contos poderiam virar filme, mais quando chega no final fica o gostinho de quero mais aí vc lança uma segunda temporada e dá um e-mail para comprar o conto que NINGUÉM responde e deixa pelo menos comigo uma grande frustração, por que não fazer o site onde podemos nos cadastrar e pagar para ler os contos, seria mais rápido o atendimento e melhor para todos.

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Vc tah confundindo o Neto com o Lael²

Kkkkkkkkkkkkkkk

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oi tudo bem, não sou eu não, o Lael que tem histórias espetaculares é que vende a segunda temporada

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Véi, o Neto tem o dom de descrever os piores tipos de mulher. Sabe aquela fofoca que a gente fica sabendo da separação do fulano? Que a mulher acabou com a vida do cara, e a gente fica curioso pra saber o que houve? Esse é o tipo de história que o Neto descreve nos contos. E não tem homem no mundo que não fique indignado com as atitudes dessas mulheres.

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piro que vc tem razão viu, tem algumas que a gente fica realmente com raiva mesmo..kkkkkk

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oi...vamos ver oque dá pra fazer, da Amanda veio primeiro, mas vamos aos poucos deixando tudo nos eixos

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Aquele capítulo que você começa a ler com ódio e termina, furioso. Essa Renata não presta pra nada, cara!

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Seu contos tem os enredos mais envolventes. É tão prazeroso de ler e fica sempre aquela vontade de "quero mais". Sensacional.

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Sobre o conto da Amanda....se virá para explicar por que ela ficou no final com o cunhadinho kkkkk

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Caraaaaaca que episódio massa !! Me amarro em história assim , tu é foda Netão cheio dos mistérios.....rs...ancioso pela história toda..rs

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Neto o que essa mulher aprontou cara vou ficar louco meu kkkkk nota mil parabéns.

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Eu confesso que depois de ler a versão da Amanda, voltei aos contos originais. Tem muita brecha na história. Quando você lê com atenção dobrada, você acabando percebendo várias pequenas dicas do autor. Amanda é muito safada, mas acho que ela merece ser ouvida.

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A história do ponto de vista da Amanda tá muito no começo para tirar qualquer conclusão, mas pelo pouco que eu li, com ela colocando as piores situações na conta da amiguinha da onça dela, me parece muito falso. Ainda não me convenci dessa culpa menor dela.

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