A Sociedade Alfa, Beta, Gama - Parte 4
Uma sociedade num futuro não tão distante onde um casal pode escolher mudar para uma definitiva relação D/s.
(Essa é uma estória de ficção erótica. Todos os personagens e situações dessa estória são fictícios e todos personagens tem mais de dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa estória.)
(Existe uma mudança significativa nessa parte e poderá seguir para as demais. Essa parte está sendo contada em primeira pessoa pelo personagem Alfa Beth. O personagem Gama Camila passa a ser secundário.)
Sissie Hipnose - sissiehipnose@gmail.com
Deixei o meu bichinho de estimação semiconsciente sobre a cama após um orgasmo e segui tomar um banho e me arrumar.
Eu já estava vestida e me preparando para sair quando a minha Gama Camila quase em lágrimas me abraçou e falou:
— Eu não gosto quando você se ausenta por alguns dias, eu sinto muito a sua falta. Me deixa preparar um café da manhã para você.
Os Gamas são muito dependentes de seus Alfas, mas não seria a primeira vez que eu me ausentaria. O trabalho algumas vezes necessitou disso.
Recordo que a pouco mais de um ano Camila foi um Beta masculino ativo e até certo ponto autoritário. Se tornou um Gama passivo onde o único objetivo de vida é me fazer feliz. Abri a geladeira e falei para ela:
— Não será necessário. Como sempre tem um suprimento de esperma aqui que durará mais de uma semana se necessário. Não se esqueça, no máximo cinco vezes por dia!
Ela não iria desobedecer. Basta um pouco de meu fluído em sua pele para ela chegar às nuvens com um orgasmo. E isso torna mais suportável estar longe da minha presença física por alguns dias.
Peguei a minha mala e segui para a porta. O meu transporte havia chegado para me levar até o aeroporto. Embora Camila já está bem treinada, passei o último lembrete:
— Você já sabe. Se eu não voltar em uma semana, siga para o centro médico. Eles saberão o que fazer.
Fechei a porta sob o olhar triste e choroso de minha escrava pensando que na verdade nem eu sei exatamente o que o centro médico faria para ela, mas peguei essa informação da primeira vez que viajei a trabalho.
Meus pensamentos desviaram rapidamente para o meu objetivo.
***
A viagem de avião durou três horas. Observei em sua maioria Betas na aeronave. Alguns poucos Alfas estavam acompanhados de seus Gamas, provavelmente viagens de lazer, mas alguns Alfas também levam Gamas em negócios.
Fiz uma passagem rápida pelo hotel. Apenas dar a entrada para o meu quarto e deixar as minhas malas e com ansiedade segui para o meu objetivo.
A ansiedade não é um sentimento corriqueiro para um Alfa. Nossa vida não segue uma rotina bem definida como a de um Gama, mas não sinto grandes desafios. Acho que a alta confiança que temos impregnada em nós também ajuda muito.
Observo durante os trajetos os muitos Betas em suas vidas apressadas e vazias. Se eles pudessem entender a complexidade de uma vida Alga-Gama.
Logo cheguei ao complexo empresarial e pouco tempo depois a secretária Beta liberou a minha entrada. Foram quase dois meses de pesquisa e alguns contatos para eu descobrir esse local. Sua existência está à margem da legalidade até onde eu pude entender.
Fui recebida por um Alfa em uma sala confortável. Ele me convidou a me sentar e me perguntou como poderia me ajudar. Seu sotaque é típico de alguém dessa região. Respirei fundo e expliquei:
— Eu sou um Alfa há um ano e um pouco. Eu jamais desejaria voltar a ser um Beta com uma vida sem sentido, mas eu olho a cada dia para a felicidade pura de minha Beta e é impossível não sentir inveja dela.
O homem ouviu atentamente as minhas palavras. Eu sei que no complexo são realizados procedimentos únicos que não existem em mais nenhum local. Num centro médico local eu seria expulsa, talvez presa. Eu continuei:
— Eu estou cansada de estar no comando, cansada de me sentir poderosa o tempo inteiro, só gostaria de me sentir calma e feliz. Eu queria poder experimentar ser uma Gama. Eu tenho inveja da minha escrava Camila. Isso é possível?
O homem ficou um tempo em silêncio. Pareceu degustar as minhas informações e depois explicou:
— Em parte sim. Como você sabe o que fazemos aqui é altamente sigiloso. Você foi monitorada desde que entrou e sabemos que não está monitorando a nossa conversa. A nossa atividade não é ilegal para a nossa região, mas é discreta e o governo não gostaria que fosse divulgada. Você seria presa assim que retornasse para a sua região se algo que se tornasse público. Fui claro?
Concordei com a cabeça. Eu não teria nenhum interesse que algo assim acontecesse. Ele continuou:
— Vamos começar pelo seu Gama. Ela não apenas sente a sua ausência, ele é fisicamente dependente de você. Precisa do seu esperma e precisa sentir os feromônios. A ausência disso por muito tempo termina em loucura e depois em falência geral dos órgãos e no final morte. Você até pode sentir falta do seu Gama, mas são ligações muito diferentes.
Refleti sobre as palavras. Não são informações que existem publicamente. Devem ser mais restritas aos médicos dessa área. A minha ausência mataria Camila.
— Mas a marca em seu Gama pode ser refeita. A sua gente faz isso em casos esporádicos, quando algo acontece com o Alfa até uma certa idade. Um Gama não pode ficar muito tempo sem uma marca. Sem ele não vive mais que alguns dias. Mas a marca pode ser feita para um outro Alfa.
Ele deve ter percebido o meu olhar de surpresa. Nunca fiquei sabendo dessa informação. Nunca tinha pensado a esse respeito. Ele pausou um pouco e continuou:
— Praticamente o processo Alfa-Gama é somente feito em casais. Então provavelmente o seu Gama te amava antes do processo. Mas é diferente. O seu Gama não apenas te ama. Você é um deus para ele e o mundo dele gira em torno ao seu redor. Em uma nova marca, não importa se ele está vendo seu novo Alfa pela primeira vez, ele vai sentir o mesmo que sente por você. A ligação, além de mental, é física e isso não é uma opção do Gama. Você é substituída muito mais facilmente do que pode imaginar.
Eu nunca tinha pensado a esse respeito. Amo Camila e gosto de sua companhia, mas não tinha imaginado quanto isso para ela não é uma opção. Para mim é natural sentir ela como minha propriedade. Jamais pensei que poderia ser substituída facilmente por alguém. Perguntei:
— A minha Gama poderia voltar a ser um Beta.
O seu olhar revelou a sua discordância ainda antes suas palavras:
— Não. Um Alfa pode voltar a ser um Beta. Vi isso acontecer algumas vezes. As alterações feitas a um Gama são muito mais profundas. Não conseguimos sucesso tentando fazer isso. Um Gama sempre será um Gama, só conseguimos mudar a sua marca, mudar o seu Alfa. E isso cai nas suas palavras. Não podemos fazer você experimentar ser um Gama. Se você for transformado em um Gama será um deles pelo resto de sua vida.
Ele deixou a sua afirmação penetrar os meus pensamentos. A minha mudança seria definitiva se eu optasse por ela. E Camila teria quase instantaneamente um novo Alfa a quem amar.
— E quem será o meu Alfa?
— Um Alfa que por algum motivo perdeu o seu Gama. Ou um Beta que deseja se tornar um Alfa. Temos meios de tirar a aleatoriedade e forçar a criação do Alfa.
Foram muitas informações de uma vez. Logo eu estava voltando para o meu hotel e com todas as instruções recebidas para o caso de eu decidir prosseguir com meu desejo.
***
Fomos separadas assim que chegamos ao complexo empresarial. Eu tinha visitado o local quase um mês antes.
Providências foram necessárias e tomaram algum tempo. Me desliguei do meu emprego e tive que me desfazer do meu lar. Depois tive que requisitar uma mudança de minha cidadania para o novo local.
Camila não sabe os processos pelos quais passaremos. A informação não seria útil para ela e apenas causaria o seu sofrimento. Como um Alfa, a decisão foi inteiramente minha.
Eu já me encontrava sozinha a cerca de vinte minutos no quarto quando uma enfermeira Gama apareceu.
Eu provavelmente poderia forçá-la a fazer sexo comigo naquela mesmo hora. Um Gama tem pouca resistência a ordens diretas de um Alfa desconhecido. Mas eu estou aqui para me tornar como ela, sentir o que ela sente.
A enfermeira preparou em silêncio o soro do meu lado da cama. Olhei para o vazio do outro lado. Onde estaria o meu futuro Alfa. Pensei a respeito por um momento e perguntei:
— O meu Alfa não virá aqui?
— Virá sim senhora, mas o Beta desejou comparecer apenas após você estar desacordada. Eu posso mostrar para a senhora uma foto se desejar.
Apenas balancei a cabeça para os lados. O fato seria inútil. Então eu teria um Alfa novo, ex Beta. Pensei no amor e na dedicação de Camila. Para ela eu era a pessoa mais bela do mundo. Recordei que um ano antes eu também fui um Beta que se tornou Alfa.
A enfermeira penetrou no meu braço com a agulha do soro. Eu fiz uma última pergunta:
— Eu poderei ver a minha Gama Camila após o processo?
Ela hesitou por um momento na abertura do soro. Pensou em algo e depois falou:
— Eu teria que verificar isso com o seu Alfa. O processo dela acontecerá apenas dentro de algumas horas quando o Alfa dela chegar. Mas acho que não faria muita diferença, você a verá apenas como uma Gama e ela o mesmo. Quando você despertar ela já estará marcada por um novo Alfa.
A enfermeira não esperou uma nova pergunta. Liberou as milagrosas gotas do soro e após alguns segundos eu senti uma vontade irresistível de dormir.
***
O toque em meu braço me despertou. Me senti confusa e estranha.
A sensação de poder e de autoridade me pareceu uma lembrança muito distante, quase um sonho. Me sinto indefesa e insegura.
Abri os meus olhos para ver o gigante ao meu lado. O homem mais bonito que já vi na vida. Admirei o seu rosto com uma barba rala e seus braços peludos como um urso.
Suas mãos fortes tocaram os meus peitos. Elas os apertaram com força, quase me fazendo sentir mais dor que prazer. É muito bom sentir o toque e a força de meu Alfa.
Ele sobe sobre mim. As minhas pernas instintivamente abrem. Eu estou mais excitada do que imaginei que seria possível. Eu não preciso pensar ou decidir, meu corpo parece saber exatamente o que tem que fazer e como agir.
O seu pinto parece imenso. Força a minha xoxota e me penetra com força. Ele quer me marcar logo.
Senti apenas um momento de dor, que se tornou intenso prazer. Ele começou a entrar e sair com força dentro de mim. Palavras saíram de sua boca numa voz grave e forte:
— Você agora é minha!
As palavras do meu Alfa me fizeram explodir de felicidade. Nada me parece ser mais importante que servir a ele.
Logo depois senti que ele me inundou com o seu esperma. Não consegui pensar em mais antes de ser tomada por um choque forte e uma onda de prazer como nunca senti antes. A força desaparece do meu corpo. Quero sentir isso para sempre.
***
Alguém toca levemente o meu braço e sinto o cheiro de um Gama. Antes esse cheiro fazia os meus sentidos despertarem e eu me sentir mais poderosa, mas agora é apenas um cheiro.
Abri os meus olhos e olhei para a enfermeira. Olhei para o meu lado em busca de meu Alfa, mas eu já sabia que ela não estava lá. Imediatamente me senti vazia longe dele. Involuntariamente falei:
— Meu Alfa.
A minha voz está mais feminina, mais delicada, mais Gama. A enfermeira sorriu. A sensação de olhar para uma igual é diferente. Sinto nela uma companhia e uma simpatia. É diferente da sensação de competição e desafio que eu sentia em relação a outros Alfas. Ela falou:
— Você logo estará com ele, não se preocupe. Acredito que o seu processo tenha corrido bem, o médico já irá recebê-la. Vista esse avental.
Olhei para o avental quase transparente aos meus pés e fiz o que foi pedido. Quero estar logo com o meu Alfa. O seu rosto não sai dos meus pensamentos.
Além de praticamente transparente, o avental também é curto. Mal chega a cobrir a minha xoxota.
Caminhei seguindo e ela até uma sala. Sinto o cheiro de um Alfa. É um médico e ele está atrás de uma mesa.
Não posso evitar sorrir. É bom estar na presença de um Alfa, mesmo que não seja o meu. Não posso evitar de falar:
— Eu quero dar pra você!
Ele riu e comentou:
— Ex Alfas são sempre mais entusiasmados. Segura o seu fogo um pouco.
Ele se levantou e se aproximou. É delicioso sentir a proximidade de seu odor Alfa. Sua mão tocou a minha vagina por um momento e ele comentou:
— Lubrificação adequada diante de um Alfa. Você já foi marcada e creio que a transformação foi muito bem sucedida. As suas respostas estão dentro do esperado.
Ele sentou-se novamente em sua cadeira. Abriu o zíper de sua calça e tirou um belo pênis. Falou em minha direção:
Me chupe!
Ajoelhei e o mais rápido que pude e com desejo abocanhei o pinto do Alfa. O chupei com o máximo de dedicação. É bom servir a um Alfa.
Ele gozou em minha boca. Adorei o sabor, mas não tive muito tempo para pensar nisso. Uma onda invadiu o meu corpo quase imediatamente. Senti o familiar choque de um orgasmo, menos intenso que antes, mas muito prazeroso.
Meu corpo precisou se apoiar nas pernas do homem e quase desmaiei. Precisei me recompor aos poucos.
Logo ele me pediu para levantar e falou:
— Vai lá servir seu Alfa. Nos vemos em alguns dias para as suas mudanças requisitadas.
As palavras do médico me fizeram lembrar de Camila. Um dia eu tive oportunidade de moldar o que desejei nela dentre muitas opções disponíveis. Me senti contente por poder me adequar ainda mais ao meu Alfa.
A enfermeira apareceu me trazendo uma roupa para me levar a companhia de meu Alfa.
***
Acordei confusa. Meus pensamentos parecem todos embaralhados. Tento abrir os meus olhos. Estou em uma cama.
O movimento sobre a cama faz as minhas costas sentires muitos pequenos choquinhos e arrepios. Acho que eu sou muito sensível.
Estou tentando lembrar onde estou e como cheguei aqui. Um pouco alarmada percebo que não posso me lembrar quem sou ou mesmo o meu nome. Apenas estou nua sobre uma cama desconhecida.
A porta abre vagarosamente e uma mulher entra. Sinto um cheiro agradável e percebo que ele vem da mulher. Um pouco assustada eu pergunto:
— Quem é você e que lugar é esse?
A mulher me olha por um momento e depois pega uma prancheta que está nos pés da cama. Seu olhar é de contrariedade e ela fala:
— Que porcaria! Você teve a sua memória apagada. O seu nome agora é Samantha. Eu sou uma enfermeira.
Eu me lembrei. É verdade. O meu nome é Samantha.
Continua…
