APENAS UMA REGRA (ROMANCE GAY/HOT) - CAP 21: FESTIVIDADES (FINAL)

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 1975 palavras
Data: 19/12/2021 02:10:07

Galerinha,

Cheguei ao fim da saga de Stefano e Miguel. Esse foi o primeiro "Hot Romântico" que escrevi. Espero que todos tenham curtido. Quero agradecer a todos os leitores que comentaram: Arthur Miguel, Ana_Escritora, celli86, Lebrunn, GeoMateus, Vitinho 165, pil.lan, Escritos, Mr Rony18cm e Ercole_Angelino.

Espero que tenham gostado da história! Fiquem com a final de "Apenas uma regra":

***

Eu amo o mês de dezembro. A temperatura é ideal. Nem quente, nem frio. Se todos os meses do ano fossem assim, eu ia amar a cidade de São Paulo. É uma noite gostosa de quinta-feira. As pessoas vêm e vão, a maioria nem olha para os lados. Como sempre, a noite paulista não para. Os meus anos de Garoto de Programa me fizeram ser mais observador, conhecer o ambiente onde estou inserido.

Por exemplo, uma moça passa agarrada ao seu namorado (pelo menos é o que parece), porém, a cara do rapaz é de tédio, talvez terminem hoje à noite. Um homem joga um copo no lixo, só que o objeto de plástico cai no chão. Ele nem se incomoda. Otário, duvido que ele faça isso em casa.

De repente, um homem chega perto de mim. Seu nervosismo é evidente. O homem deve ter na faixa dos 40 anos, gordinho e careca. No início, eu fico em estado de alerta, porque tem maluco para tudo.

— Com licença. Tudo bem? — ele me cumprimenta, antes de pegar um lenço para limpar o suor da testa.

— Tudo. O que deseja?

— Quanto é... quanto é o programa?

Sim. Certas coisas não mudam. Seis meses se passaram, mas algumas coisas permanecem as mesmas. A minha cara de Garoto de Programa é uma delas.

— Desculpa, fofinho. Eu não sou garoto de programa. — expliquei.

— Pelo amor de Deus, perdão. Eu não sabia.

— Boa noite, amor. — Miguel se aproxima e coloca o braço em volta do meu pescoço. Isso deixa o Miguel na ponta dos pés, algo que tira um sorriso de mim.

— Eu, eu. Com licença. — pediu o homem saindo de perto.

— Quem era? — perguntou Miguel, com uma carinha de ciúme.

— Ele queria saber quanto era o programa. — comentei.

— Stefano. — Miguel me dá uma batidinha no ombro.

— É verdade, uai. Mas eu avisei que não sou mais GP. Agora sou estudante universitário. — disse o abraçando. — Ah, só não deu tempo de dizer que namoro o cara mais gostoso de SP.

— Mesmo, porque?

— Porque o meu namorado, o cara mais gostoso de SP, chegou. — o beijei. — Agora, por favor, podemos ir que estou morrendo de fome, essa aula acabou comigo.

Sim. Muitas coisas mudaram nos últimos seis meses. Eu me matriculei no curso de Educação Física e estou finalizando o meu primeiro semestre. Consegui um trabalho de segurança na Joalherias Arnoult, recebi a indicação da nova gerente comercial, Nicky Assunção. Ela explicou para Klaus e Miguel todos os buracos na história de William e conseguiu ajudar a empresa a se reerguer.

A rotina de estudante e trabalhador não é fácil, mas, aos poucos, estou conseguindo conciliar todas as áreas da minha vida, principalmente, a amorosa. Quem diria que o encontro na Rua Augusta mudaria tantas coisas em mim. Acho que todos nós precisamos evoluir e sair do casulo, né?

O nosso apartamento está mais movimentado. Agora, a manda chuva é a Nicky, afinal, ela ganha mais do que todos nós. A Izzy engatou um romance com o Felipe, amigo do William. Ele nos jurou que não sabia de nada e desconhecia a personalidade psicótica dele. Levou uns meses até acreditarmos nele, principalmente, a Nicky.

As duas estão apoiando uma ONG que ajuda garotas e garotos trans, a TransParecer. A Joalheria Arnault também está envolvida. O Klaus se mostrou uma boa pessoa e queria se engajar mais nas pautas LGBTQIA+. Finalmente, o tio do Miguel conseguiu voltar para o seu lugar no Marketing da empresa.

***

Pandemônio. O apartamento está um pandemônio. Resolvemos fazer a ceia de Natal em casa. Pela primeira vez, passaria a data com um namorado. Ah, e além de comemorar o "nascimento de Jesus", nós também celebraremos a vitória do Miguel no MasterChef. O meu namorado passou três meses longe de mim, mas todo o esforço valeu a pena.

Durante semanas, o Miguel provou ser um ótimo chef de cozinha e desbancou 21 concorrentes. Ele, inclusive, recebeu um convite para estagiar em um dos melhores restaurantes de São Paulo. O meu amor merece isso e muito mais. A dedicação do Miguel serviu de inspiração para mim e meus amigos.

Bruschetta, arroz natalino,salada de macarrão, fricassê de frango com batata palha, peru assado, lombo de porco, rabanada, chocotone (melhor que panetone, desculpa) e bolo de reis. O Miguelzinho se superou em todos os pratos. Ok, a parte da sobremesa a gente encomendou, mas o meu namorado arrasou demais.

A decoração ficou por conta da Izzy. Graças a Deus, o ataque virou apenas um borrão em seu passado. Claro, que a terapeura ajudou na sua trajetória. Ela usava toda a sua energia para coisas positivas como, por exemplo, o curso de Enfermagem, que ela decidiu continuar.

Sim, apesar da bagunça e correria, as coisas estavam bem. No último ano, a Izzy e eu, passamos o Natal comendo pizza em um apartamento escuro e vazio. Agora, criamos uma espécie de família. Todos se apoiavam e torciam pelo sucesso do outro. Puta que pariu, não vou ficar emocional, prometo!

— Pessoal! — Miguel gritou, chamando a atenção dos grupinhos que se formaram na sala. — O peru sai em cinco minutos.

O Miguel estava uma delícia, principalmente, usando o avental do "Master Chefe". O meu namorado apostou em uma camiseta florida, uma bermuda bege e mocassins combinando. Ele aproveitou o momento para analisar a decoração da mesa.

Conversar com o Klaus ainda é tenso. Porém, nós dois amamos o Miguel e fazemos o nosso melhor para não deixar as coisas estranhas. Quer dizer, pelo menos, quando alguém não atrapalha essa harmonia.

— O teu marido manda bem na cozinha, Stef. — disse Júnior, meu personal e, agora, colega de profissão.

— Meu sobrinho sempre arrasa. — comentou Klaus.

— Ah, espera. Você é o tio? — perguntou Júnior olhando para nós de maneira engraçada. — Porra, Stefano. Comeu o tio e...

— Vem cá, retardado. Com licença, Klaus. — pedi, puxando o Júnior para a outra parte da sala. — Seu lingua frouxa da porra.

O coração de Nicky continuava machucado ao ser trocada por Felipe, mas para a felicidade de Izzy, ela passou por cima de seus desejos e focou no trabalho. Tal sacrífico lhe rendeu a diretoria da Joalheria Arnault, ou seja, uma trans chegando no topo, porra!!! Sério, estou muito orgulhoso da Nicky, que precisa matar um leão por dia para se manter no topo.

— Felipe, você poderia pegar um champanhe para mim? — pediu Izzy, abraçada com Felipe.

— Claro, amor. — saindo.

— E você, Nicky? Dona toda poderosa! — brincou Izzy, tocando no rosto da amiga.

— Ah, mulher. Sem tempo de nada. A joalheria me toma todo o tempo. Fora, que na próxima semana, após o ano novo, vou viajar para a Europa. Vamos representar o Brasil em uma feira de diamantes. Meu cú não passa um fio de cabelo. — explicou Izzy, que usava um terno vermelho e um chapéu de papai noel.

— Você vai arrasar. Não vejo ninguém mais preparada que você. Estou tão orgulhosa do caminho que estamos trilhando. Uma empresária e uma enfermeira. Não vai ser fácil, né?

— Nunca vai ser, mas vamos conseguir nos superar. — abraçando Izzy e a beijando na testa. — Somos sobreviventes, irmã.

Eu amo isso. Porra, não vou mentir. Estamos no mês perfeito para entrar em contato conosco. Nas sessões de terapia, eu consegui liberar o perdão para o meu pai. Afinal, ele já estava morto e não poderia mais me possuir. Foi um trabalho de formiguinha. Continuo tendo pesadelos, mas acordo ao lado do meu parceiro querido.

Nem preciso dizer que comi como um animal. Sério, a comida do Miguel é sensacional. Bebemos para caralho, principalmente, quando o Klaus trouxe vinhos velhos, mas saborosos.

— Pessoal. Eu só queria fazer um brinde. — anunciou Miguel. Eu fui para um lado da sala e fiquei o observando. — Em primeiro lugar, quero agradecer a presença de todos. De uma maneira ou outra, vocês fizeram parte do nosso ano. Cara, e que, porra, de ano. — rindo. — Mas, apesar de todas as desventuras, consegui encontrar pessoas maravilhosas no meu caminho. Obrigado, Stefano, Izzy e Nick. Sem vocês, provavelmente, meu tio e eu não estaríamos aqui. — levantando a taça. — Vamos brincar a família.

— A família! — gritamos juntos.

No fim da noite, estavam jogados em algum canto do apartamento. O Klaus dormia no sofá-cama ao lado de Júnior, tenho certeza que eles se pegaram. A Nicky estava apagada em cima da mesa e usava apenas um cropped vermelho e uma calcinha. Já a Izzy e Felipe, dormiram no tapete da sala.

Apenas a voz da Adele pairava pelo ar. Um ventinho gostoso invadia o apartamento. As luzes de Natal piscavam loucamente e iluminavam o nosso caminho. Miguel olhou em volta e riu.

— Alexa. Desligar. — pediu Miguel, quase tropeçando no tapete.

— Cuidado, amor. — o segurei, evitando um acidente.

Entre tropeços e risadas. Basicamente, esse é o resumo da nossa relação. Por muitos anos, usei o sexo como vávula de escapa para esconder feridas do passado. Inclusive, fiz disso uma profissão. Ao encontrar o Miguel, todo ensanguentado e desacordado, muitas coisas se transformam dentro do meu coração.

Entramos no quarto e tiramos as roupas. Quase tenho um ataque de risos quando vejo a cueca do meu namorado, toda decorada para o Natal. Não perdemos tempo. Ataco Miguel. Ele não tem chance de defesa. Beijo a boca, o pescoço e vou descendo. O pau dele está quase explodindo na cueca.

Não sou muito de fazer boquetes no Miguel, mas, porra, ele está um tesão e merece um bom tratamento. Dou o meu melhor. Engulo o pau dele e faço de tudo para não vomitar. O Miguel conhece os meus limites, então, mete sem pressa e com delicadeza. Seguro na cintura dele para comandar os movimentos.

Olho para cima só para ter uma visão dos deuses. O Miguel mordendo os beiços. Que tentação. Que tesão, porra. Ok. Quero orgulhar o meu nome.Engulo mais do pau dele e faço movimentos rápidos.

— Para. Eu vou gozar. Você nunca me chupou assim, bebê. — Miguel pediu se afastando e com o pau babando.

— Estou preparado, amor. Eu quero você dentro de mim. — pedi, ficando em pé.

— Você, você tem certeza? — Miguel gaguejou.

— Com certeza. Estou preparado. — peguei a camisinha e lubrificante e entreguei para o meu namorado.

Mesmo nervoso, o Miguel pegou a camisinha e encapou o pau. Fiquei de quatro na cama, completamente relaxado para não sofrer tanto. O meu namorado meteu de uma vez, quase gritei de dor. Pedi para que ele deixasse a pica dentro de mim para o meu cú se acostumar.

Ele tremia bastante, e sempre perguntava como eu estava. Eu controlava a velocidade com as minhas mãos. Eu passei a mão no peido dele e pude sentir o coração dele acelerado. Por falta de experiência, o Miguel jogava todo o seu peso em cima de mim, eu fiquei sem ar.

Pedi para mudar de posição, queria sentar na rola dele. Pude ver a carinha de prazer do meu namroado, aquilo me dava mais vontade de dar para ele. Eu me masturbei pra caramba, até que gozamos juntos.

Puta que pariu. Vai se fuder. Fui passivo depois de anos e consegui gozar. O peito do Miguel ficou todo lambuzado e rimos muito, ainda mais devido ao álcool no nosso sangue.

— Obrigado. — agradeci.

— Como assim?

— Obrigado por aparecer na minha vida, Garoto Zumbi. Eu te amo. — me declarei, limpando o suor da testa dele.

— Também te amo, bebê.

— Ah, e eu nunca mais vou dar o cú. — reclamei, tirando uma risada do Miguel.

— Vai sim.

— Não vou. Sou da igreja.

— Puritano. — Miguel me provocou.

— Devasso. — brinquei, o beijando.

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Comentários

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Delicioso final cara. Tu arrasou! E que bom que conseguiu concluir em 21 capítulos, nem curtos, nem longos de mais, tudo bem equilibrado, inclusive a pausa entre entre as postagens. Parabéns!

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Linda história. Curti cada detalhe e a briga interna que Stef travava em relação ao que estava sentindo. Parabéns!

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Ah, que final lindo!

Já estou sentindo saudade dos meninos.

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