APENAS UMA REGRA (ROMANCE GAY/HOT) - CAP 12: SE ESSE QUARTO FALASSE

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 2230 palavras
Data: 01/12/2021 00:07:37

Vamos pa' la playa, pa' curarte el alma

Cierra la pantalla, abre la Medalla

Todo el mar Caribe viendo tu cintura

Tú le coqueteas, tú eres buscabullas y me gusta

***

A voz de Pedro Capó estremece as caixas de som do carro que alugamos. Seguimos em direção ao município de Santos, no litoral de São Paulo. É tão bom o vento quente que nos atinge. O trajeto não é tão longo, mas o suficiente para renovar as energias. O Miguel é o motorista da vez, afinal, ele é o único com carteira de habilitação.

São 70 quilômetros de histórias e risadas. De alguma forma bem irônica, cada um naquele automóvel viveu um período complicado, mas nunca desistiu de continuar.

— Eu adoro vocês! — gritou Nicky, colocando a cabeça para fora da janela e assustando Miguel. — Sabe de uma coisa? Coloca o Rei. — ela pediu.

— Rei? — questionei, porque o meu celular estava conectado ao sistema de som do carro, ou seja, eu era o DJ.

— Sim, vadia. O Rei Roberto Carlos. A estrada de Santos. — explicou Nicky com sua delicadeza ímpar e fazendo uma careta engraçada.

— Ah, tá. — respondi sorrindo e escolhendo a música.

Que sensação foda. O Miguel dirige com confiança, enquanto atravessamos a Avenida Anchieta. As coisas passam em uma velocidade ímpar. Pessoas, carros, casas e natureza. A voz de Roberto Carlos coroa este momento tão especial, pelo menos, para mim.

***

Se você pretende saber quem eu sou

Eu posso lhe dizer

Entre no meu carro, na estrada de Santos

E você vai me conhecer

***

Cantamos o refrão como loucos. Eu não sabia a letra, mas conhecia o ritmo da música. Apoio o braço no banco do motorista. E a minha mão encosta na orelha do Miguel. Os seus cabelos rosas estão voando de um lado para o outro. De uma maneira carinhosa, ele olha para mim e sorri. Caralho, que boca perfeita.

Finalmente chegamos em Santos. A cidade é conhecida por ser o lar de Pelé e Neymar e, claro, pelas suas belas praias. Antes da viagem pesquisei para não perder tempo. Escolhi um hotel barato (desculpa, Miguel), mas confortável. Afinal, não podemos nos encontrar com o Klaus.

O hotel se chama "Horizonte". Está localizado próximo ao calçadão da orla de Santos, um dos lugares mais movimentados da cidade. De longe, já é possível ver as pessoas se divertindo na praia. Eu não quero perder tempo. Preciso tirar a roupa e mergulhar no mar.

— Meninas ficam em um quarto. Meninos em outro. — anuncia Izzy me entregando a chave do quarto. — Aproveita.

— Cala boca, quenga. — digo, olhando para Miguel que conversa com Nicky.

— Você é muito teimoso. Eu não vou mais perder a minha energia praiana com você. — esbravejou Izzy pegando a mala e seguindo para o elevador. — Vamos, Nicky.

Puta que pariu. Puta que pariu. Seguimos para o elevador. O espaço é pequeno, então, esbarro em Miguel. Ficamos no quarto 13. Será que é o meu número da sorte? Fico impressionado com o quarto. É um lixo. Trouxe o Miguel para um quarto lixo. Perfeito, Stefano. Perfeito.

Curioso, o Miguel observa cada parte do quarto. Ele senta na cama e dá alguns pulinhos. Os olhos deles continuam observando. Acho que ele está com vergonha. Mas, em São Paulo, nós dividimos o quarto e dormimos na mesma cama, qual seria a diferença? Depois de um tempo, o Miguel quebra o silêncio.

— O quarto é...

— Horrível. Um lixo. — eu digo me precipitando.

— Um charme. — Miguel levanta e se aproxima. — É um charme.

A voz do Miguel me embriaga. Eu não acredito que ele gosta de mim. Ele deveria ter repulsa de um garoto de programa. Talvez, eu seja apenas um brinquedo nas mãos dele. Eu nem sei qual a sexualidade dele. Nós nos beijamos. O Miguel é bi? Eu já tentei namorar mulheres, mas não rolou.

Estamos próximos. A proximidade me deixa nervoso. O Miguel está cheirando a protetor solar. A sua respiração ofegante me embriaga. Os nossos lábios se encontram e um segundo beijo é inevitável. Dessa vez, eu comando a situação. Seguro na cintura do Miguel e exploro cada parte de sua boca.

Estou no céu. A cada investida contra o Miguel, eu sinto que estou no céu. Sim, rimou. Eu estou no caralho do céu. Beijando a boca de um anjo caído. Somos uma bagunça ambulante. O levo até a cama e deitamos. Fico por cima e tenho uma visão divina dele. O rosto do Miguel está vermelho e sua boca lubrificada.

Por causa do tesão, acabo me perdendo. Exploro o seu pescoço, que tem gosto de protetor solar, beijo a sua boca e coloco todo o peso em cima dele. Não quero que esse momento acabe. O Miguel arfa, segurando os meus cabelos e dizendo o meu nome.

— Eu quero. — ele diz.

— O quê?

— Você dentro de mim. Eu quero você, Stefano. Eu preciso de você. — Miguel implorou.

— Eu não sei, Miguel. Sua primeira vez deveria ser com alguém especial, tipo o William.

— Eu não estou gostando do William, Stefano. Estou gostando de você. — afirma Miguel, tirando a camiseta.

Ok. Eu não lembro de ter ficado com alguém virgem, mas caralho, eu sou um profissional do sexo. O Miguel vai ter a melhor primeira transa do universo. Levanto e vou até a mochila, pego o lubrificante e preservativos. Tiro a roupa e fico apenas de sunga.

O Miguel já está pelado na cama. Ele é uma delícia. O garoto mais lindo que já vi. Tenho que ir com calma, respeitando o tempo dele. Então, o beijo bastante. Quero o deixar relaxado, porque é algo essencial para uma penetração.

O pau dele está meia bomba. Deve ter uns 20cm com uma bela circunferência. Coloco um pouco de lubrificante na mão e o masturbo. O Miguel morde os lábios e aperta os cobertores com as mãos.

O momento de tensão chega. Enquanto masturbo o Miguel, brinco com o seu ânus. Aos poucos, introduzo o dedo indicador. Ele para um pouco, talvez preocupado com a minha atitude.

— Relaxa, bebê. Eu não vou te machucar, prometo. — digo, mantendo contato visual e sentindo um tesão dos infernos.

O meu pau parecia que ia rasgar a sunga. Encontro dificuldade de penetrar o Miguel com o dedo. Passo mais lubrificante e introduzo o dedo novamente. O Miguel geme alto, quase um grito. Pergunto se ele quer que eu pare, porém, o Miguel começa a movimentar a cintura. Isso é um sinal positivo.

No segundo dedo, o Miguel para os movimentos. Indicador e médio disputavam espaço naquele buraco quentinho. Digo palavras de carinho e incentivo para o Miguel. Ele está sendo perfeito. Aguentando cada investida.

Estou suando e com muito tesão. Aumento os movimentos. Os dedos alcançam a próstata de Miguel, o que lhe causa muito prazer. De uma maneira atrapalhada, tiro a sunga e o meu pau está todo babado.

— Posso chupar? — ele pergunta, com um timbre de voz que nunca ouvi antes. O Miguel está no modo safado.

— Deve, bebê.

Você sabe que eu amei o beijo do Miguel, né? Mas, o boquete dele é uma coisa dos deuses. Ele não tem muita experiência, só que sua boca é quente e delicada. Eu seguro nos cabelos de Miguel e controlo os movimentos. Claro que não faço nenhuma maldade. Quero que ele prove o sexo sem pressão.

O calor de Santos deixa os nossos corpos suados, o que deixa a situação mais sexy. Miguel passa a língua na base do meu pau e me tira um gemido de prazer. Depois, o safado explora o meu saco. Tenho costume de me depilar, então, a linguada é mais gostosa.

Busco me controlar. Não quero leitar na boca dele. Quero dar o que o Miguel deseja. Após muito brincar com o meu pau, ele afirmou que estava preparado para o anal.

Camisinha. Lubrificante. Tesão. Todos preparados. O posiciono de quatro na cama. Então, coloco a camisinha e passo bastante lubrificante. Posiciono o meu pau e o introduzo aos poucos. O meu corpo está em êxtase. Não lembro da última vez que fiz sexo por prazer. É estranho. É gostoso. É único.

A cabeça do meu pau tem dificuldade para entrar. O Miguel solta alguns gritinhos, mas não desiste. Seguro o pau com uma mão e acaricio o bumbom dele com a outra.

— Calma. Relaxa. — peço, tendo toda a paciência do mundo. Pelo Miguel, eu tenho paciência. Ele vale a pena.

— Desculpa. — Miguel solta, ofegante e tremendo.

— Tudo bem, bebê. Eu não estou com pressa. Vou no seu tempo, mas se você relaxar vai ser mais gostoso, eu prometo.

Miguel respira fundo e solta. O meu pau vai entrando gradativamente. Agora, o prazer é meu. O cú do Miguel é apertado e quente. Faço pequenos movimentos para ganhar espaço dentro daquela delícia. Que cú gostoso. Vou aumentando as estocadas. O meu putinho segura na cabeceira da cama e geme.

Eu não quero parar. Sou uma máquina. Esperei muito tempo para foder o Miguel. Aproveitando o momento prazeroso, seguro no ombro dele e o trago para mim. O Miguel grita, mas obedece. Como sou mais alto, consigo baixar para beijá-lo. O suor nos deixa escorregadios e sexys.Continuo bombando, enquanto o Miguel se masturba. Percebo que o gozo está vindo quando o seu ânus contraí. Acelero o serviço e gozamos juntos. Estou em êxtase. Não sei o que dizer. É cedo demais para classificar como a melhor transa da minha vida?

Caio cansado ao lado de Miguel que está calado. Eu fico preocupado, porque é a primeira vez dele e percebo uma quantidade grande de sangue no preservativo. Eu juro que fui delicado, bem, fui delicado na medida do possível.

— É normal sentir dor? — ele perguntou, ainda ofegante.

— Sim, bebê, mas com o tempo melhora. — respondi, jogando a camisinha para o lado. — Quer tomar uma ducha?

— Não! — Miguel gritou, parecendo desesperado. — Eu preciso, eu preciso ir ao banheiro. Me entende?

— Ah, tudo bem. — disse, sacando o motivo do desespero. — Ei, Miguel. Isso é normal. Aos poucos, o seu corpo vai se acostumar.

— Entendi.

Miguel levantou da cama e pude ver um pouco de sangue escorrendo pelas suas pernas. Porra, ele era mesmo virgem. Acho que nunca tirei a virgindade de ninguém. Foram quase 40 minutos dentro do banheiro. Droga, o estrago foi tão grande assim? Imagino que para o Miguel deve ser assustador, ainda mais quando não se tem experiência.

Eu não sou muito de sentir pena dos caras, principalmente, quando são clientes. Afinal, eles estão ali para sentir prazer e dar gostoso. Mas com o Miguel, a culpa bate. Milhares de perguntas ficam circulando na minha cabeça. "Será que meti forte demais?", "Poderia ter sido mais gentil?" ou "Só a cabecinha era o suficiente?".

Diabos, o garoto de cabelo rosa tem um poder sobrenatural sobre mim. Lá estou eu, em Santos, no dia mais quente do inverno, preocupado com o bem-estar do Miguel. Não tenho como evitar o sentimento. É algo que foi se construído dentro de mim. Devo ser o garoto de programa mais burro do universo.

O Miguel retorna para o quarto. Aparentemente, tomou um banho completo. Ok. Acho que é agora que agimos como se nada tivesse acontecido, certo? Ainda pelado, ele deita na cama e se alinha em meu peito, sem se importar com o suor.

— Podemos ficar mais um pouco aqui? — a voz de Miguel parece suave e convidativa.

— Claro. — respondi, acariciando os seus cabelos molhados.

— Foi bom? Tipo, eu fui bom? Eu não fazia a mínima ideia do que estava fazendo, por favor, não me julgue. — ele pediu, provavelmente envergonhado, porque não olhou para mim.

— A melhor transa da minha vida. — falei, sem qualquer receio.

— Para. — Miguel soltou um riso abafado.

— Miguel, eu não tenho motivos para mentir. Para mim, o sexo se tornou uma coisa mecanica e monotona, mas com você foi diferente. Eu curti cada minuto.

— Que bom, eu também. Fiquei assustado com o sangue, mas pesquisei no Google. — confessou Miguel me fazendo rir.

O celular dele começa a tocar. Que merda. O clima foi quebrado. Desesperado, Miguel saiu cambaleando pelo quarto e atendeu o telefone. Preciso confessar uma coisa, ele pelado é uma delícia.

Vamos fazer uma análise do corpo do meu peguete? O Miguel é franzino. Deve ter entre 55 kg a 60 kg. De altura, o Miguel tem 1,75 metro (ouvi ele conversando com a Izzy). Apesar de ser magro, o abdômen dele é definido, até mais do que o meu se duvidar. Da cintura para baixo, ele é peludinho e, cara, que coisa sexy.

Fico tão perdido nos pensamentos, que não vi o furacão Miguel. Ele veste as roupas de qualquer jeito e sai correndo para fora do quarto. Pego o meu calção e uma camiseta, ainda querendo entender o comportamento dele. O encontro no saguão do hotel.

— Que porra? — indaguei, sem medir as minhas palavras. — O que houve garoto zumbi?

— O William. Ele descobriu algo sobre o Klaus. Finalmente, vou derrubar o filho da puta.

Sim. Nos últimos dias, o Miguel mudou. Ele não é mais aquele menino franzino que encontrei na Avenida Augusta. Agora, o Miguel está decidido. Inclusive, preciso parar de falar palavrão perto dele. Sou uma péssima influência. O Miguel precisa mudar. Todos nós precisamos, mas não quero ser o responsável pela versão dele boca suja.

— Vou conseguir tudo o que é meu por direito, Stefano. Vou voltar para casa. — comentou Miguel, sem saber que havia um buraco no meu estômago.

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