É assim que eu me lembro — Capitulo 01 — O reencontro

Um conto erótico de Rafaela Khalil
Categoria: Heterossexual
Contém 8662 palavras
Data: 20/11/2021 17:12:03

Alberto, trinta anos, 1,88 de altura, nunca foi um exemplo de beleza masculina, daquelas que atraem as mulheres e que pegam todas na bala, na escola ou no trabalho. Ele sempre foi muito reservado, quieto e bem introvertido

A timidez o levou a perder diversas oportunidades de relacionamento, mas como é comum com o tempo a pessoa vai mudando, aprendendo a lidar com sua própria timidez o que pode ser identificado como “sem vergonha”, mas não é isso, é mais o autoconhecimento.

Esse auto conhecimento faz com que Alberto seja um ímã para as mulheres que já o conhecem, ao primeiro contato ele parece tímido demais, mas com o passar do tempo as mulheres ao seu redor vão se apaixonando, não que todas queiram insistentemente transar com ele, mas se apaixonam de formas diferente como amizade, um cunhado gentil, um genro solícito, um tio amoroso, enfim, uma pessoa que é amada por todos.

Cristiane é a esposa de Alberto, são casados há alguns anos já, ela uma Veterinária dedicada proprietária de um ônibus de clínica móvel onde atende os animais de porta em porta e Alberto com tecnologia. São aquele casal que dá gosto de ver, apaixonados, amantes, cúmplices entrosados até nas piadas simples.

Mas o momento onde eles estão mais conectados é onde ninguém pode ver, na cama Alberto e Cristiane ou Beto e Cris como são conhecidos, se conectam de verdade, é entre quatro paredes onde eles compartilham o mantra “Vale tudo o que os dois toparem”. Por vezes as fantasias dos dois excedem os limites do imaginário e passaram a adicionar mais um membro nas brincadeiras realistas.

Cris é um pouco mais nova, vem de uma família grande e tem quatro irmãs mais velhas e dois irmãos, um mais velho e um mais novo que ela. São eles por ordem de idade: Ana Paula, Patrícia, Roberto Carlos, Rosana, a própria Cristiane e o irmão caçula Daniel. Todos filhos da mesma mãe, Dona Kátia, com o mesmo pai.

Há uma particularidade genética na família de Cris, uma curiosidade, todas as mulheres sempre nascem com os olhos azuis e os homens com os olhos castanhos, isso funciona até em primos e primas exceto por uma única exceção, o filho Caçula Daniel, que tem os olhos azuis como os das irmãs.

Na adolescência de Cris seu pai faleceu e alguns anos depois sua mãe, Kátia, casou-se com um amigo, um norte americano que morava no Canadá e que era sócio do falecido.

Nessa viagem ao Canadá Kátia levou apenas no filho mais novo, Daniel que no início da sua adolescência mostrava trejeitos claramente afeminados, nessa época Alberto praticamente morava na casa de Kátia para facilitar os estudos então tinha bastante contato com Daniel, conversavam bastante e ele sempre achou “engraçado” o jeito afeminado do garoto de olhos grandes e azuis. Alberto imaginava que aquele comportamento devia-se à falta de exemplos masculinos, pois as irmãs o tratavam como um príncipe sempre fazendo todas as vontades dele e o mimando em tudo, e o irmão casou-se cedo e saiu logo de casa.

Desde a ida ao Canadá Kátia havia voltado várias vezes, sempre sem Daniel, pois ele estava sempre estudando e se dedicando ao inglês e ao colégio pois estava muito atrasado em relação aos estudos no Brasil, o que exigia muito dele. Alberto notou que as informações sobre Daniel eram escassas, por mais que as irmãs perguntassem, pedissem para vê-lo, fotos e tudo mais, Kátia sempre parecia reservada e evasiva sobre esse assunto.

— O Daniel se esforça demais, ele mudou bastante, não me deixa tirar fotos nem nada, mas mandou um beijo para todos vocês e disse que está muito bem, assim que terminar os estudos ele virá visitá-los. Ele tem amigos, namorada e isso tudo faz ele perder o interesse de voltar ao Brasil.

Essa foi a última informação que dona Kátia falou num jantar de família à mesa.

Nessa mesma noite Kátia bebeu um pouco mais e começou a conversar com Alberto, ela se sentia segura falando com ele, o ar intelectual e sapiente faziam as pessoas acharem que estavam diante de um psiquiatra, uma figura que resolveria todos os seus problemas, quando na verdade o que Alberto fazia e era utilizar uma técnica inconsciente de ouvir, ele ouvia e quando era questionado perguntava o que a pessoa achava, isso transformava a conversa em uma sessão de terapia.

Depois de um gole longo na taça de vinho e isolados em conversa distante Kátia desabafou

— Sabe Beto, o Daniel está muito mudado — O olhar dela parecia distante, perdido — Não gostei dos rumos que ele escolheu para a vida dele, se fosse aqui no Brasil, ou se o pai dele ainda estivesse vivo eu tenho certeza que tudo seria diferente.

Deu outro gole no vinho

— Diferente como? — Alberto perguntou curioso

Ela sacudiu a cabeça devagar de forma negativa

— O Steve, meu marido, ele é mente aberta demais — A resposta trouxe apenas mais perguntas do que informações em si.

Alberto não era invasivo e respondia apenas com um “Entendo” e deixava que as pessoas falassem, o que não era o caso

— De qualquer forma, Beto, ele termina os estudos agora no fim do ano e vai vir de um jeito ou de outro para ver a família — Kátia respondeu matando a taça de vinho com um ultimo gole.

O tempo passou rápido, Alberto havia esquecido da conversa com a sogra, era apenas uma lembrança de uma noite comum e aconchegante entre família.

— Amor, amor, acorda! — Cris sacudiu Alberto na cama — Acorda amor, preciso de você!

Ele abriu os olhos, o sono fazendo tudo parecer mais pesado

— O que foi Cris? — Alberto perguntou sonolento

— Tenho uma emergência, tenho que sair agora, preciso fazer um parto é preciso que você faça um favor pra mim — Cris falou enquanto cobria seus grandes seios com um sutiã preto rendado

— Que favor? — Alberto sentou-se na beira da cama esfregando os olhos.

— Que vá ao aeroporto buscar o Daniel e minha mãe, eles chegam agora às sete — Cris falou enquanto se perfumava. — Cris se aproximou — Assim você já vem falando com ele e pratica seu inglês que tá meio travadinho pois ele está fluente!

Alberto se esticou e estalou as costas, Cris se torceu de aflição

— Ah, eu falei com ele no telefone ontem, a voz está meio estranha — Cris falou parecendo despreocupada

— Tá rouco? Já passou da adolescência né? — Alberto falou pegando uma roupa qualquer e constatando que não teria tempo para tomar um banho

— Não rouca, esquisita, lembra daquele lance dele ser meio afeminado? — Cris falou preocupada

— Sei, isso deu a maior briga uma vez — Alberto sorriu se lembrando do barraco que foi armado quando o irmão Roberto Carlos disse que Daniel era “Viado” — Lembro bem

— Então, eu acho que ele ficou meio afeminado — Cris falou — Não fala nada sobre isso não, por favor

— Eu? Claro que não né Cris — Alberto falou já calçando o sapato — Eu não tenho nenhum preconceito, você sabe

— Eu sei amor, só não comenta com as minhas irmãs, elas tem, deixa elas verem, sei lá — Cris falou e se inclinou para um beijo dando um papel para Alberto

Ele tomou um café preto rápido e entrou no carro em disparada, estacionou o carro e foi para o saguão de desembarque, ainda teve tempo de parar em um quiosque e pagar dez vezes mais no pão de queijo mais caro da história da humanidade, bem ali no aeroporto.

Devido ao seu bom humor e receptividade, alberto comprou uma plaquinha no aeroporto e escreveu

“Daniel :-) “

Segurou a plaquinha mostrando-a para as pessoas que saiam do portão de desembarque e mostrava-a insistentemente a qualquer homem branco que via, se considerava um péssimo fisionomista então não pretendia reconhecer Daniel pelo rosto.

Mesmo sendo casado, Alberto não era cego ou algo do tipo, determinado momento não pôde deixar de reparar na morena que passou em meio a multidão, com chapéu e um gigantesco óculos escuro, parecendo uma celebridade, imaginou que poderia ser alguma atriz famosa, os óculos fizeram alberto sorrir pois lembrou-o dos óculos gigantes que o “Bruce Lee” usava, ele chamava de “Bruce Bee” ou “Óculos de Abelha”.

Sentindo um toque no braço Alberto se virou, era a tal morena com óculos de abelha

— Com licença, você é o Alberto né? — Ao falar ela tirou os óculos

A visão confundiu e assustou Alberto, era Cris, mas não era, ele abriu a boca para falar e ela fez uma cara confusa também e não parecia mais Cris, ficou parecida com Ana Paula e com Rosana por um breve segundo, os olhos azuis brilhantes, sobrancelha bem feita, pele branca como leite e o nariz empinado

— É… — Ele gaguejou — Sim, eu Alberto, quero dizer, eu sou o Alberto, pois não?

Ela pegou a plaquinha da mão dele e sorriu colocando do lado do próprio rosto e apontando para o nome

— Adivinha quem sou eu? — O Sorriso era branco e cativante, a maquiagem delineando seus olhos de forma perfeita

Alberto ficou sério, expressão, encarou a moça por alguns segundos até o sorriso dela se desfazer em uma cara de preocupação

— Tudo bem com você? — A voz dela era doce e delicada.

— Da… Dan… Daniel? — Alberto perguntou embasbacado

Ela ergueu por um segundo a sobrancelha direita e endireitou o corpo

— Agora Danielle né, por favor! — Falou apontando para si mesma com as duas mãos, como se apresentasse algo.

A cabeça de Alberto ainda estava em curto circuito, ele não compreendia muito bem o que estava acontecendo, mas ainda tinha modos, como era uma mulher ele se inclinou para cumprimentá-la com um beijo, mas se arrependeu no meio do movimento e parou numa pose engraçada.

Danielle estendeu a mão para ele

— Acho que desse jeito a gente não se conhece né — Ela falou desajeitada, em seguida inclinou-se e deu um beijo rápido na bochecha de Alberto — Desculpe, é que lá onde eu moro não cumprimentamos com beijos ou abraços, estou meio destreinada.

Alberto não tinha palavras, apenas sorriu sem jeito, não sabia o que dizer ou pensar. Se dirigiu ao carrinho de bagagens que o garoto, agora garota, trazia e o empurrou fazendo um gesto com a mão como se ela fosse de outro planeta, Danielle o seguiu.

No trajeto não trocaram nenhuma palavra, Danielle foi mexendo no celular, foi rápido, Alberto abriu o carro e colocou as malas e Danielle entrou, quando ele voltou ao banco do motorista viu que ela estava no banco de trás, olhou pelo retrovisor.

— Ei, menina — Ele chamou olhando pelo reflexo, ela levantou a cabeça e os olhares se encontraram — Senta aqui na frente, eu não sou táxi, e eu não mordo

Ela sorriu animada

— Tá bom! — Saiu pulando pela porta de trás e em um segundo estava no banco da frente afivelando o cinto.

Alberto arrancou com o carro em direção à cancela

— Por que ninguém veio me buscar? — Ela perguntou parecendo preocupada

— Eu acho que ainda é cedo e também porque é dia de semana normal né, está todo mundo trabalhando, mas pelo que sei todo mundo vem te ver mais à tarde.

Danielle observava Alberto falando e levou automaticamente a mão à boca roendo a unha, parecia estar nervosa.

— Entendi, mais tarde, tá bom — Ela respondeu com o olhar já distante, entristecido

— E além do mais, eu não sou ninguém — Alberto falou num tom bem humorado

Ela olhou para ele, mas o olhar perdido, em seguida piscou e focou nele novamente

— Não, não é, eu não quis dizer isso, me desculpe! — Ela gesticulou com as mãos se desculpando, atrapalhada.

— Mas o que foi, não quer falar com as pessoas da sua família? — Alberto perguntou curioso — A Cris fala de você todo dia, é um saco! — Ele falou revirando os olhos

— Fala é? — Danielle perguntou interessada — Tenho saudade dela

— E ela de você — Alberto completou

— Alberto, eu acho que vai dar problema isso — Danielle falou roendo as unhas

Ele segurou o pulso dela, olhando para a pista e fez ela tirar a mão da boca

— Não roa as unhas, faz mal pros seus dedos — O tom dele era severo — E é Beto pra você.

— Dani — Ela falou olhando para ele, assim que ele olhou de volta ela repetiu — Pode me chamar de Dani.

— Tá bom Dani, por que você acha que vai dar problema? — As perguntas de Beto iam direto ao ponto

— Por que eu não preparei ninguém para a minha… — Ela repensou as palavras — Digamos, “mudança visual” — Fez aspas com os dedos

Alberto riu exagerado

— Menina, não há maneira de preparar alguém para esse tipo de mudança, você é outra pessoa, é praticamente um clone da Cris — Ele respondeu bem humorado

— Acha mesmo que eu me pareço com ela? — Dani perguntou insegura

— Está idêntica, na verdade, peço desculpas por minha indelicadeza quando nos encontramos, essa semelhança me confundiu um pouco — Alberto falou envergonhado

Dani se ajeitou no banco, estufou o peito e corrigiu a postura, colocou os óculos escuros pois o sol batia diretamente em seu rosto

— Ela é tão linda né!? — Era uma pergunta retórica, apenas uma expressão de sua admiração pela irmã mais velha que ela.

Assim que chegaram em casa Beto parou o carro em frente ao portão

— Tenho uma missão para você, caso decida aceitá-la — Ele falou em um tom severo, mas que parecia pronto para rir

Dani arqueou as sobrancelhas ao mesmo tempo, manteve-se atenta e apenas olhou piscando rápido com atenção

Ele entregou para ela uma chave

— Preciso que você abra o portão, essa porcaria de motor quebrou de novo, é só girar a chave e deslizar ele para a sua direita

Ela sorriu e pegou a chave

— Sim senhor, senhor! — Saiu do carro e foi fazer o que ele havia dito.

Só então Alberto reparou nela de verdade, ao passar na frente do carro ele notou que o corpo de Danielle era escultural, usava um macacão legging muito colada ao corpo deixando suas formas evidentes e salientes como seu bumbum empinado com as bandas bem separadas pelo pano entrando.

Passaram tres homens por ela e um deles se encantou

— Nossa, mas que morena hein, qual seu nome? — Ele falou se aproximando

— Danielle — Ela respondeu sorridente enquanto empurrava o portão sendo ajudada pelo rapaz

— Dani, me dá seu telefone pra gente marcar alguma coisa — Ele falou enquanto Beto observava do carro

Danielle franziu o cenho

— Eu nem te conheço, e além disso acabei de chegar aqui, não tenho número de telefone

Beto deu uma buzinada com o carro

— Tudo bem aí Dani? — Bato falou quando Dani e os três rapazes olharam para ele

— Tudo bem tio — Um dos rapazes respondeu — já estamos indo

— Dá um pulo na praça amanhã à tarde, a gente se reúne ali — Apontou para o fim da rua — Eu sou o Tiago

— Prazer Tiago — Ela respondeu sorridente e continuou a empurrar o portão fazendo um gesto para Beto entrar com o carro

Os rapazes saíram da frente e saíram conversando e rindo, em comemoração contida.

Danielle estava radiante e com o rosto vermelho de vergonha pela cantada.

Apesar de parecer algo comum, aquele tipo de situação não era corriqueiro para Danielle, a cidade que ela morava era pequena e todos os garotos conheciam a sua condição de transexual e rolava um preconceito velado, algo que não ocorreria ali no Brasil enquanto não soubessem.

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Assim que entraram em casa Danielle olhou em volta

— Gostei, bonito — Passou a mão na cortina grossa — Cadê a Cris, cadê todo mundo? — Perguntou curiosa

— Ela não está, iria te encontrar, mas teve uma emergência, foi atender e eu esperava que já estivesse aqui, mas pelo visto não está.

Ela fez um beicinho e torceu a boca

— Tudo bem, eu preciso tomar um banho, estou bem cansada — Danielle falou estalando o pescoço

Beto concordou, mostrou-lhe a casa brevemente, mostrou seu quarto no andar superior e levou algumas das malas

— Esse vai ser seu quarto, a Cris deu uma adaptada e modificou ele pra você — Beto falou olhando em volta, era um quarto perfeitamente adaptado, paredes brancas, uma cama de casal grande, uma televisão, armários e uma escrivaninha

— Está lindo! obrigada! — Dani agradeceu satisfeita

— Vou pegar o restante das malas, ok?

Danielle concordou com a cabeça e Beto desceu, quando voltou ouviu o barulho do chuveiro ligado, ao colocar uma das malas no armário acabou batendo a porta com força e chamou a atenção de Danielle no banheiro

— Tio — Ela gritou — Beto, pega toalha pra mim, eu esqueci de pegar

Betou abriu a gaveta e pegou uma

— Fica na segunda gaveta abaixo da TV — Ele falou se aproximando e abrindo a porta do banheiro, esticou a toalha para dentro mas ela não pegou, estava no box fechado e não conseguia ver — Posso entrar pra te dar?

— Pode! — Ela gritou em meio ao barulho da água

Assim que beto entrou viu a silhueta do corpo de Danielle, nua, através do vidro jateado do box, ela estava de costas enxaguando o longo cabelo liso. Isso despertou pensamentos em Beto

Ele bateu no box e colocou a toalha no gancho da parede

— Está aqui! — Ele falou olhando o corpo dela

Daniele se virou ele conseguiu ver o delineamento de sua cintura e até o volume dos seios, mas tudo muito difuso, efeito proposital do vidro.

A questão que bateu na cabeça de Alberto é: “Ela ainda era um homem?”

— Pegou o sabonete? — Beto perguntou preocupado com a hospitalidade, tentando esquecer os pensamentos impuros

— Peguei um da pia, aqui não tinha — Ela respondeu

— Espera aí — Ele se abaixou no armário e pegou um novo, perfumado, desembalou e bateu na porta do box — Pega esse aqui e me dá esse aí

O que Alberto viu o desconcertou, Daniele encostou o seio no vidro jateado deixando que ele visse a forma do bico rosado e bem delineado de seu seio, ela abriu um pouco o box e colocou a mão para fora com o sabonete, Alberto pegou e colocou outro na mão dela

— Obrigada — Ela falou quando deixou de pressionar o seio no vidro

— Por nada, estarei lá embaixo, sua irmã chega já já, ta bom? — Alberto falou tentando parecer normal, mas seu coração batia forte.

— Tá bom, obrigada Tio! — Ela disse num tom alto para vencer o barulho do chuveiro em seu corpo e no chão

— Eu não sou seu tio, sou seu cunhado, menina — Alberto falou corrigindo-a, a palavra “Tio” o incomodava quando não era verdade.

— Tá bom cunhado, e eu não sou uma menina! — Dani respondeu e deu uma risada abafada.

Beto saiu do banheiro e depois do quarto, andou pela casa pensando no que ela disse “Eu não sou uma menina”, mas o que ela queria dizer, era no sentido de não ser uma menina e sim uma mulher ou no sentido de não ser menina e sim um menino?

— Muito confuso — Alberto falou sozinho ao descer as escadas — Deixa isso pra lá.

Alberto ficou fazendo seus trabalhos no computador, haviam muitos relatórios a serem finalizados e na sexta-feira ele costumava ficar em casa

— Oi amor — Cris falou ao chegar cerca de duas horas depois — Tudo bem? — Falou tirando os sapatos

— Oi Cris, tudo bem sim — Alberto respondeu distraído recebendo um beijo nos lábios

— Pegou meu irmão no aeroporto? — Cris perguntou sentando-se no colo dele

— Seu irmão? Eu sabia que ia ter que fazer algo no aeroporto, esqueci! — Beto respondeu engraçado

Ela revirou os olhos

— Engraçadinho — Cris respondeu sorridente — Mas e aí, cadê ele?

— Ééé… — Beto queria falar, mas não sabia como — Está no quarto desde que chegou.

— Ih, o que foi? — Cris perguntou abraçando ele — Conheço essa cara, tem algo errado! — Ela conhecia bem seu marido

— É que seu irmão mudou um pouco Cris — Beto falou tentando ser polido, não havia pensado na reação de Cris ao ver tamanha mudança, que o irmão dela havia virado irmã — Lembra daquele lance de falar que seu irmão era afeminado?

— Ah, não vem com esse papo Beto, ele ta mais afeminado mesmo? — Cris parecia decepcionada, o olhar dela ficou entristecido — Será que ele é gay? — Cris perguntou parecendo sem esperanças

Beto deu uma gargalhada e cobriu a boca

— Desculpe amor, é que eu — Ele não soube se explicar — Desculpe

Ela levantou azeda, não é por que um homem é afeminado que ele gosta de homens, pode ser só o jeito dele, além do mais, ele nunca demonstrou ser homossexual nem nada do tipo.

Beto conteve a expressão e abraçou a esposa

— Tem razão Cris, desculpe, é preconceito meu mesmo, vou melhorar isso, acho que ele vai descer já já, vou chamar — Beto subiu a escada correndo e bateu na porta

— Dani, a Cris ta aqui e quer te ver! — Falou se aproveitando que o apelido “Dani” era válido tanto para homem quanto para mulher, achou engraçado.

Ela abriu a porta de forma inesperada e pegou Alberto com um sorriso bobo no rosto, que se desfez imediatamente.

Beto a obsevou rapidamente, usava uma calça jeans justa, parecendo que estava pintada de tão colada, de cintura baixa, acima apenas um pequeno top negro cobrindo os seios

— Não estendi! — Ela falou olhando pra ele — Desculpe!

— Sua irmã acabou de chegar, está lá embaixo e quer te ver — Alberto falou de maneira simplória

Ele viu o pânico no rosto de Dani

— Deixa eu adivinhar — Beto falou se encostando na parede — Você não falou nada de nada sobre isso, inclusive falou que pegava várias meninas e etc

Danielle levou a mão à boca para roer os dedos e Beto a conteve

— Não, você acha que eu devia ter falado a verdade? — Ela perguntou já ofegante

— A verdade é sempre a verdade, por mais que doa. — Beto respondeu respirando fundo — Você só jogou o sofrimento para frente, trocou o que podia ter sido gradual por abrupto — Ele falou de forma sensata

— O que eu faço? Me ajuda! — Ela falou agarrando a camiseta dele com a mão nervosa

— Não tem muito o que fazer né, só encarar o momento — Ele falou de forma inevitável

Ela olhou para um lado e para o outro, parecia perdida

— Eu vou estar com você lá, relaxa, não vai dar nada não — Beto falou tentando tranquilizá-la, aquilo era um desejo dele e não necessariamente refletiria a verdade

As irmãs de Danielle eram mais velhas, de uma outra época, onde era normal ser mais preconceituoso mesmo, Beto apesar de compartilhar essa época era diferente, não via como as escolhas de trajetória sexuais das pessoas interferiria de forma negativa na vida de outra, como era o caso de Danielle, ele achava que se ela queria ser mulher, que fosse então.

— Tá, eu vou me arrumar e já desço, é rápido — Ela falou parecendo estar em choque

— Respira, relaxa, é melhor um fim triste do que uma tristeza sem fim — Beto falou sorrindo

— Como é? Fim de que? — Dani perguntou confusa

— Esquece, se veste e vem, vou te esperar lá embaixo — Beto simplificou.

Assim que Alberto desceu ele preparou uma bebida com Vodka para Cristiane, ela não iria mais trabalhar, iria tirar o dia para a recepção da nova visita, então a bebida iria ela ficar mais solta para o encontro. O tempo foi passando e Dani não aparecia, Alberto foi ficando cada vez mais nervoso pelo encontro. Cris estava relaxada, vendo TV e mexendo no celular, então ela perguntou

— Ele tá muito diferente assim? tá grandão? — Cris virou-se para o esposo no sofá

— Diferente como? — Alberto perguntou tentando dissimular a resposta e ganhar tempo

— Sei lá, minha mãe falou que era para eu me preparar para tudo, pois ele tinha mudado muito — Cris falou pensativa — Isso não sai da minha cabeça — Porque lá é um lugar bem diferente daqui e tem mais liberdade, e agora você falou desse negócio de afeminado, ele virou uma bichona louca mesmo Beto? É isso?

Beto sorriu, estava tenso

— Olha, ele mudou bastante hein, realmente é outra pessoa, mas não é uma bichona louca não, não se preocupe — Assim que falou coçou o queixo, tinha que tomar cuidado com as palavras para não ser cobrado sobre isso depois — Na minha opinião, tá bem legal, eu gostei, tá melhor até.

— Melhor? Gostou? — Ela franziu o rosto — Como assim porra? — Cris ficava desbocada quando bebia, estava no ponto, mas era mais verdadeira, mais amorosa, mais romantica, a bebida tirava todas as travas sociais dela.

Alberto não precisou explicar, pois atrás de Cris ele viu Danielle desceu as escadas, devagar, o movimento parecia sensual, mas não era, a anatomia do corpo da garota fazia ela rebolar naturalmente.

Alberto se levantou para olhar a garota, assim que ela parou no pé da escada Cris acompanhou o olhar do marido e também se levantou girando para procurar o que ele olhava.

Danielle estava parada com cara de assustada, ofegante, a mão trêmula segurando no corrimão da escada, a calça colada franzida na cintura e na coxa mostrando que suas coxas eram muito grossas. Usava uma camiseta babylook vede, bem justa mostrando parte de sua barriga, havia algo escrito, mas era como se fosse velho e gasto de forma proposital, o modelito valorizava os seios que pareciam grandes, em seu ombro era possivel ver a marca do sutiã, usava um batom cor de rosa claro, uma maquiagem leve bem feminina, sombra nos olhos que contrastavam com sua pele branca, brincos de prata com pedrinhas verdes, um colar com um “D” também prateado e o cabelo amarrado em rapo de cavalo.

Cristiane olhou para ela, pareceu não entender, foi constrangedor, cerca de dois minutos em silêncio absoluto onde Danielle esperava a aprovação ou reprovação da irmã.

Cristiane abria a boca para falar mas parecia esquecer o que iria dizer, levantou a mão e apontou, mas não saia som de sua boca, não conseguia formar um pensamento coerente. Aproximou-se devagar, mediu Danielle com os olhos, centímetro a centímetro, olhos, pescoço, seios, barriga, coxas, pernas, sapato.

Beto se aproximou preparando-se para o pior

— Oi Cris — Dani falou quebrando o silêncio, a voz dela tremeu. Ela desceu o último degrau e se aproximou da irmã, ficaram cara a cara

Pareciam gêmeas, Dani era levemente mais alta, o mesmo tom de pele, os mesmos olhos azuis, os mesmos cabelos longos e lisos, o mesmo nariz empinado

— Meu deus, mas você está linda! — Cris falou agarrando Danielle num abraço — Que saudade de você meu amor! — Ela falou apertando a irmã mais nova nos braços.

Alberto trocou a preocupação pela emoção e alívio, estava vendo as duas mulheres abraçadas chorando, seu peito ficou mais leve.

Cristiane puxou Danielle para o sofá e ambas se sentaram

— Escuta aqui, você ficou anos — Cris gritou — Anos sem vir aqui me ver, só mandando cartinha e email, você quer me matar do coração? — O elogio de Cris virou um esporro — Eu tava louca já pensando o pior, achei até que você tinha morrido e a mãe tava escondendo, aí você me manda um audio com a voz toda esquisita

Alberto resolveu se afastar e deixá-las conversar

Menos de meia hora depois começaram a chegar as pessoas da família

Beto ouviu elas conversando e escutou Cris dizer “Ah, mas a Ana Paula vai ficar tão puta” e em seguida uma risada maquiavélica das duas.

Conforme chegavam, Cris levantava-se e apresentava Dani como sua irmã, a ajuda de Cris estava sendo essencial para que toda a família aceitasse e compreendesse o que estava acontecendo.

A primeira a chegar foi Rosana, estava claramente em choque ao ver Danielle transformada, não fez objeções claras, parecia não conseguir pensar, mas deixou claro que aquilo não parecia normal, cumprimentou Danielle com um abraço seco e não falou no assunto, o marido de Rosana, Henry, um Holandes que morava no Brasil secou Danielle debaixo em cima e a cumprimentou com um beijo se apresentando, Alberto via tudo atentamente.

A Segunda foi Patrícia, ela morava no nordeste então tinha pouco contato com Beto e Cris, mas era bem feminina e sempre usava vestidos, braceletes, colares, brincos e tudo mais, veio sozinha para ver o irmão que agora era irmã.

Patrícia usava um vestido marrom de pano grosso com um cinto grosso amarelo com uma fivela prateada grande, quando viu Dani apontou para ela com uma cara meio Blasé

— Você que é minha irmã agora? — A Pergunta era meio constrangedora, Dani não sabia se era amigável ou não, apenas sinalizou positivamente com a cabeça

Patrícia deu uma corridinha e a agarrou num abraço

— Você está maravilhosa meu bem! — O abraço tirou Danielle do chão e a fez soltar o ar, assim que soltou passou a mão no rosto de Danielle — Linda demais

Ficaram falando ali sobre roupas, que eram as coisas preferidas de Patrícia, e ela disse que daria um vestido lindo para Danielle pois o presente que ela havia deixado na mala não serviria mais.

Na sequência chegou Roberto Carlos, o irmão, e desse Dani tinha medo, o receio é que ele a agredisse fisicamente, ele nunca foi um homem muito delicado, e sempre foi grosso com Danielle na sua infância de garoto, na concepção era simples ódio fraterno.

Ele veio com sua esposa Tânia e seus três filhos, os gêmeos Miguel e Gabriel e sua filha mais velha Tamires.

Quando ele viu Danielle, Cris a apresentou

— Carlos, essa é a Danielle, ela vai ficar no lugar do Daniel — Cris parecia bem humorada, a cada apresentação Danielle ficava vermelha de vergonha.

Ele se aproximou e a mediu com os olhos

— Poxa, eu esperava que a gente fosse bater uma bolinha nesse domingo — Roberto Carlos falou sem deixar claro se era uma brincadeira ou não

Dani sorriu sem graça

— Eu não sou muito fã de futebol, desculpe — A voz dela era baixa e submissa

A situação foi engraçada e arrancou risos de todos, até de Danielle e Roberto Carlos.

Os dois filhos a cumprimentaram, eram jovens então do outro lado da sala uma voz aguda

— Tiiiiiaaaaaaaaa — Era Tamires

Dani sorriu e abriu os braços

Tamires correu e se atirou nos braços de Danielle se pendurando no pescoço dela, era pequena e magricela. Ficaram abraçadas sem falar nada, Dani dando beijos na bochecha da sobrinha, quando soltaram Tamires completou

— Você tá maravilhosa tia! — Tamires passou a mão no rosto de Danielle — Falei que todo mundo ia adorar!

Cris puxou Tamires pelo braço

— Todo mundo quem? — Cris parecia confusa — Você sabia disso e não falou pra ninguém?

Todas as atenções se voltaram para Tamires, ela não tinha a pele tão branca como a das tias, era mais morena, os cabelos escorridos de índia puxado da mãe

Tamires olhou para Dani em pânico e falou devagar

— Sabia — Ficou esperando a repercussão de sua fala

— Sabia gente, sabia sim — Dani interrompeu e puxou Tamires para si como se fosse um boneco e abraçou. — Ela foi a única que foi me visitar de todas vocês, ela me encontrou lá no Canadá e nós conversamos, não tive como não contar pra ela.

Um barulho alto da campainha interrompeu a fala de Danielle

Alberto foi abrir a porta, queria mesmo sair daquela situação constrangedora.

Ana Paula esperava, deu um sorriso quando viu Alberto, usava um vestido justo de pano grosso que torneava tanto a cintura quanto os seios médios.

Alberto refletiu que Ana Paula era conhecida por ser muito conservadora em seus costumes, ou ao menos era isso que ela queria passar, lembrou que de forma velada Ana Paula já o havia cantado. Apesar de todo o seu conservadorismo Ana Paula perdeu um casamento marcado, uma história mal explicada indica que ela foi flagrada pelo futuro marido aos beijos no banheiro de uma academia, a família inteira tem ideia disso e aparentemente ela não sabe.

Assim que Ana Paula viu Danielle a mediu debaixo em cima em silêncio, parecendo analisar e entender o que estava acontecendo, a família toda olhava apreensiva então ela respirou e deu um sorriso que a princípio pareceu amistoso, mas contrastou com o tom de vocês

— Mas que merda é essa? — Colocou as mãos na cintura como se reprovasse aquilo — Cadê o meu irmão?

— Paula, agora isso mudou, ainda é o Dani, mas agora é uma menina — Cristiane falou explicativa

Ana Paula fez um sinal negativo com a cabeça e cruzou os braços

— Menina? Fácil assim é? — Ana Paula reprovou — A pessoa vira o que ela quiser a hora que quiser? — O tom era severo e a voz alta — Deus colocou ele no mundo como Homem — aumentou a voz na palavra — Homem! — Ficou ofegante — Se meu pai estivesse vivo morreria de novo só por ver esse desgosto — Apontou para Danielle — Isso é um absurdo, era um homem tão bonito, tinha tudo para ser um homenzarrão forte, inteligente e escolhe virar essa aberração da natureza! — Ana Paula estava descontrolada

Dessa vez foi Danielle que retrucou, mas sem perder o controle usando um tom de voz doce que Ana Paula ainda não havia ouvido.

— Paula, olha aqui, você sempre reclamou pois eu nunca falava muito com você e nem te pedia ajuda em nada, acho que você mesma compreende o porque disso, você não aceita a minha mudança e a primeira coisa que você faz comigo em mais de dez anos é me reprovar — Dani deu um gole no vinho que tomava — Você não aceita minha mudança por que você só aceita as coisas do seu jeito, você é controladora, manipuladora e hipocrita. Eu tenho a minha propria vida, quando decidir seguir com essa mudança de sexo — Danielle apontou para o próprio corpo, parecia não encontrar palavra e seus olhos se encheram de lágrimas, ela fez uma pausa, até o momento ninguém havia se referido a ela como “Mudança de sexo” — Eu sequer considerei a possibilidade de perguntar a sua opinião, porque você é irrelevante para mim, consultei via e-mail todas as irmãs, amigos e amigas, toas as pessoas que julgo importantes para mim, todas as minhas irmãs sem exceção me apoiaram mesmo não sabendo exatamente o que eu tinha ou precisava, mas mea apoiaram porque iria me fazer bem no fim, eu sabia que você só me faria sentir mal — Parou para limpar uma lágrima que desceu de seu rosto — Eu saia que só de chegar perto de você eu iria me sentir mal

Tentou conter o choro, mas não conseguiu, respirou fundo e foi traída por um soluço que a levou ás lágrimas, passou a mão nos olhos e acabou borrando a maquiagem sem perceber, Cristiane a abraçou e a tirou da sala

— Porra Paula! — Rosana gritou com a irmã — Sempre você que arruma briga, é o caralho mesmo meu! — Rosana parecia irada — Se você é uma infeliz e tem uma vida de merda, fica no seu cantinho, mas não vem trazer sua tristeza pra gente

Nesse momento Alberto, Herry e Roberto se entreolharam preocupados

— E agora? — Alberto perguntou para Roberto e Henry

— Cara — Roberto Carlos, o irmão das garotas disse e tomou um gole de cerveja para então responder — Vamos ficara qui olhando, se alguém partir pra porrada a gente separa, deixa elas brigarem, nunca da nada

O tom de voz alto de Ana Paula chamou a atenção dos três que conversavam observando ao longe

— Eu não vou compactuar com essa pouca vergonha, essa nojeira, eu tenho nojo de voces que aceitam isso — Apontou para os tres homens parados observando — Vocês aí, deviam dar uma surra nele, para ele aprender a ser um homem de verdade. — Se aproximou do irmão Roberto carlos e disse — Se você fosse homem de verdade, socaria essa aberração bem forte, até ele voltar a ser o que nasceu para ser e não essa imundice

Roberto colocou a cerveja no balcão e levantou-se do banquinho que estava, era bem alto e largo, Ana Paula deu um passo para trás, tinha que olhar para cima para encará-lo, ela se lembrou que ele parecia seu pai.

— Eu sabia, você também era viadinho quando era criança, eu que fiz de você homem de verdade, se eu tivesse criado esse imbecil aí — Apontou para Danielle abraçada com Cristiane no canto da sala — Não estaríamos passando por essa vergonha

— Paula — Roberto Carlos falou de forma severa interrompendo-a

— O que foi? — Ela perguntou de forma petulante

Ele se aproximou e inclinou o corpo para cima dela intimando-a

— Cala a boca — falou de forma ameaçadora para a irmã

Ela deu um passo para trás, sentiu-se ofendida, ficou ofegando com o rosto vermelho, andou de costas e tropeçou no degrau equilibrando-se de forma desajeitada, correu para a porta para ir embora

Alberto a acompanhou enquanto ela pisava duro como se tivesse sendo expulsa

Quando chegaram no portão Ana Paula virou abruptamente para Alberto, o rosto molhado por lágrimas de vergonha e ódio

— Beto, você vai mesmo deixar esse bicho aí ficar na sua casa? — A pergunta era condicionada com uma espécie de moral inexistente

Alberto respirou e sorriu amorosamente

— Paula, ela quer assim, é a opção dela, assim ela é mais feliz, não importa o que as pessoas digam, ela vai ser o que ela quiser ser e eu vou aceitar isso sim — O Tom amistoso de Alberto irritava profundamente Paula

Paula fez que não com a cabeça e entrou no seu carro estacionado proximo, acelerou e saiu cantando pneu à toda velocidade.

Assim que Alberto entrou falou em to bem humorado para todos ouvirem:

— A Bruxa montou na vassoura e foi embora

Alguns riram

Danielle chorava copiosamente, sentada no sofá e encostada em Cristiane e em Patrícia, mas riu com a piada de Alberto.

Tamires estava ajoelhada na frente dela, debruçada nos joelhos de Danielle.

As irmãs parapicavam Danielle da mesma maneira que faziam quando ela era Daniel, um menino frágil, a única coisa que mudava eram as palavras, agora eram “Você está linda”, “Que corpo menina, que inveja”, “Você é um clone da Cristiane, só que mais nova”, essa ultima agradava demais danielle.

Alguns minutos depois da saída de Ana Paula o clima se tranquilizou, comeram, beberam e riram descontraidamente, mais tarde todos foram embora e sobraram apenas Danielle, Alberto e Cristiane.

Dani e Cris estavam moles e bêbadas e cansadas, Alberto deixou Danielle no sofá e foi ajudar sua esposa a ir ao quarto, voltou para pegar Danielle e a encontrou esticada no sofá da sala, parecendo desmaiada. Tentou acordá-la, mas não teve sucesso, então pegou-a no colo, assim que a ajeitou em seu colo Danielle o abraçou se aninhando em sue pescoço, Alberto sentiu o perfume forte e doce dela, era o mesmo perfume que Cristiane usava quando mais jovem, aquilo fez Alberto ficar excitado pois trazia muitas lembranças quentes com Cristiane.

Alberto a levou até a cama, a parte mais difícil não foi subir as escadas e sim soltar as mãos da garota de seu pescoço.

Notou que a calça dela estava apertada, Alberto resolveu afrouxar para não ficar muito apertado, assim que abriu o cinto e o botão da calça ficou curioso, queria saber o que tinha ali embaixo.

Tirou o tênis e as meias dela, resolveu não tirar a calça, mas não teve opção, mesmo dormindo Danielle esticou o corpo e puxou a calça até as canelas, Alberto apenas ajudou a puxando e a colocando na cadeira.

Por baixo Danielle usava um shortinho justo, apertado até o meio das coxas grossas, Aberto evitou olhar, estava curioso, mas sabia que aquilo era errado, ela estava indefesa.

Em outro movimento Danielle arrancou a peça de cima ficando de sutiã, Alberto viu que era um modelo daqueles de bojo com ferrinhos na frente, Cristiane chamava aquilo de armadura.

Ela se virou de lado e Alberto viu que estava marcando sua pele, sabia que Cris acordava machucada quando dormia com aquilo então apertou a fivela nas costas de Danielle fazendo o sutiã se afrouxar.

Talvez por reflexo Daniele cobriu os seios e tirou a peça de forma automática, jogou a peça no chão e puxou o cobertor cobrindo-se automaticamente o corpo todo. Embaixo do cobertor Danielle fez movimentos e Alberto entendeu que ela tirava o shortinho e o que mais houvesse por baixo, ela colocou a mão para fora do cobertor e jogou as peças no chão do outro lado da cama longe da vista de Alberto, em seguida jogou o relógio no chão também, batendo macio no carpete.

Alberto se abaixou para pegá-lo e colocá-lo no criado mudo ao lado da cama, Alberto se assustou quando Danielle o puxou pelo colarinho e sussurrou em seu ouvido

— Obrigada por ficar do meu lado tá! — Ela estava de olhos fechados, parecendo sonhar e deu um beijo desajeitado atingindo o canto da boca de Alberto

Danielle balbuciou mais alguma coisa, mas nada que fizesse sentido para Alberto.

Alberto apagou a luz e saiu imediatamente do quarto, aquilo o deixou pensativo, havia ficado muito excitado com o beijo, havia olhado o corpo de Danielle e havia gostado muito do que havia visto.

Quando chegou no quarto, Cristiane estava deitada ainda de vestido, Alberto a ajudou tirando toda a sua roupa e deixando-a de calcinha como ela gostava de dormir, ficou observando seu corpo, era lindo, seios grandes com bicos grandes e rosados, Alberto não pode evitar comparar com o bico do seio de Danielle que havia visto pelo vidro jateado do banheiro.

A calcinha de Cristiane era pequena, fiozinhos negros na latera e um pequeno triangulo transparente que entrava na bunda cobrindo o minimo possivel. Cristiane dormia pesado, dando um ronquinho baixo

Alberto resolveu tomar um banho, quando chegou no banheiro pegou em seu pau, estava grande, duro, estava excitado demais tanto com Danielle como com Cristiane, era inevitável comparar uma com a outra, imaginou-se de muita sorte por estar cercado de duas mulheres lindas em sua casa.

Alberto não era acostumado a beber, mas aquela noite havia tomado um pouco e ele estava levemente tonto, desligou o chuveiro e olhou para a porta do banheiro, entre a fumaça e sua tontura teve uma alucinação, parecia Danielle, apenas de calcinha na porta do banheiro, olhando para ele com os seios grandes e pesados, lindos. Piscou forte para a alucinação se desfazer e entendeu, era Cristiane, não Danielle, ela havia vindo para usar o banheiro, aproveitou e tomou um banho com o marido

— Oi meu amor, você tá aqui ainda, vem mimir — A voz de Cristiane era sonolenta quando entrou no banho, deu um beijinho exatamente no mesmo lugar onde Dani havia beijado

Alberto ajudou-a a tirar a calcinha e a tomar banho, as esfregadas nas costas logo viraram esfregação corpo a corpo, com o pau de Alberto duro entrando no meio das bandas da bunda empinada de Cristina

— Tá fogoso hoje hein amor! — ela falou ao perceber o pau duro do marido.

Cristiane se empinou e rebolou devagar, estava sonolenta, beijaram-se um pouco e saíram do banho, foram para a cama e se abraçaram nus, dormindo quase que instantaneamente.

O despertador tocou no dia seguinte despertando Cris pela manhã, ela sentou na beira da cama e coçou o couro cabeludo lembrando-se da noite anterior, colocando as ideias em ordem, olhou para Alberto, Nu com o penis ereto, uma ereção matinal, ela sorriu, gostava de ver o marido assim, delicadamente o segurou na mão.

— Animado pela manhã — Cris falou num tom de voz baixo

Sentiu o pau pulsar, estava quente, acariciou e masturbou levemente o marido, como ele não reagia ela foi tomar banho.

Colocou uma roupa de baixo sensual, gostava de se vestir bem, mesmo que não planejasse, gostava de estar pronta para arrasar sexualmente se precisasse. Cristiane sempre usava calcinha e sutiã combinando com as roupas, naquela ocasião estava inteiramente de azul, assim que se preparou para sair foi ao ouvido do marido e deu um beijinho

— Amor, estou saindo tá — Olhou para o pau de Alberto, ainda esta duro — Ta sonhando com o que hein

Cris pegou novamente no pau dele, sentiu pulsar, estava vermelho e parecia maior que antes

— Tá acordado? — Ela sussurrou sem resposta

Cris olhou em volta, a porta estava fechada, jogou o cabelo para trás e se abaixou abocanhando o pau de Alberto, fazendo um boquete para acordá-lo, sentiu ele gemer e adorou, o pau soltou uma lubrificação que ela saboreou,já conhecia bem aquele gosto, apreciava isso.

De uma chupadinha ela passou a um boquete forte e gostoso, colocava todo o pau na boca e a língua acompanhava lambendo e serpenteando à cabeça e o corpo como Alberto gostava, ela sentiu a mão dele na cabeça dela, acariciando, ele havia acordado, ela sorriu e continuou punhetando e mamando o marido

— Bom dia boca de veludo — Beto falou ainda de olhos fechados

Ela gostava de ser chamada assim, era um apelido tosco, chulo, mas ela gostava, Alberto não acordava, estava muito sonolento, Cris olhou o relógio e parou o boquete, precisava ir para não se atrasar.

Parou o carinho e se aproximou do rosto do Marido

— Sete horas amor, tenho que ir, levanta — Falando dando um beijo nos lábios dele

Alberto a segurou e a beijou de lingua sentindo o gosto salgado do próprio pau, Cristiane sorriu

— Sem vergonha! — ela falou baixinho jogando o cobertor em cima dele e saindo

Alberto voltou a dormir e sonhar com várias coisas, a pouca bebida da noite anterior estava deixando-o muito sonolento

Olhou para o lado da cama e viu Cris sentada de costas para ele, uma calcinha preta idêntica a da noite anterior enfiada na bunda, ela se deitou ao lado dele, de costas para ele. Como por reflexo Alberto a abraçou e cheirou seu cabelo, sentindo o cheiro do perfume antigo

— Adoro esse perfume — Ele falou lembrando-se do cheiro antigo da esposa, ele a apertou e olhou no relógio, eram sete e quarenta da manhã — Tá tudo bem?

Ela murmurou positivamente, puxou o cobertor para se cobrir também.

Alberto acariciou sua barriga e desceu a mão para sua cintura, ela respirou fundo parecendo excitada, ele deslizou a mão e agarrou seu seio, cabia na sua mão aberta, ele adorava apertar e sentir a consistência, ele acariciou os mamilos, achou um pouco diferente, mas sabia que ainda estava meio bêbado, o calor do corpo dela fez com que ele voltasse a dormir.

Ele acordou minutos depois com um as mãos dela acariciando o saco dele, com uma das mãos e a outra masturbando-o devagar, ela nunca havia feito isso, era estranho, mas muito bom, Alberto a abraçou forte pressionando o pau na bunda dela, e ela parou, ele adormeceu de novo pensando em como aquela punheta havia sido gostosa.

Dessa vez ele despertou com algo diferente, era quente e molhado, um novo boquete, dessa vez mais forte, selvagem, apressado, Cris estava embaixo do cobertor, o quarto estava mais escuro com as janelas fechadas. O Boquete era diferente, ela acariciava o saco dele, coisa que normalmente não costumava fazer, também masturbava ele com a mão enquanto chupava de uma maneira diferente, mas deliciosa

Ela dava mordidinhas e parecia se deliciar, o corpo de Alberto estava arrepiado

— Cris, senta aqui vai, dá pra mim! — Ele falou delirando — Para de me torturar

Mas ela não obedeceu, beijava, acariciava, chupava e masturbava, começou então a dar beijinhos nas coxas, mordidinhas, Alberto gemia de tesão

Alberto tentou avisá-la, iria gozar, sabia que ela não gostava de semem em seu rosto, mas não conseguiu, só conseguia gemer e tremer, nunca havia sentido aquilo

— Cris, vou gozar — Ele conseguiu balbuciar — Sai! — ele falou preocupado com ela

Então ele parou de resistir e veio, o gozo, o semen saiu quente do seu pau atingindo a garota no rosto

— Shiiii — Ouviu o chiado vindo da boca dela, pedindo silêncio e havia um riso contido

Ela abocanhou e começou a receber os próximos jatos direto na boca, Alberto se contorcia e respirava forte. Ela voltou a chupá-lo, dessa vez devagar, acariciando o saco e limpando qualquer vestigio de porra que podia haver ali

Ela saiu debaixo da coberta, Alberto estava ofegante e falou

— Te amo amor, estava muito gostoso, adorei

Estava escuro, ele não conseguia vê-la, sentiu ela se aproximar e ouviu a voz dela num sussurro

— Eu também te amo — A voz era delicada, mas animada

Beijou a boca de Alberto, mas estava diferente de minutos atrás, a língua parecia maior, talvez mais larga, era diferente, mas era igualmente gostoso.

Alberto abriu os olhos quando ouviu um alarme sonoro do celular, olhou o relógio, eram nove horas da manhã

— Caralho — Ele falou sentando-se na beira da cama sentindo a cabeça doer.

Atendeu, era Cristiane

— Oi amor, tá dormindo ainda preguicinha — Ela falou quando ele atendeu

— To sim, mas vou levantar agora, fiquei capotado de ontem

— Percebi, você não é acostumado a beber né, e bebeu bastante, ficou nervoso por causa do barrado da Ana Paula? — Cris indagou preocupada

— Sei lá, ela me tira do sério, é bem chata mesmo — Ele falou conformando o que a esposa dizia

— Ela tira qualquer um do sério amor — Cris riu

— Amor, adorei o boquete, foi incrível

Cris riu envergonhada no telefone

— Que boquete amor? — A voz dela era debochada — Sei de nada!

— Não fez? — Alberto perguntou preocupado

Cris riu novamente

— Claro que fiz né, mas achei que você estivesse dormindo e não iria se lembrar — Ela riu novamente — Gostou é?

— Foi ótimo, não tem como eu não gostar, gostei das lambidinhas e do carinho, gostei de você ter deixado eu gozar em você! — Ele falou passando a mão no próprio pau que já estava duro novamente só de se lembrar

Cris não respondeu imediatamente, levou uns segundos e deu outra risada

— Ai amor, você tá sonhando, eu não lambi e fiz nada demais, só mamei igual eu sempre faço e você não gozou, aí eu fui embora, você tava acordando e eu deixei de maldade mesmo.

Alberto ficou confuso, falaram sobre o almoço e ele foi tomar banho.

Quando desceu para tomar café Dani estava na mesa, a comida estava pronta, ela mexia no iPad, havia preparado pão, queijo, suco, café, era muita comida.

Assim que avistou Alberto ela se levantou e deu a volta atrás do balcão, ele a viu. Usava uma roupa colada, Alberto identificou como sendo um maiô ou um body, preto e uma mini saia no estilo colegial, plissada, branca e vermelha com as árvores da bandeira do Canadá estampada

— Bom dia cunhado, onde vamos hoje? — A Voz dela era animada, ela deu um abraço e um beijo em Alberto

— Você eu não sei, mas eu preciso trabalhar! — Alberto respondeu dando um beijo na bochecha dela também, Dani não se afastou e continuou pertinho.

— Ah, não me deixa sozinha não, vamos dar uma voltinha vai — Dani fez um beicinho, sabia que aquilo desarmava os homens, e desarmou Alberto

— Tá bom, mas a gente volta cedo! — Ele cedeu rápido

Ela puxou ele para a cadeira, Alberto sentou-se e ela se sentou em seu colo, ele pode sentir as pernas dela sem a saia tocando suas coxas, laçou os braços em volta do pescoço dele

— Combinado! — Ela falou sorridente, Alberto sentiu o bafo de menta dela

Olharam-se por alguns segundos e ela se aproximou, deu um beijo nos lábios dele, um selinho

Alberto se assustou e ela se levantou como se nada tivesse acontecido, começou a tomar café.

😍😘🥰😍😘🥰😍😘🥰😍😘🥰😍😘🥰😍😘🥰😍😘🥰

Olá meus amores.

Esse projeto foi um livro que lancei faz muuuuuito tempo, em colaboração com um grande amigo meu, era uma época onde eu não sabia escrever direito, usava uma narrativa meio estranha em primeira pessoa então estou reescrevendo a história todinha.

Algum de vocês pode ter encontrado essa historia por aí com o nome de "É assim que eu me lembro" ela fez um relativo sucesso há algum tempo.

A ideia é que agora, com mais experiência na escrita eu consiga refazer a história para que fique muito melhor, mais detalhada e dramática como vocês tanto gostam.

Na época que ele foi publicado eu tinha vergonha das toneladas de textos eróticos que eu escrevia, mas isso passou, graças a vocês.

Eu não pretendo postar ela inteira aqui, só se vocês pedirem muito, se não vai só pra Amazon mesmo.

Ah, são 4 livros prontos até o momento e eu vou escrever mais dois assim que terminar de reescrever esse

PS: Me chamem no Instagram, agora tem um botão lá com meu Whatsapp, bem no meu perfil em http://www.instagram.com/rafaelakhalil

Me deem estrelas e votem aqui.

Paz! ✌🏼

Beijos, Rafinha Khalil

😘😘😘😘😘😘😘😘

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Foto de perfil de Rafaela KhalilRafaela KhalilContos: 93Seguidores: 233Seguindo: 1Mensagem Autora Brasileira, escritora de livros de romances eróticos para quem não tem frescura

Comentários

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Eu lembro do início... pensava que o autor era homem rsrs

Sem spoiler, mas não gostei do final da Cristiane, caso reescreva, mude ele... "Happy end or nothing"

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Oie, era, na epoca eu tinha medo de publicar meus textos, preconceitos e bobeiras da mimha cabeça, coisas que nao tenho hoje em dia, na época eu estava junto com o autor, que não é o caso hoje em dia, mas a ideia é minha , por isso estou reescrevendo do meu jeitinho. Vou levar sua opinião em consideração, bjo

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A história da Fernanda nunca teve fim? Eu meio que me perdi nela... do meio para fim ficou confusa...

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Ficou muito bom o conto, deu tesão.

Logo que eu puder quero comprar a parte 2 de Cristal, adorei as leituras que fiz, o Harém da Fernanda e o da Cristal.

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Que delícia. Já vi tudo. Alberto vai comer a Dani. E vai dar uma.surra de pika na Ana Paula tbm.

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Acompanhei a série toda no passado. Fiz até um comentário duvidando numa situação com companhia aérea... Você escreve muito bem e será bem legal reler essas histórias. Espero que tenha novidades também...

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nossa eu me lembro desse conto, foram vários, muito bom mesmo... que legal que vc esta portando novamente...ja estou ansioso pela continuação...

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Eu tenho 4 livros prontinhos e eu amo essa personagem com todas as minhas forças, ela é a mais importante de todas as que eu já fiz, ela simplesm é a base para todas as minhas histórias atuais.

Bjoka

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Ele está amador demais, estou deixando ele profissional como esse capitulo aqui. Afora está lindo por que eu já sou uma escritora de verdade, não amadora.

Bjo

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Fala amiga beleza, mais você vai adaptar para alguns capítulos num conto seria isso mesmo.

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Não, a história antiga está em primeira pessoa e escrita de uma maneira mega confusa e com falhas no decorrer dela. Meu trabalho é refatorar o texto, reescrever linha a linha, dar uma arualizada e corrigir erros. Essa história já está vendida para uma editora.

Bjinho, Rafa

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Mas voltou afiada!!! Delicioso.

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Obrigada amore, esse texto é especial para mim, representou tanta coisa, tem lagrimas, suor e sangue nele.

Beijinho

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