Alana - Mudanças - Parte 14

Um conto erótico de Alana
Categoria: Trans
Contém 1036 palavras
Data: 16/11/2021 13:46:51

CONTINUANDO...

Entro no banheiro, aproveito para fazer a minha higiene íntima. No banho, passo o sabonete e sinto a minha pele lisa como nunca havia sentido. Passo óleo de amêndoas no corpo todo, tiro o creme do cabelo. Saio do banheiro enrolada na toalha. Vejo que ela já desmontou a maca e guardou o material da depilação.

- Veste só uma calcinha e uma camiseta e senta aqui, vamos cortar seu cabelo.

Fiz o que ela pediu. Ela seca meu cabelo com o secador.

- Não vou tirar comprimento, só vou acertar o corte.

Ela trabalha rápido e concentrada. Rapidamente termina. Escova meu cabelo com o secador para dar a forma final. Ela tira a capa.

- Pode ir lá ver como ficou.

Vou ao quarto, me olho no espelho e não acredito. Meu cabelo está maravilhoso, eu estou maravilhosa. Meu cabelo está liso, loiro todo mechado, macio, tem movimento, a raiz mais escura, parece muito natural. Eu amei. Vou até a sala. Ela já varreu tudo e colocou a cadeira na cozinha .

- Paula, você é uma artista. Muito obrigada!

- Por nada. Já sabe que roupa vai usar?

- Sei sim. Quer ver?

Eu a levo ao quarto, mostro o que vou vestir. Ela aprova.

- Menina tu vai parar o trânsito... venha cá, tenho uma coisa pra te dar...

Curiosa a sigo até a sala. Primeiro me entrega um cilindro de plástico, um rolo grande de esparadrapo micropore cor de pele. Fico sem entender.

- Como disse a você, eu trabalho com duas trans. Conheço muitos truques desse mundo. O Dr. Alexandre me disse que você era iniciante, sem experiência. Isso vai te dar segurança, se chama tucking . Este é um presente meu para uma mulher trans que esta começando a vida. Tire a calcinha.

Entendi onde ela queria chegar.

- Sente, afaste as pernas. Você tem que entender para poder fazer sozinha depois.

Ela me explicou bem, e consegui de primeira. Depois de terminar não via nada, apenas um quadrado de esparadrapo onde antes havia algo. Eu parecia uma boneca Barbie.

- Ande, sente, levante, agache. Você vai ver que não solta.

Testei e não soltava mesmo. Pensei que até poderia até fazer amor assim. Ela me entrega um outro rolo de esparadrapo, com a mesma largura, mas muito mais fino.

- Este é para você carregar na bolsa. Nunca se sabe quando vai precisar ir ao banheiro.

Ela riu, eu ri também. Vesti novamente a calcinha.

- Obrigada, mesmo de verdade! Posso te dar um abraço?

- Deve!

Eu a abraço muito agradecida. Realmente gostei dela.

- Vamos te arrumar pro seu boy...

Entramos no quarto, eu tiro a camiseta, a calcinha e fico nua. Não tenho mais pudor de ficar nua na frete dela. Pego o conjunto de calcinha fio dental e sutiã de bojo pretos com detalhes em renda. Coloco a calcinha, quando vou colocar o sutiã ele estende a mão para mim.

- Espera ai, estava quase esquecendo...

Ela vai até a sala e volta com um saco plástico transparente, com alguma coisa rosada dentro. Ela abre o saquinho, retira o conteúdo e me mostra.

- São próteses de seio feitas de silicone, vão te dar volume. Elas aderem na pele, não vão escorregar.

Ela me ajuda a colocar na posição certa, a acertar o sutiã. Me vejo no espelho e eu pareço mesmo ter seios. Sorrio para ela.

- Obrigada! Adorei.

Ela me ajuda a me vestir. Coloco uma blusa preta de gola alta colada com mangas que vão até o meio do meu antebraço e uma meia calça preta lisa. Olho no espelho e vejo que meus seios estão médios e muito naturais. Visto a saia, xadrez de cinza e branco, pregueada, as botas pretas de salto alto e fino que vão te em cima do meu joelho. Somente uma pequena faixa das minhas coxas aparece. Coloco brincos de argola prateadas. Dou uma voltinha pra ela ver.

- Arrasou! O boy não vai tirar os olhos de você. E as mãos também...

Rimos juntas. Realmente me sinto maravilhosa.

- Bem, vamos maquiar você.

Eu pego a minha maleta de maquiagem no armário, e passo pra ela. Ela abre e começa a olhar tudo que tem dentro

- Senta aqui... onde está o batom que você vai usar?

Eu pego o batom, passo pra ela e me sento. Ela prende meu cabelo com uma presilha. Passa base no meu rosto, pó, iluminador, acerta toda minha pele. Trabalha nos meus olhos, delineador, sombra, coloca os cílios postiços. Blush, batom. Leva muito menos tempo que eu levaria.

- Pronto, pode olhar.

Eu olho no espelho e estou maravilhosa. Nunca tinha usado uma maquiagem tão bem feita.

- Você é fantástica Paula. Obrigada!

Senta aí, vamos finalizar seu cabelo. Ela vai até a sala, volta com o que eu reconheço ser aplique de cabelo, loiro, da cor do meu cabelo, e muito longo.

- Tic-tac. Já usou?

Faço que não com a cabeça, ela me mostra como funciona, me explica como usar.

- O boy pode até puxar seu cabelo que não vai sair.

Ela divide meu cabelo, coloca em mim. Penteia meu cabelo, joga um pouco de spray.

- Tá pronta menina. Acho que não tem mais nada que eu possa fazer por você.

Eu me levanto, me olho no espelho. Meu cabelo está mais cheio, chega até quase a minha bunda. Está perfeito. Eu mesma não quase não me reconheço assim. Se minha mãe passasse por mim não me reconheceria. Fico mais tranquila de sair na rua assim.

- Muito obrigada Paula... Nunca estive tão linda! Mas tem uma coisa que você pode fazer por mim ainda...

- O que?

- Fotos!

Rimos juntas... passo meu celular pra ela, ela tira várias fotos minhas, em pé, sentada no sofá, de costas. Também tiro algumas selfies com ela.

- Olha a hora! Tenho que ir! Minha filha deve estar me esperando!

Nos abraçamos mais uma vez, trocamos telefones, e ela se vai. Olho no relógio e são quase sete e meia, logo meu homem chega. Confiro a casa pra ver se não tem nada fora do lugar, e lembro de arrumar minha bolsa. Coloco minha identidade, meu celular, o rolo fino de micropore, batom, pó compacto, um lenço. Estou pronta como nunca estive na vida. Tomo meu comprimido de bloqueador de testosterona. Sento e espero meu homem chegar.

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