Alana - Conversas - Parte 9

Um conto erótico de Alana
Categoria: Crossdresser
Contém 1461 palavras
Data: 16/11/2021 13:25:09
Última revisão: 16/11/2021 13:29:13

Eu passei meu telefone para ele. Ele me adicionou, um número de São Paulo. Me chamou, seu nome ele me disse, era Alexandre. Perguntei sobre o fato dele estar na capital e eu em Campinas, ele me disse que não era tão longe assim, que não importava para ele. Trocamos fotos e gostei dele, era bonito e em muito boa forma. O conheci num domingo a tarde, e a partir desse dia conversamos muito, todos os dias, sobre tudo. Sempre muito educado, respeitador, um perfeito cavalheiro. Eu já acordava com o seu bom dia, ele me perguntava como eu estava, se tinha dormido bem... as noites passávamos conversando, nos conhecendo, aprofundando laços. Contei praticamente toda minha vida a ele, as minhas experiências anteriores com detalhes. Ele também me contou muita coisa sobre ele. Era executivo de uma grande multinacional, estava divorciado a quase dois anos. Tivera um relacionamento curto com uma transexual, mas não deu certo. Trabalhava muito, falava com ternura da mãe, seu pai já era falecido, tinha uma irmã que morava na Inglaterra. Culto, inteligente, rápido em entender as coisas. Rapidamente desenvolvi um carinho enorme por ele, sem nunca o ter visto pessoalmente. E sem perceber eu pensava o dia todo nele.

Combinamos de finalmente nos conhecer, o que eu queria muito. Ele iria até a minha casa no sábado a tarde, segundo ele para nos conhecermos, conversarmos. Me disse que seria apenas pra conversar mesmo, que eu ficasse muito tranquila a respeito de suas intenções. Ele apenas queria ver se eu era de verdade e queria que eu visse que ele era de verdade. Concordei. Apesar de estar profundamente atraída por ele, decidi dar tempo ao tempo, deixar as coisas acontecerem naturalmente e curtir cada momento.

Acordei sábado de manhã, fiz minha rotina de exercícios e alimentação. Limpei e arrumei a casa, queria causar uma boa primeira impressão. As onze horas tomei um copo de leite de soja, comi uma maçã. Estava realmente ansiosa. Decidi me arrumar sem pressa. Fazia algumas semanas que eu vinha tirando os poucos pelinhos de barba do meu rosto na pinça, então retirei os poucos que estavam começando a nascer. Quando terminei nem parecia ter tido barba algum dia. Me depilei toda, fiz as sobrancelhas, escovei os dentes. Por via das dúvidas fiz minha higiene íntima. Vai que, né ? Melhor estar preparada. Tomei um banho longo e demorado. Me enrolei na toalha, sequei e escovei os cabelos com o secador. Passei hidratante no corpo todo. Vesti um conjunto de calcinha e sutiã de bojo rosa claro, com detalhes em renda, um shortinho curto de jeans com lycra azul claro, que colou no meu corpo e evidenciou minha bunda, coxas e cintura fina. Coloquei uma regatinha coladinha cor de rosa deixava a mostrava um pouco da minha barriga e meu piercing no umbigo. Troquei o piercing simples que eu usava no dia a dia por um prateado por um com um pingente de pedrinha transparente. Coloquei brincos de argolas prateadas, uma correntinha prateada com um pingente também de pedrinha transparente. Meia dúzia de pulseiras fininhas de metal prateadas no antebraço esquerdo, anéis prateados, dois em uma mão, outro na outra mão . Calcei sandálias rosa clarinho de tiras, de salto quadrado e médio. Penteei o cabelo dividido ao meio. Passei um creme hidratante com protetor solar no rosto pra iluminar minha pele, penteei as sobrancelhas. Passei delineador, máscara de cílios, uma sombra bem fraquinha cor de rosa nas pálpebras, muito pouco blush, e um batom cor se rosa matte mais puxado pro nude. Minha maquiagem ficou simples e muito discreta, nem um pouco carregada. Colei unhas postiças cor de rosa claras, não muito compridas, quadradinhas e com acabamento francesinha. Me olhei no espelho e me vi bem patricinha. Se ele queria uma mocinha novinha eu seria essa mocinha.

Sentei na sala, liguei a televisão e fiquei esperando. As dez pras duas minha campainha toca. Corro a olhar pela janela do quarto e vejo que era ele. Meu coração acelera. Abro a porta.

- Alexandre, entra, seja bem vindo! – e dou um sorriso para ele.

- Boa tarde Alana. Obrigado!

Ele entra, eu fecho a porta. Me dá um beijo acanhado e casto no rosto. Ele veste calça social cinza escuro, camisa social azul clara, sapatos e cinto caramelo. Seu perfume é maravilhoso. Ele é bem mais alto que eu, e é mais bonito que nas fotos. Barba bem feita, um cabelo preto lindo e bem cortado. Sinto borboletas se debatendo no meu estômago .

- Entra, senta, fica a vontade.

- Isso é pra você... – e me estende uma sacola de papel com o logo da kopehhagem.

- Obrigada...

Nos sentamos no sofá de três lugares da sala, de lado, olhando um para o outro, ele apoia o braço no encosto do sofá, eu cruzo as pernas. De dentro da sacola retiro uma caixa de bombons muito bonita e pesada.

- Achei que você fosse gostar.

- Eu adorei! Muito gentil de sua parte. Muito obrigada mesmo.

- Você está linda...

- Obrigada! Você também...

Me sinto corar. Esse homem mexe comigo de formas que eu nunca pude imaginar. Ele respira fundo.

- Nossa, como estou nervoso... Você tem café?

- Posso fazer pra você.

- Eu gostaria muito.

Eu me levanto, ele se levanta, e sem pensar puxo ele pela mão até a cozinha. Aponto uma das duas cadeiras da pequena mesa que fica encostada numa das paredes da cozinha. Ele se senta, apoia o braço na mesa. Começo a pegar a separar as coisas pra fazer café. Estou muito consciente de estar sendo observada, tomo cuidado com cada movimento que faço. Pego a caneca que está no escorredor, encho de água na torneira da pia, e coloco para ferver. Coloco a garrafa térmica em cima da pia, abro a geladeira, pego o pote de pó de café. Me abaixo para pegar o coador e os filtros de papel embaixo da pia, faço isso sem dobrar as pernas, com a coluna reta, pés juntinhos ,bumbum empinado e de costas pra ele. Quero que ele me veja e me deseje. Eu já o desejo.

- Foi difícil chegar aqui? Você veio de São Paulo...

- Não foi, só segui o GPS.

- Demorou?

- Não, a estrada estava tranquila.

- Eu também estou nervosa... Viu?

- Engraçado como as coisas são, né ? A gente conversou tanto...

Dobro o filtro de café, coloco no coador, coloco o coador em cima da garrafa.

- Como você gosta do seu café?

- Forte com adoçante.

Eu pego o adoçante em cima da geladeira, coloco em cima da mesa. Me dou conta que em nenhum momento ele tira os olhos de mim, e gosto disso.

- Quer mais alguma coisa? Torradas, frutas, algo assim?

- Só o café está ótimo...

Termino de fazer o café, o sirvo. Pego a caixa de chocolates na mesa da sala e coloco na mesa. Ele me pergunta da faculdade, e assim o papo engrena. Ficamos conversando tomando café, aproveito pra comer um bombom, é delicioso. Logo estamos conversando de maneira mais tranquila, mais aberta, damos algumas risadas juntos. Começo a realmente me sentir a vontade com esse homem. Ele chega a colocar sua mão sobre a minha algumas vezes. Sua presença me impressiona, mas de um jeito bom, sem nenhum me causar nenhum receio. Terminamos o café, coloco as xícaras na pia. Vou em direção a sala e o puxo pela mão, parece natural. Na sala solto sua mão, coloco um cd pra tocar baixinho. Ele se senta, sem nem pensar me sento na perna dele. Ele envolve minha cintura com um braço, pousa a outra mão na minha coxa, me envolve. Coloco um braço por trás do seu pescoço, a mão no seu ombro. Minha outra mão vai no seu rosto. Por alguns segundo nos olhamos nos olhos...

- Alana...

E eu o beijo. Nunca havia sentido tamanha necessidade de beijar alguém. Seu beijo é gostoso, tenro, apaixonado. Melhor beijo da minha vida até então. O beijo sem pressa, querendo que esse beijo nunca acabe. Sinto ele me abraçar forte, apertar minha coxa. Nossos lábios se separam, ele sorri, eu sorrio. Apoio a cabeça no ombro dele, envergonhada. Ele me abraça forte.

- Me desculpa, não resisti. – digo baixinho...

Ele ri... uma risada solta, feliz.

- Eu queria te beijar desde o primeiro momento que te vi, quando você abriu aquela porta...

E nos beijamos de novo, com mais paixão.

- Gostou de mim? – Eu pergunto tímida.

- Gosto de você antes mesmo de te ver pessoalmente...

- Eu sinto o mesmo. Nunca me senti assim por ninguém.

Era a mais pura verdade. Estou apaixonada. Quero ser deste homem mais do que quis qualquer coisa na vida.

- Verdade?

- Sim...

Ele me beija. Me abraça forte. Ele é todo músculos. Se algum dia me senti tão protegida, tão feliz como nos braços dele, eu não me lembro. Realmente me sinto especial.

CONTINUA...

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