Um primeiro encontro perfeito

Um conto erótico de jpgiovanni
Categoria: Heterossexual
Contém 640 palavras
Data: 15/10/2021 13:53:42

Nós já tínhamos conversado tanto, conhecíamos tudo da vida um do outro, muitas noite de papo no MSN, eu conhecia a história do seu divórcio, de como você estava sendo reconhecida no seu emprego. Só faltava nos encontrarmos.

E aquele foi o dia, depois de muitos rodeios, medo do que seria, marcamos um cineminha, o que poderia ser mais inocente?

Mas na hora que te vi parada na frente do cinema, não pude me controlar, você me deu um oi, e eu te dei um beijo. Isso te deixou sem jeito, você não sabia como reagir.

Entramos pra ver o filme de mãos dadas, geladas com a ansiedade. Sentamos na última fileira, mesmo sem ter combinado nada, queríamos privacidade, a tensão deixava clara a intenção.

O filme rolando na tela, e a atenção focada na sua respiração, será que ela me deseja mesmo? O que será que ela está pensando? Minha mão sobre a sua, você me olha, 1 segundo, 100 mil anos, não sei, e finalmente você me beija, aquele beijo que eu esperava a meses. No começo tímido, depois molhado, e logo em seguida quente, desejoso, de quem se entrega.

Como dois adolescentes, trocamos carícias numa sala escura de cinema, carícias que só fazem ascender mais aquele fogo. Mas a sala não está vazia, e isso nos limita no que podemos fazer, muito aquém do que queremos fazer, mas até isso é bom, porque mantem aquela sensação de quero mais, preciso de mais.

O filme continua, não sei o que se passa na tela, mas sei que você se parece com uma chuva de monção, tão quente e úmida. Sinto como você me toca, perfeita alternância de delicadeza e força, me levando tão próximo do paraíso pra depois me trazer de volta a terra, sem deixar que me perca.

O filme acaba, você diz que não pode se demorar, teu filho está te esperando em casa. Eu quase me desespero, como assim, não pode terminar aqui, assim, agora. Eu ofereço pra te levar em casa, para pelo menos poder ficar um pouco mais com você.

No caminho conversamos amenidades, mas minha cabeça gira com as sensações que acabei de ter.

Ao chegar no seu prédio, fico esperando um convite pra subir, mas você relembra que seu filho está em casa lhe esperando. Pergunto se não pode ficar um pouco mais, você me responde que sim já me beijando. Esse beijo não tem nada de tímido, já começa quente, e só faz esquentar. Seu vestido deixa logo de lhe cobrir e não demora para a pequena peça de tecido que resta ser posta de lado.

Você se abre, se revela, deslizo por dentro de você, ouço sua respiração responder aos meus toques, assim como a pressão do seu toque. Você se torna mais impulsiva, já não teme que alguém nos veja. Numa investida que me surpreende, me toma nos lábios e me leva a loucura. Sem pudores, sem receios, me faz sentir coisas que não podem ser descritas em palavras. por mais que tente resistir, me controlar, desisto, me entrego, sinto e aproveito essa sua habilidade sem par. Como uma maestrina você rege meu corpo, me leva onde quer, até o ápice da sinfonia, em que me derramo num gemido mudo.

Quando recupero a consciência, te encontro me encarando, sorriso vitorioso nos lábios, brilho nos olhos. Você diz que tem de ir, não pode demorar mais. Me beija mais uma vez, sinto meu próprio gosto na sua boca.

De fora do carro diz que adorou me encontrar, que espera que aconteça de novo, e que na próxima vez marcará num dia que seu filho esteja na casa do pai, assim pode me convidar para um jantar e algo mais.

Volto pra casa sem conseguir prestar atenção no trajeto, meu pensamento completo imaginando o que mais essa amizade me reserva.

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