Oito Horas

Um conto erótico de Luis
Categoria: Heterossexual
Contém 2374 palavras
Data: 13/10/2021 22:16:09

Oito horas. Escuto a buzina em frente de casa. Meu estômago gela, tanto por ter conseguido estar saindo com ela, quanto por ela vir me buscar de carro. Tudo me parece estranho. Mas eu, apesar de saber dirigir, não tenho sequer uma moto, quem dirá um carro. Consigo mal me manter nesse apartamento, ainda que dividindo as despesas com mais três amigos, que incluem um casal. Ou um trisal, talvez. Mas não é da minha conta.

Calço o melhor tênis que tenho, correndo. Uma última olhada no espelho, pego minha jaqueta, mochila, e saio. Surpreendo-me, mas não muito, com o fato de ela dirigir um utilitário esportivo vermelho. E combina com ela. Fatalmente. Jogo a mochila no banco traseiro.

Ela me cumprimenta com dois beijos, e seu perfume inunda minha mente. Suave, mas marcante. Enquanto ela nos encaminha a algum lugar, fico observando o vestido bem marcado, que delineia seu corpo cheio de curvas, e mostra escondendo suas coxas. Sinto o ímpeto de colocar a mão nelas, mas me contenho. É um primeiro encontro, porra! – grita minha mente pra mim. O fato de ela dirigir descalça, quase colada ao volante, e sorrir a cada pergunta que me faz, realmente não diminui em nada minha vontade de sentir a pele dela. Tenho certeza que é tão macia quanto cada cacho do seu cabelo, que compete em cheiro com o resto do seu corpo.

— Bela jaqueta. Devia se vestir mais assim. Valoriza você – Diz ela, com meio sorriso.

— Ah... Obrigado. Você está linda... – Sinto minhas orelhas queimarem furiosamente.

Um silêncio morno se forma, enquanto chegamos a um bar. Bem bonito, até. Ares de pub alemão, com decoração gótica e medieval. Toca um rock bem marcado, e ela começa a balançar a cabeça ao ritmo da música. Sentados, conversamos amenidades enquanto esperamos o garçom chegar. Cantamos a outra música juntos, enquanto bebemos. Ela, com sua cerveja, eu com um destilado qualquer. Acho que vou precisar de muita coragem hoje. Cheguei até onde queria, e agora toda ajuda do mundo será necessária. Pedimos um prato qualquer com vários petiscos, e fechamos duas garrafas de vinho.

Começamos a dançar uma balada lenta. Os saltos fazem com que ela fique na altura do meu nariz, e o cheiro de seus cabelos me deixam excitado. Embora sentir o calor da sua pele pelo vestido, e a curva acentuada que forma no fim da coluna não ajudem muito, não ouso avançar a linha quase invisível que forma sua calcinha. Tenho certeza de que pode ouvir meu coração batendo descompassado, e o volume que se formou colado à sua barriga.

Escuto sua voz, meio a música alta, dizer algo impossível de se ouvir. E não resisto ao ímpeto de beijar sua boca que brilha. Sua língua cola na minha, em uma dança ainda mais sensual do que nossos corpos poderiam. O doce do vinho, o frescor do hálito, sua boca pequena, tudo faz o redor desaparecer. Suas mãos invadem meu cabelo, segurando minha nuca. Instintivamente, faço o mesmo, segurando firme. Ela geme na minha boca. Concordamos, com um olhar, que devíamos sair dali. Sugiro dividir a conta, mas ela não aceita. Me pede que dirija até um lugar mais reservado. Me dirijo rumo a um motel padrão médio-alto, mas ela decide que quer ir para casa.

Me sinto culpado. Estraguei tudo com a mulher que eu mais desejava. Minha mente não para de me culpar. Grita comigo. Estraguei tudo. Ela me guia como chegar. Dirijo o mais lentamente possível, para aproveitar o resto de companhia e noite que ainda tenho. Chegamos em frente a uma bela casa. Muros altos, paredes de tons sóbrios, que dizem afirmativamente o quão forte aquela mulher é. Ela abre o portão, e me diz que coloque o carro na garagem. Faço o que me pede, e desço, me despedindo.

Ela segura minha mão, e me beija novamente, ainda com mais fúria e ânsia do que antes. Me pede que fique, enquanto me puxa pra dentro, abrindo a porta. Tomo a iniciativa, e a seguro contra a porta, beijando sua boca e pescoço. O vestido sobe. Começo a morder sua orelha, e sinto-a aquecer. A calcinha é azul. Ela puxa minha jaqueta, desajeitadamente, enquanto arfa. Em um lampejo de consciência (ou seria maldade?) a coloco no sofá. Ela tira os sapatos. Seus belos pezinhos aparecem, e me parecem ainda mais sensuais.

Em pé, ela fica de costas pra mim, e me pede que abra o vestido. Decido ir além, e seguro seu pescoço pelas costas, expondo-o. Passo meu rosto, fazendo minha barba por fazer de três dias roçar em sua nuca. Ela arfa, profundamente. Abro o zíper com a outra mão, enquanto mordo lentamente seu ombro nu. O vestido cai. Seguro seu seio, o descobrindo nu. É morno, macio. Suave. O mamilo, semirrígido, encaixa entre meus dedos. Fecho, pressionando levemente. Ela geme alto. Com a outra mão, agarro o outro seio, igualando os movimentos. Sinto ondas de calor e arrepio correrem seu corpo. A ereção em mim pulsa grosseiramente. Digo obscenidades, enquanto elogio seu corpo. Sua mão pousa no volume em minha calça. Quase tenho um orgasmo quando ela segura firmemente. Desço minha mão à sua calcinha. Morno. Convidativo. Esfrego suavemente. Sinto o movimento abaixo do tecido. Contorno com os dedos cada parte. Ela me empurra no sofá, e senta seminua, sobre mim. Encaixada. E se move firme. Me beija com vontade, como se somente eu pudesse a salvar aquela noite. Me domina. Precisamos um do outro naquele momento. E puxa minhas roupas, tirando com toda a facilidade do mundo. Em um momento repentino, estou de cueca. Sem camisa, sem meias, totalmente exposto. E estranhamente confortável. Ela beija e passa sua boca em todo o meu corpo, como se me saboreasse. Sinto sua boca me sugando. É um prazer insano, como se fosse o primeiro oral da minha vida. Como se ela tirasse minha virgindade. Beijo novamente sua boca. Ela me puxa pela mão, para seu quarto.

Tons de azul, verde e mesclas em tons estão espalhados por todo o cômodo. Uma cama grande, box. Ela deita na cama, com cara de menina sapeca, me chamando batendo ao lado da cama. Sorrio, instintivamente. É estranho, e maravilhoso, ver aquela mulher linda, quase toda nua, cabelos cacheados, amassados, batom borrado, olhos brilhantes, naquela cama enorme para ela. Me querendo, me desejando. Esse é o tipo de tentação que ninguém tentaria evitar.

Beijo cada um de seus pés, mordendo o último dedo. Ela se contorce. Faço igual no outro pé, com um pouco mais de força no último dedo. O choque é igual, se não maior. Vou subindo lentamente pelas pernas, chegando às coxas. São mais macias e cheirosas do que eu esperava. Demoro-me um pouco mais entre elas. Sinto o cheiro que vem da sua calcinha, e eu salivo. Evito chegar logo, e vou até sua barriga. É pequena, quase reta. Sua cintura é bem marcada, fruto de uma vida bem regrada. Seguir o caminho contrário em seu corpo me faz sentir como desbravador de uma terra intocada. Apesar de saber que não sou, nem poderia ser, seu primeiro. Seu corpo implora pra ser tocado. Todos os seus pelos estão eriçados. Ponho seus seios, alternadamente, na boca. O sabor é indescritível. Como se fossem feitos de doçura, de açúcar. Chocolate. O perfume entre eles é convidativo. Provo. É realmente perfume. Minha boca amarga. Ela ri e me beija, tomando novamente minha boca com o doce de seus lábios. Prende, sem que eu perceba, minhas mãos acima da cabeça. Beija meu pescoço. Morde meus mamilos. Deita sobre mim, colocando sua bela bunda próximo ao meu rosto, mas não o suficiente para que eu possa alcançar. Volta a me chupar com força, e vontade. Sua língua faz círculos e voltas, chicoteando meu pau sem clemência. Ela avisa que vai me castigar se eu gozar. Me concentro, evitando o pensamento sobre gozar. Ela balança seu bumbum, enquanto lambe e suga com certa força meu saco. O ponto fraco. Sinto a iminência de ejacular, mas consigo conter. Mas não por muito tempo. Poucos minutos se passam, e ela volta do passeio com a boca entre meu saco e a virilha. Bate meu pau na língua, lambendo lentamente a cabeça, que deve estar vermelha de tanta força. E num movimento coordenado entre boca e língua, não consigo mais segurar, e jorro tudo. Sinto inúmeros jatos voarem. Meu corpo sai de órbita. Volto com um sonoro e ardido tapa que ela me dá, como castigo por gozar antes dela.

Preciso me redimir, ela diz. E senta na minha cara. Esfrega com força aquela bucetinha molhada e cheirosa em mim. Minha boca volta a salivar instintivamente. Chupo como se fosse a última fruta do mundo. A fricção com a minha barba faz ela molhar ainda mais. Pinga excitação em todo o meu rosto. Sinto que talvez possa gozar assim, dando prazer a ela. Passo a língua em todo lugar que possa alcançar. Seu sabor é ótimo. Poderia passar horas ali. Até que sinto minha redenção chegar. Ela goza, gritando de prazer. Continuo meu trabalho, até que ela mesma decide sair. Impedir que eu continuasse. Ela solta minhas mãos, e lambe meu rosto. Chupa meu dedo, enquanto acha um preservativo. E se encaixa gostosamente em mim. É macio, quente, convidativo. E sei o sabor que tem também. Apoiada no meu peito senta, ora suave, ora com força. Desliza como se fosse do meu número. Sinto como se batesse no fundo, mesmo sabendo que não tenho comprimento suficiente pra isso. Rebola. Seguro seu cabelo, e puxo-a, beijando. Coloco alguma força, e ela reage, gemendo despudoradamente. Inverto, e ela põe as pernas nas minhas costas. Seguro seu pescoço firme, e coloco força. Não resiste muito, e goza novamente. Sinto jatos atingindo meu pau, e prossigo, enquanto ela continua a gozar e a pedir mais. Soca, ela grita. Não poderia negar esse pedido.

São duas da manhã, e após um breve cochilo, ela me acorda, se aninhando em mim. Vamos até sua cozinha, e comemos um lanche frio, rápido. Ela me oferece gin tônica, que me parece razoavelmente cara. Bebemos. Ela senta no meu colo, muito à vontade. Seguro-a pelas belas coxas nuas. Seus pelinhos claros e curtos, na pele negra, são a perdição. Ela ri, dizendo que está dolorida. Mas que com certeza quer mais. Meu pau pulsa. Cansado, mas sempre a postos. Ela continua a sorrir, e beija próximo à minha orelha. Quero muito dar meu cuzinho, diz ela. Vai fazer gostoso? Eu só posso concordar. A noite ainda vai ser bem longa.

Ela fica de quatro no sofá, ao meu lado. Não resisto ao ímpeto de passar a mão em sua bucetinha. Ajoelho atrás dela, no chão, lambendo. Cuzinho minúsculo, fechadinho. Cheira a sabonete. Certeza que havia acabado de sair do banho. Passo meu polegar, logo em seguida lambendo. Ela olha pra mim, convidativa. Inverto entre mão e boca, e começo a masturbar seu clitóris vermelho de tanto ser usado. E continuaria. A ponta da língua passeia lentamente em toda a extensão de sua bela bunda. Chego ao ponto principal, e ela parece gostar. Pergunto se nunca fizeram isso antes. Ela diz que não, e que gosta. Não só eu perdi alguma virgindade hoje, ao que parece.

Esqueço do tempo, e fico perdido entre chupar seu delicioso cuzinho, e masturbar sua xaninha abusada. Decido colocar um dedo. É bem apertado. Logo consigo inserir mais do que somente a ponta. Continuo relaxando-a, e dois dedos entram. Ponho-a de lado. Ela fica olhando pra mim, faminta. Coloco uma camisinha, um lubrificante que ela tira de algum lugar, e ela balança a cabeça, confirmando que quer. Entro, lentamente. É apertado, e tão gostoso quanto sua xota. Começo um vai-e-vem lento, mas firme. Ela pede pra ir por cima, e eu sento no sofá. Agacha sobre mim, se apoiando no meu pescoço. Morde minha orelha, e arranha minhas costas, com alguma força. Beijo-a, abafando seu grito quando finalmente entra. Ela fica parada algum tempo, como se aproveitasse a sensação. E finalmente, começa a movimentar. O barulho ritmado, é como um aplauso à mulher perfeita que ela é. Ela me conduz de volta pro quarto, pela mão. Me sinto como um cordeiro indo ao abate. Ou talvez, seja somente insegurança. Ela fica de quatro na cama, de novo. Recurva-se para cima, deixando suas nádegas na altura da minha cintura. Entro, lentamente. Agora, mais macio e suave que antes, não há muita dificuldade. Seguro sua cintura, e penetro no ritmo mais compassado possível. Ela se masturba, enquanto geme pra mim. Puxo seu cabelo, e ela recurva ainda mais, enquanto aumento o ritmo. Ela quase goza. Mudamos de posição, e ela põe as pernas no meu ombro. Fica mais apertado, e eu a masturbo, enquanto seguro seu seio. Sinto que vou gozar, e ela pede que faça em cima dela. Imprimo ainda mais força, e ela goza. Eu tenho um orgasmo seguido a ela, enquanto ejaculo tudo que ainda não havia saído. Me sinto vazio. Deito.

Ela deita em mim, e me beija, com muita volúpia. E dorme, assim, com o rosto colado ao meu. Sinto cheiro de rosas nela. E pensando nisso, durmo também.

O dia seguinte é segunda-feira, e a vida real precisa voltar. Ela me acorda, cedo, com minha bolsa na mão. Uso o banheiro, e tomo o banho mais rápido que posso. Ela entra no banheiro enquanto escovo os dentes, e me olha, sensualmente. Beija o canto da minha boca, e sai. Percebo a loucura das últimas horas, e como estou fatigado. Imagino que ela também esteja. E me dá uma súbita compreensão. Medo e ansiedade. Eu consegui o que a maioria dos homens quer. Transar com a gerente. No caso, a própria chefe. Espero que isso não mude as coisas. Mas seria legal toda essa agitação diariamente.

Caminhar pela rua, ruminando todos esses pensamentos e o que aconteceu na noite passada, me fez muito bem. Chegar ao ponto de ônibus de sempre me fez entender que nada iria mudar. Não tão cedo pelo menos. Coloquei meus fones, e deixei no modo aleatório. Ela passou de carro, com pressa. Alguma emergência, de certo. Mas eu tenho quase certeza de que ela olhou na minha direção, e estava sorrindo. Tenho quase certeza.

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