INSEMINAÇÃO NATURAL

Um conto erótico de Cláudio Newgromont
Categoria: Grupal
Contém 1304 palavras
Data: 09/10/2021 21:05:30
Assuntos: Grupal

Sou embriologista. Cuido de mulheres que têm dificuldade de engravidar, seja por razões ligadas ao seu próprio organismo, seja do marido. Mas, ultimamente, com os avanços nas relações homoafetivas, inclusive a união entre mulheres sendo reconhecidas pela lei, cada vez mais estão procurando ser fertilizadas artificialmente, para ter um filho que seja pelo menos metade de uma delas, biologicamente, já que afetivamente e psicologicamente, são completamente das duas.

Eu estava dando uma palestra exatamente sobre isso, sobre os procedimentos clínicos de uma inseminação artificial, as implicações legais e éticas, o custo financeiro, num congresso de feministas e LGBTQI+. O assunto desperta muito interesse e, modéstia à parte, sou competente, tanto como médico quanto como palestrante. Daí que a atenção da plateia (geralmente lotada) é total.

Terminou a minha parte e me dirigi à lanchonete, para comer alguma coisa, antes de ir para o aeroporto e voar até meu próximo compromisso.

Aproximaram-se de mim, um tanto sem jeito, duas mulheres, que minha experiência me fez detectar serem um casal. Pediram um milhão de desculpas pelo incômodo e se estivessem atrapalhando... Não, não... que é isso?! Podem sentar. Fiquem à vontade. Vamos tomar um suco juntos – e fui logo pedindo à garçonete. Na verdade, as duas eram muito gostosas e novinhas, e mesmo que nada rolasse, era sempre agradável conversar com duas delícias femininas...

Percebi que estavam ansiosas, e dispensaram arrodeios. Sabiam que tinham pouco tempo. Confirmaram serem um casal, que tinham assistido à palestra e tals... E queriam falar comigo... “Já estão falando!” – procurei dar mais leveza ao papo, elas estavam realmente tensas.

A mais gostosinha das duas tomou coragem e soltou tudo de uma vez, sem pausa nem chance de eu dizer qualquer coisa:

“Estamos juntas há três anos e sonhamos muito com um filho, para tornar nossa relação mais forte. Só falta um filho. Mas não temos grana para uma inseminação artificial, nem tempo para todo o processo que envolve esse procedimento. Também não conhecemos ninguém em quem confiar para nos ajudar. Então queríamos pedir uma ajuda ao senhor, não como médico, mas como homem. Eu estou, hoje, no auge do meu período fértil, e queria transar com o senhor, para engravidar. Não se preocupe que não incomodaremos o senhor de forma alguma. Inclusive, se o senhor quiser, assinamos uma declaração, em cartório, abrindo mão de qualquer eventual futuro processo de reconhecimento de paternidade. Isso está sendo muito difícil para nós, conversamos muito sobre isso, e vimos que seria nossa única chance de termos nosso bebê. Mas se o senhor não concordar, nós vamos entender, e vamos para o plano B, que é bem mais perigoso: eu vou me entregar a qualquer um que queira me comer – mas aí é um tiro no escuro, que não sabemos dos antecedentes genéticos do cara, nem nada... Além dos demais riscos que algo assim traz...”

As últimas palavras foram ditas com os olhos nadando em lágrimas e a última frase foi cortada com um soluço. Eu estava em estado de choque. Um turbilhão de sentimentos vadiava dentro de mim: questões éticas incendiavam meu cérebro, questões humanas me faziam querer ajudar, questões de tesão (meu pau já duro) me inclinavam a aceitar a proposta, mesmo com todos os riscos que poderiam representar para mim, no futuro. Mas elas não pareciam gente ruim, afinal... Estavam desesperadas, queriam um bebê e não tinham grana para bancar uma inseminação, só isso; e eu estava doido para comer aquela lindeza novinha.

Argumentei – mais por descarrego de consciência do que por convicção – tentando demovê-las daquela ideia, mas torcendo para não as convencer. Consegui não convence-las. Elas estavam decididas. E mais a natureza gritando em seu útero tornava tudo muito mais urgente.

Concordei, afinal.

Fiz algumas ligações, alterando compromissos, e saímos dali para o apartamento delas. Confesso que estava meio sem jeito; era uma situação completamente inusitada – mas a conversa agradável travada até chegarmos à casa, o quanto demonstravam estarem de boas, sem qualquer dúvida em relação a tudo, foi me tranquilizando.

Só não havia ficado claro para mim como seria; a outra estaria presente? No apartamento? No quarto? Ou sairia para dar uma volta, e nos deixar mais à vontade. Não quis perguntar. Quis ver como rolaria.

Como se já estivesse tudo combinado e acertado entre elas, as duas me levaram para o quarto e começaram a se pegar, a se beijar e a gemer e a tirarem a roupa uma da outra. Eu não contava com aquilo, minha rola endureceu feito ferro. Elas tinham corpos fenomenais. Por instantes, pareciam não levarem em conta minha presença. Transavam com todo o tesão de um casal que se ama.

Eu precisava fazer alguma coisa, mas não sabia o quê. Não sabia se deveria entrar no jogo, ou esperar ser convidado... Resolvi tirar minha roupa, o que fui fazendo bem devagar, meus olhos comendo aqueles dois corpos lindos que se devoravam. Ao notarem minha pica em riste, num interessante jogo de pernas uma delas me puxou para a cama e caí por cima delas.

Aí não aguentei mais. Rolou por terra o último resquício ético e provei toda a gostosura daquelas duas mulheres lindas. Carícias e carinhos, gemidos e gritinhos, movimentos sinuosos... tudo que contextualiza um trisal sexual na cama. Até que, sem que eu me desse conta direito, minha pica estava dentro de uma buceta quente e alagada, cuja dona sugava avidamente a xoxota da companheira, que me ofereceu os lábios, os quais comi em beijos imensos, quase canibalescos.

Dionísio e toda a plêiade de deuses e deusas do Olimpo, ocupados todos com o que havia de orgia e reprodução, rodeavam aquele leito mágico. Quando senti os raios do gozo se aproximando, e exteriorizei isso através de um grunhido mais forte, senti a mulher colar-se mais ao meu corpo, cruzar as pernas atrás de mim, para garantir o sucesso da inseminação (afinal, seria sua única chance), e explodi...

Explodi todo meu exército de espermatozoides ansiosos e lépidos naquela caverna mágica, e quase podia sentir o avanço deles pelas trompas acolhedoras daquela fêmea, que se contorcia e ria de felicidade e prazer. Decerto gozava também, tanta força pressionava meu corpo contra o dela, tão trêmulo estava seu corpo. A companheira, essa sim, gozou estrondosamente, com a parceira sugando avidamente sua buceta, do jeito que elas se entendiam...

Após meu último jato, as pernas que me prendiam me apertaram mais, e o corpo se arqueou, como a garantir que todas as minhas sementes completassem o percurso, e não houvesse qualquer perda de flanco bélico daquele exército de vida.

Seu corpo tinha movimentos involuntários e agora as duas se beijavam apaixonadamente, lágrimas rolando e se misturando nas faces. Eu estava achando sublime tudo aquilo, e por pouco não me desmanchei em convulsivo choro também. Estreitei as duas, num abraço apertado e amigo, e uma saraivada de beijos das duas me agradeciam tudo aquilo.

Quando conseguimos nos desvencilhar daquele engate, descansamos nossos corpos, ainda abraçados, sobre o leito, rimos e conversamos amenidades, e elas “resolveram”, sem aceitar qualquer apelação de minha parte, que eu ficaria com elas o restante do dia, que dormiria com elas, e só partiria no dia seguinte.

– Talvez seja preciso mais uma sessão de foda, doutor, por garantia.

– E por tesão, também, que transar a três assim é bom demais, doutor!

Aquelas meninas...!

Fiquei, transamos mais duas vezes; numa delas, derramei o meu sêmen de novo naquele útero ansioso por produzir uma vida; na outra, terminei comendo também a companheira (quem sabe, né?!) e despejando-me dentro daquele corpo maravilhoso.

Como combinado, despedimo-nos “para sempre”, no dia seguinte. Ninguém procurou ninguém. Não sei se a gravidez vingou, ou se as duas emprenharam. Não trocamos contatos. Cada um seguiu seu caminho.

Se deu certo, devo ter um (ou dois ou mais) filhos (ou filhas) adolescentes, em algum lugar do planeta, vivendo felizes com suas duas mães.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 12 estrelas.
Incentive ClaudioNewgromont a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

delicia

ontem um maranhão engravidou minha esposinha linda com uma pica muito grossa e cabeçuda de 19cm de comprimento por 18 de diâmetro eu fiquei muito feliz

Agora ele vem aqui em casa todo dia comer ela

tão amando,

0 0