80 GRAUS CENTÍGRADOS

Um conto erótico de Cláudio Newgromont
Categoria: Heterossexual
Contém 1624 palavras
Data: 22/09/2021 13:57:26

Viajei, dia desses, para a cidade em que tenho uma amiga super-cabeça; quando passo por lá, a gente se encontra para transar, das formas mais inusitadas possíveis. A gente se dá superbem, e sempre embarca na loucura um do outro.

Havia combinado com Leika de a gente se comer à noite, depois de eu resolver os perrengues cotidianos. Eu estava me arrumando, deixando meu corpo do jeito que ela adora e a faz doida e disposta às maiores loucuras: providências simples, como depilação pubiana e das axilas, barba recém feita, banho recém-tomado (pele úmida e cabelo molhado), mínima roupa possível, folgada e, naturalmente, sem cueca.

Assim eu descia do apartamento em que estava hospedado; ao sair do elevador e caminhar para a recepção, encontro uma amiga: Joana estava participando de um congresso de meteorologia, que se realizava no próprio hotel (eu vira a movimentação, quando cheguei, logo cedo – até furtei uns salgadinhos e canapés do coffee-brake).

Joana tinha vindo sozinha, não conhecia ninguém (ela não era lá muito sociável, por isso que eu gostava dela – a gente se dava bem, éramos bons companheiros de noitadas conversando sobre os mais diversos temas, de filosofia grega à nova temporada da “Casa de Papel”, passando, naturalmente, pelo seu assunto predileto, o tempo e a temperatura do planeta).

Agora estava sentada, no salão de entrada do hotel, bebericando um drinque que parecia delicioso, e que não era o primeiro – conforme me diria depois.

Senti-me entre a cruz e a espada: entre a criativa e deliciosa buceta de Leika e o agradável afago intelectual de Joana; entre o compromisso assumido com a primeira e a situação de solidão e de pedido de companhia da segunda. Que fazer?

Aí a ideia mais louca de todas pintou no meu despudorado cérebro... Nunca pensara em Joana sexualmente, embora ela parecesse um furacão na cama. Corpo tinha: era gostosa, rabuda, seios no ponto; não tinha um rosto de princesa, mas tinha uma inteligência aguçada – e isso me dava um tesão da porra, ainda que intelectual. Chegara a hora de tentar transpor o tesão também para o corpo.

Não perdi tempo com conquistas, primeiro porque não havia tempo (eu já estava atrasado para o encontro com Leika), e segundo porque achei que valia mais a pena arriscar no inusitado da situação.

Ao ouvir-lhe a lamentação de estar sozinha naquela noite e naquele lugar desconhecido para ela, como a suplicar-me que lhe fizesse companhia, fui bastante direto:

– Amiga, eu estou saindo exatamente agora para um compromisso sexual. Ela é muito gostosa, inteligente e a gente só se vê quando passo por esta cidade. Vamos comigo?

– Oi?!

Mesmo habituada a embarcar nas minhas loucuras, Joana não deixou de se surpreender com a proposta. Confesso que estava com um pouquinho de medo de estragar uma amizade que a mim era tão cara, mas eu estava num furor sexual enorme, e agora a possibilidade que se apresentava, de um encontro a três, fez-me afoito como eu nunca fora antes.

Tentando se refazer do susto, e procurando ganhar tempo para processar aquela “bomba”, ela franziu a testa, com aquela expressão que eu conhecia tão bem, de quem vai começar todo um processo de sondagem, para adquirir segurança, e que poderia demorar um tempo fatal, uma eternidade para mim. Quando ela abriu a boca, para começar a falar, encostei inesperadamente meus lábios nos seus, segurando sua nuca com firmeza. Ela, a princípio, tomou novo susto, ficou meio parada, perplexa, mas em segundos correspondia febrilmente ao meu beijo – a conversa entre duas línguas no espaço mínimo de duas bocas economiza um tempo enorme de conversação. Parece que o álcool também a deixava singularmente ousada.

Após descolarmos nossas bocas, em nosso primeiro beijo, sorri meu sorriso mais escroto, tomei-a pela mão e fomos em direção à saída.

– Doido!

Eu sentia Joana eufórica, eu próprio estava numa afobação só.

Saímos à calçada do hotel, caminhamos até o final do quarteirão, em silêncio, mãos dadas, dedos entrelaçados, Joana jogando a cabeça, esvoaçando os cabelos ao vento. Eu já a queria mais que tudo.

Aproximamo-nos de um carro parado na esquina, abri a porta de trás e fiz Joana entrar. Fechei a porta e assumi a cadeira do motorista. Leika, já no banco do carona, linda e nua sob apenas um camisão com a estampa enorme da Minie Mouse. Pus o automóvel em movimento, enquanto fazia sumárias apresentações.

– Leika, esta é Joana, amiga “das nossas”, que não queria passar a noite vendo tv e veio para nossa festa de sensualidade. Joana, esta é o furacão Leika.

Leika já estava de quatro, entre os bancos, cumprimentando e sorrindo para Joana; pela posição, com certeza mostrava os seios livres pelo decote do camisão, da mesma forma que o conjunto bunda-buceta se mostrava para mim. Passei o dedo na xoxota, sentindo-a já molhadinha, enquanto ela, num movimento de puro malabarismo, conseguiu passar para o banco de trás.

Imediatamente a conversa animada se estabeleceu, e Leika, com toda a energia que lhe era peculiar, conseguiu arrancar desde tímidos e desajeitados sorrisos de Joana, até frases e mesmo toques sensuais. Antes mesmo de chegarmos ao motel, eu já podia ver, pelo retrovisor, as duas experimentando um longo e suculento beijo. Minha pica pulsava.

Ao desligar o veículo, na garagem do motel, as duas beldades estavam completamente nuas, atracando-se, chupando-se e acariciando-se, num furor insano. Puta que pariu! Como Joana era gostosa! Que corpo! Quanta sensualidade! Como eu nunca percebera isso antes? Como eu nunca comera aquela lindeza? Pensava isso tudo enquanto retirava também minha sumária roupa, descia do carro e abria a porta de trás, para minhas duas passageiras se desengatarem e desembarcarem, a fim de encontrar lugar mais amplo e agradável para continuar aquela foda improvisada.

Subimos os três a escada que nos levava ao quarto, nos agarrando, nos bolinando e nos acariciando acintosamente. Ao adentrarmos em nossa alcova de prazer, Leika jogou-se sobre mim, devorando minha boca num beijaço recheado da saudade acumulada no tempo que passamos sem nos vermos. Imprensei seu corpo moreno contra a parede e minha pica rígida roçava sua buceta em chamas.

Joana estava meio sem saber o que fazer – talvez fosse seu primeiro ménage – chamei-a para mim e continuei o beijo que começara no hotel, mas agora sentindo toda a maciez e gostosura de sua pele, de seus seios túmidos, de sua xoxota depilada e brilhante. Agarrados, os três nos precipitamos sobre a cama e passamos a nos conhecer de todas as formas. Bocas sugavam, bucetas eram lambidas, cus recebiam dedadas, gemidos ecoavam no branco quarto que nos abrigava.

Num determinado momento, eu estava, feito um bolo gigante, exposto sobre a cama-mesa redonda, de pau para cima, sendo chupado avidamente pelas duas bocas femininas, que o engoliam ansiosamente, ao mesmo tempo em que também se beijavam com furor. Duvido que qualquer imagem do paraíso fosse mais bela do que a que eu acompanhava pelo enorme espelho do teto.

Como em todos os códigos de ética, os convidados são tratados com diferencial fineza, Leika colocou Joana sobre meu corpo, e pela primeira vez me senti penetrando minha amiga intelectual de tanto tempo, e enquanto meu pau sumia em sua xoxota lubrificada, ela gemia obscenidades desordenadas, como eu nunca vira antes.

Enquanto isso, Leika veio sobre minha cabeça e foi baixando sobre meu rosto aquela buceta que eu tantas vezes comera. Vinha completamente encharcada e arrojou-se em minha boca. Dei-lhe um trato especial, explorando minuciosamente todos os recantos, como somente eu conhecia. Leika urrava de prazer, de joelhos e com minha cabeça entre suas pernas, pressionava meu crânio com suas coxas, enquanto chamava a boca de Joana para continuarem o longo e insaciável beijo. Elas se acariciavam os seios, uma da outra, e se beijavam, enquanto Joana quicava sobre minha pica, e Leika esfregava sua xoxota fumegante em minha boca.

O frenesi dos movimentos gradativamente aumentando, os sons dos gemidos cada vez mais altos e sensuais, deram-me a certeza de que aquelas duas potrancas se preparavam para um gozo simultâneo. Fiz minha parte para colaborar: passei a estocar cadencialmente a buceta de Joana, que rebolava putamente sobre meu pau, e acelerei minha língua no grelinho, lábios e no interior da caverna inundada de Leika. Trabalho mais do que bem feito: em segundos, as duas gritavam horrores, na explosão do gozo que as sacudia.

Respiração entrecortada, seios subindo e descendo, pernas trêmulas, as duas desabaram sobre mim, e eu circulei com meus braços aqueles dois corpos suaves e maravilhosos, pele brilhante de perfumado suor. Nosso calor deveria estar perto dos 80 graus centígrados...

Mas havia ainda um “sério problema” a ser resolvido: a buceta de Leika, apesar de gozada, não sentira um pau ainda, aquela noite, e o meu cacete estava duro feito uma estaca, babando e louco para explodir. Em segundos nos comíamos avidamente, eu penetrava aquela mulher com a experiência de tantas e tantas vezes antes. Um bailado sensual, como que ensaiado, fazia nossos corpos luzentes se misturarem.

Joana acompanhava maravilhada e cheia de tesão aquele espetáculo de sexo e entrega completa. Nossos corpos se comiam com a ternura e ânsia de corpos que se entendem e têm vida própria, sabem exatamente o que fazer, para, em pouco tempo, explodirem loucamente num gozo extraordinário.

Desabados um sobre o outro, nos curtíamos. Sentíamos a respiração ofegante um do outro. Joana se aproximava com generosos e geladíssimos copos d’água, com um sorriso que misturava a mais pura felicidade com o mais completo desejo de mais sexo. Não me lembrava de tê-la vista assim, tão imensamente bela.

Estávamos sentados os três, na cabeceira da cama, tomando nossa água e nos admirando, e já nossos corpos se preparando, com lubrificações, quenturas e durezas, para novo round de prazer.

Desta vez a temperatura subiria a 160 graus celsius...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 10 estrelas.
Incentive ClaudioNewgromont a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Relendo com muito tesão . . . nota dez e três merecidas estrelas. (rubilaser@yahoo.com)

0 0
Foto de perfil genérica

Delícia de encontro heim ? Nota dez e três merecidas estrelas.

0 0
Foto de perfil genérica

Conto sem graça,sem emoção sem detalhes parece transa de robôs,fora os erros de português. 1 estrela.

0 0
Foto de perfil de ClaudioNewgromont

KKKKKKKKKKK... Ah, minha querida, que feio! Coisa bizarra é revanchismo. Muito sem noção... Para sua informação, este não é um conto humorístico, para "ter graça" - tenho outros que são, este não é. Erros de português? KKKKKKKKKKKKKKK... Vc é uma onda, cara! Aponte UM erro de português se for capaz (acho que sei a que palavra se refere, mas nem vou comentar - vc não parece entender muito de licença literária)... Dispenso sua estrela.

0 0
Este comentário não está disponível

Listas em que este conto está presente