Anteriormente...
- Pronto filha! Agora vamos comprar seu prêmio.
Abrir um sorriso de felicidade por um momento, ela tinha me prometido um jogo do Xbox para mim.
- Sério?
- Sim! Vamos para a joalheria.
Fiquei sem intender, na joalheria não tem jogos para Xbox.
E assim, pelas mãos, minha mãe me carregava para pegar meu presente.
Chegamos na joalheria, tinha colares, brincos, relógios.
- Pois não? o que precisam? Perguntava a vendedora.
...Continua
- Precisamos de brincos, pulseiras e uma gargantilha, quero deixar a minha filha, a garota mais linda da cidade.
Olhei regalado para ela.
- Mãe!
- Nada de mãe! Se você é menina, tem que parecer uma menina, os buracos de suas orelhas até fecharam!
Imediatamente coloquei a mão na minha orelha.
- Quê?
- Tira a mão daí! Vamos furar novamente.
Meu coração acelerava.
A vendedora veio com brincos cirúrgicos e falou.
- Fica quietinha!
Sinto uma espécie de agulha atravessando minha orelha.
Ela colocou alguma coisa atrás que fez um click.
Depois foi na outra orelha e sinto novamente como uma agulha atravessasse minha orelha, e novamente sinto o barulhinho de click.
- Prontinho! Ela me deu um espelho, tinha duas pedrinhas em cada orelha, não acreditava que estava acontecendo comigo.
Depois disso, ela trouxe uma gargantilha linda, cheia de pedrinhas brilhantes pequenininha, parecia uma coleira chique, a vendedora colocou no meu pescoço.
Finalizou com 3 pulseirinhas de prata com vários bichinhos presa na corrente, era ursinho, gatinho, coração entre outros.
O semblante de minha mãe brilhava, parecia que ela estava realizando um sonho.
E assim, saímos da joalheria, parecia uma patricinha, gargantilhas, brincos, pulseirinhas, uma calça apertadíssima que entalou a calcinha na bunda, trancinha princesa no cabelo, cílios postiços, sombra nos olhos, rímel para dá um olhar de gatinha, um batom rosinha com tom molhado, unha pintada de rosa com purpurina para dá um charme, a batinha que mostrava a barrinha e o saltinho que dava uma dorzinha gostosa no tornozelo, sentia minha bunda empinada.
E assim, de mãos dadas com minha mãe, ela me levou para praça de alimentação.
Sentamos em uma mesa e minha mão já foi me interrogando.
- Fala minha filha, qual é o babado?
Olhei confuso para ela.
- Não entendi?
- Não se faz de desentendida, eu podia te espancar, mas, você já mais vestia o que eu comprava para você, hoje foi muito fácil fazer você aceitar meus caprichos.
Em pensamento: Fácil? Ela me ameaçou de morte, além de bons puxões de cabelo.
- Ah, eu vi o semblante lindo de você, e achei melhor colaborar.
- Aham! E eu sou a Rainha da Inglaterra. Fala logo menina! Qual a pegadinha?
Nesse momento aparece Marcelo, meu melhor amigo.
Ele acenava e me chamava, meu coração queria sair pela boca.
Minha mãe virou a cabeça em direção do Marcelo, e o viu.
- Está explicado! Pode ir lá falar com seu namorado.
Fiquei roxo, mas, ele não parava de me chamar.
- Ele não é meu namorado! Eu vou lá rapidinho ver o que ele quer.
- Tá bom, vou pedir comida para nós, hoje você merece, pode até convida-lo para comer conosco, eu pago.
Levantei e fui até ele, de calça colada, botinha salto alto, e blusinha bata, caminhava como uma princesa, um passinho na frente do outro, brilhava como se estivesse em uma passarela.
Meu coração batia cada vez mais rápido, eu sabia que tinha que enrolar o Marcelo, tinha que me passar pela minha irmã, para não passar vergonha na frente dele.
Ao se aproximar dele, ele disse:
- Nossa Rafa! Você está linda! Parece uma princesa!
Chegando em frente do Marcelo, eu disse:
- Oi! Tudo bem? De forma meiga e afeminada, para ver se conseguia enrolar ele.
Então ele com um rápido movimento, ele me pegou pela cintura, jogou sua cabeça pra cima da minha e nisso, sinto seus lábios tocando os meus.
Arregalei os olhos com aquilo, sinto a sua língua invadindo a minha, queria me soltar, mas, ele era forte demais.
E assim, após alguns minutos, com minha boca totalmente impregnada de sua saliva doce e com cheiro de menta, ele me largou.
- E aí? Chegasse a conversar com seu irmão de nós dois?
Eu estava paralisado com aquilo tudo.
- Acorda Rafa! O Daniel é meu melhor amigo, não fico confortável namorando a irmã dele.
- Ah, sobre nosso namoro? Perguntei a ele.
- Lógico, o que mais você acha que estava se referindo?
- Ah sim! Ele já sabe que estamos namorando!
- Sério? E qual foi a reação dele?
- Ah, se nem imagina! Foi um choque para ele! E para minha mãe, também deve ter sido!
Minha mãe assistiu todo aquele beijo de longe, isso após eu dizer que não éramos namorados.
- É a sua mãe? Que vergonha.
- É sim! Pois é! Bom, tenho que voltar.
- Ah, eu também vou, quero conhecer sua mãe!
Eu arregalei os olhos novamente.
- Quê?
Sem que eu pudesse protestar, ele me pega pelas mãos e vamos em direção de minha mãe.
Meu coração tremia a cada passo.
Eu de botinhas, calça apertadinha, blusinha e maquiada com unhas e cabelos feitos, sendo conduzido pelo Marcelo, todos me olhavam, parecia um casal de namorados.
Minha mãe esperava com um sorriso nos olhos.
- Bom dia crianças.
- Bom dia Dona Marlene.
Eu vermelho, parecia um pimentão, agora mesmo que minha mãe não poderia descobrir que sou o Daniel.
- Com fome?
- Sim! Responde o Marcelo.
- Que acho da Rafaela?
- Ficou linda! Parece até outra pessoa.
E caíram nas risadas, eu dei uma risada sem graça.
- Fiquei aliviada vendo vocês se beijando, já achava que minha filha era lésbica.
E novamente caíram na risada, e eu sem graça.
Então fizemos um lance na praça de alimentação, e após isso, passeamos um pouco, com as mãos cheias de sacolas e agora, invés de ficar de mão dadas com minha mãe, tive que ficar com a mão do Marcelo, que segurava algumas sacolas com a outra mão.
Fim do passeio.
Marcelo nos acompanhou até o carro e ajudou a guarda as sacolas.
Minha mãe entrou no carro e quando chegue perto da porta do carona para entrar, Marcelo me puxa, agarrando minha cintura e lançando outro beijo.
Sentir sua língua invadindo minha boca, ficamos trocando salivas por alguns segundos e enfim ele me largou.
- Manda um abraçou para o Daniel.
Eu sem graça.
- Pode deixar, aviso a ele que você mandou lembranças.
Entrei no carro e minha mãe seguiu para casa.
- Bonito seu namorado filha.
- Eu não quero tocar no assunto.
- Ah filha, é bom saber que você é uma garota normal, estava preocupada com você.
- Tá bom, respondi apoiando meu ombro na janela e segurando a cabeça com a mão.
Já era noite, a estrada escura, barulhos vindos da mata eram assustadores.
Ao se aproximar da casa, vejo uma luz dourada no meio da mata, ela sumiu no piscar de olhos.
- Mãe! Viu aquilo?
- O que filha?
- Eu vi uma luz dourada.
- Ah, deve ser uma fadinha da floresta.
Eu olhei com uma cara para ela.
- Sério mãe? Acha que tenho que idade.
- Ah filha, acredita no que você quiser então, se achas que estou mentindo, não precisa acreditar em mim.
Chegando em casa, descemos do carro com várias sacolas, minha mãe me ajudou a levar até o quarto.
Após isso, minha mãe me deu um beijinho na testa e disse.
- Hoje você foi uma excelente filha! Me divertir muito.
- Eu também, e abracei a minha mãe.
Então ela saiu do quarto, fiquei lá, esperei alguns minutos e corri para o meu quarto (Daniel).
Chegando lá, estava ela, Rafaela, jogando no meu videogame, vestida com minhas roupas, na maior concentração.
Então eu gritei.
- O que pensas que está fazendo com meu videogame!
Continua... 🤪
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