BATOM DE CHOCOLATE

Um conto erótico de Ale Silva
Categoria: Heterossexual
Contém 2617 palavras
Data: 16/08/2021 10:24:41

Alcancei o jornal na ponta do balcão e o abri na página cultural, assim que fiz meu pedido. Estava prestes a começar um festival de teatro, organizado por um velho amigo e, mesmo fora da cena cultural da cidade, ainda costumava prestigiar esses eventos. Enquanto corria os olhos pelas páginas à procura da programação, notei a presença de alguém sentando ao meu lado e pedindo um cappuccino à atendente, deixando ao seu redor um suave perfume que inebriava todo o quiosque.

— Com creme, Ana? — disse a atendente, demonstrando certa intimidade.

Instintivamente olhei para a moça à minha direita e me deparei com uma das mulheres mais lindas que havia conhecido até então. Cabelos castanhos alourados, cortados à altura dos ombros, lábios carnudos e realçados com um batom rosa delicado, contrastando suavemente com sua pele alva com bochechas avermelhadas. Os lindos olhos cor de amêndoa eram hipnotizantes, contornados por um lápis preto sutil, mas o suficiente para torná-los ainda mais sedutores e misteriosos. Trajava um uniforme preto, com lenço lilás ao pescoço, combinando simplicidade e elegância, com uma postura altiva e segura de seus trinta e poucos anos. Embora com umas deliciosas dobrinhas ressaltadas, seu corpo já maduro era a definição do mais puro desejo, generosamente bem distribuído nos quadris – transbordando na pequena banqueta que ocupava – e em seus seios firmes que davam contorno ao tecido da blusa decotada e que arfavam inocentes, sob o lenço que os cobria parcialmente.

— Oi — disse num sorriso discreto, ao perceber que eu não tirava os olhos dela.

— Oi... — respondi um pouco atordoado e sem graça, voltando para o jornal à minha frente.

Nossos cappuccinos foram servidos ao mesmo tempo e, também ao mesmo tempo, levamos a mão ao açucareiro entre nós. Em meio a sorrisos desconcertantes, fiz um gesto para que se servisse e agradeceu. Segundos depois, outro açucareiro era colocado ao meu lado, no balcão.

Apreciou um gole da bebida quente e um suspiro reconfortante saiu de sua boca, enquanto afastava a xícara coberta de creme.

— Dia cheio? — perguntei ao notar seu cansaço aparente.

— E olha que meu dia não está nem na metade... — respondeu sorrindo, numa timidez encantadora.

Seguimos conversando por alguns minutos, enquanto duraram nossas bebidas. Contou que gerenciava uma loja de moda feminina ali no Shopping e que sua família era de uma cidade a cerca de cem quilômetros de distância, a segunda maior do estado. Estava, por um tempo, morando com a tia enquanto trabalhava na loja inaugurada há alguns meses. A rotina comercial era muito cansativa e quando tinha folga, geralmente visitava a família.

— Apareça pra comprar um presente pra namorada... — disse enquanto pagava a conta, apontando a loja cerca de quinze metros dali.

— Vou sim... Assim que tiver uma...

Deu um sorriso e após guardar o troco, tirou um cartão da pequena carteira e me entregou.

— Então, nesse caso, aparece só pra dar um oi mesmo...

Despediu-se com um leve aperto de mão, enquanto ainda fiquei por um tempo extasiado com a mulher simpática e linda que acabara de conhecer e que entrava na loja junto com uma cliente, atendendo com um enorme carisma e me sorrindo mais uma vez, antes de acompanhar a jovem senhora.

Nossas conversas seguiram por alguns dias via mensagens de texto e algumas breves ligações, sendo que cada vez mais eu me encantava pela mulher simples e ao mesmo tempo sedutora que era. Semanas depois, parecíamos velhos conhecidos e sempre dávamos um jeito para passar algum tempo juntos; fosse antes de trabalhar, ou em algum dos raros dias que nossas folgas coincidiam.

Embora desde os primeiros encontros Ana tivesse deixado bem claro que seríamos amigos, nosso vínculo se fortalecia a cada encontro. Mesmo aparentando ser forte e muito bem resolvida, era carente e solitária na nova cidade. Por muitas vezes fui o amigo que deu o ombro para chorar a falta que o pai fazia em sua vida, ou para ouvir seus desabafos sobre a saudade que sentia em estar, pela primeira vez, longe da família. Filha mais velha, sempre tomou as rédeas ajudando a mãe cuidar do casal de irmãos, após o falecimento do pai.

Entre esses momentos de ternura e um carinho mais do que especial, também afloravam sentimentos mais inquietantes que, por várias vezes, deram lugar a beijos ardentes e noites amor e prazer entre dois ávidos amantes e não mais os grandes amigos. O tom de voz ao telefone ou o olhar quando nos encontrávamos, ditava o sentimento predominante e a noite poderia seguir apenas com um bom papo, chopp e sinuca num barzinho, bem como um sexo selvagem e perfeito madrugada adentro.

Era minha folga aquela noite e Ana me ligou dizendo que passaria em casa depois que saísse da loja. Como sempre aguardei ansioso, contando as poucas horas que ainda faltavam para o fim de seu expediente. Geralmente ia para casa tomar banho e só depois saíamos. Mas disse que iria direto, para não atrasar muito. Chegou uns dez minutos após me enviar uma mensagem dizendo que estava de saída. Entrei no carro e partimos.

— Só preciso comprar umas coisas antes — disse após um beijo quente e desejoso.

— Tudo bem... — disse sem questionar para onde iríamos, mas já sabendo que seria tudo perfeito como sempre.

Parou no pátio de um posto de combustível assim que pegamos a avenida próxima de casa, sentido centro. Descemos e rapidamente pegou o precisava na conveniência. Chocolates e um pequeno frasco de sabonete líquido, em uma das prateleiras do fundo. Comemos os dois chocolates maiores e os outros dois, menores em formato cilíndrico, foram cuidadosamente guardados juntos ao sache de sabonete aromático. Adorava suas surpresas. Sempre algo pensado para agradar, para criar um momento único e inesquecível.

Seguimos para um motel, logo na saída da cidade. Um beijo delicioso entre abraços fortes e inquietos logo que entramos anunciavam a noite maravilhosa que estava por vir. Ligou a hidro e despejou o sabonete líquido, pois gostava de muita espuma, e deixando a pequena sacolinha da conveniência sobre a pia e retornando para o quarto. Enquanto a banheira enchia, nos beijávamos sem pressa, tirando como uma deliciosa descoberta, cada peça de roupa um do outro. Os toques, beijos e pequenas mordidinhas eram seguidos por olhares cúmplices e sorrisos safados. Alguns minutos de mútua contemplação enquanto sentíamos gosto, cheiros e toques.

Seus seios firmes, de carne branca e macia eram perfeitos. Acariciei e beijei docemente, sentindo o salgado do seu suor que emanara de seus poros e ainda estavam em sua pele. Roçando minha barba por fazer, acariciando e deixando a ponta da minha língua girar em seus biquinhos já hirtos de prazer e arrepiados.

— Preciso de um banho — disse entre risos, me afastando gentilmente e tentando controlar o desejo que já tomava conta de todo seu corpo.

Seguimos para o banheiro e, enquanto ela me conduzia pela mão, eu admirava seu rebolar a cada passo, como se fosse a primeira vez que via aquela bunda grande e arredondada, balançando convidativa. Parava, às vezes, propositalmente para que eu trombasse em seu corpo, quase encaixando completamente. A cada encostada em seu bumbum, meu pau pulsava mais insistente e rígido, impaciente de ter a quentura de seu sexo lhe banhando todo.

Entramos na banheira já quase cheia, com água morna e relaxante coberta por uma espessa camada de espuma com aroma de erva doce. Por vários minutos ficamos ali, nos banhando e acariciando cada parte dos nossos corpos. Massageei seus ombros e costas, beijando orelhas e rosto e por muitas vezes procurando seus seios para acariciá-los enquanto pressionava meu membro duro em suas costas. Desci pela barriga e acariciei sua bucetinha carnuda e lisinha sem pressa.

Ana relaxou ainda mais, erguendo uma das pernas para a borda da banheira, ficando completamente aberta para que eu brincasse à vontade e lhe fizesse gozar rapidinho. Seus gemidos foram abafados pela minha boca quente, colada à sua num beijo devorador enquanto meus dois dedos ainda se mantinham dentro de sua grutinha, que se contraía repetidamente.

Sua coxa grossa e firme tremia fora da água e, aos poucos, foi deslizando novamente para água, completamente relaxada. Suavemente virou-se para mim, me beijando boca, queixo e pescoço, acariciando meu peito e me forçando a levantar um pouco, até poder sentar na borda, enquanto se ajoelhava à minha frente. Beijou minha barriga, ainda com espuma e aos poucos jogava água para que ela se dissolvesse. Um pouco mais de água e meu pau se revelou lustroso à sua frente, ao mesmo tempo em que acariciava minhas bolas com a outra mão.

Roçou a boca, deixando a pontinha da língua para fora, brincando apenas com a cabecinha em pequenas lambidas. Segurava firme todo o corpo do meu cacete, com leves apertões que faziam a cabeça inchar ainda mais. Olhou meus olhos antes de colocá-lo todo na boca e segurar até o fundo da garganta por alguns segundos. Lentamente o soltou e iniciou um movimento delicioso por toda extremidade chupando devagar e com muita fome. Seus lábios carnudos engoliam todo meu cacete e o calor de sua boca podia ser sentido a cada centímetro que sumia e reaparecia.

Acariciava suavemente seu rosto, livrando dos cabelos molhados que lhe atrapalhavam a brincadeira, enquanto a deliciosa chupetinha continuava, cada vez mais intensa, com gemidos dela e meus cada vez mais altos e quase incontroláveis. Parou com uma sugada forte e imediatamente sentou em meu colo. Fechei os olhos, apenas senti sua buceta se abrindo enquanto, sem resistência, recebia meu cacete e colava sua boca à minha, num beijo que me tirava o ar. Era extasiante a sensação daquela xoxota cavalgando em mim. Segurei firme sua bunda, puxando forte e ajudando nos movimentos de subir e descer. Ao perceber que eu estava quase gozando, levantou e segurou meu pau, como quem quisesse acalmá-lo.

— Ainda não... Calma... — disse com os lábios ainda nos meus. — Ainda tenho uma surpresa.

Ligou a ducha enquanto eu ainda tentava recuperar a lucidez. Fui até ela, que me chamava com o olhar de deleite do carrasco que tortura lentamente seu condenado e nos acalmamos com uma água mais fria, apagando um pouco do fogo que nos consumia e tirando toda espuma que ainda nos cobria.

— Espera na cama que já vou... — disse mordendo minha orelha e me empurrando suavemente para fora do box.

Mesmo um pouco contrariado saí, pegando uma das toalhas para me secar. O ar que ficou ligado já havia gelado todo o ambiente e foi o reforço que faltava para que eu relaxasse completamente. Bebi um pouco de água e deitei, me cobrindo com o lençol e esperando a tal surpresa. Fucei alguns canais, mas acabei deixando apenas em músicas tentando relaxar um pouco.

Não demorou para que ela aparecesse na porta, com cabelos ainda úmidos, vestindo um conjunto de lingerie branco rendado, com cinta liga. Fiquei em êxtase por alguns segundos. Estava realmente linda. Como se fosse possível ser ainda mais bela. Um batom vermelho de leve ornamentava seus lábios carnudos que desenhavam um sorriso malicioso e sedutor. Seus olhos vibrantes reluziam à luz azul vinda da tela da TV e seu rostinho de menina deixava qualquer homem completamente apaixonado por tal perfeição.

Em passos lentos, veio caminhando para os pés da cama. Seus seios moviam-se no compasso da sua respiração forte e seus quadris balançam suaves ao seu pequeno desfile ao meu encontro. Na mão, metade de um chocolate “Batom” quase todo desembrulhado. Mais uma mordida no chocolate, já sobre mim, e o colocou na minha boca, me beijando depois. Beijos de leve misturavam o sabor de cacau com o gosto do batom de tom avermelhado que cobria seus lábios.

Tirou o lençol que cobria meu corpo e meu pau já se apresentou entre suas coxas ao mesmo tempo em que seus seios descansavam sobre meu peito. Segurei sua cintura e enrosquei meus dedos pela suave renda do fio que não dava conta de cobrir toda a bucetinha inchada e o puxei, fazendo-o se enfiar ainda mais entre suas nádegas bem arrebitadas. Desceu beijando minha barriga até chegar novamente na pica e reiniciar a chupada sem pressa. Aos poucos foi virando o corpo e se encaixou sobre mim, parar iniciarmos um “69” delicioso.

Comecei beijando suas coxas e bunda, apertando e dando tapinhas. Afastei a calcinha e passei a língua bem devagar. Para minha surpresa – e que surpresa – o gosto de chocolate estava entre os lábios quentes de sua bucetinha pulsante. Mais uma passada de língua, dessa vez mais fundo arrancando um gemido, e o gosto do chocolate novamente ficou na minha boca. Só aí entendi o porquê do chocolate “Batom” e em quais lábios ele seria passado. Chupei com gosto, me deliciando a cada abocanhada naquela xoxota recheada de suculenta iguaria. O leve amargo do cacau misturava-se ao seu doce mel e eu sugava faminto, bebendo em goles o licor que escorria quente de sua entranha.

Batia uma punhetinha no meu cacete molhado enquanto se aproximava mais dele, ainda de costas para mim, até que pudesse sentar e roçar sua buceta molhada, das bolas à cabecinha inchada de tesão. Enquanto rebolava, apertava sua bunda maravilhosa, branquinha, enorme e firme deslumbrado com tanta excitação. Quase sempre me olhava por sobre os ombros e sorria de modo safado, mordendo o lábio, num prazer indescritível. O aroma de chocolate preenchia todo o ambiente e todos nossos sentidos estavam aflorados. Ergueu um pouco mais o quadril e ajeitou meu pau sob seu corpo, enquanto por trás, afastava mais a calcinha, podendo ver aquela grutinha aberta e melada se preparando para levar pica finalmente.

Sentou devagar e meu corpo estremeceu todo ao sentir o fogo da sua cavidade deixar meu membro em brasa. Quente e molhada, regada a essência de cacau que cobria o caralho que a invadia toda. Foram intensos os movimentos, como uma fúria, uma ânsia em dar e receber um prazer nunca antes experimentado. Como se fosse a primeira vez de dois amantes tomados pelo encantamento, pela descoberta da mais perfeita sensação carnal que poderiam sentir.

Sentada sobre meu cacete, subia e descia alucinada anunciando o gozo que estava para chegar. Apoiei suas costas, auxiliando no movimento, que eram contrários aos meus, apoiada em minhas pernas até que não podendo se conter mais, gozou e ficou encaixada em mim. Devagar nos desvencilhamos e me deitei sobre seu corpo. Arrebitou a bunda e novamente encaixou meu pau entre as coxas. Arqueou mais o corpo projetando o quadril e abaixando a calcinha, enquanto meu cacete já apontava para entrar novamente em sua buceta inundada de gozo, a fim de reiniciar os movimentos de entra e sai.

Cada vez que saía de dentro dela, respingava sua porra viscosa pelas coxas grosas e pelo lençol. Socava mais forte assistindo as investidas da rola que não cansava de lhe surrar a xoxota vermelha.

— Ai, amor... Ai que gostoso... Mete, mete tudo! — pediu, sabendo que isso me deixava ainda mais tarado.

Não era preciso pedir mais. As socadas se fizeram mais fortes, as pernas tremiam quase num descontrole, em espasmos musculares quando os primeiros jatos de porra saíram fortes e espessos. Na pequena alcova ecoou um gemido gutural, enquanto meus dedos lhe marcavam a pele delicada e suada de um sexo quase selvagem. As metidas diminuíram, mas ainda dentro daquela acolhedora fenda meu pau pulsava enquanto Ana se deitava extasiada tendo meu corpo descansando sobre o dela.

Ofegantes, com risos de satisfação, deixamos que os minutos seguintes trouxessem calmaria para nossos corpos castigados, para depois nos aconchegarmos um nos braços do outro.

Emaranhados, como se – no mundo – nada fosse possível nos separar. O tempo e a distância nos separaram. Mas a marca do seu batom de chocolate ficou gravada em mim e ainda sinto seu gosto em minha boca. E o sinto agora.

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