A maior treta da minha vida - 6

Um conto erótico de Ero-Sannin
Categoria: Heterossexual
Contém 2351 palavras
Data: 21/06/2021 06:56:28
Última revisão: 22/06/2021 06:20:07
Assuntos: Heterossexual

Bom, sei que sentiram a demora, peço já desculpas por isso. Para quem está chegando agora: Felipe, 30 anos, lutador, músico. E se você está começando agora a me conhecer, entenda como tudo começou em " A Maior Treta da minha Vida"

Como havia relatado aos senhores em ocasiões passadas, eu havia cedido à tentação com Camila e isso quase me custou caro. Muito caro. E hoje, vocês irão entender por quê.

Quando me levantei , Jéssica já estava de mochila pronta pra fazer uma rápida viagem A mochila estava ao lado da cama, mas ela estava conversando com Camila em outro cômodo da casa. Fui seguindo as vozes, até achá-las já na cozinha, tomando um café da manhã quente, um cheirinho de pão fresco, nossa… que maravilha! E as duas rindo, e quando eu cheguei, os burburinhos cessaram.

Eu: Bom dia, mulherada linda! Nem me chamaram para forrar a barriga, hein! Que horas são!?

Jéssica: quase 10h, amor.

Camila: Além disso, querido, estávamos conversando coisas de meninas, foi até bom você estar dormindo até agora. Ain, que inveja de vocês, dormiram esquentando a costelinha um do outro, já eu… quase fui pro quarto de vocês, hihihihi!

Eu: Que isso, Wagner ainda não chegou!?

Jéssica: ele ligou agora, tá no hospital.

Eu: Mas aconteceu algo com ele!?

Camila: Graças a Deus, não, mas … um dos colegas ficou bem mal. Quem perde a noite aqui, sou eu. Não vejo a hora de ele sair disso!

Eu: Mas e você, Jéssica!?

Jéssica: Eu o quê?

Eu: Como eu, o quê? Tu nem me disse que iria sair hoje, pow?

Jéssica: Ah, amor, desculpa, é que eu vou visitar a minha mãe hoje.

Eu não havia tocado nesse assunto, mas Jéssica ainda tem uma mãe. Desconheço os pormenores que levaram Wagner e ela a seguirem seu caminho, e também não a conhecia. No começo, ela não me falava muito sobre a Família dela, mas eu estava perto de descobrir muita coisa. Traduzindo: Mais treta me Aguardava.

Wagner tem duas filhas, a outra não tem bom relacionamento com ele, não. E Jéssica também. A separação não havia sido há muito tempo, e minha namorada ainda guardava mágoas desse episódio. Ela sempre foi mais agarrada ao pai que a outra. Quando houve uma batalha pelo direito de ele ver as filhas, Jéssica tomou uma drástica decisão que deixou a mãe dela sentida e pararam de se falar por um tempo.

Pra piorar eu ainda não a conhecia. Nem a irmã. E como eu detesto saber dessas porras, eu nem perguntava. Com a notícia, fiquei até surpreso. Ela estava justamente esperando o pai chegar, mas ainda estava no hospital. Aí me ofereci para levar.

Camila: Ah, Jéssica, então vai com ele, se não você vai perder o dia de ficar com ela.

Eu: Onde fica isso?

Jéssica: Ah, é em Campo Grande.

Eu: Campo Grande é grande pra caralho, né amor! Em que parte!?

Jéssica: Ah, eu te explico no caminho…

Wagner: Explicar pra quem!?

Todo mundo tomou um susto, quando ele chegou: camisa ensanguentada, o rosto destruído porque não havia dormido, estava arrasado.

Camila: Meu Deus… Wagner, o que houve lá!?

Wagner: Perdi meu braço, o Duda…

Camila: O Duda!?

Wagner: A família está arrasada, fiquei lá no hospital até a chegada da mulher dele.

Camila: Ai, amor, sinto muito!

Wagner: obrigado… mas tu vai pra onde, Jéssica!?

Eu: Esqueceu que hoje é dia de ir ver a minha mãe?

Wagner: Caralho, mais essa…

Eu: Eu levo ela, se o senhor quiser, e...

Wagner: E tu, branquelo!? Tem mais casa, não!?

Eu: ué, não sabia que eu estava aqui!?

Wagner: ( Tirando a camisa cheia de sangue) Sabia. Mas pelo visto tenho mais um filho consumindo tudo, até minhas mulheres…

Jéssica: Pai!!!

Wagner: Tô de sacanagem. Pega meu carro, já sabe pilotar, né? Olho na pista, hein! E vai prevenido.

Eu: Ok! Eu vou e volto rápido.

Wagner: Ao contrário, demore bastante.

Eu: Ué, por quê?

Wagner: PORQUE A MIM ME APRAZ QUE VOCÊS DEMOREM BASTANTE!

Jéssica: Calma, pai! Tá maluco!?

Wagner: Eu só quero paz. Eu nem sei se vou conseguir dormir, daqui a pouco tenho que ir pro velório…

Camila: Nossa, Wagner!

Wagner: Ainda quer continuar nessa família, caneludo? É com isso que você vai ter que conviver. Andar comigo é pra quem tem coragem. E essa guerra vai respingar mais cedo ou mais tarde em você !

Camila: Pára de falar besteira pro garoto, Wagner, vai tirar esse cheiro de morte do teu corpo, eu fiquei a noite inteira sem dormir por causa disso.

Wagner: Tchau, Felipe, leva a Jéssica por mim. E cuidado com meu carro.

Eu: É, né!!! Tá legal, eu tomo cuidado.

Wagner: Ah, e cuidado com o que aquela maluca vai colocar na sua cabeça. A gente não se dá há muito tempo. E saiba que toda história tem dois lados.

Eu: Fica tranqüilo, Seu Wagner. Eu nunca gostei de fofoca mesmo!

Wagner: Menos mal, agora fui pro banho! Daqui a pouco tenho que enterrar um irmão.

Minha nossa, eu saí até atordoado com a última frase. Eu tenho um tio, que leva uma vida louca de policial também, mas nunca convivi com essa sensação de poder perder alguém. E isso agora estava batendo à minha porta todos os dias. Ou melhor: eu adentrando por essa porta todos os dias. Bom, focando no momento: eu fui até minha casa e troquei aquela roupa que estava já precisando de uma boa máquina de lavar , tomei um bom banho, passei um bom perfume para causar aquela boa impressão na coroa, hahahahaha, vesti minha melhor roupa de rolê nos fins de semana e nos colocamos na estrada. Uma viagem que nem foi sentida, pois conversando amenidades o tempo passa que nem sente.

Eu ainda não havia visto a mãe dela. Até imaginei - olha só minha cabeça - que ela seria uma daquelas coroas cinquentonas fora do peso, que foram trocadas tipo nas novelas por uma mais nova, pelo Seu Wagner, mas tomei um puta susto. Uma morena de 1.72m , uns 46 anos, seios bem fartos, quadris largos, um olhar imponente e desconfiado, cabelos nigérrimos, claramente tingidos para disfarçar a idade, robusta. Nada a ver com a Camila. Mas muito linda pra idade dela. Seu nome é Adélia.

Adélia: Lembrou-se de mim, não é filha fujona?

Jéssica: Bom dia pra você também, mãe. Tava morrendo de saudade.

Adélia:( abraçou-a calorosamente e deu um selinho) Seu pai agora tá mandando os soldados dele trazerem você?

Jéssica: Ele não é soldado, mãe. É meu namorado.

Adélia: Aaah! E Quando que eu iria saber disso? Sempre sou a última a tomar conhecimento das coisas, como sempre! É lógico que eu imaginei que é seu namorado. Mas o que deu no seu pai pra poder enviar um garoto até aqui?

Jéssica: ele voltou agora de uma operação. Um colega dele faleceu.

Adélia: Meu Deus… quem foi?

Jéssica: Duda.

Adélia : o vaso é tão ruim que não quebra, "pelamor"! Desculpa, colega - dirigindo os olhares novamente em minha direção- prazer, sou a…

Eu: Adélia. Ela me falou de você. O prazer é todo meu, ainda que tardio.

Adélia: Nunca é tarde , querido, pelo menos nesse caso, não. Jéssica e eu temos nossos arranca-rabos, mas me faz muita falta essa garota. Que bom que você veio, enquanto vocês ainda estão solteiros, namorando, pensei que ela só apareceria aqui com um filho no colo!

Jéssica: Mãe! Por favor, né…

Adélia: Depois que você me abandonou pra poder ficar com seu pai e aquela periguete de beira de estrada, achei que você fosse se perder de vez!

Jéssica: Não liga pra ela, Lipe. No fundo, ela é legal.

Eu nada falei. Já estava complicado causar uma boa impressão quieto, se eu deixasse a língua agir pelo cérebro, aí que eu tava fodido, mesmo.

Adélia: Felipe, desculpa porque eu nem te ofereci uma água. Entra um pouquinho.

Jéssica: Mãe, ele só veio me deixar aqui e vai levar o carro do meu pai de volta, nem vem alugar o garoto!

Adélia: Você me dá licença, por favor!? É a primeira vez que você aparece aqui com um namorado, no mínimo eu preciso ser educada com ele. Está tentando evitar que eu tenha contato com ele por quê?

Eu: Adélia...ou Dona Adélia?

Adélia: Só não me chame de senhora, se não eu vou ter uma cria!

Eu: Longe de mim, hahahaha! Ao contrário, eu achei a mãe da minha princesa muito linda, agora sei de onde veio a beleza dela. Imagino que na idade dela, deveria ser assim, como ela é.

Adélia: com alguns quilos a menos, lógico, porque nosso tempo não ficávamos com a bunda grudada na cadeira, nem comendo porcaria, a gente dava nossos passeios e precisava ir à casa da amiga pra poder papear.

Eu: Concordo.

Jéssica: Concordam!? Tô vendo que eu tô sobrando no papo, né!

Eu: Eu posso ajudar você com mais alguma coisa, " AMOR "? Hahahahahahaha

Jéssica: Deixa eu pegar minhas coisas e colocar no quarto!

Eu: Eu levo pra você. Já não vou entrar e tomar uma água com sua mãe?

Enquanto discutíamos, a mãe dela já ao telefone, falava com o Wagner. Nossas palavras cessaram quando ela , no auge da conversa, respondeu:

Adélia: Ele é muito simpático. Escuta, vai precisar do carro pra agora!? Não, eu convidei ele pra almoçar com a gente… é o mínimo que posso fazer para desfazer a impressão que sua filha tá fazendo ele ter de mim… o carro vai voltar inteiro, ele não veio!? Quem tinha que trazer sua filha é você, seu incompetente!

Jéssica: Viu? Por isso que não quero que fique.

Eu: Tenso, hein!

Adélia: Vai em outro carro, você não nasceu com a bunda agarrada nesse. Se quisesse voltar com ele, você teria vindo até porque você tem outra filha, eu não fiz com a porra do dedo, não… ah, vai tomar no cu! Ele fica um pouco!- Desligou na cara do Wagner, hihihi.

Adélia: Desculpa, Felipe. Vamos entrar e…

Jéssica: Tomar uma água né , mãe !?

Adélia: Ah, foda-se! Lipe, pega as coisas dela e as leva pro quarto dela. Em frente ao banheiro, no segundo andar.

Eu: Ok. Eu posso deixar onde?

Jéssica: Na cama mesmo!

Elas continuaram conversando, eu entrei e subi lentamente ouvindo as duas discutindo. Gente, eu juro que era só deixar as bolsas dela no quarto e descer. O corredor era enorme, e havia 3 quartos. Os dois últimos ficavam de frente para o outro. Havia várias fotos da família pelas paredes e o quarto dela era o mais perto da escada. Eu fui direto ao destino. Quando abri a porta e deixei as bolsas deslizarem pelos ombros até as mãos… deparo-me com uma figura deitada na cama dela, esbelta, bundinha arrebitada, só de calcinha, blusa top, teclando no Notebook . Com toda a calma do mundo, ela só gira o pescoço, olha dentro dos meus olhos e sorri da forma mais marota possível.

? : não ensinaram você a bater a porta?

Eu: Desculpe, eu tava só de passagem e só tava deixando as coisas da Jéssica aqui no quarto dela. É o quarto dela, né?

? : É meu esconderijo, quando não quero que ninguém me perturbe. O quarto só pega poeira, além disso, eu que arrumo pra essa idiota vir pra passar uma temporada aqui e voltar prp meu pai e aquela vagabunda, que nem gosto de ver a cara dela.

Eu: História bem tensa, a da família de vocês… Bom, muito prazer, sou o …

? : Felipe, né!? Eu vi quando chegaram. Nadine. Prazer.

Eu: O prazer é todo meu…

Nadine: Eu sei. Sempre causo isso nos garotos.

Eu: Muito modesta, você.

Aí, ela se levantou, passou a mão nas minhas coisas( é, isso mesmo que você pensou) , e completou:

Jéssica: Já você, não. Isso é ótimo.- Trocou 3 beijos comigo, e o último foi vem no canto da boca- Bela fisgada que minha irmã deu. Por isso ela passou a se cuidar até mais. Eu vi como ela tá mais bonita. Não como eu, claro. A gente se vê lá em baixo. Vou me trocar.

E saiu, desfilando pelo corredor. Perdi o rebolado, como diz meu velho.

Desci pela escada, meio atordoado, e com o meu guerreiro tendo dado sinal de vida, tentei disfarçar o embaraço causado pela Nadine. Só minha sogra estava na cozinha. Adélia perguntou por que eu havia demorado tanto. Eu me desculpei e disse que precisava ir ao banheiro. Parece que a mentira colou, num primeiro momento. Tomei a água e, já sem graça, disse que não iria demorar muito. Adélia me fuzilou com os olhos.

Adélia: Você só sai daqui quando eu mandar, rapaz!

Eu: Desculpa, eu tô meio sem graça, porque não esperava esse climão todo, nem sei o que o Wagner vai pensar de mim.

Adélia: Ele não vai pensar nada. Jéssica foi na rua pra mim trazer umas coisas e eu vou ter uma conversa com o senhor agora!

Eu: Fiz algo de errado?

Adélia: Por que demorou lá em cima!?

Eu: Você me colocou numa saia justa!

Adélia: Era só você deixar as coisas dela lá em cima e descer. Não leva tanto tempo. Estava espionando minha casa!? Viu algum coisa!?

Eu: …

Adélia: Responde agora!

Eu: Entrei somente no quarto que você indicou. Não foi difícil. O banheiro estava com a porta encostada. Notei que tinha fotos pelo corredor nas paredes, mas não me detive. Pelo visto, você me indicou o quarto errado, Nadine tava nele.

Adélia: Ah é?

Eu: Pois é. Não foi a melhor forma de eu encontrar alguém no quarto.

Adélia: Por que diz iss… Não! Ela tava nua!?

Eu: Claro que não, caso contrário teria gritado. Acho que a cota de micos já deu por hoje. Eu me contento só com a água mesmo.

Adélia: Você está mentindo. Você foi ao quarto dela, não foi!? Sabia que por trás desse…

Nadine: Deixa ele, mãe!

Salvo pelo gongo. Cara, essa mulher era perigosa, e antes não tivesse ido a essa casa. Essa é a primeira parte da maior treta da minha vida. Pensou que fosse com o Wagner!? Hahahahahahahahaha, vocês nem fazem idéia!!!

Continua...

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Comentários

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Estou gostando desta história , " à maior treta da minha vida " embora os diálogos sejam ao meu ver um pouco confuso, mas esta suuuper legal , estou curtindo...rs

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Adorei muito bom nota mil Maravilha parabéns

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