Meu Vizinho Gabriel - CAP. II 11 anos depois

Um conto erótico de Pedro
Categoria: Homossexual
Contém 2885 palavras
Data: 14/06/2021 19:42:06
Última revisão: 14/06/2021 19:49:14

Meu Vizinho Gabriel

Capítulo II: 11 ANOS DEPOIS

(Escrito por Pedro a partir deste capítulo)

Era uma quinta-feira do quarto trimestre do ano, já estávamos no último ano do ensino médio. Infelizmente na última escola que estudamos ocorreu um incêndio e ela precisou ser interditada. Eu não consigo explicar muito o que aconteceu, esse assunto me faz lembrar de momentos dolorosos que eu prefiro esquecer. Você entenderá o porquê.

-Bom dia. -Gabriel acordou extremamente felizEu o ignorei. Estava cansado e queria dormir.

-Acorda, Pê. -Ele puxou minha coberta.

Eu dormia de cueca em sua cama, mania que eu peguei dele. Ele também estava. A minha era azul e a dele era vermelha.

-Me deixa dormir mais um pouco, mãe. -Eu sorri de olhos fechados para ele.

Ele ficou me olhando deitado de bruços e eu notei.

-Perdeu alguma coisa aqui? -Disse fechando meus olhos novamente.

-Perdi, o pudor e tô louco pra fuder esse teu rabo. -Ele deu um sorriso safado. Eu o analisei para saber até onde aquilo era real.

-Vai se fuder. É pá vê não é pra comer não. -Disse arrancando risadas de nós dois com a frase mais clichê que existe.

-Mas te vendo assim com esse bundão pra cima tá me dando um tesão. -Ele deitou em cima de mim.

Acho que todo mundo tem aquele amigo sem vergonha, que fala putaria e não tem pudor nenhum de pegar no saco perto de você e ainda passa a mão no seu rosto ou brinca de te sarrar, isso quando não pega sua mão em um momento que você tá distraído e põe no pau dele. Isso são coisas de Gabriel.

-Para véi. Eu não vou te dar meu cu. -Eu continuei deitado com ele fazendo movimentos de vai e vem. -Além do mais esse seu pau é muito grande e ele tá me cutucando.

-Vamo falta hoje e a gente tenta, eu vou com carinho. -Ele beijou meu pescoço. -Prometo.

-Não. Eu sou homem, porra e pra falar a verdade eu nunca sei se você tá falando sério ou se só tá sendo o Gabriel. -Eu girei meu corpo derrubando ele no chão. -Bora pra escola que você já aproveitou muito da minha bunda, viado. Além disso se você realmente gostasse cê taria de pau duro. E olha aí tá mole. -Eu ri dele. -Ou você é broxa.

Ele levantou rápido.

-Broxa, não. Eu sou viril, caralho. -Ele segurou o corpo do pau na cueca e balançou.

Alguém bateu na porta nos assustando. Afinal de contas isso não é um assunto natural em um quarto trancado com dois jovens.

-Vocês vão se atrasar. -Era Ana, a irmã do Gabriel.

-Tudo bem, Ana. A gente já vai. -Disse Gabriel e depois se virou pra mim. -A gente ainda não acabou.

Nos trocamos rápido e descemos pro café. Gabriel havia colocado um tênis branco que ficava muito bem nele. O uniforme era uma camisa polo branca com um bordado azul.

Não deu tempo nem de tomar café. O bom era que a escola ficava a alguns quarteirões da nossa casa. Dava para ir caminhando. Demos bom dia aos seus pais e saímos rumo a escola. Durante o trajeto estava todo mundo calado e eu quebrei o silêncio.

-Será que a gente vai ficar na mesma sala? -Eu o perguntei.

-Porquê? -Ele caminhava ao meu lado.

-Desde que nos conhecemos sempre estudamos na mesma sala. Eu só não... deixa pra lá. -Ele se acharia demais se eu falasse.

-Você não queria ficar sem mim, é? -Ele se aproximou. -Já que é assim me fala, do que mais você teria saudades? -Ele se aproximou mais e me olhou nos olhos. Ana que mandava mensagem no celular ria de nós. Ele continuou.

-Do meu toque em sua pele macia. -Ele segurou minha cintura com aquelas mãos fortes e me pôs de costas para ele. -Do meu abraço apertado nesse corpo gostoso. -Ele me abraçou por trás e deixou seu corpo coladinho ao meu. -Ana continuava rindo de nós. -Ou do meu beijo quente que eu sei que você ama. -Ele me deu um beijo de lado no pescoço tão gostoso que eu me arrepiei todo de olhos fechados.

Eu senti seu pau duro tocando minha bunda. Eu abri os olhos e olhei para ele que deu um sorriso lindo que pela primeira vez fiquei desconcertado. Meu pau se enrijeceu também.

-Vocês dois são bobos de mais. -Ana nos trouxe de volta a realidade, se ela não estivesse ali e se não estivéssemos na rua eu não sei até onde isso iria.

Eu me soltei de seus braços e não consegui nem responder de tão sem graça que eu fiquei de ter ficado duro com o beijo do meu melhor amigo. Eu escondi que tinha ficado de pau duro por causa dele.

Seguimos para a escola e uma figura nos esperava na porta.

-Bonito, hein. Que bonito. -Era Carol minha namorada.

-O que foi amor? -Dei um beijo nela.

-Acho que vou começar a marcar horário com você. Você tá namorando mais com o Gabriel do que comigo. -Ela me abraçou pendurando em meu pescoço enquanto Ana concordava com ela.

Gabriel acabou rindo da situação.

-Ih amor. Falta muito, mas muito mesmo pro Gabriel chegar aos seus pés. -Eu dei um beijo em sua bochecha e olhei para ele que me olhava com um olhar provocante.

-Não vai se achando não, viu. Que eu roubo esse seu namoradinho gostoso só pra mim. -Eu engoli em seco ouvindo isso.

-Olha quem tá aqui. -Era o Júlio, bastante conhecido na vizinhança por seu temperamento difícil. Ele é branco do cabelo preto liso, um pouco magro mas do rosto másculo com uma cicatriz na bochecha de facada que ele levou de um ex-aluno, ele tem o olho preto e a sobrancelha bem expressiva, só não mais que a do Gabriel. -Dá pra sentir o calor daqui. -Gabriel fechou a cara.

-O quê você quer, Júlio? -Perguntou Ana. -Não estamos procurando problemas. Segue sua vida que a gente segue a nossa. -Ele ergueu seus braços em sinal de paz.

-Eu tô de boa. Mas Pedro se quiser que eu apague o fogo do teu rabo é só me falar. -Ele ficou rindo junto com seus dois amigos, o Fabrício que era moreno, magro do cabelo crespo recém cortado em estilo degradê do olho castanho escuro e o Gilberto que era branco de se ver as veias, um pouco gordinho, só que não muito, das bochechas cheias e seu cabelo era preto com luzes. Eles eram seguidores do Júlio, ou pau mandado, como você achar melhor. -Rabão gostoso.

Não deu nem tempo de responder ou fazer qualquer coisa, quando eu pisquei o Gabriel já estava em cima dele. Ele deu um murro em cheio na cara dele, o derrubando no chão com sangue saindo da sua boca. Os dois tentaram se aproximar mais o Gabriel gritou com eles, fazendo eles se afastarem. Ele levantou Júlio pela gola da blusa.

-Eu quero ouvir você falar isso de novo porque eu tava longe e não ouvi direito. -Júlio cuspiu o sangue de sua boca no rosto do Gabriel.

-Foda-se você, seu namoradinho e a puta gostosa da sua irmã. -Gabriel era conhecido por ser rico, bonito e por lutar desde os cinco anos. Ele era aquele cara que impunha respeito entre os meninos de sua idade. Como ele nunca foi de levar desaforo pra casa o melhor era que o Júlio nunca tivesse dito aquilo.

Gabriel deu uma joelhada na boca do estômago dele, uma rasteira o derrubando e mesmo deitado ele ainda se agachou e disse baixinho.

-Seu filho da puta. Tu pode falar de quem quiser, mas se eu ouvir você falando do Pedro de novo eu não vou pegar leve como hoje.

Júlio tossia sangue na rua. Ele fechou os olhos e jogou sua cabeça para trás deitando no chão.

A algazarra toda que tinha rolado na porta da escola atraiu a atenção dos seguranças do colégio. Eles chegaram juntamente com a diretora que exigiu que os alunos parassem de filmar.

-Alguém poderia me informar o que está acontecendo aqui? -Disse a diretora Ruth.

Gabriel ficou calado, assim como a Ana, a Carol e eu. Alguns alunos ‘puxa-saco’ entregaram o Gabriel para a Ruth.

-Gabriel para a minha sala imediatamente. -Ela disse com o semblante sério e se virou para o segurança. -Rogério leve o Júlio para a enfermaria e depois para a minha sala.

O segurança acenou para ela e pegou o Júlio. Ele no colo do segurança olhou para o Gabriel rindo de uma maneira sádica com os dentes ensanguentados. Gabriel bem que quis ir atrás dele, mas os seguranças eram bem maiores que ele.

Nós o acompanhamos até a porta da diretora. Eu disse que ficaria com ele. Ana e Carol também se propuseram, mas neguei a ajuda delas que seguiram para procurar por suas salas, já que era nosso primeiro dia no colégio novo.

-Você não tem que ficar, Pedro. -Ele me disse olhando para mim com a mão em meu joelho. -Pode ir procurar sua sala.

-Isso não tá em questão, Gabriel. Eu vou ficar. Foi por minha culpa. -Meus olhos se encheram de água. -Ultimamente eu só tenho causado transtorno e atrasado a vida de vocês.

-Ei, ei. Olha pra mim. Você não...

-Sr. Gabriel. -Era Ruth. -Me acompanhe e você...

-Pedro. -Eu respondi antes dela perguntar.

-Volte para a sua turma. -Ela foi entrando na sala.

-A senhora vai me desculpar, mas eu não vou para a sala. Isso aconteceu por minha causa.

-Pedro, por favor. Depois a gente conversa. -Suplicou Gabriel.

-Eu não vou te deixar assumir responsabilidade por um problema que eu causei. -Eu estava começando a ficar exaltado.

-Tudo bem. Entrem vocês dois. -Disse Ruth.

Explicamos tudo o que aconteceu na porta da escola e ela notou a coerência dos fatos, já que o Júlio não tinha um currículo exemplar. Porém o Gabriel o havia agredido e teria que tomar uma punição, já que a escola era uma instituição de prestigio. Ele foi convidado a ajudar o bibliotecário em algumas tarefas na biblioteca após a aula. Eu fiquei livre do castigo mesmo insistindo para também ser castigado. Ruth entretanto me deixou o acompanhar.

Procuramos por nossa sala e graças à Deus, ficamos na mesma. Pedimos licença ao professor e entramos. Dividimos a atenção da turma que fazia aquele burburinho enquanto nos olhava com olhares de aprovação ao Gabriel e desaprovação a mim. Infelizmente Carol não ficou em nossa sala. Eu me sentei na penúltima carteira e Gabriel sentou atrás de mim.

Eu mal sentei e já começou.

-Nossa que calor tá nessa sala agora. -Disse uma menina que sentava do outro lado da sala.

-Verdade. Tá mais quente que o inferno. -Outra disse.

-Claro! O coisa acabou de chegar, olha ele lá. -Disse um menino.

Eu não sei por quanto tempo o Gabriel iria segurar.

-O famoso rabo quente. Acho que vou pedir pra ele esquentar meu lanche sentando em cima dele. -Foi só o Fábio dizer isso que toda a turma caiu na risada. Ele era fortinho de pele morena, cabelo cacheado e tatuagem de âncora no braço.

Eu só queria um lugar para me esconder. Ele e o Gabriel tem uma rixa desde pequeno, então não preciso nem dizer o que foi que aconteceu, né. Como o Gabriel não é muito de falar ele foi pra cima do garoto, ele se achava melhor que todo mundo por seu pai ser dono de uma rede de supermercados da cidade. Fábio recuou e disse que estava brincando. A notícia do Júlio foi espalhada pela escola com os vídeos e testemunho de quem viu. E Júlio como era o valentão da escola foi perder fácil para o Gabriel só fez a fama do Gabriel aumentar.

-Tô sô zoando, Gabriel. Vocês levam tudo a sério, mano. Foi mal. -Gabriel parou e resolveu voltar para a sua carteira. -Mas fala aê, Gabriel. Não tá com o pau queimado de comer esse rabo quente, não? -As risadas ecoaram pela sala.

Eu vi de longe o sorriso que Gabriel deu ao ouvir ele dizer, já fazia um tempo que ele queria acertar umas contas com o Fábio. Gabriel se virou e andou devagar em direção ao Fábio que não tinha lugar para correr, ele até que tentou pular uma carteira, mas todo mundo sabe como o pessoal de escola gosta de uma briga e o da minha não eram muito fãs da soberba do Fábio. Um aluno impediu ele de pular para o outro lado. Fábio colocou suas costas na parede da sala olhando assustado para o Gabriel.

-Gabriel, olha. Calma. Você sabe quem é o meu pai, neh? -Fabio tentou um último recurso.

-Pede ele pra ensocar a cara na minha mão no lugar do filhinho dele. -Gabriel novamente sorriu.

Fábio ainda tentou desferir um golpe no Gabriel. Ele acertou em seu peito que não surtiu efeito nenhum, antes tivesse sido no rosto. Gabriel esmurrou o rosto dele que só não caiu pela parede e ainda socou seu estômago duas vezes.

O professor que havia saído da sala no início da briga voltou com a diretora e os seguranças. Gabriel estava com o Fábio em um mata leão. Os seguranças correram e separaram os dois. Gabriel novamente foi chamado a diretoria.

-Vem, Pedro. -Ele me chamou enquanto pegava sua mochila.

-Eu não o chamei, sr. Gabriel. Somente você.

-Eu não vou deixar ele aqui sozinho. E eu não me lembro de ter pedido sua autorização. -Gabriel disse de forma autoritária que Ruth não conseguiu contestá-lo. Os alunos comentaram a audácia dele.

Descemos os quatro na frente. Ruth, o Gabriel, o segurança e eu. Logo atrás veio o outro segurança e o Fábio que desferia palavras sem nexo até a Ruth o pedir para parar, mas ele continuou chingando o Gabriel, a escola e eu. Eu via que Gabriel esperava uma brecha do segurança para voar de novo no Fábio. Porém não foi preciso.

-Sr. Fábio. Eu não preciso lhe informar que essa sua falta de modos pode acarretar em uma severa punição. E sinto lhe informar que o status e a situação financeira do seu pai não são levadas em consideração por esta instituição de ensino. Se não está disposto a aprender, aqui não é lugar pra você.

Fábio se impressionou com a fala da Ruth e baixou sua cabeça seguindo calado até a enfermaria. Seguimos de volta a sala dela. E depois de outra sessão de bate-papo com a diretora ela nos enviou ainda no primeiro tempo para a biblioteca.

Até o intervalo ficamos conversando. Um tempo após o soar do sinal Ana e Carol nos encontraram lá sentados.

-Meu Deus, amor. Como você tá? -Perguntou Carol.

-Tô bem. Felizmente eu tenho um protetor. -Gabriel mostrou os músculos dos braços para a gente. Eu senti um calafrio no meu corpo.

-Que bom, amor. -Ela disse me abraçando pelas costas por eu estar sentado de frente para o Gabriel. -Sorte sua que você tem o Gabriel e ele te ama. -Ela me deixou sem graça com o comentário, já ele ficou satisfeito.

-Eu amo muito mesmo esse meu menino. -Ele me puxou e colou sua testa na minha sorrindo com aqueles dentes brancos e olhar safado. Ainda sim seu olhar transmitia segurança. A sua mão em minha nuca me arrepiou todo e por um momento eu pensei que ele iria me beijar.

Nos soltamos, mas continuamos nos olhando com um brilho no olhar.

-Força aí, Pedro. Não escuta esse bando de babaca, esnobe e escroto. -Ana nos tirou do transe e ressaltou. -Não são todos, tem uns bonitinhos e gostosos que ainda salvam.

-Anaaa! Sua safada. -Disse Carol fazendo todos nós cairmos na risada com as safadezas da Ana.

-Que foi gente. Os brutos também amam. E eu tenho muito amor pra dar.

-É amor mesmo, que você tem pra dar. -Carol debochou da Ana.

-Ou, ou que isso. Perto de mim não. -Gabriel interrompeu as duas nos fazendo rir. -Era pra mim proteger minha irmãzinha dos garotos.

-É melhor você proteger os garotos da sua irmãzinha. -Eu falei arrancando mais risadas deles.

-Até você, Pedro. -Ana puxou uma cadeira pra perto de nós. -Pior que eu não sou santa mesmo não. Mas se fosse só eu... Acho que é mau de família. -Ela olhou para o Gabriel.

Eu olhei para ele com uma sobrancelha arqueada.

-Não olha assim pra mim! Quem eu quero não me quer. Eu só estou procurando o encaixe certo pra minha boca. -Gabriel passou o joelho na minha coxa e nem piscou ao me dizer.

-E quem você quer, Gabriel? -Nos assustamos com Iuri entrando na conversa. Ele acabara de entrar na biblioteca.

-Minha boca é um túmulo. Eu não sei mais o que faço pra pessoa notar minhas indiretas. -Ele me olhava e pisou em meu pé. Só não intende quem é cego.

-Pedro? -Iuri disse.

-Eu... que eu... por quê que ele iria gostar de mim? -Eu estava preso no olhar do Gabriel e de nervoso eu tropecei nas palavras.

-Eu quero saber se você sabe quem é? -Iuri explicou sua pergunta.

Eu devo ter parecido um palhaço respondendo daquela maneira. Gabriel achou graça, assim como as meninas.

-Talvez eu saiba, mas eu nunca vou contar.

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