Aqueles Olhos Azuis - Cap. 18

Um conto erótico de GuiiDuque
Categoria: Homossexual
Contém 6771 palavras
Data: 10/05/2021 03:19:52

~ continuando ~

#São Paulo - Londres#

ㅤBem, os dias foram passando, assim como as semanas e eu e Philip havíamos combinado de passar as férias de verão em Londres e juntar o começo das minhas aulas e do mestrado dele. Eu estava muito ansioso, não por causa do intercâmbio, mas porque eu não estaria sozinho e sim com o Philip num lugar totalmente diferente do que estávamos acostumados. Londres, eu já havia ido com meus pais, mas com ele seria totalmente diferente.

ㅤAs semanas de provas haviam chegado e as meninas não saiam do meu pé. Viviam me abraçando, dizendo que sentiriam minha falta e eu e o Philip havíamos ido passar a semana com meus avós. Até mesmo minha mãe veio passar um final de semana conosco e desejar boa sorte. Também já estava tudo acertado com a faculdade onde eu estudaria, quando eu deveria comparecer lá para receber as primeiras informações. Vale lembrar que eu não ficaria no albergue, mas sim com o Philip, o que seria muito bom.

ㅤNo último dia, eu e Philip havíamos ido ao shopping jantar com o Bruno e o Celo. Os demais não puderam ir, mas prometeram que iriam se despedir de nós no aeroporto.

- É amanhã, então? – Perguntou o Celo.

- Pois é, estou muito ansioso, apesar de que vou curtir o verão primeiro e depois, em Setembro, aula! – Falei.

- Aproveita muito, Vini, é uma oportunidade única! – Disse o Bruno.

- Ele vai, sim, vou estar na cola dele! – Disse o Philip rindo.

- Com licença, vão querer alguma coisa? – Perguntou uma voz conhecida.

ㅤAo me virar, não pude deixar de ficar surpreso ao ver o Alex.

- Nossa, quanto tempo! – Falei automaticamente.

- E ai, garoto, como está? – Perguntou ele dando uma olhada no Philip.

- Estou bem, casado! – Disse pondo a mão sobre a do Philip. – Nunca mais o vi desde aquele dia no bar que você resolveu me agarrar bem na hora que o Philip chegou!

- Ahn... Pois é! – Ele havia ficado muito sem jeito. – Então, o que vão querer?

- Eu nada, não estou com muita fome! – Falei.

ㅤOs demais também não pediram nada, até estranhei, pois nenhum deles havia comido nada.

ㅤDepois fomos para nosso apartamento e como as chaves estavam comigo, eu fui abrindo. Quando entrei, levei o maior susto. Havia muita gente lá, meus amigos todos, minha mãe, meus avós, alguns pais, cheio de balão por todos os lados, comida, bebida.

ㅤEu havia levado as mãos na boca para não gritar e ao verem minha reação, todos começaram a rir. Logo depois foram beijos e abraços por todos os lados e também para o Philip.

- Ah, não acredito que você veio novamente! – Disse abraçando minha mãe.

- É claro, bem capaz que eu ia deixar você sumir durante meses sem eu me despedir antes! – Disse ela. – Tenho novidades também!

- O que foi?

- Estou namorando! – Disse ela rindo. – Adivinha quem?

- NÃO! – Falei pasmo. – Como foi isso?

- Depois te falo, vá aproveitar agora com seus amigos!

ㅤEu sai, então, e fui me juntar com o pessoal da turma, enquanto o Philip conversava com alguns amigos dele e as irmãs.

- Ain, Londres, Vini! – Disse a Mariana. – Que sorte!

- Sorte nada, é só estudar que tu também consegues! – Disse incentivando ela.

- Espero que até o final do curso, então! – Riu ela.

- O pior de tudo é que, vocês vão estar formados e eu ainda não, só um semestre depois! Que desestimulante! – Falei dando de ombros.

- Ah, tem isso ainda! Poxa, que triste! – Comentou a Manu vindo me abraçar por trás e enfiando na minha boca um salgadinho, quase me fazendo engasgar.

- Sua doente! – Falei rindo.

- Você vai ficar com remorso quando for amanhã! – Disse ela fazendo cara feia.

- Não vou, não!

- Como você é ruim! – Riu ela.

- Tu sabes que eu te amo coisa gorda! – Disse abraçando ela.

- Gorda vai ser a sua cara quando ficar inchada por eu ter enfiado a mão nela!

ㅤO pessoal ao redor começou a rir do comentário dela.

ㅤEnfim, naquela noite nos divertimos muito e quando todos foram embora já se passava das quatro da manhã. Eu estava mais para lá do que pra cá, não porque havia bebido, mas porque estava cansado mesmo e o Philip estava pior ainda. Ele havia se sentado no sofá e sem querer dormido ali mesmo. Eu fui até ele e o apoiei em minhas costas e o levei para o quarto com ele cambaleando de sono no caminho. Joguei o na cama, retirando sua roupa e depois tirei a minha, deitando ao seu lado nos tapando. Ele se virou e me puxou contra ele, fazendo com que eu deitasse em seu peito enquanto sua mão deslizava por minhas costas.

- Lua de Mel... – Falou ele.

- É sim, teremos dois meses para aproveitar! – Disse beijando seu peito.

- Teremos uma vida inteira para aproveitar!

ㅤAcordamos por volta do meio-dia. Estávamos atrasados para o almoço com meus avós. Era um correndo para um lado procurando as roupas enquanto outro tomava banho.

- Atrasado, atrasado! – Disse pegando minhas roupas e jogando na cama enquanto entregava as do Phil para ele indo em direção ao banheiro.

- Acalme-se, eu vou ligar para ela! – Disse ele rindo.

- Faz isso! – Disse já ligando o chuveiro.

ㅤNaquele dia almoçamos com meus avós que ficaram pegando no nosso pé dizendo que chegamos atrasados porque estávamos “aprontando”. Philip e eu só ríamos.

ㅤÀ tarde voltamos para o apartamento para terminarmos de arrumar as malas e a noite quando deu mais ou menos 9hs, fomos para o aeroporto com meus avós que nos buscaram.

ㅤQuando chegamos lá foi aquela multidão de amigos vindo se despedir, desejar uma boa viagem e sorte lá. A Manu e a Rafa não se aguentaram e começaram a chorar enquanto a Carol e a Eve ficavam rindo delas. O Bruno e o Celo também estavam e, por incrível que pareça, o William que a gente só sabia que estava vivo nessas rápidas aparições.

ㅤMinha mãe foi à última a se despedir. Ela trazia consigo um presente para mim e para o Philip.

- Espero que gostem, vão precisar lá talvez! – Disse ela nos abraçando ao mesmo tempo. – Mas só abram quando estiverem lá, certo?

- Certo! – Eu disse.

- Não se preocupe, vou cuidar do Vini como se fosse meu filho!

ㅤO pessoal atrás se estourou na risada.

- Filho? Aham, sei! – Comentou a Fê.

ㅤDepois de mais uma leva de despedidas fomos para o nosso portão e embarcamos.

- Lembra-se quando o convidei para ir a Londres comigo? – Perguntou ele sentado ao meu lado.

- Lembro sim, eu não quis ir...

- É, agora está indo em Lua de Mel, praticamente! – Disse ele aproximando-se e virando o meu rosto sem se importar com os demais que talvez estivessem olhando. – Eu te amo hoje e sempre! – Depois me beijou.

(Fim da Parte 49)

-

#Em Solo Britânico#

ㅤChegamos no outro dia à tarde em Heathrow. O dia estava muito bonito, fazia por volta de uns 20°C, não mais que isso e o aeroporto estava lotado. Saia pessoas de tudo quanto é lado. Tinha que cuidar para não acabar esbarrando numa ou outra, mas mesmo assim era praticamente impossível.

ㅤQuando saímos do aeroporto, pegamos um taxi que ficava por ali mesmo para levar os passageiros aos seus destinos.

- Estou todo descadeirado! – Comentei com o Philip.

- Nem me fala, odeio ficar horas sentado num avião, mas logo chegaremos! – Depois ele disse o endereço para o motorista e ele partiu.

ㅤFicamos conversando com o mesmo durante todo o caminho, ele adorou saber que éramos estrangeiros e principalmente brasileiros. Disse que sempre pegava brasileiros dali do aeroporto e que todos eram muito simpáticos.

ㅤApós meia-hora de viagem, chegamos ao nosso destino que era Fulham que fica a oeste de Londres ou, na língua, west London.

ㅤO motorista, muito atencioso, nos ajudou a descarregar as malas e depois o amigo de Philip veio nos receber. Ele tinha a pele clara, cabelos castanhos escuro, olhos verdes acastanhados, um sorriso muito contagiante e fisicamente ele era definido. Estava usando um avental branco. Chamava-se Richard.

- Este é o Vinícius? – Perguntou ele em inglês naquele típico sotaque britânico.

- Sim, é ele! – Riu o Phil.

- É um prazer enorme em conhecê-lo, parece que o conheço há anos! – Disse ele estendendo a mão. – Philip vivia falando de você!

- Ah, o prazer é todo meu, espero que bem, é claro! – Disse cumprimentando ele.

- Sim, muito bem, meu nome é Richard, mas pode me chamar de Rich! – Sorriu. – Bem, vamos entrando, o almoço está pronto!

- Almoço? Comida feitinha na hora? – Perguntei.

- Sim! – Respondeu ele.

- Adoro, faz horas que não como algo descente! Comida de avião é um horror, mesmo na executiva!

ㅤRimos e então entramos. Eu simplesmente A D O R E I o Loft. Bem coisa de filme mesmo, tudo muito arrumado e decorado, só que sem parede. É difícil explicar, só estando num para saber mesmo como é. Eram três andares, ele dormia no último do outro lado e o quarto que o Philip ficou antes e ficaria era do lado oposto. Quando vi um piano de calda no meio da sala, eu quase surtei. Enfim, era praticamente um apartamento de luxo num loft totalmente organizando.

ㅤLargamos as malas num canto e fomos nos sentar à mesa.

- Então? – Perguntou o Rich. – Como foi à viagem? O taxista achou o endereço direito?

- Sim, ele sabia, viemos conversando o caminho inteiro! – Disse o Philip.

- Que bom, a última vez você ficou umas duas horas tentando explicar para o rapaz que dirigia para você e nada dele achar!

- Nem me lembra disto, eu fiquei muito nervoso na hora! – Riu ele.

- Aquele piano é de família? – Perguntei apontando para o mesmo.

- É sim, era do meu avô e ganhei de presente pouco antes dele vir a falecer, eu toco também!

- Que legal, temos algo em comum, então! – Sorri.

- Vamos fazer um dueto qualquer hora dessas! – Riu ele.

ㅤEnquanto comíamos, também ficamos conversando. Então o celular do Rich começou a tocar e eu olhei para o Philip apavorado.

- Esquecemos dos nossos celulares em casa!

- Puts, pior que é verdade! E por falar nisto, vamos ver o que a sua mãe nos deu!

ㅤLevantei-me e peguei os presentes e entreguei o do Philip que era com um pacote azul e abri o meu. Quando vi, comecei a rir. Era um celular. Mostrei ao Philip e ele me mostrou o dele, minha mãe também havia dado um a ele de presente.

- Gente, preciso sair, minha irmã está no hospital, é hoje que eu viro tio! – Disse o Rich.

- Quer que nós o acompanhemos? – Perguntei.

- Não, não, estou de moto, descansem um pouco! Deixem a louça na pia que a empregada arruma depois! – Ele pegou as chaves e saiu correndo.

ㅤPhilip olhou para mim e sorriu de canto. Não entendi e então ele olhou em direção ao quarto.

- Philip?

- O que? – Perguntou ele se fazendo de desentendido.

- Agora? – Perguntei.

ㅤEle se levantou e então me prendeu na mesa com seus braços, pondo uma coxa entre as minhas.

- Que culpa tenho?

- De ser tão safado! – Falei.

- Vai querer ou não? Transar em solo britânico?

ㅤEu ri. Ele segurou minha mão e me puxou para o quarto e lá caiu por cima de mim na cama, enquanto nos beijávamos, a temperatura cada vez mais aumentava. Nossas mãos deslizavam pelo corpo um do outro e a excitação cada vez maior.

ㅤPhilip retirou sua camisa e depois a minha. Ele beijava, lambia e mordiscava meu peito em direção ao meu abdômen. Depois retirou minha jeans e ficou passando seus lábios e a sua língua por cima do meu pau já duro, querendo saltar para fora da boxer.

- Para quem não queria... – Comentou ele retirando minha boxer e passando a língua por minha coxa até a minha virilha fazendo com que eu soltasse um suspiro.

- Eu não disse nada... – Ri.

ㅤEle segurou meu pau e começou a passar a língua na ponta, deslizando-a depois por toda a extensão até minhas bolas, chupando-as logo depois. Eu acariciava seus cabelos e de vez em quando o forçava a me chupar, mas ele resistia. Eu já estava enlouquecendo quando ele engoliu meu pau e começou a me chupar com toda a disposição possível.

- Já sei... – Disse ele retirando o resto de sua roupa e ficando nu por cima da cama. Ele se virou e ficou por cima de mim num meia-nove. Eu segurei sua bunda e forcei seu pau em direção a minha boca enquanto ele não parava de me chupar. Ele rebolava e fodia a minha boca babando toda ela. De vez em quando ele se afastava e esfregava seu pau em meu rosto.

ㅤQuando estávamos quase gozando, ele foi em direção a sua mala procurar camisinha e o gel lubrificante. Pôs no seu pau e eu fiquei na beirada da cama de frango assado enquanto ele atolava meu cú de lubrificante. Lentamente ele foi me penetrando até o fundo enquanto rebolava me fazendo sentir seu membro todo dentro de mim.

- Mete de uma vez. Philip! Você está me enlouquecendo, porra! – Disse a ele.

- É assim que eu gosto!

ㅤLentamente ele começou o seu vai e vem até ficar em suas fortes estocadas. Ele gemia, eu gemia e se o Rich chegasse, nem ouviríamos. Ele tocava uma para mim e eu deslizava uma mão por seu peito e a outra apertava seu braço. Depois fiquei de quatro e ele caiu de boca no meu cú, enchendo-o de saliva, metendo depois, um, dois dedos me fazendo gozar sem ao menos tocar no meu pau.

ㅤEm seguida ele me penetrava novamente, de joelhos na cama entre minhas pernas e bombava. A cada estocada, eu ouvia um urro seu e soltava uma gemida e quando eu apertava meu cú, ele perdia as estribeiras e gritava de tesão, me puxando pelos cabelos e virando meu rosto para me beijar, explorando minha boca com sua língua sedenta pela minha.

ㅤQuando gozou, ele caiu na cama tendo espasmos, de olhos fechados, enchendo seu abdômen de porra.

- Eu ainda vou ter um enfarte! – Disse ele se contorcendo passando a mão por sua barriga e depois em sua boca, puxando-me para beijá-lo e sentir o gosto da sua porra.

ㅤDepois, sem perder o pique, mandei-o ficar de costas e deslizei minha língua por ela até sua bunda. Podia sentir seus arrepios. Quando cheguei à sua bunda, abri-a e passei a língua por toda ela. Logo ele já estava com o pau enrijecido. Eu passava a língua e enfiava os dedos enquanto ele mordia a fronha do travesseiro e puxava os lençóis da cama, ou melhor, os arrancava.

- Come meu cú de uma vez! – Implorou ele empinando a bunda deixando seu cuzinho a mostra, piscando.

ㅤNovamente eu enfiei um dedo e ele soltou um outro gemido enquanto eu socava ele e com a outra mão o masturbava.

- Pede! – Mandei. – Vamos, pede por favor! – Disse aumentando o ritmo.

- POR FAVOR, PORRA, COME MEU CÚ! – Gritou ele comigo.

ㅤVesti uma camisinha e soquei tudo de uma vez no seu cuzinho apertado. Parecia que ele ia perder os sentidos quando afundou o rosto no travesseiro. Ao mesmo tempo que eu socava no seu cuzinho, ele rebolava. Eu não aguentaria por muito tempo. Então o puxei contra mim, colando meu peito em suas costas, beijando seu pescoço e seu ombro, fazendo um vai e vem devagar, mas gostoso.

ㅤMinha mão deslizava por seu peito e seu abdômen enquanto a outra ainda o masturbava. Depois nos levantamos e eu o comi em pé com ele se apoiando na parede. Nossos corpos já suavam e colavam um no outro até que finalmente retirei o pau do seu cuzinho e depois a camisinha, gozando jatos e jatos de porra na sua bunda e costas.

ㅤEstávamos sujos com a porra um do outro, nos arretando no quarto. Enquanto nos beijávamos e roçávamos nosso corpo, ele gozou novamente, me apertando contra ele. Depois descemos e fomos tomar banho, ficamos mais de uma hora, pois voltamos a nos pegar novamente debaixo do chuveiro. Quando saímos, voltamos para o quarto e nos deitamos abraçados, eu no travesseiro e ele com a cabeça em meu peito e com uma coxa sobre a minha.

- Bem vindo a Londres! – Riu ele me fazendo rir junto com ele.

(Fim da Parte 50)

-

#Em Solo Britânico (2)#

ㅤÀ noite o Rich não havia voltado ainda. Eu e o Philip decidimos ir dar uma volta, jantar fora e trazer algo para ele comer. Fomos parar no London Eye que na época era considerada a maior roda gigante do mundo. Levamos câmera fotográfica e tiramos algumas fotos.

- Bah, não ligamos para meus avós para avisar que já chegamos! – Disse preocupado. – Quando chegarmos não esquece de...

ㅤPhilip pôs os dedos nos meus lábios e me beijou. Na hora eu fiquei apavorado, mas pouco a pouco fui cedendo e depois retribuindo. Ele retirou a câmera das minhas mãos e virou o rosto para ela, tirando uma foto.

- Você é louco? – Perguntei.

- Por que?

- Está cheio de gente aqui! – Disse meio que apavorado.

- E daí? Alguém nos conhece? Não! E outra, ninguém paga as nossas contas e há outros casais por aqui! Sem contar que é romântico tirar uma foto assim! – Disse ele piscando o olho logo depois.

- Você é louco! – Falei rindo enquanto me aproximava e o beijava.

- Louco por você! – Disse ele.

- Isto seria mais perfeito se fosse em Paris! – Falei. – Mon ange! Meu anjo!

- Hum... Quem sabe? Natal!

- Sério? - Perguntei surpreso.

- Seríssimo! – Piscou o olho e me segurou pela mão. – Vamos procurar algo para comer e levar para o Rich.

ㅤSaímos dali e fomos a um restaurante de comida japonesa a pé que ficava próximo ao local. Lá ficamos conversando e depois de jantados, pedimos algo para o Rich e pegamos um taxi de volta para casa. Quando chegamos o Rich já estava lá.

- É um menino! – Disse ele sorridente. – Lindo!

- Quem vê até pensa que você é o pai! – Disse o Philip.

- Mas me sinto assim, o namorado da minha irmã abandonou ela e então tenho a acompanhado durante estes últimos meses!

- Rich, trouxemos comida japonesa para você! – Falei pondo a sacola encima da mesa.

- Muito obrigado, não comi nada desde aquela hora que sai. – Ele pegou um prato, talheres e se sentou enquanto se servia. – Foram aonde?

- No London Eye! – Disse.

- Hum, legal! – Disse ele comendo.

- Eu preciso me deitar, estou cansado! – Disse o Philip me olhando com cara de quem estava com vontade de rir. Eu sabia muito bem o motivo do cansaço dele.

- Certo, vai lá, depois eu subo! – Falei.

- Boa noite! – Disse o Rich.

ㅤPhilip se retirou e eu o Rich ficamos conversando durante algum tempo. Soube que os pais dele moravam ao norte de Londres com a avó deles e contou-me sobre sua irmã, que logo que o namorado dela soube que ela estava grávida, sumiu no mundo. Eu contei tudo sobre mim e mais um pouco. De como conheci Philip e tudo o que nos aconteceu. Ele me falou que não havia um dia que o Philip não se lamentava por ter feito isso comigo e que se algo acontecesse comigo ele nunca se perdoaria. Ele também foi um dos que incentivou a volta dele para o Brasil e eu o agradeci por isso. Já estávamos conversando há umas duas horas quando resolvi dormir. Despedi-me dele e subi para o quarto.

ㅤPhilip já estava dormindo quando entrei. Fui até as janelas de vidro e fechei as cortinas. Depois pus um short e uma camiseta e me deitei ao seu lado. Ele, como sempre quando me sentia ao seu lado, se virava e me abraçava por trás, roçando seu rosto em meu pescoço.

- O que vamos fazer amanhã? – Perguntou ele aos sussurros, mordiscando minha orelha.

- Precisamos de um meio de locomoção, alugar um carro, um motorista, sei lá!

- Ok, vou falar com o Rich amanhã, ele deve conhecer algum lugar, ai eu ligo e contratamos um, mas não vai sair muito barato! – Comentou ele.

- Não se preocupe, minha mãe até havia comentado algo sobre isso e creio eu que, se sempre usarmos taxi ou ônibus, vai ser até mesmo mais caro! – Falei.

- Bem, agora dorme! – Disse ele dando um beijo em meu rosto e me abraçando com mais vontade.

ㅤNo outro dia acordamos por volta das 9hs. Parecia que eu não havia dormido nada, até o Philip estava meio sonolento. Rich já havia acordado e havia feito o café para nós.

- Bom dia! – Disse ele ao nos ver descer chegar à cozinha.

- Bom dia! – Falou o Philip.

- Precisamos de um meio de locomoção! – Falei me sentando à mesa. – Alugar...

- Não tem como, lembrei agora, creio eu, que teríamos que ter uma permissão! – Falou o Philip.

- É verdade, quem sabe um motorista? – Sugeriu o Rich. – É caro, mas vale à pena, estão sempre disponíveis aonde quer que vá! Só se programar!

- Você sabe onde podemos achar um, algum serviço aqui em Londres? – Perguntei.

- Tenho um amigo que trabalha com isso, eu posso pedir para ele passar aqui na hora do almoço e vocês conversam com ele, é capaz dele fazer mais barato também! – Disse o Rich.

- Okay! – Disse.

ㅤDepois me servi de café e ficamos conversando à mesa enquanto o Rich ligava para o conhecido dele e depois se sentava na sala para assistir à televisão.

ㅤQuando chegou por volta de 1 pm/13h o conhecido dele havia chegado. Chamava-se Jerome. Devia ter por volta de quarenta anos. Expliquei a ele minha situação, onde seria minhas aulas e que eu não tinha um horário quanto a isso. Ele deu seu orçamento e pelo que o Rich falou, não era caro, ainda mais por ele não trabalhar com nenhuma empresa, por isso o dinheiro iria todo para seu bolso.

ㅤDepois fui com ele até a rua e ele me mostrou o carro que ele utilizava, um Jaguar preto. Fez questão de mostrar que estava em perfeitas condições e realmente, parecia que havia saído direto da loja. Simplesmente lindo.

- O senhor quer que eu comece quando? – Perguntou Jerome.

- Hum, seria pedir demais para começar hoje? – Perguntei meio que receoso.

ㅤEle apenas sorriu.

- Claro que não, será um prazer! Aonde quer ir?

- Preciso que me leve em Watford, Hertfordshire. Tenho que ir resolver alguns assuntos! – Falei.

- Certo, quando quiser! – Falou ele.

- Vou almoçar e me trocar e já volto! – Falei.

ㅤDespedi-me dele e sai correndo para almoçar. Não levei mais do que 20 minutos. Philip também foi junto comigo, enquanto isto, íamos conversando e sabendo um pouco mais sobre ele, sua vida e etc.

ㅤLevamos mais ou menos uma hora para chegar onde eu estudaria. Lá me dirigi para a secretaria e me apresentei, bem como os documentos que eu tinha que levar. Depois me dirigiram para uma entrevista para saber como era o meu inglês e a partir disso eu seria colocado em uma turma. Fiquei conversando por quase meia hora com a entrevistadora que anotava tudo o que eu falava, acho eu.

ㅤPor fim, ela me falou que eu havia cometido alguns erros simples, mas que era normal, uma vez que eu morava fora, mas que isso seria corrigido com o tempo, e que no geral havia me saído muito bem, até mais do que ela esperava. Explicou-me que eu teria aulas pela manhã e algumas a tarde, e que no primeiro dia de aula em Setembro seria muito bom se eu chegasse uma hora mais cedo para ela poder me apresentar aos meus professores. Quase duas horas mais tarde, eu consegui sair dali, sem antes ela me mostrar o campus e algumas salas.

ㅤQuando cheguei ao carro o Philip e o Jerome estavam conversando.

- Nossa que demora! – Disse o Philip. – Eu e o Jerome até fomos dar uma volta!

- Nem me fala, mas acho que vai ser legal, ela me mostrou algumas salas e elogiou meu inglês! – Comentei.

ㅤNa volta, fizemos um outro trajeto, passamos por um extenso caminho só de campos que eu achava que não terminaria nunca, mas não muito tempo depois já avistávamos as construções da cidade.

- O que é isso? – Perguntei ao Philip apontando para um imenso parque. – Não vai me dizer que é...

- Hyde Park? É sim!

- Vamos ter que descer para tirar fotos! – Falei brincando.

- Teremos todo o tempo do mundo para fazer isso, vamos com calma! – Disse ele cheirando meu pescoço e me dando uma leve chupada.

ㅤEu olhei para ele e apontei para o motorista de modo discreto. Ele simplesmente puxou meus lábios com o seu e me beijou. Não tive como não resistir a isto.

ㅤNo meio do caminho, passamos pelo estádio do Chelsea que o fiz prometer que me levaria lá para assistir nem que fosse um treino, e quando chegamos em casa ele foi fazer algo para comermos e eu agradeci o Jerome, que me passou seu telefone para quando eu quiser ir à algum lugar, ele viria me buscar.

- Parece bem acostumado já em sair por ai. – Disse Philip chegando por trás de mim segurando minha cintura. – Daqui alguns dias não vai nem ter mais tempo para mim!

- Que mentira! – Disse. – Vou fazer você engolir o que falou!

- Como?

ㅤVir-me-ei e o beijei. Algum tempo depois eu parei subitamente.

- ESQUECI DE LIGAR PARA MEUS AVÓS! – Disse alterado.

- Eu já falei com eles, agora vem cá... – Ele me puxou e voltou a me beijar.

(Fim da Parte 51)

-

#Italiana dos Infernos!#

ㅤOs dias foram passando rapidamente, eu estava mais do que acostumado com Londres. É claro que não tinha como não estar. Eu sempre tive uma certa admiração por aquela cidade, por sua história, enfim, tudo o que tinha relação com ela me fazia gostar mais e mais daquele lugar.

ㅤNo meu aniversário, meus avós e minha mãe me ligaram para desejar Feliz Aniversário e mais tarde o Bruno, Celo, Manu, Rafa, Fê e Flávia ligaram juntos e cantaram parabéns para mim. Achei muito legal da parte deles, principalmente pela ligação não ser muito barata. Ficamos praticamente uns 10 minutos conversando enquanto o telefone se alternava entre eles.

ㅤÀ noite eu sai com o Philip, com o Rich, sua irmã Andrea e o filho dela, Daniel. Fomos a um restaurante perto de casa e ficamos até altas horas conversando, comendo e bebendo. Insisti para que não me dessem presentes, mas todos ignoraram, o que me deixou muito sem graça, principalmente quando no restaurante começaram a cantar parabéns para mim.

ㅤAgosto já estava ai e eu havia me matriculado em uma academia, mas antes havia passado por uma bateria de exames para ver como andava meu estado de saúde, condicionamento físico, entre muitas outras coisas, totalmente diferente das academias no Brasil.

ㅤAlgo que não deixei de notar era que, pelo menos na academia que eu frequentava, TODOS os homens eram realmente muito gostosos. Sabem aquele charme britânico, o sotaque carregado vindo com um corpo perfeitamente definido, sarado, musculoso ou então normal, bem, era isso. Fora as mulheres, que eram uma mais linda que a outra.

ㅤNas primeira semanas, eu praticamente carreguei o Philip por toda Londres para visitar todos os locais possíveis, históricos, culturais, seja lá o que fosse, lugares ao menos que me chamavam atenção para tirar foto. Muitas vezes, nem eram fotos minhas, mas sim dos lugares mesmo, alguma estátua, construção, um palácio, enfim, eu gostava muito disto e ainda gosto.

ㅤ[...]

ㅤO despertador estava tocando. Senti a mão de Philip na minha cintura e ele se virando para desligar. Quando fui me levantar, ele me puxou para si e me abraçou.

- Philip, eu preciso me levantar para ir para à aula!

- Não! Só um carinho vai! – Disse ele sonolento.

ㅤVir-me-ei e entrei debaixo das cobertas para ficar mais uns dez minutos com ele, enquanto nos beijávamos e nos acariciávamos.

- Vou passar o dia fora, as aulas nem começaram ainda e eu estou morrendo! – Comentou ele.

- Pelo jeito está chovendo! – Disse me levantando e puxando as cobertas de cima dele. – Vamos se levanta, você aproveita e pega carona comigo!

- Deus me livre, vou aproveitar e dormir mais um pouco! – Disse ele virando-se e puxando as cobertas para si.

- Certo!

ㅤCorri em direção ao guarda-roupa e peguei uma jeans escura, uma camisa branca e um blazer presto desestruturado preto, e um sapato social amassado preto feito a mão. Corri para a cozinha e pus a roupa em uma cadeira. Rich já estava em pé. Estava apenas de boxer branca e eu já estava mais do que acostumado com isto. Até vê-lo nu pela casa, eu via.

- Bom dia! – Saudou ele.

- Bom dia! – Disse bocejando.

ㅤEle pegou uma caneca e pôs café nela, depois me entregou.

- Obrigado, Rich, está indo aonde?

- Tenho que passar mais cedo no escritório e depois visitar um cliente!

- Como você gosta de ser arquiteto? Eu nunca me dei bem com números! – Confessei.

- É só para inteligentes! – Disse ele apontando para a cabeça enquanto se desviava de um pão que eu joguei nele.

ㅤDepois de tomado o café, corri para o banheiro e tomei uma ducha. Vesti-me e peguei mochila e verifiquei se todos os documentos estavam ali.

- Tudo certo! Liga para o Jerome para mim! – Pedi ao Rich.

ㅤAntes mesmo de eu terminar de falar, ele já estava ligando. Ele era como um irmão mais velho. Muito atencioso e querido, sempre preocupado comigo, se eu estava precisando de algo, se estava com fome ou coisa do tipo.

ㅤQuando o interfone tocou, me despedi dele e fui ao encontro de Jerome que já me esperava com a porta aberta do carro.

- Bom dia, senhor! – Disse ele sorrindo. – Como está?

- Bom dia, Jerome, estou bem, vamos para a faculdade, por favor. – Falei.

ㅤEle entrou no carro e depois partimos. Antes mesmo dele virar na esquina, eu já estava cochilando. Quando chegamos, eu apenas ouvi sua voz.

- Chegamos!

ㅤAbri os olhos e o vi me observando.

- Pelo jeito não dormiu bem! – Falou ele.

- Dormi e muito bem, mas é cedo e estou meio que com sono ainda!

ㅤEle saiu do carro e veio abrir a porta para mim. Já havia muitos alunos ali fora e alguns até mesmo observaram quando o Jerome abriu a porta do carro e eu sai. Depois me despedi do Jerome e segui em direção a secretaria. Lá a orientadora me levou a sala dos professores e me apresentou aos demais dizendo que eu era o aluno que havia vindo do Brasil para fazer um intercâmbio entre outras coisas. Todos foram muito simpáticos e logo depois segui com um professor para a sala.

ㅤJá havia alguns alunos, cerca de 20. Havia dois italianos e três franceses o resto era tudo britânico, fora um que era da Escócia. Após as apresentações, o professor começou a sua aula. Adorei, não era o tipo de escola brasileira ou faculdade que demorava quase uma semana para realmente começar as aulas.

ㅤLogo de cara, ele nos falou que teríamos que criar uma produção publicitária para televisão para a agência da faculdade e nos passou o tema. Era para ser formado grupo de seis pessoas e por isso eu acabei ficando com uma italiana chamada Isabella. Ela tinha 22 anos e me lembrava aquelas modelos internacionais da Victoria Secrets, linda, morena, olhos azuis e magra.

ㅤFicamos conversando durante algum tempo até começarmos a por nossas ideias no papel. O tema era: “O que é o Natal?”, e é claro, era para evitarmos ao máximo o clichê das propagandas atuais. O material deveria ser entregue até novembro, a agencia avaliaria e quem sabe, o melhor grupo trabalharia junto com eles.

ㅤO professor, primeiramente, insistiu para que entrássemos em um grupo mas eu e ela pusemos banca e dissemos que poderíamos dar conta disto, mesmo sendo três grupos de seis contra uma dupla, no caso, eu e ela.

- Estou apostando nos dois! – Disse ele virando-se para ir assessorar os demais.

- Então? – Perguntou ela apavorada para mim.

- Tive um grande ideia! – Comentei para ela e depois lhe expliquei para ela.

ㅤPara nossa sorte, tínhamos estúdio, câmeras e filmadoras liberadas para todos, e o que nos preocupava seriam os “atores”.

ㅤEnfim, ficamos discutindo sobre nossas ideias até mais ou menos meio-dia, quando saímos e fomos comer alguma coisa, depois voltamos e fomos para a próxima aula.

ㅤA semana havia passado assim, de casa para faculdade e da faculdade para casa. Eu chegava no final do dia podre e o Philip, como antes trabalhava o dia inteiro, estava mais do que acostumado.

ㅤNa sexta, combinei com a Isabella de ela ir lá em casa para começarmos a criar, pelo menos, nem que fosse no papel, como seria nossa propaganda. Ela voltou junto comigo e ficou maravilhada ao saber que eu, um aluno estrangeiro, morava num loft sem pagar nada e ainda por cima tinha um motorista a minha disposição. Logo de cara vi que ela era bastante interesseira.

ㅤQuando chegamos, só o Rich havia voltado do trabalho. Ela não parava de soltar umas indiretas para ele, o que o deixava muito sem jeito. Eu tive que me concentrar no trabalho para não rir da situação.

ㅤComo o Rich, eu ou o Phil não havíamos feito compras, eu convidei Isabella para sair para buscarmos algo para comer, mas ela disse que ficaria ali pensando em mais algumas coisas, se bem que o pensamento dela era outro.

ㅤQuando voltei, entrei no hall e tirei meus tênis, colocando-o num canto, vi que pelo casaco, o Philip já havia chegado. Devo dizer que eu tenho um modo de caminhar muito diferente dos demais, meus passos são muito silenciosos e às vezes eu mais pareço um espírito do que uma pessoa mesmo. Às vezes dou a impressão que estão deslizando, o que é um certo charme. Culpa das aulas de etiqueta e postura durante a infância, que minha mãe me obrigava a fazer.

ㅤAo entrar, me deparei com a Isabella e o Philip se beijando. O sangue me subiu para a cabeça e automaticamente eu joguei a sacola da comida em direção aos dois. Como a bandeja era feito de papel de alumínio uma das pontas pegou no rosto do Philip, o cortando e a outra no ombro de Isabella.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - Eu gritei.

- Você é louco? – Perguntou ela olhando para mim e depois o Philip. – Você pensa... Ah, já entendi tudo! Vocês são gays e ele é teu namorado, não é mesmo?! – Disse ela apontando para o Philip.

ㅤEu cruzei os braços e não falei nada. Depois apontei para a rua.

- Eu vou mesmo! Tenho certeza que seu namorado aqui adorou o beijo! Ele está precisando de uma mulher mesmo que o satisfaça!

- FORA! – Berrei. - E OUTRA, NÃO SOU MAIS SEU PAR, OFERECIDA! – Disse aos berros.

ㅤEla se assustou e praticamente saiu correndo. Eu olhei para o Philip e vi seu rosto sangrando. Sem me importar, eu fui para o quarto e comecei a retirar minhas roupas de dentro do armário e a pôr na mala de qualquer jeito. O Rich entrou logo depois.

- O que você está fazendo? – Perguntou ele apavorado.

- Arrumando minhas coisas para ir embora! – Falei.

- Não faça isso! Você mesmo viu que aquela garota é uma oferecida!

- Claro, e eu vi também ela e o Philip se beijando! – Disse debochadamente.

ㅤUns 10 minutos depois o Philip entrou no quarto e ao me ver arrumando as malas, tentou me segurar.

- NÃO ME TOCA, SEU IDIOTA! – Gritei com ele.

- VINI, PARA COM ISSO! – Berrou ele. – Ela que me beijou na hora que você entrou!

- AH, CLARO, E TU ESPERA QUE EU ACREDITE? VOCÊ PODIA TER MUITO BEM AFASTADO ELA!

- EU IA, MAS VOCÊ ENTROU E JOGOU AQUILO EM MIM! – Disse ele apontando para o curativo no rosto.

- SÓ NESSE MEIO TEMPO SE PASSOU UNS 10 SEGUNDOS E VOCÊ DEIXOU ELA CONTINUAR! EU NÃO SOU CRIANÇA, EU JÁ TENHO 20 ANOS DE IDADE E JÁ PASSEI POR MUITA COISA! – Disse chorando.

ㅤEle, então, veio e me abraçou, mas eu me desvencilhei dos seus braços, peguei minha carteira e sai correndo do quarto. Lá embaixo pus meus tênis de qualquer forma e liguei para o Jerome me buscar na esquina. Não demorou muito tempo e ele já estava lá.

- Ah... London Eye! – Falei.

ㅤJerome percebeu meu estado e por isso não falou nada. Eu agradeci mentalmente, não tinha cabeça para dar explicações. Quando chegamos, eu sai do carro e sai caminhando sem destino para qualquer lugar. Sentei-me num banco para tentar me acalmar, pois eu tremia de raiva e num misto de sensações que eu não sabia explicar.

(Fim da Parte 52)

-

#Ladra?#

ㅤPouco a pouco eu comecei a me acalmar e a ver que eu havia cometido um grande erro. A única culpada nisso tudo era a Isabella, aquela italiana dos infernos. Eu queria matar aquela mulher, mas não fazia porquê eu era homem, mas se fosse mulher, eu teria arrancado a pele dela e feito de isca para pescar piranha. O pior de tudo, é que eu havia machucado o Philip.

- Idiota! – Falei alto.

- Para com isso, deixa eu me explicar, que saco! – Disse o Philip sentado ao meu lado me fazendo dar um pulo do banco pelo susto.

- Eu não sabia que você estava ai! – Falei.

- Vai me escutar ou não? – Perguntou ele enquanto se sentava.

- Como você chegou aqui? – Perguntei.

- Eu sai com um taxi atrás de você e o Jerome ligou avisando que você parecia muito alterado!

- Hum!

- Vini, você acha que eu o trairia sabendo que você poderia chegar a qualquer momento? E ainda mais com o Rich em casa? – Perguntou ele me olhando.

ㅤEu não respondi.

- Cara, eu lutei tanto para você me perdoar quando nos separamos e você acha que eu colocaria tudo a perder agora? – Perguntou novamente. – Ela veio para cima e eu fiquei surpreso, apenas, não esperava essa atitude...

- Desculpa, é que o sangue subiu e eu... Desculpa! – Disse tapando o rosto com as mãos.

- Eu entendo, já passei pela mesma coisa aquela vez no restaurante! – Falou ele. – Mas, não decepei o seu rosto!

- Vai ficar marca?

- Não, foi bem superficial... – Disse ele. – Você vai ficar ai parado?

- O que?

- Para eu lhe desculpar, você vai ter que me dar um beijo de língua daquelas que eu fique com vontade de fazer amor com você não importa o lugar que seja!

ㅤEu olhei para ele e então ele se aproximou e eu o beijei. No começo explorei lentamente cada centímetro de sua boca e depois nossos beijos se tornavam cada vez mais intensos. Minhas mãos percorriam seu rosto, seu peito e costas e as dele massageavam minha cintura e me apalpavam. Eu, particularmente, sentiria vergonha por quem passasse por ali por causa desta cena.

ㅤQuando ele começou a me puxar para seu colo, eu parei de beijá-lo e o olhei nos olhos. Ele arfava e me olhava com aquela fome, aquele desejo. Seus olhos se alternavam entre os meus e minha boca.

- Vamos embora. – Pediu ele. – Antes que eu cometa uma loucura aqui neste banco!

- Que loucura? – Disse passando a mão em sua coxa até seu pau, apertando o enorme volume que se formava entre suas coxas.

- Hum... – gemeu ele. – Antes que eu... – Ele soltou outro gemido ao me sentir apertar suas bolas e seu pau. – Para de fazer isto antes que eu o pegue de jeito e...

- E?

- E o coma aqui mesmo!

ㅤEu me levantei balançando a cabeça e ele veio por trás enquanto andávamos para o carro. Olhei para o Jerome e falei.

- Você me deve uma!

- Desculpa, senhor!

ㅤEntramos e no carro e Philip me puxou para seu ombro e eu fiquei deitado ali até chegarmos em casa. Lá o Rich estava assistindo à televisão e quando fomos ver o que era, pude perceber o Philip e a Isabella e ela atentando ele. Logo depois, quando eu chego e ela vai embora, no Hall ela pega uma pequena estátua e vai embora.

- Vagabunda! – Disse o Rich. – Ela roubou uma das minhas esculturas que eu fiz! Eu vou segunda contigo lá faculdade! – Disse ele me olhando.

- NÃO! Eles vão me expulsar! Não! – Falei.

- Acalme-se Rich, vamos pensar em algo que não prejudique o Vini!

- Por que não a segue no final da aula? – Perguntei. – Posso pedir para o Jerome ou então você vai de moto para não dar muito na cara!

- Ótima ideia! Vou levar o polícia junto! Ela me paga! – Falou ele enfurecido indo para a cozinha beber alguma coisa.

ㅤOlhei para o Philip e ele me puxou para o quarto e lá ficamos conversando. Não tínhamos clima para qualquer coisa, ainda mais com toda essa situação que aconteceu com o Rich. Até já havíamos esquecido do nosso antigo problema, que já não era mais um problema, de fato.

(Fim da Parte 53)

-

~ aooow, meu povo! postei uma parte a mais hoje, hahah, italianinha dos infernos, hein?! ladra! espero que gostem e continuam comentando, final tá chegandooo! beijos e até amanhã <3 ~

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Comentários

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AH, PENSEI QUE O PROBLEMA SERIA OS PAIS DO PHIL, MAS ME ENGANEI. O PROBLEMA É O PRÓPRIO PHIL. SEMPRE FAZENDO MERDA. ELE TEM CULPA SIM. ACEITOU O BEIJO SIM. NÃO CONFIO MUITO NELE DEPOIS DO QUE ELE FEZ. POBRE VINI VI TER MAIS DECEPÇÕES.

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