POR ESSE AMOR - EP. 38: CHANCES

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Gay
Contém 2688 palavras
Data: 16/04/2021 22:43:28

PESSOAL! CHEGOU AO FIM. ESPERO QUE VOCÊS TENHAM GOSTADO DA SAGA DO SANTINO E KLEBER. COMO EXPLIQUEI, VOU POSTAR ESSA HISTÓRIA NA CASA DO CONTO COM O NOME DE "ENTRE TODAS AS CHANCES". GOSTARIA DE VERDADE QUE VOCÊS POSTASSEM A OPINIÃO DE VOCÊS SOBRE A HISTÓRIA, POIS, POSSO ACABAR GOSTANDO DE ALGUMA SUGESTÃO E USAR NA VERSÃO DO WATTPAD. DESDE JÁ, AGRADEÇO MUITO!!! VOCÊS SÃO DEMAIS!!!

AGRADECIMENTO AOS LEITORES QUE COMENTARAM: Bynh07, VALTERSÓ, Geomateus, Pichelim, arrow, Libriano Acreano, Cadu06, Manulpp2, M@yan, thom ribeiro

Escrito por Kleber Viana:

Oito meses se passaram desde o meu acidente (ou tentativa de assassinato), na Ufam. Aos poucos, o meu braço foi melhorando, com muita força de vontade e fisioterapia. Também ajudou o fato da minha sogra ter engatado um romance com o Anderson, meu fisioterapeuta, ele passava alguns dias da semana na casa do Santino e aproveitava para treinar.

Continuamos na loucura da faculdade. Terminamos o segundo período e nos preparamos para tirar nossas merecidas férias. Visando celebrar o nosso primeiro ano de namoro, o Santino e eu, decidimos viajar para o Ceará, o começo da nossa relação.

— Amor, olha esse hotel. — Santino chegou e sentou ao meu lado mostrando as fotos do hotel pelo celular. — É perfeito e tem café da manhã de graça.

— Amor, você tem certeza? Eu fico chateado com você gastando mais do que eu. — disse ao ver o preço do hotel.

— Kleber Viana! — protestou Santino fazendo uma careta engraçada. — O que combinamos?

— Eu bancava as passagens e você o hotel. — soltei fazendo beicinho.

— Tudo bem. Eu sobrevivo. — falei levantando o braço e dando graças a Deus que não sentia mais dor.

Engraçado, que apesar do meu braço sarado, quase nada mudou na minha vida. Continuo namorando um urso lindo, morando com a mamãe e o Thor e, claro, trabalhando bastante na assistência da Dona Heloísa.

Há muito tempo não me sentia tão bem. Como sempre, o ponto alto do meu dia era quando encontrava o Santino. Por causa dos acontecimentos com o Kiko, o meu namorado e eu, decidimos largar os clubes, mas não se engane, a minha rotina de exercícios continuava a mesma.

A minha amizade com o André e Enzo só crescia, tanto que a história da Tech Land, uma startup de aplicativos foi para frente em uma velocidade assustadora. Fizemos várias reuniões e contamos com a ajuda do Santino para criar o logotipo, além dos detalhes dos aplicativos.

Depois do último dia de aula, nos reunimos na casa do Santino para um dos encontros da nossa startup. O Enzo sempre foi um cara centrado e conseguiu planejar o início de uma dinastia.

— Gente, encontrei um investidor, o nome dele é Ian D'ávila. — comentou Enzo parecendo muito feliz.

— Ian D'ávila? — perguntaram o Santino e Sérgio juntos, pois, estavam jogando uma partida de Mario Kart.

— Sim. — respondeu Enzo abrindo o celular e mostrando a página de uma das redes sociais de Ian.

— Ele é uma péssima pessoal. — afirmou Sérgio, jogando uma casca azul no personagem de Santino.

— Filho da mãe! — reclamou Santino, se concentrando e falando um pouco sobre o investidor do Enzo. — Verdade. E olha quem está falando isso é o Sérgio. Na escola, o Ian metia medo até no Renan, que era o maior bully de todos. — explicou Santino, parecendo preocupado com a amizade entre Enzo e Ian.

— Bem, ele vai investir um valor alto. Pediu apenas para cuidar do marketing da Tech Land. Acho que podemos cuidar dele, qualquer coisa, fora. — afirmou Enzo de forma ríspida e fazendo uma anotação em seu caderno.

Crescer. Esse é o principal sentido da vida, né? Devemos vencer todos os obstáculos para evoluir e conquistar as nossas coisas. Aos poucos, conseguia encontrar o meu próprio caminho e estava feliz por isso.

Vamos falar de coisas chatas? A audiência do Kiko precisou ser remarcada duas vezes, eu não sabia que esses julgamentos demoravam, mas continuava confiante que ele pagaria pelo seu ato de "amor".

A última vez que vi o Kiko foi no mês passado, durante uma audiência cancelada. Ele estava mais magro que o normal e quando os guardas o levavam para o cárcere, nossos olhos se cruzaram. Com os lábios, o Kiko pediu perdão e o meu coração buscava uma forma de processar tal pedido.

— Filho, vamos para casa. — pediu a mamãe pegando no meu braço, buscando uma maneira de não olhar para o Kiko. — O advogado desse homem quer mais um tempo. Pelo menos, ele vai continuar atrás das grades.

Dona Bruna. O eterno amor da minha vida. Sempre esteve ao meu lado, mesmo quando ela achava que eu não merecia. O seu suporte foi necessário para essa rotina de advogados, juris e audiências.

A nossa casa, finalmente, ganhava a nossa cara (graças ao dinheiro que ganhei de Ufam, que se responsabilizou pela atitude do Kiko). Conseguimos comprar os móveis necessários e depois de pequenos reparamos, finalmente, tínhamos um lar digno e que dava vontade de voltar.

O Thor estava adorando a sua nova casinha, que fizemos na área dos fundos. Com a ajuda do chefe da mamãe, fizemos um gambiarra para a chuva não molhar o quarto do meu irmão canino.

Em um domingo de férias, decidimos ir para o sítio da família de Giovanna. Aquele lugar meio que virou o nosso ponto de encontro, pois, podíamos aproveitar sem qualquer tipo de reclamação.

Na piscina, eu curtia o meu namorado. Ele usava um calção verde que ficava caindo, e me tentando, mostrando sua cueca branca. No auge da bebedeira, a Giovanna se aproximou do Sérgio e tascou um beijo cinematográfico.

O irmão postiço do Santino não se fez de rogado, segurou a Giovanna nos braços e continuou o beijo. Ofegante, ele tirou os óculos escuros e olhou para mim.

— Tá vendo, baixa renda. É assim que se faz. — ele disse sorrindo e abraçando Giovanna.— Que legal. — falei sorrindo e mostrando o dedo do meio para o Sérgio.

O Sérgio acabou se tornando aquele parente inconveniente, mas, que de uma maneira bizarra fazia falta em alguns momentos, principalmente, para comentar sobre séries e filmes.

— Ei, bobão. — Santino me chamou e jogou água na minha direção.

Mergulhei e dei várias voltas em voltado do meu namorado, esperando o melhor momento para atacar. Em seguida, o Santino mergulhou e ficamos nos olhando debaixo d'água.

Nos aproximamos e demos um selinho, infelizmente, tivemos que voltar para a superfície. Os cabelos do Santino cobriram os seus olhos e precisei ajudá-lo. Que homão lindo da peste.

— Se você pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo? — o Santino perguntou, enquanto me abraçava.

— Faria. — respondi para a surpresa dele que fez uma careta.

— Hum. — soltou Santino, mostrando que não ficou satisfeito com a minha resposta.

— Sabe o que eu mudaria? Em primeiro lugar, pegaria o teu telefone no Ceará. Afinal, ficamos algumas semanas afastados e não teve um dia que eu não pensei em você. A segunda seria o meu relacionamento com o Kiko, te contaria tudo sem medo, pois, sei que não me julgaria — declarei o beijando e fazendo carinho em seus cabelos molhados. — Eu te amo, ursão.

— Eu te amo, Kleber. Você não tem noção de quanto. — ele disse me beijando.

Para fechar a lista das férias, passei a ensinar o Santino a pilotar moto. No início foi muito difícil, o meu namorado tem vários talentos, mas, equilíbrio não era um deles.

A gente sempre aproveitava o sítio para treinar. Lembro da primeira aula, o Santino caiu e feriu o braço e, apesar do machucado, ele quis tentar de novo.

— Vamos lá. Lembra do equilíbrio e acelera aos poucos. — orientei Santino que saiu se tremendo, porém, dessa vez, não caiu.

— Eu tô conseguindo, amorzinho! — comemorou Santino que pegou velocidade. — Amor, como eu paro isso?

— Santino!!!

É assim começou mais um verão. Dessa vez, eu não estava sozinho. Tinha um namorado lindo ao meu lado, amigos que faziam a jornada valer a pena e o futuro parecia mais brilhante do que nunca. Não teria medo, apenas me jogaria no desconhecido.

***

Escrito por Santino Peixoto:

Há um ano, acordava preocupado e com uma viagem marcada para o Ceará. Hoje, despertei e estou com uma viagem marcada para o Ceará, porém, estou me sentindo imbatível. Ao meu lado, dorme o homem mais lindo do universo.

Eu poderia ficar horas falando sobre os atributos do Kleber. Como, por exemplo, seu rosto sereno, a boca entre aberta (hora ou outra, solta alguma palavra sem sentido) ou seus cabelos bagunçados. Faço carinho no rosto dele e o acordo, temos menos de três horas para pegar o voo para o Ceará.

Ainda sonolento, o Kleber levanta e vamos tomar banho juntos. Isso meio que virou o nosso ritual. De baixo do chuveiro, nós conversamos sobre o nosso dia ou dos planos que queremos fazer, além das coisas safadinhas (não me julgue).

Enquanto o Kleber ensaboa as minhas costas, eu falo à respeito do projeto do Enzo, uma startup para agregar aplicativos. Eu que criei a arte da empresa e os layouts da versão para PC e celular. Contei com a ajuda de alguns colegas da faculdade, porém, a maior parte desenvolvi sozinho.

— Se der certo, você pode sair da assistência técnica e se dedicar em tempo integral ao Tech Land. — falei, aproveitando a massagem do Kleber.

— Sim. Estava falando com a Dona Heloísa, ela me apoia 100%. — o Kleber contou deixando o sabonete no suporte e me virando. — Agora, eu quero falar do que vamos aprontar em Fortaleza. — ele disse me beijando.

Não existe nada mais estressante que fazer às malas para viajar. Eu sou o tipo de pessoa que joga todas as roupas dentro da mochila e vai embora. Porém, tivemos a brilhante ideia de chamar a mamãe para conhecer os parentes do Kleber.

Ela desce com 5 malas que, com certeza, ultrapassarão o limite permitido e terá que pagar uma multa. Por outro lado, a minha sogra é mais contida que a Dona Úrsula, mas na bolsa de mão estava levando vários produtinhos da região para a sua irmã, Luciana.

Outra pessoa que nos surpreendeu foi Sérgio. O encontrei na sala com uma mochila e mala. Ele contou que havia ficado com vontade de voltar ao Ceará e decidiu ir conosco para o desespero de Kleber.

Alugamos um carro do próprio aeroporto para o translado, uma cortesia da Dona Úrsula e suas cinco malas. Ao chegarmos lá, vi um vulto rosa e fiquei espantado com a Giovanna nos esperando, outra que decidiu de última hora que queria viajar.

— O Enzo e André vão também? — perguntei para Kleber que deu um sorriso amarelo.

Eu amo ter amigos, não pense o contrário, entretanto, gostaria de passar um tempo de qualidade com o Kleber. Mas, aparentemente, todos queriam disfrutar das belas paisagens cearenses. Como diz o ditado: "Quando mais, melhor".

No avião, as nossas mães ficaram afastadas. E o Kleber e Sérgio fizeram um sanduíche de Santino, porque o meu namorado foi na janela e o meu irmão no corredor, no meio deles? Euzinho.

A viagem aconteceu de forma tranquila. Durante o voo, adormeci no ombro de Kleber, que fez questão de registrar o momento no celular, inclusive, o aparelho não parou de apitar, pois, de hora em hora, o Kleber recebia uma atualização do hotel para cachorros, onde o Thor ficou hospedado.

Se tem uma palavra que a mamãe adora é luxo. Para nos levar ao hotel, ela reservou um ônibus exclusivo, inclusive, dentro dele havia um bar e muitos drinks. Foi uma viagem interessante, o começo foi, infinitamente, melhor comparado ao ano anterior.

O equilíbrio perfeito entre família e amigos. Diversão e risadas contagiantes. Chegamos ao hotel e fomos para os nossos respectivos quartos. A mãe do Kleber até pensou em ir para a casa da família, porém, a mamãe sabe como ser insistente.

— Bruna, nesses hotéis ficam os solteiros mais cobiçados do Brasil. Eu comprei até uns biquínis novos. — falou mamãe, tirando o chapéu e paquerando um dos carregadores.

— Mas, mulher. E o Anderson? — questionou Bruna.

— Terminamos. Ele queria namorar. Acredita? Namorar. — ela respondeu rindo e piscando para o moço que ficou sem entender nada.

Decidimos mostrar algumas praias para os nossos amigos. A Giovanna nos assustou, porque parecia um boneco de cera de tanto protetor solar que passou.

O Kleber estava usando a mesma roupa do dia em que nos conhecemos. Uma camiseta verde e uma calça estilo surfista. Eu, por outro lado, escolhi uma opção mais sóbria, uma camisa branca e um short bege.

Caminhamos na praia e tiramos milhares de fotos. Depois, almoçamos no restaurante da tia do Kleber, a Luciana. O primo dele estava lá também e nos acompanhou para um festival que estava acontecendo na praia.

Conseguimos algumas cangas de praia e colocamos na areia. A música do festival estava até agradável, entre uma atração e outra, o DJ tocava alguns sucessos internacionais, inclusive, música romântica.

Ficamos deitados na areia, apenas curtindo a brisa do fim de tarde em Aquiraz. Aos poucos, os meus amigos foram se achando ou se perdendo.

— Meninos e menina. — disse André se aproximando de forma misteriosa. — Infelizmente, o meu tour vai terminar por aqui. O "Versátil 22" está me esperando em um barzinho. — mostrando o celular para nós.

— Cuidado, viu. — pedi, me sentindo responsável por ele. — Qualquer coisa liga.

— Pois é, gente! — exclamou Enzo com um sorriso amarelo. — Eu também acabei de marcar um date. Afinal, estamos no Ceará! Quando voltar para Manaus, vou ter que estudar e comandar uma empresa, então, preciso aproveitar a diversão. — correndo no sentido oposto.

— Cuidado, meninos. — alertou Giovanna abraçando Sérgio. — Por acaso, não tem nenhum aplicativo de pegação baixado no teu celular, né? — olhando de forma ameaçadora para ele.

— Por favor. Olha para a minha cútis de bebê. Acha mesmo que eu ia arriscá-la em aplicativo de pegação. Isso é coisa do baixa renda. — falou Sérgio apontando para Kleber, sabendo que isso iria chateá-lo.

— Para a sua surpresa, X-9. Eu nunca usei aplicativos de pegação para encontrar namorados. — o Kleber retrucou ficando vermelho de raiva, fazendo Sérgio dá uma risada, pois, o seu plano funcionou perfeitamente.

— Não liga para ele, mozinho. Tú sabe que o Sérgio te ama, né? — questionei o abraçando por trás e o beijando na bochecha.

— Vamos comprar um sorvete? — perguntou Giovanna beijando Sérgio. — Estou morrendo de calor. — e ela não mentiu, a temperatura estava quente entre os dois.

— Só se for agora! — gritou Sérgio que, em um movimento bruto, coloca a Giovanna no colo e sai andando em direção ao quiosque de sorvete.

Eu nunca acreditei em contos de fadas. Achava que isso era uma ilusão para dar falsas esperanças para jovens donzelas indefesas. Há um ano, eu andava por essa mesma praia solitário, na expectativa que o meu 'final feliz' acontecesse e para minha surpresa, ele realmente aconteceu.

Não sei o que a vida nos reserva daqui para frente, mas com tanto que eu tenha meu namorado e amigos, eu sei que vou enfrentar tudo de cabeça erguida.

O pôr do sol de Aquiraz mostrou toda sua majestade. Sentamos na areia para aproveitar os últimos raios de sol.

De repente, uma música familiar começou a tocar no festival, "If time stood still", da Carissa Alvarado. A canção que virou a nossa marca registrada, assim como o Oasis para o Yuri e Zedu.

***

Mas você sempre acreditou em mim quando ninguém mais acreditaria

Posso ter mais tempo com você?

Se o tempo parasse

Se o tempo (se o tempo)

Se o tempo parasse

Eu (eu), eu ainda gostaria de mais tempo com você

Eu ainda iria querer mais tempo com você

***

— Quem diria, né? Depois de um ano, continuamos firmes e fortes. — falei encostando a cabeça no ombro dele e entrelaçando os nossos dedos.

— Eu sei o motivo. — Kleber disse de forma misteriosa dando uma leve apertada nos meus dedos.

— Qual?

— Porque, dentre todas as chances que eu tive na vida, a melhor de todas, foi a chance de ter escolhido você. — declarou Kleber me plagiando, mas ele tinha esse poder.

— Entre todas as chances. — declarei encostando a minha testa na dele, pois, ali me sentia seguro e amado.

— Entre todas as chances. — ele repetiu me beijando.

****

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I

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Comentários

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Um conto leve, gostoso de ler. Personagens cativantes e. Reais. Amei de verdade. parabéns pelo seu conto. Viu show quero outro conto desse estilo

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Maravilhoso como sempre pena que chegou ao fim...... espero que exista uma segunda temporada.....

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Foi muito legal acompanhar essa história. Eu amei o final. Espero que vc nos presentei com outros contos maravilhosos tão bom quanto esse.

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Cara muito bommmmm!!! Definitivamente sentirei saudades desses personagens. Parabéns pela história incrível!!!

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