Que saco, não tem nada pra fazer! Abri o notebook e fui olhar as redes sociais. Fiz alguns vídeos para postar no Instagram e respondi algumas mensagens dos meus seguidores.
- Já fui pro shopping, já comprei várias coisas mais não consigo me sentir feliz. Que droga!
Meu mordomo bateu na porta com o café da tarde, entrou e deixou no quarto.
- Obrigado!
- Mais alguma coisa senhor?
- José me responde uma coisa... O que você faz quando se sente entediado?
- Sr Willian, pessoas que trabalham não tem tempo de ficar entediadas... ele riu meio sem graça e continuou. - Estamos sempre ocupados, porque a pergunta?
- Não nada, só estou me sentindo assim ultimamente...
- O senhor tem viagem marcada na próxima semana, seria bom ir se preparando.
- É vou fazer isso.
- Com licença, se precisar de algo só me falar!
Ele saiu e eu comecei a pensar que apesar de tudo que eu tinha, estar naquele quarto com notebook, ps, TV... nada disso me confortava. Faltava algo sabe?
Tentei dormir um pouco e acordei por volta das 18h, me arrumei e fui sair pra jantar com meus pais. Ah! Eu sou Willian, meus pais são donos de uma multinacional. Temos uma condição alta eu diria, tenho tudo que preciso, viajo muito pra eventos de moda pois estudo isso, gosto muito. Meus pais trabalham e não param em casa, estou sempre com os empregados ou com os amigos. Tenho 23 anos, sou magro, barriga definida por malhar, tenho pele bronzeada, cabelos pretos até os ombros, olhos castanhos, uma boca desenhada e bonita. Me visto sempre bem, com roupas caras, perfumes caros e tudo que eu quiser.
Naquela noite fomos a um restaurante famoso e assim que voltamos meu pai comentou que precisava contratar outro piscineiro pois o anterior tinha arrumado um emprego em outro lugar. Moramos em uma grande casa em um condomínio, a piscina é grande mais quase não usamos.
- Sr José amanhã um rapaz vai vir para a vaga de piscineiro, por favor veja se ele está apto pra isso e me diga o que achou dele. Disse meu pai
- Sim senhor, eu o comunico assim que finalizar.
- Muito obrigado!
Fui pro meu quarto sem dar muita importância, fiz as mesmas coisas de todas as noites e fui dormir. Na manhã seguinte acordei por volta das 10h, me levantei e por volta de 10:30h eu desci pra tomar café. Foi quando a campainha tocou, tocou umas três vezes.
- Ninguém foi atender? Onde foi Sr José?
Me levantei e olhei pela câmera na cozinha e era um rapaz.
- Pois não?
- Er oi bom dia. Eu vim para a vaga de piscineiro...
- Ah sim. Liberei o portão pra ele entrar e fui até a porta principal.
- Bom dia! Disse Fernando
Não consegui falar uma palavra. Somente olhei pra ele, nossa ele é muito lindo. A pele queimada de sol, bem mais alto que eu, forte e com uma olhar penetrante.
- Eu sou Fernando. Ele estendeu a mão.
- Ah, eu sou Willian. Pode entrar. Apertei a mão dele.
- Nossa que casa grande.
Fernando olhou pra todos os cantos e não acreditava que estava ali.
- O Sr José vai fazer a entrevista com você mas não sei onde ele está.
- Ah tudo bem eu espero lá fora.
- Não precisa sair, vc quer comer algo?
- Pow eu quero sim, só comi um pão e café em casa e ainda estou com fome.
- Vem aqui pra mesa, senta aí e pode pegar o que quiser.
Fernando olhou pra aquela mesa e nunca tinha visto uma tão grande e com tanta comida.
- Nossa quantas pessoas moram aqui? Pra ter tanta comida no café da manhã...
- Bom, só três e 6 empregados que ficam aqui e aos finais de semana 5 vão pra casa deles. O Sr José que mora direto desde quando eu nasci.
- wow quanta gente né? E sorrio sem graça
Naquele momento meu coração disparou forte e eu nem reparei quando o Sr José entrou na sala.
- Me perdoe Sr Willian, eu precisei resolver um problema com os encanadores.
- tudo bem Sr José. Esse é o Fernando que veio pra entrevista.
- Ah claro, vamos rapaz. Precisamos conversar!
- Claro! Até mais Willian.
- Até!
Eles foram para o quintal e eu fiquei ali sentado sem reação nenhuma. Não sabia descrever o que estava acontecendo comigo. Me levantei e fui espiar no quintal eles dois. Na verdade eu só prestava atenção no Fernando. Os dois apertaram a mão e li os lábios de Fernando agradecendo.
- Então ele conseguiu o emprego. Senti meu peito quente e sorri.
- Sr Willian algum problema? Uma das empregadas me pregou espiando.
- Aí Lúcia que susto! Não nenhum, só estava olhando o novo cara que veio pra entrevista.
- Nossa ele é muito gato.
Olhei pra ela com uma cara séria.
- Desculpa, vou voltar pra minha cozinha!
Chamei o Sr José e perguntei a ele sobre o rapaz.
- Ele é muito educado, parece ser um cara trabalhador e está animado. Porque Sr Willian?
- Só curiosidade. Pode ir Sr José.
Naquele mesmo dia o Fernando limpou a piscina e estava preparando os produtos para colocar nos filtros. A piscina estava limpissima e ele estava varrendo a área da piscina. Eu vendo ele da minha janela, sem deixar de reparar nos seus músculos e em como a pele dele brilhava no sol. Peguei uma sunga, coloquei e peguei meu óculos de sol. Desci correndo as escadas e sai no quintal. Fui até uma espreguiçadeira.
- Ah Fernando, Parabéns por ter conseguido a vaga.
- Muito obrigado Sr Willian, esse emprego vai ajudar muito a minha mãe.
- Não precisa me chamar de senhor.
- Deixa o Sr José ver isso, ele arranca meu couro... Muito rígido ele.
Nós dois rimos.
- Ele é um bom homem, sempre cuidou muito de mim.
- Ele fala muito de você. Bom vou te deixar descansar e volta ao trabalho, se precisar de algo pode falar.
- Pode deixar.
Não conseguia parar de olhar pra ele, e percebi que ele as vezes me olhava meio sem jeito. Levantei e fui mergulhar.
- Nossa você fez um ótimo trabalho, a piscina está ótima.
- Que bom que o senhor gostou.
- Gostei muito. E mordi meus lábios apoiado na borda da piscina.
Ele foi fazer outras coisas e eu fiquei ali pensando em uma forma de levar aquele homem pro meu quarto, tinha que tentar algo.
Mas naquele dia não dava mais pois o turno de Fernando acabou e ele foi pra casa. Bem que eu trocaria Sr José que dorme aqui por ele kkkk. Brincadeiras a parte eu voltei pro meu quarto e só fiquei pensando em Fernando, o cheiro forte que ele tinha, ele todo suado trabalhando, adormeci.
Continua...
