Verdades secretas 41

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 1537 palavras
Data: 01/04/2021 22:48:16
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 41

Andréia acordou assustada. O seu coração batia acelerado e uma angústia apertava no seu peito. Devido os seus gritos, Renato também despertou assustado.

Percebendo o nervosismo da mulher, ele tentou acalmá-la com abraços e um copo com água e açúcar.

Andréia relatou que teve um pesadelo pavoroso com Victor e Ivan. Em seu rosto a expressão era de horror, que deixou Renato assustado. Ela não teve coragem de relatar o pesadelo. Andréia tinha uma crença de que se contasse um pesadelo, estaria o trazendo para a realidade e assim poderia se concretizar.

A mulher não sossegou até ligar para o casal. Ao telefone, só perguntou como estavam e quando retornariam. Ela não queria assusta-los. Contudo, permaneceu angustiada pelo resto da noite.

_ Meu amor, foi só um pesadelo. Você precisa se acalmar.

_ Não foi só um pesadelo, Renato. Eu sinto uma angústia pavorosa. Foi a mesma que senti antes de acontecer o que aconteceu com o meu filho. O revoltante é que eles acabaram de se casar. Estão tão felizes.

_ E assim permanecerão. Meu pai dizia que pesadelo é sinal de coisa boa. Por exemplo, se a pessoa sonha com morte significa vida longa.

_ Que Deus te ouça, amor.

A muito custo, depois de receber muitos beijos e carinhos do namorado, Andréia conseguiu se acalmar e se entregou ao sono nos braços de Renato.

Depois de duas semanas, o casal Matarazzo retornou ao seu lar. Victor se orgulhava em presentear a família, amigos e os empregados da casa.

Contava com entusiasmo como foi a viagem, falou dos lugares que conheceu, das comidas que experimentou e reclamou muito do frio europeu.

Todos esses relatos foram feitos num jantar que organizou para receber a família, Virgínia e Renato.

Após o jantar, todos foram à sala de jogos, onde os mais velhos jogavam sinuca e os dois mais jovens foram até a varanda do segundo andar conversar.

Victor contou a Virgínia sobre o episódio de Carla. O menino disse que não engoliu as desculpas de Ivan.

_ Ele está sempre estranho. Primeiro o negócio de se ajoelhar em público, depois o lance de chegar em casa quebrando tudo e agora a parada da Carla.

_ Você deveria ter ido atrás quando ela foi pra fora com o Ivan.

_ É... Eu vacilei mesmo. Ela parecia querer me dizer alguma coisa.

_ Pergunte a ela.

_ Como? A mulher está lá na Suíça!

_ Pelo direct do Instagram. Esqueceu que vivemos num mundo globalizado e conectado?

_ Você acha que devo?

_ Acho que já deveria ter feito.

O loiro procurou o perfil de Carla. Pelo direct mandou um "oi, como vai?" Para dar início a conversa.

Para a sua surpresa, Carla visualizou na mesma hora. Como temia as ameaças de Ivan, ela o bloqueou no mesmo instante. Deixando-o ainda mais desconfiado.

_ Ela me bloqueou. Isso tá muito estranho.

_ Vai que ela tá com ciúmes de você por esta com o ex-namorado dela.

_ Ah, não sei.

_ Faz todo sentido, Vitinho. Ela namorou o Ivan por anos e ele sempre enrolou pra se casar com ela. E contigo se casou às pressas. Ela deve estar com o orgulho ferido.

_ Vem, meu Solzinho. Vem jogar uma partida conosco._ Ivan disse o beijando e o levando para dentro.

Depois de um dia exaustivo de trabalho, Ivan chegou em casa e foi recebido por Victor, se atirando em seus braços, o beijou.

O loiro mostrou a Ivan um par de convites vips de um camarote que o casal recebeu para a estréia boate LGBTQIA mais badala do mundo.

A casa noturna teria a sua primeira filial no Rio de Janeiro.

_ Eu nunca imaginei que um dia iria à Babylon por ser uma boate de gente rica. Agora tenho os ingressos vips. Fui um dos convidados de honra. _ Victor dizia dançando. _ O que um sobrenome não faz, né? Mal me tornei um Matarazzo e já recebo convites vips. Eu estou um nojo de chique!

_ Espero que a Babylon brasileira esteja à altura da de Nova York.

_ Você já foi a Babylon de Nova York?

_ Sim. E também a de Milão, Paris, Zurique e a de Tóquio, que essa última foi a melhor de todas. Um dia, eu te levo.

_ Ah, eu quero ir. Mas, eu vou armado com o meu olhar sério pra cima das bichas que ficarem de gracinhas com o meu homem.

_ Ciumento esse meu maridinho. Tá me dando até tesão.

Ivan o puxou pela cintura e o beijou.

_ Vamos tomar uma ducha juntinhos. Tô louco pra te comer gostoso debaixo d'água. _ Ivan disse, enquanto apalpava a bunda do marido.

Victor aceitou a proposta do marido com um sorrisinho safado que deixava Ivan louco.

Enquanto o casal se beijava apaixonadamente, Regina ouvia tudo as escondidas para relatar a Sônia.

A mulher viu como uma oportunidade perfeita para executar o seu plano diabólico.

Pediu para que a empregada doméstica averiguasse detalhes do dia e hora que seria o evento e se o casal estaria acompanhando de algum segurança.

E assim foi feito, Regina descobriu todas as informações solicitadas e que o casal não estaria acompanhado de um segurança, pois Ivan preferia andar desacompanhado como fazia na Europa.

A loira passou as coordenadas para Felipe, que junto com um amigo Armando se prepararam para por o plano em prática.

Felipe comprou os ingressos somente para aguardar o casal no estacionamento da boate junto com o seu parceiro Armando.

O casal Matarazzo chegou por volta de uma da madrugada. Ivan preferiu não consumir bebidas alcoólicas por está dirigindo, pois não queria pôr a vida do companheiro em risco.

Porém, Víctor aproveitou o máximo que pode. Sempre fora proibido pela mãe de frequentar lugares festivos e sair com os amigos. Por isso, bebeu, dançou e aproveitou muito a sua liberdade.

Ivan quis ir embora às quatro da manhã. Estava cansado e com sono.

_ Você tá é velho, vovô._ brincou Victor beijando amado.

_ Quando chegar em casa, você vai ver a potência do vovô.

_ Hum! Se for assim, quero ir logo pra casa e ser destruído por essa potência.

O loiro envolveu os braços pelo pescoço do marido, e esse o segurou pela cintura e o beijou.

Devido ao efeito do álcool, Victor estava mais alegre que Ivan. Chegou no estacionamento da boate rindo, sendo abraçado por trás.

Perto do carro, Ivan o encostou no carro e o beijou com desejo. No auge da paixão, o casal não percebeu que Felipe e Armando se aproximaram armados.

_ Que lindo casalzinho! Olhe, Armando como o amor é lindo.

Os amantes arregalaram os olhos assustados, vendo os dois homens apontarem as armas para eles.

Ivan se pôs na frente de Victor.

_ Felipe, calma! Vamos conversar. Eu te dou o que quiser, mas nós deixe ir.

Felipe sorria de um jeito maquiavélico.

_ Se eu quisesse algo de ti, eu não te mataria. O que será um desperdício, já que você, apesar se ser uma peste, até que é gostosinho.

Victor sentiu tanto medo que apertava a mão trêmula nas costas de Ivan.

_ É a mim que você quer, então, deixe o Victor ir. Eu vou contigo. Mas, deixe ele voltar para casa.

_ Não! Eu não vou à lugar nenhum sem você.

_ Olha, Armando, eu não disse que o meu enteado era apaixonadinho pelo veadinho dele? Tão fofinhos. Não se preocupem. Vocês vão ficar juntinhos pela eternidade. Vou mandar enterrar os dois no mesmo caixão.

O desespero tomou conta de Ivan. Ele implorava pela vida de Victor, mas de nada adiantou. Felipe permaneceu com a arma apontada para o casal, enquanto Armando pôs um pano com clorofórmio nos narizes dos dois de uma só vez.

Com ambos desacordados, os malfeitores puseram-os no carro de Ivan, nos bancos de trás. Felipe dirigiu o carro de Ivan e Armando o seu próprio.

Toda a cena foi registrada pelas câmeras de segurança do local.

Eles dirigiram até uma estrada pouco movimentada. Estacionaram os carros, e ajeitaram Ivan no banco do motorista com as mãos no volante e Victor no banco do carona. Puseram em ambos os cintos de segurança.

_ Já estou vendo as notícias de amanhã: "Casal Matarazzo morre em trágico acidente de carro quando retornavam da boate. O empresário Ivan Matarazzo dirigia alcoolizado."

Felipe sorria orgulhoso de si. Visualizava as festas que daria no iate de Ivan e nas mordomias que teria sendo marido da herdeira da fortuna do empresário.

Fechou as portas do carro. E pela janela ligou o veículo e ficou observando-o sair estrada a fora.

O carro seguia sem direção. Ao chegar num canto da estrada, desviou o caminho, caindo numa ribanceira. Ivan despertou vendo diante dos seus olhos os galhos das árvores batendo no vidro da carro.

O veículo bateu com tudo num tronco de uma árvore, amassando a lataria. As suas cabeças bateram no macio dos air bags. Mas, Ivan sentiu uma dor imensa na perna ferida.

Um cheiro de fumaça pairava no ar. E o desespero domina Ivan, pois temia que o carro explodisse com os dois presos dentro do veículo.

E-mail para contato: letrando@yahoo.com

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Comentários

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Bocha burra vai é para cadeia q é o lugar de mal caráter. Mas teria sido ótimo se tivessem revelado tudo e no desespero do acidente se perdoassem!

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Tenso, muito tenso o capítulo. Só torcendo pro Ivan conseguir salvar o Victor, é que eles saiam dessa sem sequelas.

Agora por outro lado, quero ver o que Ivan vai fazer contra o Felipe e a Sônia rsrsrs.

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Mas felipe é um idiota mesmo, nem pra fazer isso presta. Quero ver é o retorno do Ivan.

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Depois disso tudo, a Sônia vai dar um jeito de apagar o Felipe. Ele é apenas uma marionete na mão dela gahahahaha

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Eu sei disso. Repare que se deixaram ser filmados. Eu sei o que estou fazendo.

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kkkkkkkkkkkkkk esse foi o plano mais mal executado que eu ja vi! Parece que foi imaginado por um adolescente. Colocar o cinto de segurança em pessoas que você quer que morram em um acidente?! Mano, era só empurrar o carro numa ribanceira. Ou simular um latrocínio, que é o que mais tem no Rio de Janeiro. Vai me desculpar, mas ficou muito novela das sete isso aí!

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